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O Brasil em Imagens
caminhos que antecedem e marcam a Antropologia Visual no Brasil *
†
Sobre
as
gravuras
da
família
de
Bry,
que
ilustram
os
livros
de
Staden
e
Léry,
e
as
inúmeras
alterações
introduzidas
na
época
pelos
gravadores,
vide
Bucher,
1981.
1
Albert Eckhout e Franz Post. Entre os séculos XVII e XIX diferentes artistas retratam o
cotidiano da vida nos grandes engenhos de açúcar no nordeste, onde os senhores
supervisionavam os trabalhos de animais e escravos.
Caberia aqui uma pergunta: será que esta iconografia fala apenas do Brasil?
Como mostra Ana Belluzzo em O Brasil dos Viajantes, “As imagens elaboradas pelos
viajantes participam da construção da identidade européia. Apontam os modos como as
culturas se olham e olham as outras, como imaginam semelhanças e diferenças, como
conformam o mesmo e o outro” (1994:13). É, segundo a Autora, uma história de pontos
de vista, de triangulações do olhar, onde as imagens, mais do que dar a ver o Brasil,
deixam ver o europeu.
2
3
genealogias, tradição oral, expressões estéticas e tantos outros, nossa disciplina chega a
esses temas por meio de pesquisas em que, por um longo período de tempo no campo, a
interação entre o antropólogo e seus interlocutores é o modo básico de coleta de dados.
A escrita etnográfica, por sua vez, vai procurar reconstruir esses dados e reapresentá-los
de modo a retomar a experiência da pesquisa por que passou o pesquisador em campo
para o texto. O texto etnográfico é permeado de eventos ou dramas sociais presenciados
pelo antropólogo, histórias narradas por seus interlocutores, opiniões e pontos de vista
dos diferentes atores do universo empírico estudado sobre determinado acontecimento e
que, inevitavelmente, incluem também o ponto de vista do antropólogo pesquisador.
4
conteúdo (o que ela diz sobre as culturas e suas histórias) quanto no de sua forma (as
implicações de seu modo de textualização)” (Clifford, 1998:63). Por outro lado, os
dados colhidos pelo pesquisador são, via de regra, fragmentados. Só a escrita
etnográfica permitirá transformar (ou não) esses fragmentos em algo que de certo modo
apresente uma temática específica e que era até então invisível ao observador.
5
há ainda outras afinidades. Se o fotógrafo é alguém invisível por trás de sua câmera,
tornando completamente visível o que ele fotografa, também o antropólogo preocupou-
se por muito tempo em abstrair sua presença dos povos estudados e reapresentados em
seus trabalhos. (Pinney 1991:76).
filma Nanook observando com ouvidos atentos o som que sai de uma antiga vitrola. Na
interpretação de Taussig, o fonógrafo é o aparato que permite a identificação entre o
primitivo e o civilizado.
“... he shows the way for a “new man” who can be both black and white,
Senegalese and French. This is why the image of the phonograph in this film
approaches that of an icon with the terrible ambivalence of the sacred coursing the
circuitry of mimesis and alterity binding civilization to its savagery”. (Taussig, 1993:
206).
O fonógrafo era finalmente uma máquina que podia falar em todas as línguas,
que podia levar o som, diferentes gêneros de música para locais distantes onde estes
sons jamais haviam sido registrados. ††
††
Acho
bastante
infeliz
a
interpretação
do
sociólogo
Paulo
Menezes
que
deixa
de
ver,
nesta
cena
construída
por
Flaherty
o
prazer
do
próprio
cineasta
frente
ao
prazer
de
Nanook.
O
que
Menezes
vê
na
construção
que
Flaherty
faz
de
Nanook,
“ao
infantilizá-‐lo
imbecilizando-‐o
frente
à
tecnologia”
(2005:107)
exclui
por
completo
a
percepção
que
o
Ocidente
tinha
de
deslumbramento
frente
às
suas
próprias
conquistas
tecnológicas.
7
8
‡‡
Para
uma
análise
das
fotos
de
Militão
sobre
São
Paulo,
vide
Frehse,
2002.
9
desenvolvam para ele um filme especial que permitisse filmar no calor úmido da
Amazônia.
