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Trabalho de Investigação
Disciplina: Electroténia
Turma: 2ASEI/N
Tema: Electroquímica
Discente:
Trabalho de Investigação
Disciplina: Electroténia
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Objectivos
Objectivo geral
- Descrever a Electroquímica
Objectivos específicos
- Identificar as propriedades dos condutores, isolantes e semimetais
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Conceitos Básicos
Electroquímica
A electroquímica refere-se á parte química que trata da relação entre correntes eléctricas e reacções
químicas, e da transformação de energia química em eléctrica e vice-versa. No seu sentido mais
amplo, electroquímica é o estudo das reacções químicas que produzem efeitos eléctricos e do
fenómeno químico causado pela acção de correntes eléctricas.
Generalidades de Materiais
Os Condutores
Os materiais condutores são os que melhor conduzem a corrente eléctrica, ou seja, menor
resistência oferecem à sua passagem. Exemplos: O alumínio, a prata, o ouro, o ferro, o níquel, o
cádmio, o estanho, o latão, Ligas resistentes: níquel-crómio, grafite, manganina, constanta.
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Tabela dos principais materiais, as principais propriedades e as aplicações mais usuais.
A condutividade ou resistividade.
O coeficiente de temperatura da resistividade.
A condutividade térmica.
A diferença de potencial de contacto e a força electromotriz.
As substâncias sólidas condutoras por excelência são os metais, daí a análise subsequente
é baseada na condutividade dos metais.
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Propriedades Dos Materiais Condutores
Os Matérias Isolantes
Os materiais isoladores são aqueles que praticamente não conduzem a corrente eléctrica. Alguns
dos materiais isolantes: Policloreto de vinilo (PVC), porcelana, vidro, mica, plásticos, borracha,
verniz, papel.
Material Isolante (Dielétricos): materiais isolantes são substâncias em que os elétrons e íons não
podem se mover em distâncias macroscópicas como os condutores devido a presença de poucos
elétrons livres e que resistem ao fluxo dos mesmos (alta resistência eléctrica).
• Um material isolante, quando submetido a um campo eléctrico externo, tem seus elétrons
deslocados de distancia microscópica e esse fenômeno é chamado de polarização.
• Portanto, quando acontece esse fenômeno em materiais isolantes, chamamos esses materiais de
dielétricos. Dielétrico: é o meio no qual é possível produzir e manter (armazenar) um campo
eléctrico com pequeno ou nenhum suprimento de energia de fontes externas.
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•A energia requerida para produzir o campo eléctrico pode ser recuperada, armazenada e após
cessada quando o campo eléctrico é removido.
Os Semimetais
Os semimetais são os elementos químicos que demonstram possuir tanto as propriedades de metais
quanto as propriedades de ametais.
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Ao serem organizados na tabela periódica dos elementos, os semimetais (também conhecidos
como metaloides) aparecem ao longo de uma linha que efetua um traço diagonal que vai do boro
ao polônio, esses dois elementos são semimetais.
– Boro (Bo) – Possui número atômico 5 e é um elemento raro no sistema solar. O boro é encontrado
em sua maior parte em depósitos localizados na Turquia. A utilização do boro na indústria está
presente na fabricação de fibras de vidro, produção de cerâmica e também de polímeros. Na
agricultura, o boro contribui como fertilizante e seu número atômico é 5.
– Germânio (Ge) – O germânio possui número atômico 32. Ele é um elemento sólido, de aparência
cristalina, assim como o silício. O germânio é resistente aos ácidos e é utilizado na indústria
eletrônica na fabricação de transistores, amplificadores de guitarra elétrica, ligas metálicas, lentes
de variados alcances para microscópios, entre outras utilidades. O germânio é um elemento usado
também nos tratamentos de quimioterapia. Atualmente o germânio apresenta um elevado custo e
já são estudados possíveis elementos para substituição.
– Arsênio (As) – Esse elemento químico número atômico 33. O arsênio não ocorre na natureza de
forma pura, mas se manifesta na forma de sulfetos. Esse elemento é encontrado no território
brasileiro nas jazidas de ouro no Estado de Minas Gerais, no entanto, as maiores reservas de arsênio
se encontram no Chile, mais precisamente em minas de chumbo e cobre. As Filipinas também
apresentam boa incidência desse elemento químico. O arsênio é muito utilizado para reforçar ligas
metálicas, conservação de madeira, bem como é um eficiente veneno para exterminar
determinadas pragas. Atualmente ele é considerado o vigésimo elemento mais abundante no
planeta.
