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especialista em Desenvolvimento Humano pela PUC-MG e doutoranda em Sociologia na Universidade de Brasília, na linha de
pesquisa “violência, gênero e cidadania”. É membro da equipe de Segurança e Justiça do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento.
moemafreire@gmail.com
Resumo
Para melhor compreender a dinâmica atual da violência e as alternativas de políticas públicas disponíveis para
sua prevenção e controle, é imprescindível retomar a reflexão sobre o histórico das políticas de segurança no país.
Considerando as múltiplas possibilidades de especialização e diferenciação das instituições e suas respectivas formas
de atuação, a configuração exata escolhida em determinado local e período estará fortemente relacionada aos
conceitos e paradigmas que são a base da formulação da política pública de segurança. Dessa forma, este artigo realiza
uma análise histórica e propõe a caracterização de três paradigmas que influenciaram a formulação de políticas de
segurança desde a ditadura militar até hoje: a Segurança Nacional, a Segurança Pública e a Segurança Cidadã. São
apresentadas as características fundamentais de cada um dos paradigmas, bem como uma análise comparada dos
elementos que formam o núcleo paradigmático dessas três perspectivas conceituais. Segue-se o exame da trajetória
que caracterizou a transição entre paradigmas, adotando-se como marcos o advento da Constituição de 1988 e as
tendências em políticas públicas que acompanharam a promulgação da Constituição. Por fim, é realizado o debate
sobre os desafios e limites à aplicação prática da nova tendência paradigmática examinada: a Segurança Cidadã.
Palavras-Chave
Segurança Pública. Segurança Nacional. Segurança Cidadã. Políticas públicas.
Paradigmas de segurança
no Brasil: da ditadura aos nossos dias
Moema Dutra Freire
das ações de prevenção e controle da violência de segurança.
cada vez mais em evidência. Mas será que essa é
uma preocupação recente? Será que a violência O conceito de paradigma é adotado aqui
tem sido percebida da mesma forma ao longo como visões de mundo compartilhadas, que
das últimas décadas? E as políticas de segurança, influenciam a forma de pensar de determina-
adotaram sempre estratégias semelhantes? do grupo, em determinada época (KUHN,
2003, p.218), no que se refere não só à pro-
De fato, para melhor compreender a di- dução científica, mas também à formula-
nâmica atual da violência e as alternativas de ção de políticas públicas. Assim, identificar
políticas públicas disponíveis, é imprescindí- os distintos paradigmas que definem a
vel retomar a reflexão sobre o histórico das elaboração de políticas públicas de segurança
políticas de segurança no país. Nas últimas no Brasil, em diferentes períodos e localida-
décadas, identifica-se uma crescente produ- des, é essencial para se conhecerem melhor
ção acadêmica sobre a evolução da dinâmi- os objetivos dos formuladores de políticas
ca da violência e da criminalidade no país,1 e os resultados que estas podem trazer para
bem como sobre o histórico da atuação das a sociedade.
forças policiais.2 No entanto, observa-se uma
produção comparativamente reduzida sobre a Dessa forma, é importante mencionar que
dinâmica histórica das políticas de segurança as iniciativas na área de segurança têm sofrido
no país (SAPORI, 2007, p.110). variações significativas quanto aos seus objetivos
e estratégias ao longo das últimas décadas. Essas
Nesse sentido, o presente artigo busca variações estão diretamente associadas ao para-
contribuir para a compreensão da evolução digma conceitual que alimenta cada uma dessas
histórica dos paradigmas que influenciaram iniciativas.
– e influenciam – as políticas públicas de se-
gurança no país. Essa reflexão é importante, Este texto apresenta como recorte tem-
pois, considerando-se as múltiplas possibi- poral as últimas cinco décadas, num pe-
lidades de especialização e diferenciação das ríodo que compreende desde a ditadura
instituições e suas respectivas formas de atu- militar até hoje, sendo analisadas características
ação, a configuração exata escolhida em de- que permitem o delineamento de três
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tado no Brasil durante o período da ditadura Forças Armadas, com o argumento de que eram
militar (1964-1985), em que eram priorizadas essenciais à execução da política de Segurança
a defesa do Estado e a ordem política e social. Nacional, cabendo a estas promover a obtenção
Este processo iniciou-se pela tomada do poder e a salvaguarda dos objetivos nacionais. As For-
pelas Forças Armadas e pela instauração de um ças Nacionais, nesse contexto, emergiram assim
regime no qual o presidente detinha uma gran- como intérpretes da vontade nacional.
