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RU:662266
RESUMO
1 Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como
Trabalho de Conclusão de Curso. 2014.
1. INTRODUÇÃO
Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem bloqueios
para escrever, expressar suas emoções, falar etc. Nesse contexto, o professor
precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo para seu
enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o que lhe é
repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se contemporizam
com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades. Com base nessas situações
problema, faz se as perguntas:
Não basta, portanto, saber apenas ler e escrever, é preciso saber fazer uso e
envolver-se na escrita e leitura, apropriar-se delas na construção de conhecimentos,
e poder relacioná-la com a vivência. Como afirma Soares (2001 p.45-46):
Mas, quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria
escrever certo conjunto de palavras, está oferecendo um valiosíssimo documento
que necessita ser interpretado para ser avaliado. Assim, o professor poderá avaliar e
compreender as produções da criança e saberá respeitar e ajudar na construção e
no progresso da escrita.
Como leem as crianças que ainda não sabem ler, e como escrevem as
crianças que ainda não sabem escrever, é o que através de pesquisas e estudos
feitos Emília Ferreiro e Ana Teberosky, buscaram saber a resposta desse processo
de construção. E a obtiveram através dos níveis de alfabetização. As autoras
buscaram demonstrar e afirmar que, para construir a escrita o indivíduo passava por
níveis denominados de pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
A criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia livros, finge lê-los,
brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está rodeada de material
escrito e percebe seu uso e função, essa criança é ainda „analfabeta‟, porque
não aprendeu a ler e a escrever, mas já penetrou no mundo do letramento, já
é de certa forma, letrada. SOARES, (2002, p.24)
O autor acreditava que era preciso não apenas ensinar, mas de possibilitar
meios, criar situações onde o aluno possa descobrir solucionar algo. Com o intuito
de formar cidadãos capazes sempre em busca de algo novo.
A pesquisa vem ainda apresentar com base nos teóricos citados respostas
aos questionamentos de outros profissionais sobre como melhorar a pratica neste
processo, e também aos questionamentos e indagações dos pais que não sabem
como ajudar o filho nesta fase inicial e primordial da vida onde as dificuldades com a
leitura e a escrita estão presentes. A escrita e leitura criam oportunidades de
relacionar a criança com o mundo.
Com base nos autores que acreditam e defendem a ideia de que antes
mesmo de ir para uma sala de aula a criança já escreve ou lê algo, como afirma
TEBEROSKY (1996:8).
“(...) a criança dispõe de um saber sobre a escrita
ainda antes de entrar para a escola e de que este
saber foi também social em que ganha sentido (....)”.
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Para chegar a isso, a criança precisa descobrir que, além de coisas, pode-se
desenhar a fala. O desenvolvimento da linguagem escrita se dá pelo deslocamento
do desenho de coisas para o desenho de palavras. Assim, o brinquedo de faz-de-
conta, o desenho e a escrita são momentos diferentes de um processo unificado de
desenvolvimento da linguagem escrita. Desenhar e brincar são, portanto, estágios
preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita.
Com cada figura escrita os egípcios representavam uma palavra. Mais tarde
esse povo inventou o papel, em sua forma mais arcaica, o papiro. Como o trabalho
no papiro exigia muita minúcia e paciência, criou-se a escrita cursiva (a mais
utilizada na atualidade), mais fácil de ser aplicada sobre esse suporte e que
contribuiu consideravelmente para a popularização da escrita. A partir daí tiveram a
influência dos hieróglifos, que significava grafia sagrada e era composta de
belíssimos desenhos estatizados formando bonitos poemas visuais que, após tantos
séculos, permanecem extasiantes.
A concepção da escrita está ligada à leitura, uma vez que as duas atividades
fazem parte do processo comunicativo entre o autor e leitor. Dado esse caráter
social, diferentes funções são desempenhadas pela escrita, como informar, auxiliar a
memória, opinar, divertir, entre outras que fazem parte da vida em uma sociedade
letrada como a nossa, não podendo, pois, essa ser tratada como uma atividade
puramente escolar. Esse caráter de funcionalidade da escrita impõe uma mudança
de foco na prática pedagógica: a ênfase deve recair no processo e não no produto.
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Dessa forma, é importante que o professor gere ações, onde a criança possa
vivenciar temas interessantes, estimulando-a com atividades prazerosas de leitura e
escrita, buscando sempre o sentido daquilo que se lê e se escreve, interagindo com
o objeto de conhecimento que é a linguagem escrita e oral, trocando conhecimentos
e estabelecendo relações com as outras áreas de aprendizagem que criem
condições para que a criança se alfabetize sem nenhuma dificuldade. Assim, é
pensando e agindo, formulando hipóteses, refletindo e construindo o próprio saber
que a criança ira ler e escrever o mundo.
a ordens complexas. Não há razão para que ela não aprenda também a ler”.
(2002, p. 7).
2.1 METODOLOGIA
Será realizada uma pesquisa qualitativa, pois se faz entender que ela está
associada a dados qualitativos, abordagens interpretativas, formulação de perguntas
e confronto entre os dados. As informações obtidas e as evidências pesquisadas
servem para se descobrir as dificuldades enfrentadas pelos alunos em relação à
leitura e escrita.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda mais que esse profissional seja reflexivo em sua prática pedagógica,
sensível a apreensão de possibilidades alternativas, tenha consciência que é
passível de erros, estejam sempre se questionando no seu fazer em sala de aula,
indo além das atividades imediatistas, tendo em mente o tipo de homem que quer
formar. Compreendendo que o processo de leitura e escrita inicia muito antes da
criança entrar em contato com o mundo adulto, recebendo estímulo para depois
chegar à escrita convencional.
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: Autores Associados, 1989. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Artmed,
Belo Horizonte: Vozes, 1976.
Piaget, Jean Para onde vai à educação? 1973 Rio de Janeiro: José Olympio