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– Antimônio (Sb) – Esse elemento possui número atômico 51 e, de uma forma geral, é sólido,
apresenta fácil fragmentação, bem como denota coloração azulada e pálida. O antimônio é bastante
aplicado no reforço de ligas metálicas, bem como é utilizado na vulcanização da borracha e na
fabricação de fogos de artifício. Além disso, o antimônio é eficiente na indústria de aparelhos
eletrônicos.
– Polônio (Po) – Esse elemento apresenta número atômico 84 e foi descoberto em 1898, pelo
famoso casal de cientistas Marie e Pierre Curie. O polônio é um elemento radioativo e se dissolve
facilmente em ácidos. Além disso, apresenta maior eletropositividade que o telúrio e o selênio.
Historicamente, o polônio é importante porque foi utilizado no famoso experimento de Rutherford
que originou o modelo do átomo nucleado.
Suas aplicações podem ser vistas na indústria eletrônica, na astronomia (satélites artificiais e
sondas espaciais), fabricações de pilhas termoelétricas, entre outras utilidades. É pertinente
ressaltar que na indústria tabagista o polônio é utilizado com naftalina e arsênico, resultando uma
combinação de alto teor cancerígeno.
– Conduz eletricidade de forma parcial – Essa características os colocam em um meio termo entre
os metais (bons condutores) e dos ametais (isolantes de eletricidade)
– Podem ser reduzidos a fragmentos – Eles são quebradiços e não podem ser moldados.
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– São formadores de cátions ou ânions – Enquanto os metais possuem característica eletropositiva
e formam cátions, os ametais são eletronegativos e constituem ânions. Os semimetais, nesse caso,
também se encontram no meio termo.
O silício, nesse aspecto, é o semimetal de maior destaque, pois ele é parte integrante da maioria
dos circuitos internos de aparelhos eletrônicos. Não por acaso, o Vale do Silício é considerado um
dos maiores núcleos da indústria de computadores e demais artefatos tecnológicos. O Vale do
Silício está localizado em uma região industrial nos Estados Unidos, mais precisamente na
Califórnia.
Além do silício, os elementos como o germânio e o arsênio também apresentam alguma atuação
na indústria, principalmente quando estão sob a forma de gálio e arseniato.
Atual classificação
Vale destacar que atualmente a classificação “semimetal” está em desuso, portanto, várias tabelas
periódicas denotam tais elementos apenas como metais ou ametais. De uma forma geral, são
considerados metais o polônio, o germânio e o antimônio. Já o telúrio, o silício, o selênio e o boro
compreendem os ametais.
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Reacção Redox
Uma reacção redox (ou reacção de oxidação-redução) é um tipo de reacção química que envolve
a transferência de elétrons entre duas espécies químicas.
Podemos dizer que ocorreu uma transferência de elétrons se houver qualquer alteração no
número de oxidação entre os reagentes e os produtos.
As reações redox estão por toda parte! Seu corpo usa reações redox para converter alimento e
oxigénio em energia mais água e 𝐶𝑂2, que você então exala.
Como as reações redox são uma classe importante de reações, queremos ser capazes de
reconhecê-las. Existem alguns tipos especiais de reações redox com as quais você vai querer se
familiarizar. Em cada um desses exemplos, pense um minuto sobre o que está sendo reduzido e o
que está sendo oxidado!
1. Reações de combustão
Uma reação de combustão é uma reação redox entre um composto e o oxigênio molecular para
formar produtos que contêm oxigênio. Quando um dos reagentes é um hidrocarboneto, os
produtos incluem dióxido de carbono e água.
