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e d i c a m
m ROFª. Ms. V i v i a n e B.M . T a ff ne r
a u t o r a P
www.treinasaude.com Cálculo de Medicamentos 1
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 04
3. Transformação de Soro................................................................................................ 13
5. Gotejamento de Soluções............................................................................................ 19
6. Medicamentos Especiais.............................................................................................. 22
6.1. Penicilina..................................................................................................................... 22
6.2. Insulinas...................................................................................................................... 23
6.3. Heparina..................................................................................................................... 24
META
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PÚBLICO-ALVO
INDICADORES
1. INTRODUÇÃO
O cálculo de medicamentos faz parte da rotina de vários profissionais da área de saúde e em
qualquer âmbito de atuação (Ambulatórios, Unidades Básicas, Hospitais, etc), sendo o mesmo, de
extrema importância para uma prática segura e livre de danos ao paciente (preocupação das institui-
ções de saúde em nível mundial).
Na ciência, unidade de medida é uma medida específica de determinada grandeza física usa-
da para servir de padrão para outras medidas.
As unidades de medida mais comuns no setor de saúde no Brasil são:
massa quilograma Kg
tempo segundo s
deca* da Dez 10
nenhum Unidade 1
* esses prefixos não são tão comumente utilizados no Brasil e nem em saúde. Qual foi a última
vez que você viu o pacote de algum produto no supermercado marcado em centigrama ou
centilitro?
Ao unirmos os prefixos às unidades básicas de medida temos as unidades que são utilizadas
nas medicações e prescrições, e que serão as unidades que utilizaremos em nossos cálculos.
1 Kg 1.000 g
1g 1.000 mg
1 mg 1.000 mcg ou µg
Para volume as unidades mais utilizadas são o litro (L), o mililitro (mL) e a gota e microgota e
são apresentadas nos medicamentos na forma líquida.
1 gota 1 macrogota
1 gota 3 microgotas
20 gotas* 1ml= 1g
1 colher de chá 5 mL
1 colher de sobremesa 10 mL
1 colher de sopa 15 mL
Observação 1:
Observação 2:
Quanto às unidades para tempo, as mais utilizadas são: segundo, hora e minuto
1h 60 minutos
1 minuto 60 segundos
Como vocês viram os prefixos são utilizados em conjunção com as unidades de medida. A
conversão de uma unidade de medida com um dado prefixo para um prefixo diferente é, apesar de
extremamente simples, fonte de muitos erros por desatenção do profissional, por isso, vale reforçar
como isso é feito:
2. Ok! Tem que fazer mesmo o cálculo: então sempre confira os prefixos métricos das prescri-
ções e das medicações disponíveis. Se os prefixos métricos forem diferentes, transforme-os
em um mesmo prefixo. Isso ajuda a reduzir erros.
3. Para converter uma unidade maior em uma unidade menor ou vice-versa, imagine uma
escada. Ela permite simplificar operações com múltiplos de 10.
Ao subir um degrau divide-se o número que está no patamar por 10, no caso de números
decimais é só andar com a vírgula para esquerda a cada degrau; e, quando não houver
mais algarismos coloca-se o “zero”.
Ao descer os degraus, ao invés de dividir basta multiplicar da mesma forma por 10. Com
números decimais, a vírgula andará para direita, além de acrescentar um zero à direita.
1g
SU
BIN IVID
DO IR P
D
CA OR
DA 10
10 dg
DE
GR
AU
100 cg
DE
SC
E
ND PLIC
MU
OC AP
LTI
AD OR
A D 10
1000 mg
EG
RA
U
EXERCÍCIO RESPOSTA
5L
30 cm3
7 dL
98 cL
0,1 dL
EXERCÍCIO RESPOSTA
10 g
0,1 g
0,01 g
15 dg
0,05 g
É definida como um processo que permite solucionar problemas com grandezas direta ou in-
versamente proporcionais. Ela é considerada simples quando há três elementos e deseja-se calcular
o quarto elemento (REGRA ..., 2017)
1. A mesma grandeza física na mesma coluna, volume sobre volume ou massa sobre massa,
por exemplo.
1. O cálculo de medicamentos por via oral (VO), na forma de comprimidos, pode resultar na
necessidade de cortá-los (se possuírem sulco) ou diluí-los em água filtrada para administrá-los.
Considere isso em seu cálculo.
