João Grilo foi ver o gado João Grilo foi um cristão para provar aquele ato que nasceu antes do dia veio trazendo na frente criou-se sem formosura um bom rebanho de pato mas tinha sabedoria os patos passaram n'agua e morreu depois da hora João provou que era exato pelas artes que fazia. Um dia a mãe de João Grilo E nasceu de sete meses foi buscar água à tardinha chorou no bucho da mãe deixou João Grilo em casa quando ela pegou um gato e quando deu fé lá vinha ele gritou: não me arranhe um padre pedindo água não jogue neste animal nessa ocasião não tinha que talvez você não ganhe João disse; só tem garapa Na noite que João nasceu disse o padre: donde é? houve um eclipse na lua João Grilo lhe respondeu: e detonou um vulcão é do engenho Catolé! que ainda continua disse o padre: pois eu quero naquela noite correu João levou uma coité um lobisomem na rua O padre bebeu e disse: Porem João Grilo criou-se oh! que garapa boa! pequeno, magro e sambudo João Grilo disse: quer mais? as pernas tortas e finas o padre disse; e a patroa boca grande e beiçudo não brigará com você? no sitio onde morava João disse: tem uma canoa dava noticia de tudo João trouxe outra coité João perdeu o pai naquele mesmo momento com sete anos de idade disse ao padre: bebe mais morava perto de um rio não precisa acanhamento ia pescar toda tarde na garapa tinha um rato um dia fez uma cena estava podre o fedorento que admirou a cidade. O padre disse: menino O rio estava de nado tenha mais educação vinha um vaqueiro de fora e porque não me disseste? perguntou: dará passagem? oh! natureza do cão! João Grilo disse: inda agora pegou a dita coité o gadinho de meu pai arrebentou-a no chão passou com o lombo de fora. João Grilo disse; danou-se! O vaqueiro botou o cavalo misericórdia, S. Bento! com uma braça deu nado com isto mamãe se dana foi sair já muito embaixo me pegue mil e quinhentos quase que morre afogado essa coité, seu vigário voltou e disse ao menino: é de mamãe mijar dentro! A lagartixa subiu O padre deu uma pôpa por debaixo da batina disse para o sacristão entrou na perna da calça esse menino é o diabo tornou-se feia a buzina em forma de cristão! o padre meteu os pés meteu o dedo na goela arrebentou a cortina quase vomita o pulmão Jogou a batina fora João Grilo ficou sorrindo naquela grande fadiga pela cilada que fez a lagartixa cascuda dizendo: vou confessar-me arranhando na barriga; no dia sete do mês João Grilo de lá gritava; êle nunca confessou-se seu padre, Deus lhe castiga! foi essa a primeira vez O padre impaciente João Grilo tinha um costume naquele turututu para toda parte que ia saltava pra todo lado era alegre e satisfeito que parecia um timbu no convivio da alegria terminou tirando as calças João Grilo fazia graça ficando o esqueleto nu que todo mundo sorria João disse: padre é homem? Num dia de sexta-feira pensei que fosse mulher às cinco horas da tarde anda vestido de saia João Grilo disse: hoje a noite não casa porque não quer eu assombro aquele padre isto é que é ser caviloso se êle não perdoar-me cara de mata bebé na igreja há novidade O padre disse: João Grilo Pegou uma lagartixa vai-te daqui infeliz! amarrou-a pelo gogó João Grilo disse: bravo botou-a numa caixinha do vigário da matriz no bolso do palitó é assim que ele me paga foi confessar-se João Grilo o benefício que fiz? com paciência de Jó João Grilo foi embora As sete horas da noite o padre ficou zangado foi ao confissionário João Grilo disse: ora sêbo fez logo pelo-sinal eu não aliso croado pôsto nos pés do vigário vou vingar-me duma raiva o padre disse: acuse-se; que tive o ano passado João disse o necessário No suburbio da cidade Eu sou aquele menino morava um português da garapa e da coité; vivia de vender ovos o padre disse: levante-se, justamente nesse mês eu já sei você quem é; denunciou de João Grilo João tirou a lagartixa pelas artes que ele fez soltou-a junto do pé João encontrou o português com a égua carregada de tudo pode saber com duas caixas de ovos João lhe disse: oh! camarada João Grilo disse: qual nada deixa eu dizer a tua égua quêde