2. Reações de dismutação
Uma reação de dismutação (ou reação de auto-oxirredução) é uma reação na qual um único
reagente é ao mesmo tempo oxidado e reduzido. A reação a seguir é a da dismutação do
hipoclorito, 𝐶𝑙 − :
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Se analisarmos os números de oxidação para o cloro, vemos que o reagente 𝐶𝑙𝑂− está sendo
oxidado a 𝐶𝑙𝑂3− (onde o número de oxidação aumenta de +1 para +5). Ao mesmo tempo, o cloro
em algumas outras moléculas de 𝐶𝑙𝑂− está sendo reduzido a 𝐶𝑙 − (onde o número de oxidação
diminui de +1, 1 para -1). O oxigênio tem um número de oxidação de -2 tanto em 𝐶𝑙𝑂3− quanto
em por isso não se oxidou nem reduziu na reação.
Uma reação de simples troca (ou reação de deslocamento) envolve dois elementos que trocam de
lugar em um composto. Por exemplo, muitos metais reagem com ácidos diluídos para formar sais
e gás hidrogênio. A reação a seguir mostra o zinco substituindo o hidrogênio na reação de
simples troca entre o zinco metálico e ácido clorídrico aquoso:
Reações redox podem ser divididas em semirreações de redução e oxidação. Os químicos usam
semirreações para facilitar a visualização da transferência de elétrons, e isso também ajuda a
balancear as reações redox. Vamos escrever as semirreações de outro exemplo de reação
A semirreação balanceada nos informa que o 𝐶𝑢2+ está ganhando 2𝑒 − por átomo de cobre para
formar 𝐶𝑢0 . Então, de onde estão vindo esses elétrons? Podemos seguir a trilha de elétrons até a
semirreação de oxidação.
A semirreação de oxidação nos informa que todos os átomos de 𝐴𝑙 (𝑠) estão perdendo 3𝑒 − para
formar 𝐴𝑙 3−
Vamos combinar as semi-reações balanceadas para obter a equação global equilibrada, mas há
mais uma coisa a verificar. Os elétrons devem se cancelar na equação geral. Outra maneira de
pensar nisso é que nós queremos ter certeza de que todo elétron que é liberados na semi-reação
de oxidação seja usado na semi-reação de redução. Caso contrário, teríamos elétrons dispersos
flutuando a esmo! Isso significa que precisamos que o número de elétrons que são transferidos
em cada semi-reação seja igual.
Agora que temos o mesmo número de elétrons nas duas semirreações, podemos somá-las para
obter nossa equação completa balanceada:
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Por último, podemos verificar se algum dos reagentes e produtos aparecem dos dois lados. Como
esse não é o caso aqui, nós terminamos! Tanto a massa quanto a carga da nossa reação estão
balanceadas.
Células eletroquímicas
Célula galvânica
Uma célula galvânica, célula voltaica ou pilha caracteriza-se quando a reação eletroquímica ocorre
de forma espontânea, obtendo-se energia elétrica a partir de energia química. Esse processo é usado
em dispositivos como baterias e células de combustível para gerar energia elétrica
Em uma pilha de Daniell com ânodo de zinco e cátodo de cobre, o processo de oxirredução é
espontâneo devido à diferença de potencial positiva existente na reação redox global. No ânodo, o
eletrodo negativo, o zinco oxida, perdendo elétrons e formando corrente elétrica. Já no cátodo,
eletrodo positivo, o cobre sofre redução, recebendo os elétrons cedidos pelo zinco e adquirindo
seu estado metálico. Esse processo pode ser sintetizado nas equações de semi-reação que ocorrem
em cada eletrodo:
𝑍𝑛0 → 𝑍𝑛2+ + 2𝑒 −
𝐶𝑢2+ + 2𝑒 − → 𝐶𝑢0
Na primeira equação, o íon cobre (𝐶𝑢2+ ) da solução é reduzido pelos dois elétrons (𝑒 − ), providos
pela corrente elétrica. Já na segunda, o zinco metálico é oxidado, formando íon zinco (𝑍𝑛2+ ) e há
a liberação de dois elétrons. Esses elétrons liberados serão os responsáveis pela geração da corrente
elétrica do sistema (no caso, a pilha). Com o prosseguimento da reação, ocorrerá formação de
cobre metálico, que se deposita no eletrodo de cobre, em sua superfície, enquanto o eletrodo de
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zinco é corroído, pois o zinco estará se transformando em íons que passarão para a solução de
sulfato de zinco.