de soma de poderes. O período caracterizou-se
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por supressão de direitos constitucionais, cen- Um marco importante para a formulação da
sura, perseguição política e repressão a qualquer Doutrina de Segurança Nacional foi o treina-
manifestação contrária ao regime militar. mento de oficiais superiores das Forças Armadas
no National War College (centro de treinamento
A ditadura representou uma brusca e violen- do alto escalão do exército norte-americano),
ta ruptura do princípio segundo o qual todo po- que trouxeram para o Brasil uma ideologia vol-
der emana do povo e em seu nome é exercido. tada para a garantia de metas de segurança para
A perspectiva de Segurança Nacional era funda- implantar uma geopolítica para todo o Cone
da na lógica de supremacia inquestionável do Sul, no sentido de contenção do perigo de ex-
interesse nacional, definido pela elite no poder, pansão do comunismo.
justificando-se o uso da força sem medidas em
quaisquer condições necessárias à preservação Foi criado, então, um aparelho repressivo
da ordem. composto pelo Serviço Nacional de Informação
(SNI) e órgãos de informação das Forças Arma-
A base conceitual para atuação do Estado na das, como o Destacamento de Operações de
área de segurança, no período, fundamentava-se Informações – Centro de Operações de Defesa
na Doutrina de Segurança Nacional e Desen- Interna (DOI-Codi), cujo objetivo era garantir
volvimento, formulada pela Escola Superior de forma eficiente o bloqueio ou a eliminação
de Guerra (OLIVEIRA, 1976, p.34-35). Esta de qualquer força que exercesse pressão ou ame-
doutrina foi moldada em torno do conceito açasse o Estado de Segurança Nacional (BOR-
de Segurança Nacional, definido então como a GES, 2003, p.31). Com o recrudescimento do
habilidade de um Estado garantir, em determi- regime, instituiu-se a figura do “inimigo inter-
nada época, a obtenção e manutenção de seus no”, passando a ser potencialmente suspeito
objetivos nacionais, apesar dos antagonismos ou todo e qualquer cidadão que pudesse atentar
pressões existentes ou potenciais. contra a “vontade nacional”.
vigente. A ameaça à segurança aqui é vista como 1988 inova em relação ao paradigma anterior,
tudo aquilo que atenta contra o Estado e contra ao destacar que a Segurança Pública é dever do
os interesses nacionais, intimamente associa- Estado e direito e responsabilidade de todos. No
dos aos interesses daqueles que estão no poder. entanto, na lista de responsáveis pela Segurança
Para a preservação dos interesses nacionais e a Pública, são mencionadas apenas as instituições
eliminação de atos percebidos como ameaça ao policiais federais e estaduais, não citando o papel
Estado, justifica-se a adoção de qualquer meio, de outros órgãos governamentais na prevenção à
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ceiros do Fundo, os estados devem apresentar
Nesse contexto, é importante mencionar o projetos, que, após análise e aprovação, são im-
papel de articulação entre os estados, atribuído plementados por meio da celebração de convênio
posteriormente ao governo federal. Em 1995 entre aquela Secretaria e as unidades federativas.
foi criada a Secretaria de Planejamento de Ações
Nacionais de Segurança Pública, transformada Assim, observa-se que a perspectiva da Se-
em 1997 em Secretaria Nacional de Segurança gurança Pública desloca o papel de prevenção e
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Pública (Senasp), à qual compete, entre outros, controle da violência das Forças Armadas para as
assessorar o ministro da Justiça na definição e instituições policiais. Nesse sentido, no paradig-
implementação da política nacional de seguran- ma da Segurança Pública, cabe primordialmente
ça pública, bem como acompanhar as atividades às instituições policiais a responsabilidade pelo
dos órgãos responsáveis pela segurança pública. controle e prevenção da violência. No entanto,
enquanto na perspectiva da Segurança Nacional
A Senasp passou então a buscar a articulação a violência era representada como as ameaças aos
entre as unidades federativas, visando a estrutu- interesses nacionais, no arcabouço da Segurança
ração do Sistema Único de Segurança Pública Pública esta é caracterizada como ameaça à inte-
(Susp). Inspirado no Sistema Único desenvol- gridade das pessoas e do patrimônio.
vido no âmbito das políticas de saúde (SUS), o
Susp objetiva articular as ações federais, estaduais
e municipais na área de segurança pública, pro- Segurança Cidadã
curando aperfeiçoar o planejamento e a troca A perspectiva de Segurança Cidadã surgiu na
de informações para uma atuação qualificada América Latina, a partir da segunda metade da
dos entes federados na área. O Susp não busca década de 1990, tendo como princípio a imple-
a unificação, pois reconhece a autonomia das mentação integrada de políticas setoriais no ní-
instituições que compõem o Sistema, mas sim a vel local (MARTIN et al., 2004). O conceito
integração, otimizando resultados. O Susp está de Segurança Cidadã começou a ser aplicado na
estruturado em seis eixos:3 Colômbia, em 1995, e, seguindo o êxito alcan-
• gestão unificada da informação; çado naquela localidade na prevenção e controle
• gestão do sistema de segurança; da criminalidade, passou a ser adotado então por
• formação e aperfeiçoamento de policiais; outros países da região.