10
Suas iniciativas voltam-se não apenas para a educação do povo, mas igualmente
para a preservação da diversidade cultural do país. Num espírito muito próximo à
antropologia salvacionista de Margaret Mead, Roquette-Pinto em Rondônia faz extenso
uso de imagens e principalmente de fotografias. “Tentei tirar um instantâneo da situação
social, antropológica e etnográfica, dos índios da Serra do Norte, antes que principiasse
§§
Moreira
et
alii,
2008:247.
***
Vide
Moreira
et
alii,
2008.
†††
In
Schvarzman,
2008:295.
11
o trabalho de decomposição que nossa cultura vai neles processando. Esta prova
fotográfica; quero deixá-la sem retoques.” (Roquette-Pinto, 1917:xiv). Vista como
registro imparcial, um documento sem retoques, a fotografia aparece como a
salvaguarda que permite escapar à ação do tempo. Mais do que isto, à frente de sua
época, Roquette-Pinto estava convicto de que o desenho e a observação de imagens
eram fundamentais para a educação e lamentava o desprezo pelo desenho e pela
‡‡‡
fotografia como práticas de aprendizado. Responsável pela criação, em 1910, do
primeiro acervo de filmes científicos no Brasil, no Museu Nacional do Rio de Janeiro,
Roquette-Pinto via o cinema como um meio para a educação do povo e não como
entretenimento.
‡‡‡
Vide
Duarte,
2008.
§§§
Sobre
os
trabalhos
de
documentação
em
imagens
realizados
por
Thomas
Reis
e
a
Comissão
Rondon,
vide
Tacca,
2001.
****
Vide
Schvarzman,
2008.
††††
Vide
Monte-‐Mór,
1995
12
Na França as décadas de 1950 e 1960 foram marcadas por intenso debate sobre o
uso da câmera como instrumento de pesquisa por antropólogos. A figura de Jean Rouch,
um dos antropólogos cineastas que mais influenciará a produção da antropologia visual
no Brasil começa a despontar com os trabalhos que ele inicia na África. ††††† No Brasil,
estes debates ecoam de imediato nos seminários que envolvem cineastas que irão
estabelecer novos rumos para o cinema brasileiro, principalmente no pós-guerra
dominado pelo cinema norte-americano.
cineastas influenciados por Vertov e Jean Rouch dão início a uma série de
documentários sobre grandes temas da realidade brasileira: cangaço, futebol, migração,
‡‡‡‡‡
escola de samba, religiosidade, artesanato, etc. É novamente o Brasil em imagens
que se expõe nas telas de cinema, mas agora um cinema em que a realidade nacional é
retratada de um modo que os cinejornais institucionais não o conseguiram.
Documentário e ficção se mesclam nos filmes desta época e Nelson Pereira dos Santos
vai colocar a importância do cinema tomar a si a questão do “nacional” e a esta voz de
Nelson seguem-se as experiências do movimento que será depois conhecido como
Cinema Novo (Monte-Mór, 1995:85).
‡‡‡‡‡
A
análise
de
alguns
filmes
desta
época
focando
a
imagem
que
cineastas
fazem
do
povo
a
partir
de
um
modelo
sociológico
pode
ser
encontrada
em
Bernardet,
2003.
14
Mostra e é inegável sua contribuição para uma ampla reflexão sobre o ensino da
antropologia e a produção de documentários.
§§§§§
Vide
sobre
a
antropologia
visual
brasileira
a
entrevista
realizada
pela
antropóloga
e
cineasta
portuguesa,
Catarina
Alves
Costa,
com
Bela
Feldman-‐Bianco
(UNICAMP),
Clarice
Peixoto
(UERJ),
Cornélia
Eckert
(UFRGS),
Renato
Athias
(UFPE)
e
Sylvia
Caiuby
Novaes
(USP)
(2005).
******
No
blog
do
GTAV
da
ABA
http://antropologiavisualaba.blogspot.com/
é
possível
consultar
os
diversos
prêmios
concedidos
pela
Associaição,
os
cursos
de
antropologia
visual
oferecidos
em
diferentes
universidades,
a
bibliografia
a
respeito,
os
festivais
e
seminários
na
área.
15
††††††
Vide
resenha
desta
coletânea
em
Hamburger,
2000.