Por sua vez, as duas equações podem ser sintetizadas na equação global da reação através de sua
soma algébrica, que resulta na seguinte equação:
0 2+ 2+ 0
𝑍𝑛(𝑠) + 𝐶𝑢(𝑎𝑞) → 𝑍𝑛(𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠)
Não é obrigatório que o cátodo da célula galvânica seja de cobre. Esse cátodo pode ser de qualquer
material inerte que conduza eletricidade, como a platina ou o grafite. Este eletrodo será de qualquer
forma um eletrodo de cobre, pois sendo iniciada a reação ele é recoberto com cobre, passando a
ser um eletrodo de cobre. Da mesma forma, tem se a solução de compartimento anódico (onde
tem-se a imersão da chapa de zinco), não é necessário conter íons zinco no início. Esses íons serão
fornecidos ao iniciar a reação.
A pilha de Volta pode ser escrita, de forma mais esquemática, da seguinte maneira:
Célula eletrolítica
Uma célula eletrolítica é caracterizada por usar corrente elétrica para separar compostos químicos.
Assim, a eletrólise converte energia elétrica em energia química, caracterizando uma reação não
espontânea. Tal processo é utilizado para a produção de, por exemplo, alumínio metálico, a partir
de seu minério (bauxita); cloro e hidrogênio simples, etc.
Para ocorrer eletrólise, é necessário que haja um gerador que forneça tensão para o sistema, como
uma pilha ou bateria. Há dois tipos principais de eletrólise, portanto duas maneiras de montar uma
célula eletrolítica: por eletrólise ígnea ou por eletrólise em solução aquosa.
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Eletrólise ígnea
É chamada de eletrólise ígnea aquela realizada com o eletrólito fundido. Por exemplo, uma célula
de composta por cloreto de sódio a 808 °C possui esse eletrólito fundido, possibilitando a
mobilidade dos íons 𝑁𝑎+ e 𝐶𝑙 − . Ao fornecer uma corrente elétrica para a célula eletrolítica, os
cátions Na+ são atraídos pelo polo negativo (cátodo), onde ganham elétrons e são descarregados.
Já no polo positivo (ânodo), são atraídos e oxidados os ânions 𝐶𝑙 − . Tais processos são sintetizados
pelas seguintes semi-reações:
𝑁𝑎+ + 𝑒 − → 𝑁𝑎0
2𝐶𝑙 − → 𝐶𝑙2 + 2𝑒 −
+ − 0
2𝑁𝑎(𝑎𝑞) + 2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 2𝑁𝑎(𝑠) + 𝐶𝑙2 (𝑔)
Esquema de uma célula eletrolítica aquosa. A bateria fornece a diferença de potencial para o
sistema, provocando a transferência de elétrons de um material (ânodo) para outro (cátodo).
Eletrólise aquosa
Um exemplo de eletrólise aquosa é o que ocorre, por exemplo, em uma célula eletrolítica com sal
de cozinha (𝑁𝑎𝐶𝑙) dissolvido em água. Nessa reação o gerador atrai os elétrons do polo positivo,
que neste caso é o ânodo, e os transfere para o polo negativo, neste caso o cátodo. Portanto, a
reação que ocorre no ânodo ainda é de oxidação e a que ocorre no cátodo ainda é de redução. No
momento da dissolução de 𝑁𝑎𝐶𝑙 em 𝐻2 𝑂, há quatro íons coexistindo na solução aquosa: os ânions
𝐶𝑙 − e 𝑂𝐻 − ; e os cátions 𝑁𝑎 + e 𝐻 + . A princípio poderia ocorrer a oxidação ou redução de qualquer
um desses íons durante a reação eletroquímica. No entanto, verifica-se que o íon 𝐻 + sofre redução
produzindo gás hidrogênio (𝐻2 ) e que o íon 𝐶𝑙 − sofre oxidação produzindo gás cloro
(𝐶𝑙2 ), resultando na produção de soda cáustica (𝑁𝑎𝑂𝐻) dentro da cuba eletrolítica, devido à sobra
dos outros dois íons. As reações de oxirredução são, pois, as seguintes:
2 𝐶𝑙 − → 𝐶𝑙2 + 2 𝑒 −
2 𝐻 + + 2 𝑒 − → 𝐻2
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A reação global da eletrólise, portanto, fica da seguinte maneira:
Tal processo, portanto, pode ser utilizado para produzir o hidróxido de sódio ou soda cáustica, uma
importante commodity industrial. Além disso, ele produz substâncias simples não encontradas no
planeta Terra: o gás hidrogênio e o gás cloro, ambos de grande importância para estudos das
propriedades químicas e físicas dos átomos de hidrogênio e cloro, assim como para a produção de
outras substâncias químicas compostas por esses elementos.