• valorização das perícias;
• prevenção; O conceito de Segurança Cidadã parte da na-
• ouvidorias independentes e corregedorias tureza multicausal da violência e, nesse sentido,
unificadas. defende a atuação tanto no espectro do controle
como na esfera da prevenção, por meio de polí-
Para estimular a implementação das diretrizes ticas públicas integradas no âmbito local. Dessa
do governo federal materializadas no Susp, a Se- forma, uma política pública de Segurança Ci-
Figura 1
Atuação das políticas públicas com foco em Segurança Cidadã
Violência Crime
Incidental
Inclusão
Aproximação
social e
Cumprimento da justiça ao Fortalecimento
diminuição do
voluntário de cidadão da força
risco
normas pública
Melhoramento do entorno
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anos. Em 2003, a Secretaria Nacional de Se- recentes com o paradigma da Segurança Ci-
gurança Pública iniciou o projeto de coope- dadã, ainda permanecem diversos desafios
ração técnica “Segurança Cidadã”, em parce- para a aplicação prática dessa perspectiva.
ria com as Nações Unidas e com a colabora-
ção de técnicos colombianos que iniciaram Ao se examinarem as características do
a implementação do conceito em seu país. paradigma de Segurança Cidadã, especial-
Essa iniciativa demonstra o início da transi- mente quando comparadas àquelas existentes
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ção para um novo paradigma em segurança. nas perspectivas apresentadas anteriormente
No entanto, como ressaltado anteriormente, (Segurança Nacional e Segurança Pública),
a adoção de um novo marco conceitual não nota-se uma grande mudança conceitual. Na
significa sua imediata materialização na for- perspectiva de Segurança Cidadã, o foco é o ci-
ma de políticas públicas. dadão e, nesse sentido, a violência é percebida
como os fatores que ameaçam o gozo pleno de
É importante observar também uma carac- sua cidadania. Em outras palavras, permanece
terística atual da segurança no país, que influen- a proteção à vida e à propriedade já presente no
cia a transição entre paradigmas. Apesar da prer- paradigma de Segurança Pública, mas avança-
rogativa de articulação de políticas nacionais de se rumo à proteção plena da cidadania.
segurança conferida ao Ministério da Justiça,
como a característica federativa do Brasil confe- Quanto à forma de abordagem dessa violên-
re autonomia aos estados na condução das po- cia, é dado novo fôlego à importância da preven-
líticas de segurança em seus territórios, pode-se ção, que compõe, ao lado das iniciativas de con-
afirmar que este novo paradigma está presente trole, uma estratégia múltipla de tratamento.
de forma mais ou menos intensa nas diferentes
unidades da federação. Outra diferença importante está na distri-
buição de responsabilidades e competências
Uma reflexão semelhante pode ser apli- para prevenção à violência. A perspectiva de
cada para outra política governamental mais Segurança Cidadã defende uma abordagem
recente: o Programa Nacional de Segurança multidisciplinar para fazer frente à natureza
Pública com Cidadania (Pronasci). Algumas multicausal da violência, na qual políticas
premissas conceituais adotadas por essa polí- públicas multissetoriais são implementadas
tica demonstram indícios do aprofundamen- de forma integrada, com foco na prevenção
to da transição rumo ao novo paradigma aqui à violência. Nesse sentido, uma política pú-
examinado. No entanto, é importante lem- blica de Segurança Cidadã deve contar não
brar novamente que o arcabouço conceitual apenas com a atuação das forças policiais,
ou o paradigma que influencia o desenho de sendo reservado também um espaço im-
políticas não corresponde necessariamente portante para as diversas políticas setoriais,
aos seus resultados práticos. Nesse sentido, como educação, saúde, esporte, cultura, etc.
Quadro 1
Segurança Nacional
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Dimensão de análise Descrição
1. Objetivo Preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
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3. Conceito de violência Ameaça à integridade das pessoas e do patrimônio.
Quadro 3
Segurança Cidadã
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ver do Estado e direito e responsabilidade de Segurança Cidadã.
todos. Ao se contrastar esse posicionamento
com o vigente durante o período ditatorial, Na Segurança Pública, a descentralização
pode-se perceber claramente a diferença: na alcança apenas o nível estadual, enquanto na
perspectiva da Segurança Nacional, a política Segurança Cidadã é dada nova ênfase à gestão
de segurança tinha como principal beneficiário local em segurança e a atuação municipal passa
o Estado e não o cidadão. a ser fundamental para aplicação desse concei-
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to. O mesmo ocorre com a participação social.