os elementos seus? uma pequena charada abra os olhos, mestre velho que vou lhe mostrar os meus O português disse: diga, seus estudos se consomem João chegou bem no ouvido um homem ver outro homem com a ponta do cigarro só Deus vão ver outro Deus soltou-a dentro escondido a égua meteu os pés João Grilo disse: seu mestre, foi temeroso estampido me diga como se chama a mãe de todas as mães? Derrubou o português tenha cuidado no drama foi ovos pra todo lado o mestre coça a cabeça arrebentou a cangalha disse: antes que me esqueça ficou o chão ensopado vou resolver o programa o português levantou-se tristonho e todo melado - A mãe de todas as mães é Maria Concebida O português perguntou: João Grilo disse: eu protesto o que foi que tu disseste antes dela nascer que causou tanto desgosto já esta mãe existia a esse animal agreste? não foi a Virgem Maria - Eu disse que a mãe morreu oh que resposta perdida! o português respondeu: oh égua besta da peste! João Grilo disse depois num bonito português: João Grilo foi a escola a mãe de todas as mães com sete anos de idade já disse e digo outra vez com dez anos êle saiu como a escritura ensina por espontânea vontade é a natureza divina todos perdiam pra êle que tudo criou e fez outro Grilo como aquele perdeu-se a propriedade - Me responda professor entre grandes e pequenos João Grilo em qualquer escola quero que fique notável chamava o povo atenção por todos nossos terrenos passava quinau nos mestres responda com rapidez nunca faltou com a lição como se chama o mês era um tipo inteligente que a mulher fala menos? no futuro e no presente João dava interpretação - Êste mês eu não conheço quem fez esta tabuada? Um dia pergunta ao mestre: João Grilo lhe respondeu: O que é que Deus não vê ora sêbo, camarada o homem vê qualquer hora? pra mim perdeu o valor diz ele: não pode ser ter o nome de professor pois Deus vê tudo no mundo mais não conhece de nada em menos de um segundo - êste mês é fevereiro que a fôrça hei de segui-lo? por todos bem conhecido não chore, fique bem certa só tem vinte e oito dias a senhora só se aperta o tempo mais resumido quando matarem João Grilo entre grandes e pequenos é o que a mulher fala menos mestre, você está perdido João chegou no rio ás cinco horas da tarde - Seu professor, me responda passou até nove horas se algum tempo estudou porém tudo foi debalde quem serviu a Jesus Cristo na noite triste e sombria morreu e não se salvou João Grilo sem companhia no dia que êle morreu voltava sem novidade seu corpo o urubu comeu e ninguém o sepultou? Chegando dentro da mata ouviu lá dentro um gemido - Não conheço quem é esse os lobos devoradores porque nunca vi escrito; o caminho interrompido João Grilo lhe respondeu: e trepou-se num pinheiro foi um jumento está dito como era forasteiro que a Jesus Cristo servia ficou calado escondido na noite que êle fugia de Belém para o Egito Os lobos foram embora e João não quis descer João Grilo olhou de um lado disse: eu dormirei aqui disse para o diretor: siceda o que suceder fique sabendo o senhor eu hoje imito araquan sem dúvida exame não fez só vou embora amanhã o aluno desta vez quando o dia amanhecer ensinou ao professor O Grilo ficou trepado João Grilo foi para casa temendo lobos e leões encontrou sua mãe chorando pensando na fatal sorte êle então disse: mamãe e recordando as lições não está ouvindo encantando? que na escola estudou não chora, cante mais antes quando do súbito chegou pois o seu filho garante uns quatro ou cinco ladrões pra isso vive estudando Eram uns ladrões de Meca A mãe de João Grilo disse: que roubavam no grito choro por necessidade se ocultavam na mata sou uma pobre viúva naquele bosque esquisito e tu de menor idade pois cada um de persi até da escola saíste; que vinha juntar-se ali João lhe disse: ainda existe para ver quem era perito o mesmo Deus de bondade O capitão dos ladrões — A senhora pensa em carne disse: não fala ninguém? de vinte mil réis o quilo um respondeu: não senhor ou talvez no meu destino disse ele: muito bem cuidado, não roubem vã com as ordens de