Pilha de Daniel
O primeiro dispositivo que aproveitou a energia das reações de oxirredução para gerar eletricidade
foi a pilha de Alessandro Volta. Ela foi feita em 1800 e era formada por discos de metais diferentes,
como zinco e cobre, intercalados e conectados por um fio condutor, além de um disco umedecido
em salmoura.
Em 1836, o químico inglês John Frederic Daniell (1790-1845) aperfeiçoou a pilha de Volta,
tornando-a menos arriscada. Essa nova pilha passou a ser conhecida como Pilha de Daniell.
A pilha de Daniell era constituída por duas semicélulas ou semicelas eletroquímicas. A primeira
era formada por uma placa de zinco mergulhada em uma solução de sulfato de zinco (ZnSO4) em
um béquer, e a outra era formada por uma placa de cobre mergulhada em uma solução de sulfato
de cobre II (CuSO4) em outro béquer. Essas duas placas eram interligadas por um fio de cobre
condutor. Além disso, as duas soluções estavam conectadas por um tubo que continha uma solução
eletrolítica, isto é, uma ponte salina.
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Esquema de pilha de zinco-cobre também chamada de pilha de Daniell
O funcionamento dessa pilha ocorria da seguinte forma: Como mostra a fila de reatividade dos
metais mostrada no texto Reações de simples troca, o zinco é mais reativo que o cobre, por isso,
tem maior tendência de oxidar-se, isto é, de perder elétrons. Assim, a placa de zinco constitui o
eletrodo negativo, chamado de ânodo, onde ocorre a seguinte reação de oxidação:
Os elétrons perdidos pelo zinco são transferidos através do fio de cobre para a placa de cobre e
depois para a solução de sulfato de cobre II. Os íons cobre (𝐶𝑢2+ ) presentes na solução recebem
esses elétrons e sofrem redução. Isso nos mostra que a placa de cobre constitui o eletrodo positivo,
chamado de cátodo, onde ocorre a seguinte reação de redução:
Inicialmente a solução de CuSO4 era azul por causa da presença dos cátions Cu2+. Mas com a
ocorrência da reação de redução desses cátions, sua concentração diminiu em solução e,
consequentemente, a solução ficou incolor. Além disso, na reação de redução do cátion cobre, é
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formado cobre metálico Cu(s),que se deposita na placa de cobre. É por isso que depois do
funcionamento da pilha de Daniell pode-se observar que a massa da placa de cobre está maior.
Por outro lado, a placa de zinco é corroída, pois o zinco metálico (Zn(s)) é transformado em íons
zinco (Zn2+) que são transferidos para a solução de ZnSO4. Esses fenômenos podem ser
observados na ilustração a seguir:
A convenção mundial de representação das pilhas é feita com base na seguinte ordem:
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Pilha Seca
A pilha seca ácida foi desenvolvida em 1866, pelo químico francês George Leclanché (1839-
1882). Ela é a pilha mais comum hoje em dia, pois é a mais barata e a mais usada em lanternas,
rádios, equipamentos portáteis e aparelhos elétricos como gravadores, flashes e brinquedos.
Essa pilha na verdade não é seca, pois dentro dela há uma pasta aquosa, úmida, mas ela recebeu
esse nome para diferenciá-la (porque era revolucionária, na época em que foi criada) das primeiras
pilhas até então conhecidas, como a pilha de Daniell (imagem abaixo), que utilizavam recipientes
com soluções aquosas.
A pilha seca produz uma voltagem de apenas 1,5 V, mas pode ser melhorada com seu uso
descontínuo, ou seja, alternar períodos de uso com repouso fora do produto.
