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RESENHA CRÍTICA
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enfatiza a Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, dominada pela visão tradicional de
existência de um mundo criado para usufruto hegemônico do homem ante à natureza,
subordinada aos interesses mais subjetivos deste. O mesmo destaca o esforço conjunto
dos teólogos, intelectuais e filósofos no enaltecimento desta percepção de subserviência
da natureza em relação ao homem (p. 21).
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Ray descreveu como “tão peculiar ao homem que nenhum animal jamais poderia
consegui-la. (...) (p.38). A segunda seria a razão (distinta qualidade). O homem, como
afirmou o bispo Cumberland, “era um animal dotado de inteligência” (...) (p.38). Essa
exclusiva capacidade humana para a livre ação e a responsabilidade moral conduzia a
terceira e, na visão dos teólogos, mais decisiva diferença: a alma. (p.39).
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA - DESOC
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
MEIO AMBIENTE
PROF. MSc. RODRIGO THEOPHILO FOLHES
RESENHA CRÍTICA
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predomínio do homem sobre o mundo natural e finalizando com o capítulo sobre o
Dilema Humano, em que enfatiza as questões humanas levantadas ante o
desenvolvimento irresponsável da indústria. É tão horrível as coisas precisarem ser
mortas para que nos alimentemos delas- parece tão perverso. E no entanto temos que
fazê-lo – ou morrer nós mesmos. (p.344)
O autor por vezes evidencia a insatisfação dos moradores das cidades com
o ambiente urbano, marcado nas argumentações constantes nas páginas 354 a 359, em
que ocorre uma mudança de olhares em relação ao campo fica mais evidente e os artistas,
nobres e poetas passam a edenizar o mesmo, como um local de retorno para Deus.
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O último dilema que Thomas sustenta seria o referente à matança de
animai, outrora visto como uma qualidade a receber honrarias por enaltecer a virilidade
dos homens, neste novo contexto, a permissão de comer carne passaria a ser “(...) vista
como concessão à fraqueza do homem” (p.409). Assim, emerge o penúltimo item supõe
questionamentos sobre: morte ou mercê? As argumentações dispostas entre as páginas
406 a 409 dispõem sobre críticas à criação/ domesticação de animais, conduzindo também
uma influente prática de vegetarianismo, além de elaborar uma forte crítica à utilização
de animais como alimento, agregando características negativas de caráter dos
açougueiros, por exemplo.
“Matar animais para comida agora era uma atividade diante da qual um
número cada vez maior de pessoas sentia-se esquivo ou embaraçado. A ocultação dos
matadouros ao olhar público tornou-se um recurso necessário para evitar um choque
excessivamente forte entre a realidade material e as sensibilidades privadas”. (p.424)
5 – CONCLUSÃO
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mundo no qual a eliminação de ‘pestes’ e a criação de animais para o abate ia-se tornando
‘cada dia mais eficiente’.” (p.425)