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Objetivos:
Conteúdos:
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O jardim-de-infância tem o papel de favorecer a criança com NEE e o novo ambiente, para que a
criança adquira mecanismos positivos frente a novas situações e se possa adaptar
favoravelmente. O educador organiza o ambiente tendo em conta as singularidades das
crianças, oferecendo-lhe condições para que desenvolva a sua autonomia, identidade, espírito
de cooperação e solidariedade. O educador estabelece vínculos afetivos e de confiança com as
crianças e com a família.
A adaptação da criança é realizada em diferentes fases:
Cooperação mútua.
Com as rotinas:
Respeitar as rotinas;
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O que os pais devem fazer ajudar na integração dos seus filhos no jardim-de-infância?
É importante que lhes deem a conhecer o espaço onde vai passar a estar no dia-a-dia,
nomeadamente a sala, espaço refeições, casas de banho, recreio e outros locais vai utilizar.
Devem falar com a educadora na presença da criança. Quando chegar a casa devem falar com os
filhos, de forma entusiástica, dos bonitos espaços que viu, onde vai aprender e onde vai brincar.
É importante referir sempre o facto de ir ter tantos meninos e meninas com quem vai brincar,
como vai pintar, fazer jogos, apelando especialmente às coisas de que ele gosta.
No primeiro dia é importante que os pais passem algum tempo com os seus filhos, pelo que não
devem ir a correr deixá-lo à porta do infantário. Devem sim, fazer as coisas com alguma calma. Na
primeira semana, apesar da vida nem sempre permitir, será bom que façam o esforço.
Devem estacionar o carro, e ir com a criança até à sala, falar com a educadora, com outros pais
que ali também possam estar. Devem fazer sentir à criança que aquele espaço é dele, mas que
está lá para o apoiar. Se os pais tiverem disponibilidade de horário, devem ir buscar a criança
antes do fim do dia e perguntar-lhe o que ela fez. Essa partilha vai permitir que a criança se sinta
mais confiante.
Os pais devem estar presentes mas não devem ser demasiados protetores, não é isso que se
pretende. A criança tem que ir conquistando a sua autonomia e confiança. Deve-se ajudar a
ultrapassar os problemas, mas não os retirar do caminho.
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As crianças com NEE devem ter uma relação de companheirismo com o educador de infância.
Estes devem apoiar as crianças nas suas atividades, encorajá-las a aproveitar, a desenvolver
as suas capacidades e encontrar soluções para os seus problemas. Devem discutir as situações
com as crianças e integrá-las no planeamento e construção das atividades.
Na creche e no jardim-de-infância trabalha uma equipa de profissionais que têm uma grande
influência na qualidade das práticas de cuidados e educação das crianças com NEE.
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Respeitar a criança como sujeito inserido numa sociedade e com os seus próprios direitos.
Guardar as informações pessoais das crianças, salvaguardando os seus direitos.
Promover a autonomia da criança.
Promover o trabalho e parceria com outros técnicos.
Assegurar a ligação entre crianças, educadores, pessoal administrativo, e visitantes.
Saber trabalhar em equipa.
Apoiar a atividade pedagógica, de ação social escolar e de apoio geral.