A sua composição é dada segundo o esquema básico das partes principais da reação eletroquímica
a seguir:
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Dentro da pilha temos o ânodo (polo negativo) e o cátodo (polo positivo), que são formados por:
Ânodo: Oxidação que ocorre no zinco metálico que fica no envoltório da pilha.
𝒁𝒏(𝒔) → 𝒁𝒏𝟐+
(𝒂𝒒) + 𝟐 𝒆
−
𝟐 𝑴𝒏𝑶𝟐(𝒂𝒒) + 𝟐 𝑵𝑯𝟏+
𝟒 (𝒂𝒒) + 𝟐𝒆
−
→ 𝟏 𝑴𝒏𝟐 𝑶𝟑(𝒔) + 𝟐𝑵𝑯𝟑(𝒈) + 𝟏 𝑯𝟐 𝑶(𝒍)
Essa mistura pastosa é constituída de cloreto de amônio (𝑁𝐻4𝐶𝑙), óxido de manganês (𝑀𝑛𝑂2) e
carbono pulverizado. O zinco transfere os seus elétrons para o manganês por meio da barra de
grafita central, que em razão disso é considerada o polo positivo do circuito externo da condução
dos elétrons.
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Seu funcionamento cessa definitivamente quando todo o dióxido de manganês é convertido em
trióxido de manganês. Essa reação é irreversível, por isso essas pilhas são não recarregáveis.
Bateria de Chumbo
A tensão elétrica de cada pilha é de aproximadamente 2 volts. Uma bateria de pilhas, que é a mais
comum nos carros modernos, fornece uma tensão elétrica de 12𝑉. Associações ainda menores são
usadas em tratores, aviões e em instalações fixas, como centrais telefônicas e aparelhos de PABX.
𝑷𝒃𝑶𝟐 (𝒔) + 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟐 (𝒂𝒒) + 𝟐𝑯+ (𝒂𝒒) + 𝟐𝒆− → 𝑷𝒃𝑺𝑶𝟒 (𝒔) + 𝟐 𝑯𝟐 𝑶(𝒍)
Reação Total:
𝑷𝒃(𝒔) + 𝑷𝒃𝑶𝟐 (𝒔) + 𝟐𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 (𝒂𝒒) → 𝟐𝑷𝒃𝑺𝑶𝟒 (𝒔) + 𝟐𝑯𝟐 𝑶(𝒍)
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A reação do cátodo e do ânodo produzem sulfato de chumbo (𝑃𝑏𝑆𝑂4), insolúvel que adere aos
eletrodos. Quando um acumulador está se descarregando, ocorre um consumo de ácido sulfúrico,
assim diminui a densidade da solução eletrolítica (água e ácido sulfúrico). Deste modo medindo-
se a densidade da solução eletrolítica pode-se saber qual a magnitude da carga ou descarga do
acumulador (a densidade tem relação com a quantidade de ácido sulfúrico presente na mistura).
Os acumuladores tem a vantagem de poderem ser recarregados. Isso é possível graças aos íons
móveis que, ao receberem energia elétrica, invertem a reação química de descarga (reação não
espontânea), regenerando os reagentes. Quando são recarregados, esses acumuladores precisam
ser monitorados, pois quando recarregados, liberam gases perigosos como hidrogênio e oxigênio,
com a eletrólise da água no eletrólito. Se for recarregado demais, o dispositivo pode explodir.
Para o acumulador recarregar faz-se passar corrente contínua do eletrodo de dióxido de chumbo
para o de chumbo o que resulta na inversão das reações. Neste processo o ácido sulfúrico é
regenerado; por isso a porcentagem de ácido sulfúrico indica o grau de carga ou descarga do
acumulador. Quando está descarregado, o acumulador tem placas de sulfato de chumbo e o
eletrólito diluído. Já quando está carregado, possui placas de chumbo e óxido de chumbo, imersas
em ácido sulfúrico aquoso.
Durante o funcionamento normal de um automóvel, a bateria fornece eletricidade para dar partida;
para acender os faróis; ligar o rádio, limpador de para-brisa, luzes de direção, buzina, etc. e recebe
energia do gerador para se recarregar.