Jesus! vamos ajuntar-nos amanhã na capela de Belém Os ladrões dali fugiram quando viram a alma em pé — Lá partiremos o dinheiro João Grilo ficou com tudo pois aqui tudo é graúdo disse: já sei como é temos um roubo a fazer nada no mundo me atrasa desde ontem que estudo agora vou pra casa mas já estou preparado; tomar um rico café e o Grilo lá trepado calado e escutando tudo. Chegou e disse: mamãe morreu nossa precisão Os ladrões foram embora o ladrão que rouba outro depois da conversação tem cem anos de perdão; João Grilo ficou ciente contou o que tinha feito dizendo em seu coração: disse a velha: está direito se Deus ajudar a mim vamos fazer refeição acabou-se tempo ruim sou eu quem ganho a questão Bartolomeu do Egito foi um rei de opinião João Grilo desceu da árvore mandou convidar João Grilo quando o dia amanheceu pra uma adivinhação mas quando chegou em casa João Grilo disse: eu vou, não contou o que se deu no outro dia embarcou furtou um roupão de malha para saudar o sultão vestiu fez uma mortalha lá no mato se escondeu João Grilo chegou na corte cumprimentou o sultão À noite foi pra capela disse: pronto, senhor rei por detraz da sacristia (deu-lhe um aperto de mão) vestiu-se com a mortalha com calma e maneira doce pois a capela jazia o sultão admirou-se sempre com a porta aberta da sua disposição João Grilo partiu na certa colhêr o que pretendia O sultão pergunta ao Grilo: de onde você saiu? Deitou-se lá num caixão aonde você nasceu? que enterrava defunto João Grilo fitou ele e sorriu João Grilo disse: hoje aqui — Sou deste mundo d'agora vou ganhar um bom presunto; nasci na ditosa hora os ladrões foram chegando que minha mãe me pariu João Grilo observando sem pensar em outro assunto — João Grilo, tu adivinha? e Grilo respondeu, não Acenderam um farol eu digo algumas coisas penduraram numa cruz conforme a ocasião foram contar o dinheiro quem canta de graça é galo no claro de uma luz cangalha só pra cavalo João Grilo de lá gritou: e sêca só no sertão esperem por mim que vou — Eu tenho doze perguntas mortas são as doze cordas pra você me responder quando canta um cidadão no prazo de quinze dias canta, toca e faz verso escute o que vou dizer cinco vivos num progresso veja lá como se arruma os cinco dedos da mão è bastante faltar uma está condenado a morrer Houve uma salva de palma com vivas que retumbou João Grilo disse: estou pronto o sultão ficou suspenso pode dizer a primeira seu viva também bradou se acaso sair-me bem depois pediu silencio venha a segunda e a terceira com outro desejo imenso venha a quarta e a quinta a terceira perguntou talvez o Grilo não minta diga até a derradeira João Grilo, qual é a coisa que eu mandei carregar Perguntou: qual o animal primeiro dia e segundo que mostra mais rapidez no terceiro fui olhar que anda de quatro pés quase dá-me a tiririca de manhã por sua vez se tirar mais grande fica ao meio-dia com dois não mingua, faz aumentar? passando disto depois a tarde anda com três? — Senhor rei, sua pergunta parece me fazer guerra O Grilo disse: é o homem um Grilo não tem saber que se arrasta pelo chão criado dentro da serra no tempo que engatinha mas digo pra quem conhece depois toma posição o que tirando mais cresce anda em pé bem seguro é um buraco na terra mas quando fica maduro faz três pés com o bastão — João Grilo, vou terminar as perguntas do tratado O sultão maravilhou-se e Grilo disse: pergunte com sua resposta linda quero ficar descansado; João disse: pergunte outra disse o rei: é muito exato vou ver se respondo ainda; o que é que vem do alto a segunda o sultão fez cai em pé, corre deitado? João Grilo daquela vez celebrizou sua vinda — Aquele que cai em pé e sai correndo no chão — Grilo, você me responda será uma grande chuva em termos bem divididos nos barros de um sertão; uma cova bem cavada o rei disse: muito bem doze mortos estendidos no mundo todo não tem e todos mortos falando outro Grilo como João cinco vivos passeando trabalham com três sentidos — João Grilo, você bebe? João disse: bebo 1 pouquinho — Esta cova é um violão e disse: eu não sou filho