Na nossa sociedade é frequente os pais investirem muito, quer em termos materiais quer em
termos emocionais, enquanto esperam o nascimento de um filho. O casal deseja ter um filho
saudável, uma criança robusta, que seja a sua auto imagem e, ao mesmo tempo, que assegura a
continuação do nome e a tradição da família. A par dos sonhos do casal juntam-se,
frequentemente, crenças e receios, pois uma criança que vai nascer é um ser desconhecido. É
evidente que o interior do sistema familiar vai sofrer alterações e a consciência desse facto lança
algumas dúvidas. Desde o início das gestações que se colocam questões, do género “Como será
o meu filho?” ou “Será que é perfeito e saudável?”. O tempo passa e eis que chega o dia tão
esperado: a criança sonhada e idealizada finalmente nasceu! Mas os factos, por vezes, contrariam
os sonhos e os desejos dos pais. O “fantasma” do filho com deficiência torna-se realidade. Dar à
luz um filho com deficiência é um acontecimento inesperado para o qual a família não está
preparada. É um acontecimento na vida dos pais que sempre ficará marcado e produzirá
mudanças no seio familiar. Nesta situação ocorrem questões, tais como:
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O nascimento de uma criança “diferente” coloca os pais diante de um facto que lhes pode
despertar várias reações. Segundo alguns atores, este acontecimento promove três etapas de
adaptação no seio da família, a saber:
As famílias com crianças com NEE podem e devem procurar ajuda junto de profissionais
(médicos, psicólogos, educadores e outros técnicos), que devem proporcionar todo o apoio
possível, pois elas necessitam de informação sobre a deficiência e, sobretudo, que as ajudem
a aceitar essas crianças, que lhes demonstrem solidariedade, para que em nenhum momento
se sintam sós, desamparadas e soladas. Os profissionais devem fomentar o vínculo afetivo
entre pais e filhos, de modo a favorecer a harmonia que deve existir entre ambos.
Relativamente à criança “diferente”, é importante sentir-se amada e fazer parte integrante da
família, o que proporcionará equilíbrio e estimulação para o seu desenvolvimento. A família é
uma instituição privilegiada da educação, pois nela começa a existência do Homem e nela
reside o meio natural e mais adequado para o indivíduo se promover como pessoa. O papel que
a família desempenha na educação de crianças com NEE não difere, de forma muito
significativa, da educação dada às outras crianças. Contudo, a participação e a colaboração dos
pais no processo educacional das crianças com NEE é um fator imprescindível para o seu
desenvolvimento.
O papel que a família desempenha na educação de crianças com NEE não difere, de forma
muito significativa, da educação dada às outras crianças. Contudo, a participação e a
colaboração dos pais no processo educacional dos alunos com NEE é um fator
imprescindível para o seu desenvolvimento.
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No que concerne à educação das crianças, sobretudo das crianças com NEE, é fundamental,
portanto, que o jardim-de-infância/escola promova a colaboração dos pais. Os pais são
elementos fundamentais no que diz respeito à planificação, execução e avaliação de programas
de intervenção.
A ajuda direta aos filhos quando estes têm dificuldades é muito importante. O incentivo é
relevante pois, transmite aos filhos, a importância atribuída à frequência na escola. Por outro lado,
os filhos sentem-se mais motivados quando testemunham o interesse dos pais pela sua atividade
escolar.
Por outro lado, a participação dos pais aumenta a expectativa dos professores.
Estes veem a presença dos pais na escola como manifestação de interesse em relação à
educação escolar dos filhos, acontecendo o contrário em relação aos que raramente aparecem.
Com o aparecimento dos educadores de apoio educativo ligados à educação especial parece
surgir uma ligação mais “estreita” entre os pais de crianças com NEE e os educadores no
jardim-de-infância. Estes Educadores de Apoio Educativo, sendo, alguns possuidores de
especializações em Educação Especial, trabalham diretamente com as crianças com NEE tendo
em conta as suas dificuldades e ajudando-as a ultrapassá-las dentro das suas possibilidades;
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além disso também colaboram com o educador da sala de forma a facilitar a integração e a
aquisição de aprendizagens destas crianças. Muitas vezes, apoiam também as famílias
ajudando-as a descobrir quais os seus direitos e orientando-os na melhor forma de poderem
ajudar os seus filhos.
Logo, cabe à família integrar a criança na sociedade, funcionando, também, como meio cultural
de crescimento e bem – estar.
Nesta fase inicial da vida de uma criança, principalmente quando vai para a creche, há sempre
um adulto na sala com quem a criança irá criar laços afetivos mais fortes. Esta vinculação vai
dar/trazer à criança uma maior segurança, que vai fazer com que esta se sinta protegida e
consiga então, transmitir aos pais que está bem, serena e tranquila sempre que vai para a creche.