Bateria Alcalina
As pilhas alcalinas são as mais populares e as mais apropriadas para equipamentos que requerem
descargas de energia rápidas e fortes.
As pilhas se tornaram tão importantes em nosso cotidiano que merecem um estudo especial. São
elas as responsáveis pelo funcionamento de computadores portáteis, relógios, telefones,
calculadoras, rádios, e até na medicina, em marca-passos cardíacos. As pilhas alcalinas recebem
este nome por que são feitas a partir de bases, possuem d.d.p de 1,5 V e não são recarregáveis.
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Diferenças das Pilhas acidas entre Alcalina
1. Composição:
A pilha alcalina é composta por uma mistura eletrolítica: pasta básica de NaOH (hidróxido de
sódio - bom condutor eletrolítico). Já a pilha seca comum contém cloreto de amônio NH4Cl (sal
ácido) e recebe a classificação de ácida.
2. Aplicação:
A pilha seca é usada para produzir correntes pequenas em serviços contínuos, sendo por isso
indicada para rádios portáteis, telefones, campainhas, lanternas, serviços de sinalização, etc. A
pilha alcalina, por sua vez, é apropriada para equipamentos que requerem descargas de energia
rápidas e fortes, como brinquedos, câmeras fotográficas digitais, MP3 players, etc.
3. Durabilidade:
As pilhas alcalinas duram cerca de cinco vezes mais que as ácidas. O Hidróxido de sódio possui
maior condutividade elétrica e consequentemente vai transportar energia mais rapidamente que o
Cloreto de amônio. Esta reação rápida em pilhas básicas proporciona maior vida útil aos seus
constituintes.
Electrólise
A água e muitas soluções aquosas, principalmente, as substâncias orgânicas ( açúcar, álcool, etc. )
tem uma condutividade eléctrica muito pequena. Mas há outras soluções aquosas de ácidos, bases
e sais que conduzem bem eléctrica.
Deve-se ao químico Arrhenius a explicação deste fenómeno, segundo ele, as moléculas do soluto
acham-se total ou parcialmente sob a forma de iões livres possuidores de cargas positivas e
negativas.
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A separação das moléculas nos iões que as constituem chama-se dissociação electrolítica.
Assim poderemos encontrar, soluções de ácidos ( clorídrico, sulfúrico, etc. ), de bases e de muitos
sais que são bons condutores da electricidade. Tais substâncias chamam-se electrólitos fortes.
Outras substâncias como o ácido acético, hidróxido de amónio, etc. apresentam condutividade
muito menor em soluções na mesma concentração do que os electrólitos fortes. Recebem o nome
de electrólitos fracos.
Circuito eléctrico
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São estas reações química, designadas por reacções de eléctrodo, que no seu conjuto, constituem
o que se designa por electrólise.
Para melhor se compreender este processo, analisemos o caso concreto da passagem da corrente
eléctrica através da solução de cloreto de chumbo (PbCI2) – electrólito, utilizando uma montagem
idêntica à anterior em que os eléctrodos são de grafite.
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Durante a dissolução do cloreto de chumbo 𝑃𝑏𝐶𝑙2 , vão-se quebrar as ligações entre os iões 𝑃𝑏 2+
e 𝐶𝑙 − e, estes vão adquirir mobilidade na massa líquida:
Os iões positivos 𝑃𝑏 2+ dirigem-se para o pólo negativo (cátodo), já que cargas com sinal iguais
repelem-se e, cargas com sinais contrários atraem-se, e aí recebem 2 electrões vindos do
eléctrico, originado átomos de chumbo:
Os iões negativos 𝐶𝑙 − dirigem-se para o eléctrodo positivo (ânodo) e ai depositam electrões que
entram na corrente eléctrica. Deste modo, os iões cloro dão origem a átomos de cloro, os quais,
pelas suas características se associam em moléculas diatómicas:
O cloro e a soda cáustica são um exemplo de produtos químicos que se obtêm pela electrólise de
uma solução de cloreto de sódio.
Também o hidrogénio e o oxigénio podem ser obtidos a partir de uma solução aquosa de ácido
sulfúrico ou potassa cáustica.
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Vamos analisar este ultimo exemplo. Suponhamos o electrólito uma solução de ácido sulfúrico,
como mostra a figura abaixo.