Vale lembrar que comprimidos que não possuem sulco não devem ser cortados. Nesse caso,
se necessário, o mesmo deve ser macerado e diluído em 10 mL de água destilada (AD) para
ser feita a dosagem correta.
Dra. Cristina prescreveu 100 mg do antibiótico Amicacina (EV) a uma paciente, porém na uni-
dade em que você está só há ampolas de 500 mg/2mL (lê-se: “há 500 mg de Amicacina em cada
2 mL de solução”). Veja a resolução desse cálculo utilizando a Regra de Três:
500 X = 200
200
X=
500
X = 0,4 mL
Resposta: Você precisará de 0,4 mL de solução para administrar 100 mg de Amicacina à paciente.
Paciente A:
Resolução:
1 comprimido 50 mg
X comprimido 25 mg
50 X= 25
25
X= = 0,5
50
Resposta: Devo administrar 0,5, o que equivale à metade de um comprimido. Como o comprimido é
sulcado é possível parti-lo ao meio.
Paciente B:
Resolução:
80 mg 2 mL
20 mg X mL
80 X = 20 x 2
80 X = 40
40
X= = 0,5 mL
80
SOLUTO
SOLVENTE
SOLUÇÃO:
mistura homogênea composta
por 2 componentes
A partir do soluto e solvente é possível calcular a concentração de uma solução, que é a rela-
ção entre o soluto e o solvente. Essas podem ser expressas em uma proporção de massa/volume
(x g de um soluto em x mL de solução), ou em porcentagem (%). Porcentagem significado dizer
“partes de cem”.
Portanto, é representada em massa de soluto por volume de solução, e não por volume de sol-
vente (IUPAC, 2014)
Sendo assim, quando falamos Soro Glicosado (SG) a 5%, estamos dizendo 5 partes de um total
de 100 ou seja, que há 5 g de glicose (soluto) em 100 mL de solução. Ou, quando dizemos solução
de KMnO4 a 1:20.000, estamos dizendo que há 1 g de KmnO4 em 20.000 mL de solução. É impor-
tante lembrar que sempre que for apresentada uma medicação em proporção ou porcentagem as uni-
dades serão em gramas e mililitros, mas você pode transformá-las se for necessário para o cálculo.
Exemplos:
Em uma unidade de Clínica Médica temos ampolas de glicose a 50% com 20 mL. Quantas
gramas de glicose (soluto) há nessa ampola?
50 g 100 mL
X g 20 mL
100 X = 50 x 20
1000
X= = 10 g
100
X g de KCl 10 mL
100 X = 1,91
191
X= = 1,91 g
100
Resposta: Em 1 ampola de 10 mL há 1,91 g de KCl.
30 g de NaCl 100 mL
X g de NaCl 20 mL
100 X = 600
600
X= =6g
100
Resposta: Em 1 ampola de 20 mL há 6 g de NaCl.
15 g de glicose 100 mL
X g de glicose 500 mL
100 X = 7500
7500
X= = 75 g
100
EXERCÍCIO RESPOSTA
1:100
5:1000
1:30.000
20.000 X = 1.000.000
1.000.000
X= = 50 mg
20.000
1 L = 1000 mL
nsforme
1 g = 1000 mg Lembre-se: tra
e medida
as unidades d
mg)
1000 mg 20.000 mL (L em mL e g em
X mg 1.000 mL
20.000 X = 1.000.000
1.000.000
X= = 50 mg
20.000
2% = 2000 mg ou 2 g em 100 mL
2000 mg 100 mL
50 mg X mL
2000 X = 5000
5000
X= = 2,5 mL
2000
3. Transformação de soro
Os soros são apresentados em porcentagem exatamente da forma como vimos para outras
medicações anteriormente. Os soros merecem nossa atenção pois muitas vezes serão prescritos em
porcentagens não disponíveis na farmácia do hospital.
Os principais soros utilizados são:
• Glicofisiológico: é uma solução que sempre contém glicose a 5% e cloreto de sódio a 0,9%.
Prescrito para reposições volêmicas e tratamento de queimaduras.
Ao preparar o soro prescrito, você deve considerar a concentração do soro que já possui e a
partir dela calcular a concentração diferente prescrita pelo médico.
DICA:
MAIS CONCENTRADA
Acrescentar
MENOS CONCENTRADA
Acrescentar mais solvente para
mais soluto! diluir mais a
solução.