A criança vai criando novos ritmos e aprendendo a fazer da sala o seu espaço.
A firmeza dos pais tem um papel extremamente importante nesta hora, pois há que explicar aos
filhos com todo o carinho e amor que os vão buscar ao final do dia, porque apesar de gostarem
muito deles têm de ir trabalhar. Neste período de ansiedade de separação e angústia a criança
pode mostrar relutância em deixar a mãe, rabugenta e difícil de consolar, contudo este
comportamento da criança acabara por desaparecer.
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A integração da criança na creche, que exige a socialização com outras crianças, com
educadores e com auxiliares, é uma nova etapa no processo deformação da sua personalidade.
Para o desenvolvimento da criança é necessário um meio socio emocional, afetivo, monitor e
cognitivo.
As emoções são uma forma de comunicação, especialmente no bebé, porque é a maneira que
este tem de se relacionar, usando-a para expressar os seus sentimentos a criança utiliza
intensamente a linguagem emocional, a expressão corporal, o choro.
A creche deve oferecer um ambiente que evite angústia e mal estar e promover o
desenvolvimento da criança através da entre relação entre os sentimentos e os afetos.
A afetividade forma um elo na relação entre o educador e a criança, tornando mais estreita a
relação entre ambos. Esta relação passa pela promoção do desenvolvimento de competências
emocionais, confiança, curiosidade, intencionalidade, autocontrole, capacidades de
relacionamento, capacidades de comunicação e de cooperação.
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Convite aos pais para entrarem na sala estando presentes sempre que possam, desta
forma, sentir-se-ão mais confiantes pois podem observar e participar nas atividades e
rotinas da sala.
Reunir o máximo de informação sobre os hábitos da criança.
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Explorar objetos/ materiais em conjunto com o aluno (mostrar como se segura, utiliza e
explora os objetos).
Ensinar/ estimular a criança a aproximar-se e a tocar nos outros.
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Motivar o aluno para a aprendizagem e saber qual o tipo de esforço mais efetivo para a
criança (prémio social, comida, brinquedo preferido...).
Conhecer as condições para a criança aprender, assim como as estratégias que esta
utiliza para explorar o seu ambiente.
Facilitam a nomeação das cores, as peças são grandes e para facilitar o manuseio, o
material pode ser higienizado, pois é confecionado com tinta lavável.
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Jogo da memória
Desenvolve a memória visual e atenção concentrada, pode ser trabalhada com figuras que
contenham meios de transporte, relação entre quantidade e numeral ou qualquer outro
assunto trabalhado em sala de aula. O material é de simples manuseio, pode ser
manuseado com pinças laterais, em dois ou mais dedos ou ambas as mãos para empurrar
e virar as peças.
Descrição: Jogo elaborado com tampas de maionese ou qualquer outro tipo de tampa do
tipo médio a grande, colados sobre pares de figuras.
Quadro agarradinho
Descrição: Material confecionado com lâmina de compensado, forrado com espuma fina e
encapado com tecido emborrachado. Quatro faixas de velcron que permitem unir
saquinhos cheios de areia ou arroz. Nesses saquinhos são colados letras ou formas
geométricas. O quadro mede 70 cm de comprimento por 50 cm de largura, tamanho
ajustável à necessidade da criança.
Multiplicação em pizza
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Atividades de recorte
A criança com deficiência física não pode participar de atividades de recorte e colagem a
menos que a tesoura seja adaptada, temos que analisar qual é o tipo de habilidade (fechar ou
bater a mão) dessa criança e assim construirmos uma tesoura adaptada.
Se a criança não consegue usar a tesoura e segurar o papel devemos passar a atividade que era
individual para coletiva, uma criança segura o papel, a outra recorta e um próximo passa a cola,
assim podem participar na atividade todos juntos.