O ião 𝐻 + é atraído pelo eléctrodo negativo onde recebe dois electrões e passa a átomo neutro H2.
O ião 𝑆𝑂4 2− é atraído pelo eléctrodo positivo ao qual entrega dois electrões passando a radical
𝑆𝑂4.
Como o radical 𝑆𝑂4 não existe na sua forma livre irá reagir com a água através da seguinte reacção
química:
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Há assim, libertação de oxigénio e hidrogénio. O ácido sulfúrico é regenerado e só a água diminui
de volume.
Um grande número de metais é obtido a partir da electrólise dos seus sais fundidos. O alumínio é
exemplo disso. Este é obtido a partir da electrólise da alumina ( 𝐴𝑙2 𝑂3 ) fundida.
Muitos metais, e em particular, o cobre são purificados pela electrólise. Usa-se como ânodo o
metal que se quer purificar, como electrólito um sal desse metal e como cátodo esse metal puro.
Exemplo:
Suponhamos que queremos purificar o cobre. Para tal, usamos um ou mais ânodos de cobre, o qual
se quer purificar, alternados com cátodos de folhas finas de cobre puro. O electrólito poderá ser de
sulfato de cobre.
Assim obteremos:
Os iões de cobre (𝐶𝑢2− ) são atraídos pelos cátodos (folhas de cobre) onde recebem dois electrões
e se transformam em átomos de cobre ( 𝐶𝑢 ) que aderem às folhas.
Os iões 𝑆𝑂42− são atraídos pelos ânodos onde entregam os dois electrões e transformam-se no
radical 𝑆𝑂4 que, como já vimos anteriormente, não se encontra nesta forma, reagindo este com o
cobre dos eléctrodos formando, novamente, Cu SO que se dissolverá na solução esta forma, os
cátodos aumentam de volume e os ânodos diminuem. As impurezas resultantes deste processo,
depositar-se-ão no fundo do recipiente.
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Galvanostegia
Consiste em recobrir um objecto de metal com uma camada de outro metal, a fim melhorar as suas
características. Exemplos deste processo são: Cromagem, prateação, douradura, niquelagem, etc.
Galvanoplastia
Consiste em reproduzir em metal pela electrólise certos objectos, como medalhes, estatuetas, etc.,
a partir de um molde apropriado. O molde de plástico, cera, etc. é revestido de uma fina camada
de grafite ou película metálica com o fim de o tornar condutor e consumir o cátodo. O ânodo é
uma placa que irá constituir o objecto e o electrólito um sal deste metal.
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Conclusão
Depois de um trabalho exaustivo que faz um resumo sobre a Eletroquímica, Abordou-se vários
assuntos relacionados a Eletroquímica. Contudo, Podemos identificar reações redox verificando
as cargas no número de oxidação. Reações redox podem ser divididas em semirreações de
oxidação e redução. Podemos usar o método das semirreações para balancear reações redox, que
requerem que tanto a massa quanto as cargas estejam balanceadas. Três tipos comuns de reações
redox são a combustão, a dismutação e a reação de simples troca. Portanto sobre as pilhas podemos
dizer, a pilha de Daniell, que representou um aperfeiçoamento da pilha de Volta, era constituída
de placas de zinco e cobre mergulhadas em soluções de sais dos respetivos metais. As pilhas
alcalinas são as mais populares e as mais apropriadas para equipamentos que requerem descargas
de energia rápidas e fortes. A pilha seca ácida é muito comum no cotidiano, sendo a mais barata e
usada para alimentar equipamentos portáteis e aparelhos elétricos. A eletroquímica é crucial para
qualquer estudante que estude Eletricidade e química. Pós, é a juncão dos mesmos.
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Referências Bibliográficas
SOUZA, Líria Alves de. "Oxidação e Redução"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/oxidacao-reducao.htm>. Acesso em 14 de abril de 2019.
Linkes usandos :
https://pt.khanacademy.org/science/chemistry/oxidation-reduction/redox-oxidation-
reduction/a/oxidation-reduction-redox-reactions
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/oxidacao-reducao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas-baterias.htm
https://serolmar.wordpress.com/2008/04/27/estatica/
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