O documento discute a importância da implementação de práticas contemplativas como o Mindfulness na educação. Aponta que tais práticas promovem o bem-estar emocional, o controle do estresse e a melhoria do desempenho cognitivo e do comportamento, baseando-se em pesquisas e em uma tradição milenar de culturas como a indiana, tibetana e chinesa. Defende que tais abordagens contribuem para uma educação que desenvolva a sabedoria, a moralidade e a concentração.
O documento discute a importância da implementação de práticas contemplativas como o Mindfulness na educação. Aponta que tais práticas promovem o bem-estar emocional, o controle do estresse e a melhoria do desempenho cognitivo e do comportamento, baseando-se em pesquisas e em uma tradição milenar de culturas como a indiana, tibetana e chinesa. Defende que tais abordagens contribuem para uma educação que desenvolva a sabedoria, a moralidade e a concentração.
O documento discute a importância da implementação de práticas contemplativas como o Mindfulness na educação. Aponta que tais práticas promovem o bem-estar emocional, o controle do estresse e a melhoria do desempenho cognitivo e do comportamento, baseando-se em pesquisas e em uma tradição milenar de culturas como a indiana, tibetana e chinesa. Defende que tais abordagens contribuem para uma educação que desenvolva a sabedoria, a moralidade e a concentração.
O ano de 1979 marca um momento importante na história do estudo da mente.
O Dr. John Kabat-Zinn, professor Emérito de Medicina e fundador da Clínica de Redução do Estresse, além de fundador do Centro de Atenção Plena da Escola Médica da Universidade de Massachusetts e do Centro Zen de Cambridge, apresenta ao mundo um novo método, baseado em um sistema budista milenar de condicionamento da mente, o MBSR (Mindfulness Based Stress Reduction). Ele se tornou o pioneiro na utilização do conceito da Atenção Plena (Mindfulness), um dos Oito Nobres Caminhos ensinados por Buda, na prática da psicoterapia para a redução do estresse. Em 1992 há um novo desenvolvimento da técnica surgindo a MBCT (Mindfulness Based Cognitive Therapy) pelos pesquisadores Zindel Segal, John Teasdale e Mark Williams. Mas foi no ano de 2000 que surge nos EUA o primeiro grupo para utilização do sistema de Mindfulness na educação, e em 2007 o primeiro programa de Mindful Schools In-Class no mesmo país. Desde então inúmeras pesquisas realizadas especialmente por especialistas em Neuroeducação tem comprovado os efeitos de sua prática na sala de aula, na vida social e particular dos alunos, bem como na saúde dos professores. O Reino Unido aprovou o projeto para implementar nas escolas o National Healthy Schools Programme em vista dos seus muitos benefícios. Inúmeras cartilhas e métodos foram desenvolvidos para o ensino, onde o aluno é incentivado na prática a cultivar a gratidão e a bondade, lidar com pensamentos e emoções difíceis, etc. Entre as perguntas básicas do programa há: Com ter bem-estar? Com ser melhor ainda? A base chave de todo ensino contemplativo reside em o professor ensinar seus alunos a aprender a selecionar o objeto de sua atenção. Todas as nossas experiências são mediadas pelos pensamentos, sensações e percepções. Para o educador é o ensino de uma prática metacognitiva. Para os alunos, a percepção das experiências como fenomenológicas. O treinamento consiste em guiar os alunos através de exercícios para ancorar processos corporais simples, tais como as sensações relacionadas a respiração, por exemplo, e o desenvolvimento de emoções positivas. Todas os métodos são elaborados conforme o período de maturação neurológico, e acompanhados individualmente. O resultado interno é a regulação aos impulsos e o autoconhecimento. A maior parte dos problemas educacionais, descartando a situação socioeconômica do país, ocorrem por desorganização institucional, despreparo (na maioria das vezes, emocional) dos educadores e mau comportamento dos alunos sem ações conjuntas entre pais e escola. Algo semelhante ocorre nas universidades e faculdades dentro de suas características específicas. Os três princípios em que se norteia o Mindfulness e a Pedagogia Contemplativa podem ser aliados importantes na resolução dessas dificuldades. O desenvolvimento da Sabedoria, em busca de um entendimento e aspirações corretas; a Moralidade, propiciando um modo de vida seguro, com linguagem e ações apropriadas ao convívio social; e a Concentração, ativando a disciplina, atenção e esforço corretos a cada faixa etária e situação psicológica. Os resultados mencionados em diversas pesquisas apresentam um futuro notável. Controle do estresse, ansiedade e depressão. Bem-estar emocional. Melhora no desempenho cognitivo. Melhora na regulação mental e no comportamento na escola. Melhora na empatia e habilidades sociais. Tudo isso como resultado final de um entendimento das emoções difíceis, da aplicação de uma educação atenciosa e uma comunicação consciente. Embora tenha iniciado esse artigo mencionando uma revolução no estudo da mente à partir de 1979, todos esses entendimentos fazem parte de um conhecimento milenar. Na Índia, Tibete, China e Japão essas práticas fazem parte da cultura. Há registros, inclusive, de um monge chinês, o Mestre Guifeng Zongmi, praticante do Zen Budismo, o Chan, que aplicava técnicas de meditação como forma de tratamento. Muito semelhante a MBCT. Outros educadores de culturas diversas mencionaram a importância do estudo sobre a alma humana, como Aristóteles que disse que “educar a mente sem educar o coração não é educação.” A observação pura da própria existência é o que conduz o homem a sua individuação, usando um conceito junguiano. Porém, o grande educador chinês, Confúcio, destaca que não é preciso que o homem redescubra isso, pois, a criança, se continuar em seu caminho natural, já está centralizada e individuada. A cultura é que distancia o homem de seu centro. Assim, em resumo, temos muitos motivos para a implementação de práticas contemplativas, como o Mindfulness, na educação. Escritos milenares. Culturas diversas. Todas envolvidas no conceito da auto-observação atenciosa. Recursos e estudos modernos. Simplicidade na execução, baixo investimento e abertura a qualquer instrutor devidamente orientado a aplicar essa ciência da educação emocional e mental.
Autor: Prof. Dr. Helio Laureano. Neuropsicólogo. Neuropsicopedagogo. Instrutor de
Mindfulness. Especialista em Psicologia Transpessoal. Doutor em Psicologia. Doutor em Antropologia. Realizando estudos sobre Meditação nas instituições International Buddhist Academy e Dharma College. Diretor do CENTRO DE ESTUDOS CONTEMPLATIVOS. (econtemplative.com)