Nesta área a criança experimenta vários materiais e suportes, realiza artefactos com materiais
reutilizáveis, realiza colagens, pinturas, desenhos com variadas técnicas, manuseia tesouras,
agulhas, colas, experimenta e treina noções de espaço relativos ao suporte que nele se inscreve.
A expressão plástica é um dos modos mais caraterísticos que a criança/jovem tem, não só de
observar e manipular a matéria, deforma criativa, como, também, de comunicar ao exterior a sua
particular visão do meio, sua aquisição permanente de noções e a necessidade de compartilhar
com os outros o seu estado emocional.
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Nem sempre os adultos dão a devida atenção à rotina da alimentação, partindo do princípio que o
fundamental é alimentar, e se a criança é saudável. Apesar de ser importante, pois é na infância
que a alimentação influência o amadurecimento tanto físico como psicológico das crianças,
e como tal tem de haver um equilíbrio nutricional das refeições que são dadas.
Contudo também é importante a postura que o adulto adota durante as refeições. Como se sabe o
adulto é o ponto de referência da criança, sendo um modelo para ela.
As refeições devem ser vistas como algo que constitui uma oportunidade diária de fortalecer
relações com as crianças, apoiando-as na conversação, na exploração e na repetição,
proporcionando assim, uma aprendizagem e uma autonomia, fazendo com que a criança se torne
independente e se consiga alimentar sem a ajuda do adulto.
É importante que o adulto tenha as mesmas horas de refeição que a criança e que possam
desfrutar de um momento em família.
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Às 15:30 é servido o lanche, sendo normalmente composto por pão com manteiga ou queijo e
leite simples e iogurte natural em dias alternados.
As que utilizam sonda de alimentação acabam por consumir água de forma involuntária. Por
isso, é importante que o profissional que as acompanha calcule as quantidades de água utilizadas
na limpeza do utensílio, após as refeições, para que não exceda a conta.
As dificuldades na ingestão de água são habituais. Por isso, é importante ter algumas
precauções:
Dar água apenas na colher aos que se engasgam com muita facilidade, ou aos que não
estão acostumados com ela (a água, e a colher também).
Dar em pequenas quantidades também aos que se alimentam apenas por sonda.
Dar frutas frescas suculentas e macias, ao menos 3 vezes ao dia.
Comprar uma redinha de alimentação ou colocar pedaços de alimentos macios enrolados
numa gaze. Encostar nos dentes superiores do canto da boca e ajudar com suas mãos a
exercitar a mastigação e movimentação da língua e outros músculos da face.
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As crianças vivem cada mais vez segundo os horários dos pais. Há uns anos atrás, a maior parte
das mães estavam em casa e podiam gerir o dia-a-dia de acordo com as necessidades dos mais
pequenos, hoje essa organização é praticamente impossível.
Consequentemente, para que as crianças possam passar algum tempo na companhia dos pais,
acabam por ir para a cama muito mais tarde do que o recomendável.
Desta forma, cada vez mais é necessário este tempo de descanso no fim de almoço. Todos
nós conhecemos as consequências da falta da sesta: irritabilidade, birras, atividade fora do
normal e até sonolência à hora do jantar.
É normal que a criança diga que não quer dormir, tentando resistir. No entanto, o educador deve
insistir neste hábito e proporcionar um ambiente propício ao descanso: tranquilidade,
temperatura agradável e conforto. Para que a criança consiga dormir melhor poderá colocar-se
uma música calma ou deixá-la dormir com um boneco. Mesmo ao fim de semana as rotinas
devem ser mantidas.
No entanto, há que ter em conta que nem todas as crianças têm as mesmas necessidades: há
crianças que precisam de dormir durante mais horas do que outras e enquanto há crianças que
aos cinco anos ainda necessitam da sesta, outras já não têm esta necessidade. É bastante
importante respeitar o ritmo de cada um.
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O repouso ajuda as crianças a ficarem com a sua boa disposição de volta, possibilita às
crianças a oportunidade de recarregarem energias físicas e emocionais para a parte do dia
que se segue.