16
‡‡‡‡‡‡
a produção escrita, não há um bom canal de distribuição destas produções. Outro
fator que muito contribui para a ausência destas produções nos acervos universitários é
que não há, até hoje, uma rubrica específica para aquisição desta produção, seja nos
orçamentos das universidades, seja nos orçamentos das agências financiadoras. Além
disso, as produções audiovisuais são, em sua grande maioria, realizadas nas
universidades, em laboratórios ou núcleos que não têm a possibilidade de emitir nota
fiscal, não têm CNPJ, não têm autonomia financeira no interior da instituição
universitária, o que dificulta ainda mais a comercialização dessa produção. São poucos
também os sites de grupos de pesquisa que permitem o acesso a estas produções na
íntegra. Neste sentido, qualquer artigo que se proponha a analisar a produção
audiovisual de antropólogos no Brasil será não somente datado como mais informado
pela instituição do autor.
De qualquer modo, é possível elencar alguns temas que vem sendo tratados por
antropólogos e outros autores das chamadas Humanidades. Família é certamente um
destes temas e sempre atravessado pelo tema da memória. Nestes trabalhos, real e
imaginário se entrecruzam sempre, pois ao lado das fotos a serem analisadas há
inevitavelmente o depoimento de algum familiar que, motivado pela imagem, coloca a
imaginação a relembrar. §§§§§§ Em Álbum de Família (1992) de Myriam Moraes Lins de
Barros e Ilana Strozenberg e Retratos de Família, de Miriam Moreira Leite (1993) o
tema comum é a análise de coleções fotográficas de famílias. Nestes retratos os valores
que norteiam a instituição família ficam visíveis e são enunciados nos depoimentos. Nas
fotos de famílias de imigrantes que vieram para São Paulo entre 1890 e 1930 os
depoimentos dos familiares, apontam para o sentido das imagens, o que é dito e o que é
silenciado sobre elas. Em 2003 a revista Cadernos de Antropologia e Imagem publica
um número totalmente dedicado a A Família em Imagens.
‡‡‡‡‡‡
Cinema
e
Antropologia,
iniciativa
de
Clarice
Peixoto
no
sentido
de
divulgar
os
trabalhos
de
antropologia
visual
realizados
no
Brasil,
nas
diferentes
TVs
universitárias
do
país,
procurando
igualmente
distribuir
e
vender
esses
filmes
é
louvável
-‐
mas
ainda
estamos
longe
de
um
ideal
de
distribuição
e
divulgação
dos
audiovisuais
realizados
por
antropólogos
brasileiros.
§§§§§§
Um
dos
primeiros
trabalhos
publicados
no
Brasil
sobre
a
família
como
tema
de
análise
visual
é
Retratos
Quase
Inocentes,
organizado
por
Carlos
Eugênio
Marcondes
de
Moura
(1983).
17
*******
Vide,
a
este
respeito,
Caiuby
Novaes
2000.
18
†††††††
Esta
discussão
sobre
o
uso
do
vídeo
foi
analisada
em
artigo
de
Ferraz,
Cunha,
Hikiji,
2006.
19
cidade, que é a Marginal Pinheiros. A busca de novas formas de apresentação dos dados
da pesquisa etnográfica vem sendo debatida por autores que investigam formas
expressivas que dêem conta de apresentar a complexidade das dinâmicas sociais que
estudamos, como George Marcus (1986 e 2004), Michael Taussig (1993) e James
Clifford (1998).
21
finalizou filmes sobre a obra de Ruth Cardoso, Eunice Durham, José Guilherme
Magnani, Ruben Oliven, Gilberto Velho e Jean Arlaud. Filmes sobre Tereza Caldeira e
Alba Zaluar estão em processo e devem estar concluídos em breve. São todos
antropólogos que se dedicaram em suas obras às análises de diferentes aspectos da vida
na cidade. A esta produção soma-se a que vem sendo feita por meio de diferentes
projetos na UFRGS e que tem como foco a cidade de Porto Alegre, seus bairros e
§§§§§§§
habitantes, a questão da cidade e da memória. Nestes trabalhos sobre a cidade a
influência de intelectuais como Gaston Bachelard, Gilbert Durand e Walter Benjamin é
muito clara.