Dr. Joaquim prescreveu a infusão de um SG 10% 500 mL (EV). Entretanto, não há na unidade
o SG 10%. Porém, há SG 5% 500 mL e ampolas de glicose 50% 10 mL. A partir do que você tem
deverá ser feita a transformação.
Primeiro você precisa descobrir a quantidade de glicose necessária
SG 5% 500 mL 5g 100 mL
5g 100 mL
Xg 500 mL
100 X = 2500
10 g 100 mL
Xg 500 mL
100 X = 5000
TENHO 25 G E PRECISO DE 50 G.
Xg 10 mL
100 X = 500
500
X=
100
SAIBA MAIS
Note que nesse exemplo adicionaríamos 50 mL a 500 mL de SG 5%, resultando em uma solução
com 550 mL. Se o paciente não puder receber um soro com 550 mL por ter patologias renais,
cardiopatias ou ser da neonatologia/pediatria isso deve ser considerado.
Entretanto, se acrescentarmos 50 mL no soro, o volume total ficará em 550 mL. Então teremos
que desprezar 50 mL do soro para acrescentar os 50 mL necessários. Se desprezarmos 50 mL
de soro estaremos desprezando também certa quantidade de glicose, concorda? Nosso próximo
passo é identificar o quanto de glicose será desprezada.
Soro 5%
5g 100 mL
Xg 50 mL
100 X = 250
X = 2,5 g (será desprezada em 50 mL)
Se o soro tinha 25 g de glicose e desprezei 2,5 g fiquei com 22,5 g (25 g – 2,5 g).
Se acrescentei 25 g de glicose (5 ampolas) fiquei com 47,5 g no total. A prescrição médica pediu
50 g, portanto ainda falta acrescentar 2,5 g (justamente o que desprezei).
Onde buscar 2,5 g? Resposta: Nas ampolas de glicose!
Cada ampola de glicose 50% contém 5 g em 10 mL, se preciso de 2,5 g precisarei de 1/2 am-
pola de glicose 50%:
5g 10 mL
2,5 g X mL
a
5 X = 25 ra calcular um
Lembre-se: Pa te
é importan
X = 5 mL (1/2 ampola) transformação
erar o que
Resposta final: Serão necessárias 5 1/2 ampolas de glicose 50% para sempre consid
ível e o que
que após desprezarmos 50 mL correspondesse a prescrição médica. TENHO dispon
te à prescrição
PRECISO fren
médica.
Xg 500 mL
2500
X= = 25
100
X = 25 g de glicose há em 500 mL de SG 5%
NaCl:
0,9 g 100 mL
Xg 500 mL
100 X = 450
450
X=
100
X = 4,5 g de cloreto de sódio há em 500 mL de SF 0,9%
Resposta: Para a preparação de SGF, podemos acrescentar 4,5 g de cloreto de sódio em um SG 5%
ou acrescentar 25 g de glicose em um SF a 0,9%.Como temos ampolas de NaCl 30% então prepa-
raremos a partir do SG 5%.
2º- passo: Como vamos acrescentar 4,5 g de NaCl em 500 mL de SG 5%, precisamos calcular quan-
tos mL de NaCl 30% precisamos:
Xg 10 mL
300
X= =3g
100
4,5 g X mL
3 X = 45 mL
X = 15 mL (o que equivale a 1,5 ampolas)
Resposta: Para obter um SGF, devemos acrescentar 15 mL (ou 1,5 ampolas) de 10 mL de NaCl 30%.
Diluição nada mais é do que de tornar uma solução menos concentrada em partículas de soluto
através do aumento do solvente, ou seja, acrescentar solvente a uma solução.
SAIBA MAIS
Nessas especialidades, muitas vezes, além da diluição (aspirar um volume X do frasco da me-
dicação e acrescentar um volume Y de AD) faz-se também a rediluição que consiste em repetir esse
processo de diluição mais de uma vez. O profissional possui livre arbítrio para estipular o volume que
será necessário para a diluição e rediluição. A diluição e rediluição são feitas para que se consiga a
dose prescrita de medicação em um volume possível de ser aspirado com segurança. Trabalhar com
volumes muito pequenos de medicação aumenta as chances de erros.
Dra. Letícia prescreveu Ranitidina 6,5 mg (EV) de 12/12h. Disponível na unidade ampola de
25 mg/mL, volume total de 2 mL. Quantos mL devo administrar?
Resolução:
25 mg/mL 50 mg/2mL (volume total) + 8 mL de Água destilada (AD) para diluir já que
a concentração prescrita é muito pequena, assim obtenho 10 mL.