Os hábitos de higiene por parte da criança são adquiridos ao longo do seu processo de
desenvolvimento, por isso são os pais que têm um papel fundamental para que a criança
consiga interiorizar a importância desses hábitos.
É importante que os pais apoiem e ensinem a criança a responsabilizar-se pela sua própria
higiene, criando desde cedo rotinas e promovendo, gradualmente, a autonomia nos seus
cuidados pessoais e gosto pela imagem. A falta de higiene não é apenas um problema que pode
interferir com a saúde pois está paralelamente relacionada com a autoestima e o bem-estar,
podendo causar nos jovens dificuldades de relacionamento entre os seus pares.
Tomar banho,
Limpar os ouvidos e nariz,
Pentear o cabelo
Lavar os dentes
O banho diário pode ser uma das melhores formas de promover a saúde. Deverá transmitir à
criança as várias razões da importância do banho diário, tais como: a limpeza da pele, a
prevenção de infeções, a estimulação da circulação sanguínea, o relaxamento da tensão muscular
e, naturalmente, a melhoria da imagem perante os outros (muito importante na adolescência) e o
bem-estar.
Deve-se explicar sobre a importância da mudança de roupa após o banho, pelo menos da roupa
interior, pois ao estar mais em contacto com o nosso corpo, requer uma maior atenção. O cabelo
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também precisa de ser lavado, pois acumula poeira e suor e para que cresça saudável e forte,
também deve ser cortado e escovado com regularidade.
A lavagem das mãos é algo de extrema importância, e por isso mesmo tem de ser incutido nas
crianças logo desde cedo. O simples ato de lavar as mãos faz com que se remova bactérias,
células descamativas, suor, sujidade (que nas crianças é muito frequente devido à sua
atividade de exploração do meio envolvente) e oleosidade da pele.
A lavagem das mãos é um comportamento aprendido. Para ser efetiva, uma correta lavagem das
mãos deve ser ensinada, com tempo e calma. É bom que, para além da aprendizagem das regras
de lavagem, se faça também ver às crianças que não se trata de um “frete” a fazer mas sim de
uma rotina que deve prolongar-se ao longo da vida.
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É muito importante lavar as mãos depois de comer, especialmente as crianças que comem com
as mãos, de modo a diminuir a quantidade de saliva nas mãos, a qual pode conter
microrganismos.
Até aos 2 anos de idade ou enquanto a criança não for autónoma, a lavagem das mãos nos
momentos apropriados está dependente dos educadores.
Os ouvidos
A presença de cera nos ouvidos não é sinal de sujidade mas de que o canal auditivo externo está
a funcionar. Por esta razão, não se deve limpar os ouvidos com cotonetes porque só servirá para
empurrar as secreções para locais mais fundos do canal auditivo.
Quanto muito, poder-se-á limpar a parte de fora do ouvido com muito cuidado. Cotonetes com
proteção redonda maior devem ser preferidos para limpar a orelha.
O nariz
Deve ser limpo cuidadosamente, pelo menos uma vez por dia de forma completa.
Assoar-se e não fungar. São palavras de ordem que têm de ser repetidas até à exaustão,
sobretudo a partir dos 2 anos e meio de idade, altura em que já é possível uma criança assoar-se.
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Uma criança desta idade não tem ainda responsabilidade suficiente para se assoar quando
precisa, como tal, é preciso que os pais e educadores andem constantemente a lembrar ou então
associem o assoar-se com outro momento que faça parte da rotina, como por exemplo, as idas à
casa de banho. Pode ser boa ideia insistir que, para além da lavagem das mãos, também peguem
num papel e se assoem, mesmo que não tenham muito ranho.
Higiene oral
Para que a criança se interesse pelos cuidados com a higiene oral, o momento da escovagem
dos dentes deve tornar-se divertido e não ser visto como uma obrigação ou castigo.
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