§§§§§§§
A
produção
de
filmes
do
BIEV
é
acessível
em
http://www.biev.ufrgs.br/grupos-‐de-‐trabalho/gt-‐
video.php
e
igualmente
em
http://www.biev.ufrgs.br/grupos-‐de-‐trabalho/gt-‐som.php
22
Mauss segundo suas alunas é um filme realizado na UFSC por Carmen Rial e
Miriam Grossi. A obra de Mauss é discutida através dos depoimentos de Denise
Paulme, Germaine Dieterlen e Germaine Tillion, três das alunas de Mauss que
integraram a primeira geração de antropólogos franceses formados nos anos de 1930.
Há outros dois filmes realizados na UFSC: Germaine Tillion: onde há perigo, a
encontramos
sobre uma das alunas de Mauss, com um trabalho de campo de vanguarda
na Argélia, sobrevivente do campo de concentração de Ravensbruck, heroína da
Resistência. As autoras a acompanharam durante vários anos, até o seu aniversario de
100 anos. Egon, meu irmão, é um filme com depoimentos dos familiares do antropólogo
Egon Schaden, camponeses de São Bonifácio-SC.
********
Vide
Bairon
e
Ribeiro,
2007.
††††††††
Vide
resenha
da
obra
em
Fernandes,
1999.
23
princípios da teoria antropológica estão ainda longe de serem adotados na maioria das
instituições, da mesma maneira que seu espaço de discussão é bastante restrito”.
(Peixoto, 1995:78).
‡‡‡‡‡‡‡‡
Um
excelente
resultado
destes
intercâmbios
e
debates
entre
cineastas
e
antropólogos
foi
publicado
na
Revista
Interseções,
ano
5,
n.
1,
2003,
reunindo
trabalhos
apresentados
no
Seminário
Cinema
e
Ciências
Sociais,
organizado
por
Clarice
Peixoto
na
UERJ.
24
ocorre na Noruega, onde o sistema FRIDA (o lattes deles) não permite para as
produções audiovisuais outra rubrica que não a de “trabalhos artísticos”, como relata
Peter Crawford.
“Escrita, oralidade, visualidade são meios da comunicação humana [...] meios,
linguagens e técnicas diferenciadas [...]” (Samain, 2005:119). A tecnologia digital vem
ainda acrescentar novas modalidades narrativas a estas formas de linguagem. Entre o
documental, e o melhor exemplo são os trabalhos realizados pelo IWF – Institut für den
Wissenschaftlichen Film em Göttingen, na Alemanha, que tem como expoente no Brasil
os filmes realizados por Harald Schultz na década de 1960, e o expressivo, como os
trabalhos de Murilo Machado (1998) em que este, por meio de fotografias, procura
expressar o êxtase, a antropologia visual vem aos poucos se firmando. É na pesquisa
antropológica e, posteriormente, na elaboração do texto etnográfico e do audiovisual,
que se percebe a qualidade da relação que o antropólogo conseguiu estabelecer em
campo. Mais do que na pesquisa em outras disciplinas das Ciências Sociais, a pesquisa
antropológica implica uma relação entre sujeitos de conhecimento, encontros e
desencontros que incorporam aquilo que Jeanne Favret-Saada (2005) chamou de afeto.
A experiência do campo é uma experiência transformadora, em que partes de nós
mesmos se encontra e se identifica com o Outro que pesquisamos. Nosso desafio é levar
esta experiência para as nossas produções audiovisuais.
Se este é nosso objetivo, não podemos abrir mão da estética como foco central,
seja no universo da imagem, da linguagem ou da performance. Nos trabalhos
audiovisuais, como diz Joanna Overing a respeito do conhecimento nas sociedades
indígenas, o conhecimento sobre o mundo se realiza no mundo por meio de um viés que
é, ao mesmo tempo, estético, ético e moral. São trabalhos que continuam, como em
toda boa Antropologia, buscando o modo como diferentes pessoas vivem sua
humanidade numa cultura muito específica e particular. É este o grande desafio para a
antropologia visual e, certamente, o caminho a ser trilhado para que esta área venha a
ocupar um espaço mais reconhecido no âmbito mais amplo de nossa disciplina.
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Fimografia
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