50 mg 10 mL
6,5 mg X mL
50 X = 65
65
X= = 1,3 mL
50
50 mg 2 mL
6,5 mg X mL
50 X = 13
Dra. Luiza prescreveu 35 mg de Amicacina (EV), há disponível ampolas de 500 mg/2 mL.
Quantos mL dessa solução devo administrar?
500 mg 10 mL
35 mg X mL
500 X = 350
350
X= = 0,7 mL
500
Resposta: Devo aspirar 2 mL da ampola (volume total), acrescentar 8 mL de AD e dessa solução aspi-
rar 0,7 mL. Posso aspirar esse volume de 0,7 mL em uma seringa de 1 mL.
Hoje, na maioria das instituições de saúde há Bombas de Infusão (BI) para o controle de volume
a ser infundido, porém muitas vezes, por alguma razão, essa pode não estar disponível para o uso
(GIOVANI, 2017).
Há apenas uma fórmula básica a ser aplicada no cálculo do gotejamento e três variações, que
você poderá facilmente construir a partir do que já sabe. A fórmula básica é:
Volume V
Nº- de gotas por minuto = =
Tempo x 3 Tx3
sendo que:
Essa fórmula, em formato de macrogotas e horas é a mais utilizada em saúde. A partir dela,
podemos chegar em suas variações.
1ª- variação: fórmula em microgotas. A fórmula em microgotas é utilizada em Pediatria, Neo-
natologia, na infusão de alguns antibióticos ou nos casos de algumas medicações quimioterápicas.
Nesse caso, o equipo de microgotas é conectado a uma bureta (dispositivo que controla volumes
pequenos e em quantidades exatas). Para chegar nessa fórmula basta lembrarmos que 1 macrogota
= 3 microgotas, então multiplicamos a fórmula base por 3, chegando a:
V
Nº- de microgotas por minuto =
T
Microgota Macrogota
Prescrição Médica: Administrar 1000 mL de Solução Fisiológica (SF) 0,9% de 12/12h. Qual o
gotejamento dessa infusão?
V 1000 1000
TX3
= gotas/min ➟ 12 x 3
=
36
= 27,77... = 28 gotas/min
V 1000
T
= microgotas/min ➟ 12
= 83,33... = 83 microgotas/min
Perceba que nos casos acima houve a necessidade de ARREDONDAMENTO. Isso deve ser
feito para trabalharmos com números inteiros porque não existe meia gota, não é mesmo? Diferente
de outros cálculos em que a dose resultante é a que deve ser administrada sem arredondamento, ok?
Para fazermos isso precisamos considerar algumas regras:
• Se o número após a vírgula for (1, 2, 3 ou 4) mantemos o mesmo número sem os décimos.
4,3 gotas/min
➟
o número que vai ser eliminado (3) é < 5, portanto arredondamos para 4 gotas/min.
o número que vai ser eliminado (7) é > 5, portanto arredondamos para 5 gotas/min
• Se o número após a vírgula for igual a 5 há dois casos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-
MAS TÉCNICAS, 2014; INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2009):
o 1º- caso: número é 5, mas não é seguido apenas de zeros. Nesse caso, ele é arredondado
para cima, seguindo a mesma regra para os números 6 a 9.
o 2º- caso (exceção): número é exatamente 5, seguido apenas de zeros.
Nesse caso o número, após o arredondamento,
do você
deverá ser sempre par. a té im aginan eio
estou
Já gra é m
essa re
e n s a n do que m bém ac
ho,
p
4,501 gotas/min ➟ = 5 gotas/min
maluca
. Pois é
, e u ta
A BNT e d
a ISO.
d a
regra
mas é a
4,500 gotas/min ➟ = 4 gotas/min
V x 20
Nº- de gotas por minuto =
T
3ª- variação: fórmula em microgotas para prescrição em minutos. Para fazer essa variação da
fórmula basta fazermos, ao mesmo tempo, as duas transformações que fizemos para chegar as 2
variações anteriores, ou seja, multiplicamos a fórmula por 3 e depois por 60, chegando a:
V x 60
Nº- de microgotas por minuto =
T
DICA: como conferir se as fórmulas estão corretas? Basta você resolver um exemplo para si
mesmo e as respostas deverão ser iguais. Imagine uma prescrição imaginária de 36 mL de uma
medicação X de 12/12h:
Resolvendo usando a fórmula base:
36
Nº- de gotas por minuto = = 1 gota/min
12 x 3
36
Nº- de microgotas por minuto = = 3 microgotas/min = 1 gota/min
12
36
Nº- de gotas por minuto = x 20 = 1 gota/min
12 x 60
36
Nº- de microgotas por minuto = x 60 = 3 microgotas/min = 1 gota/min
12 x 60
Dra. Patrícia prescreveu a medicação Flagyl 500 mg (EV), para infundir 100 mL em 50 minutos.