Após essa primeira análise, poder-se-ia con- Na Segurança Pública, existe a ideia de instau-
cluir que as tendências examinadas, que pos- ração de conselhos, mas na Segurança Cidadã
suem como marco a Constituição de 1988, a participação social é central: o indivíduo é o
surgem de forma idêntica na evolução das po- centro da política e seu principal beneficiário,
líticas sociais e na transição paradigmática em possuindo papel preponderante na gestão local
segurança. No entanto, a continuidade dessa das políticas de Segurança Cidadã. A partici-
análise, agora já abarcando as características do pação aqui extrapola os espaços institucionais
paradigma de Segurança Cidadã, permite uma dos conselhos, passando a ser vista como uma
conclusão adicional: a evolução dos paradig- mudança cultural.
mas em segurança seguiu um ritmo distinto,
de maturação mais lenta, do que aquele obser- Sobre a universalização da política, a Segu-
vado em outras políticas da área social. rança Pública já ressalta a importância de que
esta esteja ao alcance de todos os indivíduos.
Quando se observa o paradigma em saúde No entanto, na Segurança Cidadã, permanece
atualmente consolidado, percebe-se que, no o conceito de universalização, mas de forma
momento do advento da Constituição, este já combinada com a focalização de determinadas
havia atingido um grau de maturidade, o que ações, privilegiando públicos e fatores de risco
permitiu sua universalização, descentraliza- para a prevenção à violência.
ção articulada e organização de uma estrutura
participativa, em linha com o fortalecimento Ao se observar a trajetória paradigmática
dos direitos de cidadania, com um importante em segurança, constata-se que algumas das
papel desempenhado pelos conselhos. Dado tendências centrais para políticas públicas da
o avanço desse modelo, o Sistema Único de área social começam a ser aprofundadas apenas
Saúde, característico desse paradigma, foi in- com o advento da perspectiva de Segurança Ci-
clusive adotado como inspiração para a con- dadã. Em outras palavras, a nova tendência pa-
cepção do Sistema Único de Segurança Pública radigmática em segurança – a Segurança Cida-
(Susp). No entanto, o fortalecimento de alguns dã – incorpora e aprofunda características que
elementos presentes no SUS, que também ca- já estão presentes em outras políticas públicas
racterizavam a concepção inicial do Susp, não no Brasil. Por isso é ressaltada a manifestação
Por consequência, seu amadurecimento tam- tificando as políticas sociais como elementos
bém ocorre em período posterior, o que acarre- alheios à esfera da segurança – e em uma pers-
ta alguns limites à aplicação prática dessa pers- pectiva operacional-repressiva. Mas essa bar-
pectiva conceitual, como examinado a seguir. reira cultural não é restrita às instituições de
segurança: muitos dos setores responsáveis por
políticas sociais apresentam também resistên-
Considerações finais: avanços e limites cia em relação a um trabalho articulado. Além
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das distintas áreas e esferas governamentais em sídios para a formulação de políticas públicas
uma política de Segurança Cidadã. (que devem estar de acordo com as necessida-
des da comunidade) e o seu acompanhamento.
Entretanto, como políticas baseadas no pa- Esse papel pode ser desempenhado, por exem-
radigma da Segurança Cidadã requerem neces- plo, pelos Conselhos de Segurança Pública, já
sariamente a integração de políticas setoriais, o existentes em muitas localidades e que contam
Estado tem aí a oportunidade de aprendizado com representantes da comunidade, mas que
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quanto à gestão integrada de políticas públi- demandam fortalecimento e sensibilização
cas. Essa contribuição ajudaria a combater um quanto aos aspectos da perspectiva de Segu-
problema recorrente no país: a fragmentação de rança Cidadã.
políticas públicas.
Assim, a assimilação definitiva desse novo
Já quanto ao estímulo à participação dos paradigma e sua transposição em práticas de po-
cidadãos, a perspectiva de Segurança Cidadã líticas públicas, como demandam uma mudan-
demanda também o reforço à gestão local da ça cultural, requerem maior tempo e esforço.
ADORNO, S. Violência na sociedade brasileira: um painel in- PERALVA, A. Violência e democracia: o paradoxo brasileiro.
concluso em uma democracia não consolidada. Sociedade e São Paulo: Paz e Terra, 2000.
Estado, v. 10, n. 2, p. 299-342, 1995.
PIERANTI, O. P.; CARDOSO, F. dos S.; SILVA, L. H. R. da. Refle-
_________. Lei e ordem no segundo governo FHC. Tempo xões acerca da política de segurança nacional: alternativas
Social, v. 15, n. 2, p. 103-140, nov. 2003. em face das mudanças no Estado. Revista de Administra-
ção Pública, v. 41, n. 1, p. 29-48, 2007.
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