com prima, baixo e bordão de Baco que fez o vinho o meu pai morreu bebendo sem haver consolação? eu o que estou fazendo?de boca aberta em seu ninho O Grilo então respondeu: lá muito perto da gente O rei disse: João Grilo tem num oiteiro importante beber è coisa ruim um moço muito doente e Grilo respondeu: qual suas lágrimas têm paladar o meu pai dizia assim: quem não deixa de chorar na casa de seu Henrique é ôlho d'água vertente zelam bem um alambique melhor do que um jardim O rei inventou um truque do jeito que lhe convinha O rei disse: João Grilo — Vou arrumar uma cilada tua fama é um estrondo ver se João adivinha João Grilo disse: eu sabendo mandou vir um alçapão o que perguntar respondo fez outra adivinhação disse o rei enfurecido: escondeu uma bacurinha o que tem o pé comprido e faz o rastro redondo? — João, o que é que tem dentro deste alçapão? Senhor rei, tenho lembrança se não disser o que é de tempo da minha avó é morto, não tem perdão que ela tinha um compasso João Grilo lhe respondeu: na caixa do bororó quem mata um como eu como êsse eu também ando não tem dó no coração fazendo o rastro redondo andando com uma perna só João lhe disse: esse objeto nem é manso nem é brabo João qual é o bicho, nem é grande nem é pequeno que passa pela campina nem é santo nem é diabo a qualquer hora da noite bem que mamãe me dizia andando de lamparina? que eu ainda caía é um pequeno animal onde a porca torce o rabo tem luz artificial; veja o que determina Trouxeram uma bandeja ornada de muitas flores — Esse bicho eu já vi dentro dela uma latinha pois eu tinha por costume cheia de muitos fulgores de brincar sempre com êle o rei lhe disse: João Grilo minha mãe tinha ciúme é este o último estrilo eu andava pelo campo que rebenta tuas dores uns chamam pirilampo e outros de vagalume João Grilo desta vez passou na última estica O rei já tinha esgotado adivinhar uma coisa a sua imaginação nojenta que se pratica não achou uma pergunta fugir da sorte mesquinha que interrompesse a João pois dentro da lata tinha disse: me responda agora um pouquinho de xinica qual é o olho que chora O rei disse: João Grilo que se faz uma despesa veja se escapa da morte sem ter no bolso um tostão o que tem nesta latinha? me conte todo passado responda se tiver sorte depois de eu ter-lhe escutado toda aquela populaça lhe darei razão ou não queria ver a desgraça do Grilo franzino e forte Disse o mendigo: sou pobre e fui pedir uma esmola — Minha mãe profetizou na casa do senhor duque que o futuro è minha perda levei a minha sacola — Dessas adivinhações quando cheguei na cozinha brevemente você herda vi cozinhando galinha faz de conta que já vi numa grande caçarola como esta hoje aqui parece que dá em merda Como a comida cheirava eu tive apetite nela O rei achou muita graça tirei um taco de pão nada teve o que fazer e marchei pro lado dela João Grilo ficou na corte e sem pensar na desgraça com regosijo e prazer botei o pão na fumaça gozando um bom paladar que saia da panela foi comer sem trabalhar desta data até morrer O cozinheiro zangou-se chamou logo o seu senhor E todas as questões do reino dizendo que eu roubara era João que deslindava da comida o seu sabor qualquer pergunta difícil só por eu ter colocado ele sempre decifrava um taco de pão mirrado julgamentos delicados aproveitando o vapor problemas muito enrascados e João Grilo desmanchava Por isso fui obrigado a pagar essa quantia Certa vez chegou na corte como não tive dinheiro em mendigo esfarrapado o duque por tirania com uma mochila nas costas mandou trazer-me escoltado dois guardas de cada lado para depois de ser julgado seu rosto cheio de mágoa ser posto na enxovia os olhos vertendo água fazia pena o coitado João Grilo disse: está bem não precisa mais falar: Junto dele estava um duque então perguntou ao duque: que veio denunciar quanto o homem vai pagar? dizendo que o mendigo - Cinco coroas de prata na prisão ia morar ou paga ou vai pra chibata por não pagar a despesa não lhe deve perdoar que fizera por afoiteza sem ter como lhe pagar João Grilo tirou do bolso a