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AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE DE MÓVEL


2.1. Usucapião (de móvel)

Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

Espécies de usucapião de coisa móvel:

Pode ser:
Formas originarias: * ocupação * usucapião * achado de tesouro
Formas derivadas: 1. Tradição 2. Especificação 3. Confusão 4. Comistão 5. adjunção

(1) Usucapião do bem móvel (ordinária)


Art. 1.260.
Posse com:
*animus domini ( a intenção de agir como dono) *de modo contínuo e incontestado
*por 3 anos *com justo título e boa-fé

Ex: Pode ocorrer com automóveis. Ex: Mévio compra o imóvel há mais de 3 anos e aí chega o Tício e
fala que o carro é dele e que havia sido roubado há muito tempo atrás.

(2) Usucapião do bem móvel (extraordinária)


Art. 1.261.
Posse com:
*animus domini *de modo contínuo e incontestado *por 5 anos
2.2. Tradição
Conceito: Consiste na entrega da coisa ao adquirente, com a intenção de lhe transferir a sua
propriedade.
A propriedade de coisa móvel nos negócios jurídicos só se transfere com a tradição. Não basta
o contrato. Os contratos não tem efeitos reais, só obrigacionais. O contrato obriga a transferir
a propriedade, mas essa transferência só se dará, para as coisas moveis, com a tradição.
Art. 1.267, caput –
2.2.1. Constituto possessório( operação jurídica que altera a titularidade da posse)
Aquela pessoa que tinha a coisa como sua continua com a coisa mas deixa de ser proprietário, passa a
ser a coisa em nome alheio. É a posse animus domini que se transforma em posse em nome alheio (como
comodato ou locação).
Ex: Vendi o carro ao Luiz, mas fico com o carro por mais 1 ano.
Art. 1.267, parágrafo único –.
2.2.2. Tradição brevi manu( é adquirir a propriedade de algo que já usava)
Eu tinha a posse em nome alheio, mas essa posse se transforma em posse com animus domini. É o
inverso do constituto possessório.
Ex: Eu tinha um carro alugado, aí compro ele.

2.2.3. Tradição feita por quem não é proprietário


Art. 1.268. capute e parágrafos 1, e 2.
Espécies :
a) Tradição real: É aquela que se dá pela entrega efetiva da coisa.
b) Tradição simbólica: Ocorre quando há um ato representativo da transferência da coisa
c) Tradição ficta: É aquela que se dá por presunção, o possuidor possui a em nome alheio
agora possui em nome próprio; e no constituto possessório, em que o possuídor possuia em
nome próprio e agora possui em nome alheio.
2.3. Especificação
Consiste na transformação da coisa em uma espécie nova, diante do trabalho do especificador,
não sendo mais possível o retorno a forma anterior.
Ex: Escultor faz estátua a partir do mármore.
Arts. 1269 e 1270, § 1º, CC – Se estiver de boa-fé vira proprietário da matéria prima. Se ele for
incapaz, mesmo assim, o especificador vira dono.
Art. 1.269. Art. 1.270. caput e artigos 1, e 2. Art. 1.271.
Requisito: A transformação da coisa
2.4. Confusão, comissão (ou comistão) e adjunção
* Confusão = A mistura de duas coisas liquidas (ou de gases), em que não é possível a
separação, é uma Confusão Real
* Comissão (ou comistão) = A mistura de coisas sólidas ou secas, não sendo possível a
separação. Exemplo: Areia e Cimento
* Adjunção = Superposição de materiais, não sendo mais possível separar
Art. 1.272. capute e artigos 1, e 2. Art. 1.273. Art. 1.274.
Requisito: Mistura das coisas
2.5. Ocupação
Art. 1.263.
Conceito : Refere-se a coisas que nunca foram apropriadas ou que foram abandonadas.• Esta
ocupação não pode ser proibida por lei. Aquele que se apropriar de coisa sem dono, logo
adquiri a propriedade por meio da ocupação
Ex.: não é possível a ocupação de animais silvestres
Pode se ter a ocupação de:
seres vivos (animais de caça e pesca, substâncias minerais, vegetais ou animais lançados
pelo mar na praia);
objetos inanimados (dinheiro e
objetosabandonadosporseustitulares).abandonadosporseustitulares).
Requisitos: Deve ser Res nullius = coisa de ninguém, ou Res derelicta = coisa
abandonada
Obs: O abandono não se presume !
2.6. Achado de tesouro
Art. 1.264. Art. 1.265. Art. 1.266
Conceito: É um déposito antigo de coisa preciosa, oculto e de cujo dono não haja memória. Em
suma, trata -se dos velhos tesouros tão almejados pelos piratas da Idade Moderna
OBS: Se a propriedade puder ser justificada por qualquer titular não haverá tesouro

Requisitos: Deve ser Coisa antiga e preciosa, o dono deve ser desconhecido e o descobridor
deve ter descoberto 'sem querer' ou seja de boa-fé.

Espécies : Tesouro encontrado em Terra privada ou Terra Pública, no primeiro caso pertence
ao dono da terra e a quem encontrar de boa-fé e no segundo caso ao Estado.

Obs: Terceiro não autorizado, em terra particular, não tem direito!

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