Quantas gotas e microgotas por minuto?
V x 20 100 x 20 2000
= = = 40 gotas/min
T 50 50
V x 60 100 x 60 6000
= = = 120 microgotas/min
T 50 50
6. Medicamentos Especiais
O principal fator que faz esses medicamentos merecerem uma atenção especial é o fato de
que são apresentados usando UI (Unidade Internacional). Além disso, trataremos abaixo apenas das
particularidades de cada um, sendo que, praticamente todo o conhecimento que necessitam para
usarem esses medicamentos vocês já obtiveram nas sessões anteriores.
6.1 PENICILINA
OBS: Após se calcular o volume a ser administrado geralmente infunde-se a medicação em 100
mL de SG 5%.
Vamos ao exemplo:
1.500.000 X mL
15.000.000
X= = 3 mL
5.000.000
2.500.000 X mL
25.000.000
X= = 5 mL
5.000.000
6.2 INSULINAS
A particularidade das insulinas é que possuem seringas específicas para seu uso, já graduadas
em UI. No entanto, se se essas seringas por alguma razão não estiverem disponíveis, a insulina de-
verá ser administrada usando seringas comuns, graduadas em mL.
Atualmente os frascos de insulinas apresentam-se na concentração de 100 UI/mL, havendo
também seringas de:
1 mL graduadas em 100 UI
0,3 mL graduadas em 30 UI
0,5 mL graduadas em 50 UI
Quando o frasco de insulina é compatível com a seringa basta aspirar as unidades necessárias
e realizar a aplicação. Se for prescrito 40 UI de insulina, há frasco de 100 UI e seringa de 100 UI,
basta aspirar 40 UI na seringa e administrar ao paciente. Fácil, não é mesmo?
E quando essa seringa não estiver disponível?
Há 2 situações em que isso pode acontecer e que será necessário a aplicação de uma fórmula
e da regra de 3, com ela é possível transformar qualquer prescrição de insulina utilizando seringas
em UI ou em mL.
1ª- situação: A UI do frasco de insulina não é compatível com a UI da seringa ou seja, o frasco
é de 100 UI porém as seringas disponíveis são de 30 UI ou 50 UI;
2ª- situação: O frasco de insulina é de 100 UI, porém não estão disponíveis seringas graduadas
em UI, sendo então necessário se calcular o volume necessário e aspirá-lo em seringas hipodér-
micas de 3 ou 5 mL.
Foi prescrito pelo dra. Meire a administração de 20 UI de Insulina Regular (SC), porém só há
na unidade frascos de 100 UI e seringa de 50 UI. Frasco e seringa não são correspondentes, correto?
100 UI 50 UI
20 UI X
100 X = 1000
1000
X= = 10 UI
100
Dr. João Vitor prescreveu 30 UI de Insulina NPH (SC). Quantos mL de insulina serão administra-
das se na unidade há apenas seringas de 3 mL?
Aplicando a fórmula teremos:
Frasco Seringa
Prescrição X
100 UI 1 mL
30 UI X mL
100 X = 30
30
X= = 0,3 mL
100
Para facilitar o cálculo, na fórmula, sempre será utilizado seringa (1 mL), independente das
seringas serem de 3 ou 5 mL. Isso é justificado porque utilizaremos a quantidade equivalente a
seringa de insulina padrão (como se estivesse substituindo).
6.3 HEPARINA
O cálculo de heparina é exatamente igual aos exemplos já vistos anteriormente, como no exem-
plo a seguir:
Dr. Júlio prescreveu 7.500 UI de heparina SC. Tenho na unidade frasco/ampola com 5.000 UI.
Quantos mL devo administrar ao paciente?
5.000 UI 1 mL
7.500 UI X mL
5.000 X = 7.500
7.500
X= = 1,5 mL
5.000
AHOUAGI et al. Heparina: erros de medicação, riscos e práticas seguras na utilização. Belo Horizon-
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