importância cobrada João Grilo disse ao mendigo: na mochila do mendigo e como é, pobretão deixou-a depositada e disse para o mendigo: balance a mochila, amigo As damas da alta côrte pro duque ouvir a zuada trajavam decentemente tôda côrte imperial O mendigo sem demora esperava impaciente fez como Grilo mandou ou por isso ou por aquilo pegou sua mochilinha para conhecer João Grilo sem compreender o truque figura tão eminente bem no ouvido do duque o dinheiro tilintou Afinal chegou João Grilo no reinado do sultão Disse o duque enfurecido: quando êle entrou na côrte mas não recebi o meu, que grande decepção! diz João Grilo: sim senhor, de palitó remendado isto foi o que valeu sapato velho furado deixe de ser batoteiro nas costas um matulão o tinido do dinheiro o senhor já recebeu O rei disse: não é ele pois assim já é demais; - Você diz que o mendigo João Grilo pediu licença por ter provado o vapor mostrou-lhe as credenciais foi mesmo que ter comido embora o rei não gostasse seu manjar e seu sabor mandou que ele ocupasse pois também é verdadeiro os aposentos reais que o tinir do dinheiro representa o seu valor Só se ouvia cochichos que vinham de todo lado Virou-se para o mendigo as damas então diziam: e disse: estás perdoado é esse o homem falado? leva o dinheiro que dei-te duma pobreza tamanha vai pra casa descansado e ele nem se acanha o duque olhou para o Grilo de ser nosso convidado? depois de dar um estrilo saiu por ali danado Até os membros da côrte diziam num tom chocante A fama então de João Grilo pensava que o João Grilo foi de nação em nação fôsse dum tipo elegante por sua sabedoria mas nos manda 1 remendado e por seu bom coração sem roupa, esfarrapado sem ser por êle esperado um maltrapilho ambulante um dia foi convidado para visitar um sultão E João Grilo ouvia tudo mas sem dar demonstração O rei daquele país em toda a côrte real quis o reino embandeirado ninguem lhe dava atenção pra receber a visita por mostrar-se esmolambado do ilustre convidado tinha sido desprezado o castelo estava em flores naquela rica nação cheio de tantos fulgores ricamente engalanado Afinal veio um criado e disse sem o fitar: um ente vulgar a toa já preparei o banheiro desde sobre-mesa a sopa para o senhor se banhar foram postas à minha roupa vista uma roupa minha e não à minha pessoa e depois vá pra cozinha na hora de almoçar Os comensais se olharam o rei pergunta espantado: João Grilo disse; está bom; por que o senhor diz isto mas disse com seu botão: estando tão bem tratado? roupas finas trouxe eu disse João: isso se explica dentro de meu matulão por está de roupa rica me apresentei rasgado não sou mais esmolambado para ver neste reinado qual era a minha impressão Eu estando esfarrapado ia comer na cozinha João Grilo tomou um banho mas como troquei de roupa vestiu uma roupa de gala como junto da rainha então muito bem vestido vejo nisto um grande ultraje apresentou-se na sala homenagem ao meu traje ao ver seu traje tão belo e não a pessoa minha houve gente no castelo que quase perdia a fala Toda corte imperial pediu desculpa a João E então toda repulsa e muito tempo falou-se transformou-se de repente naquela dura lição o rei chamou-o pra mesa e todo mundo dizia como homem competente que sua sabedoria consigo, dizia João: era igual a Salomão. na hora da refeição vez ensinar esta gente - FIM –
O almoço foi servido AS PROEZAS DE JOÃO GRILO
porém João não quis comer despejou vinho na roupa Este clássico romance de Literatura de só para vê-lo escorrer Cordel, também conhecido por folheto ante a corte estarrecida de Cordel, ou simplesmente Cordel, foi encheu os bolsos de comida escrito pelo paraibano, Leandro Gomes para toda corte ver de Barros, que foi o maior autor, do mundo, deste tipo de literatura. Mas que O rei bastante zangado no final da sua vida, vendeu toda a sua perguntou pra João: produção e maquinário a João Martins por que motivo o senhor de Athayde, este passou a assumir a não come da refeição? autoria de vários Cordéis de Leandro. respondeu João com maldade: tenha calma, majestade digo já toda razão