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Escola de Manobra Rumo para Terminais de

Clientes

Engenharia Operacional
“A SEGURANÇA é o elemento mais

importante na execução de

QUALQUER tarefa.”

2
Sumário – Engenharia Operacional
1 Noções de Via e Material Rodante

2 Segurança Operacional
Engate e Desengate de Vagões
Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via Permanente
Cobertura de cauda em Recuo
Estacionamento de vagão ou locomotivas
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Bandeiras e Sinais
Recuo em PN – Passagem de Nível
Desvio Morto
3 Práticas Proibidas

4 Manuseio de Vagões
Deslocamento
Tipos de Vagões
Abertura e fechamento
Martelos /Marretas
Nivelamento de Carga
Lotação Máxima Permitida por Eixo de vagão
Lotação Máxima Permitida por Capacidade de Via Permanente

5 Operação com Tratores

6 Operação com Car Puller


3
Via Permanente
Via Permanente é o conjunto das instalações e equipamentos que compõem as
partes da via por onde circulam os trens.

4
Via Permanente

A Via Permanente é composta por:


➢ Trilho
➢ Dormentes
➢ Acessórios de via
➢ Lastro
➢ Maquinas, veículos ferramentas usados na via.

5
Via Permanente

6
Via Permanente - Trilhos
Em nossa operação temos vários tipos de trilhos, os mais usados são TR 45 / TR 55
/ TR 57 / TR 60 / TR 68.

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Via Permanente - Dormentes
Existem 4 tipos de dormentes usados nas ferrovias brasileiras:
➢ MADEIRA ( 120 kg )
➢ AÇO ( 70 kg )
➢ CONCRETO “monobloco e bipartido” ( 380 kg )
➢ PLÁSTICO ( 80 kg )
O dormente é o elemento da superestrutura ferroviária que tem por função receber e
transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de
suporte dos trilhos, permitindo a sua fixação e mantendo invariável a distância entre
eles (bitola).

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Via Permanente - Dormentes de madeira.
O dormente de madeira reúne quase todas as qualidades exigidas para o dormente,
mas já a estudos de alguns materiais para substituição dos dormentes de madeira
devido a problemas ambientais e preço.

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Via Permanente - Dormentes de aço.
Em essência, consiste numa chapa metálica laminada em forma de U invertido,
curvada em suas extremidades a fim de formar garras que se afundam no lastro e
se opõe ao deslocamento transversal da Via.
E relativamente leve aproximadamente 70 Kg e fácil de ser assentado. É
barulhento e apresenta o inconveniente de ser bom condutor de eletricidade -
dificulta o isolamento dos trilhos à sinalização.

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Via Permanente - Dormentes de concreto.
Após a experimentação em diversas estradas de ferro, principalmente na França,
Alemanha, Bélgica e em outros países, surgiram os tipos principais de
dormentes de concreto:
➢ Concreto protendido (monobloco).
➢ Misto (concreto e aço) ou bi bloco.
DORMENTE DORMENTE
MONOBLOCO BI BLOCO

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Via Permanente - Dormentes de plástico.
O dormente de plástico está sendo empregado aos poucos nas ferrovias brasileiras,
porém vem cada mais ganhando espaço no mercado devido questões ambientais,
por possuir vida útil de 30 anos pra mais, redução no custo de manutenção,
proporciona mais conforto e segurança.

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Via Permanente - Acessórios
Placas de apoio e grampos de fixação.

GRAMPO GRAMPO
PANDROL DEENIK

PLACA DE APOIO PLACA DE


P/ PANDROL APOIO
P/ DEENIK

TRILHO FIXADO TRILHO FIXADO


COM PANDROL COM DEENIK

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Via Permanente - Acessórios
Parafuso tipo Tirefond

PARAFUSO TIPO PLACA PREGADA


TIREFON COM TIREFON

PREGAÇÃO DO PREGAÇÃO DO
JACARÉ COM TRILHO COM
TIREFON TIREFON

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Via Permanente - Acessórios
Parafusos, talas, arruelas e porcas.
TALA DE JUNÇÃO ARRUELA DE
DE TRILHOS PRESSÃO PARA
TALA DE JUNÇÃO

PORCA PARA O
PARAFUSO DE
TALA DE JUNÇÃO
PARAFUSO PARA
TALA DE JUNÇÃO

ESQUEMÁTICO DE
MONTAGEM DE
TALA DE JUNÇÃO

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Via Permanente – Ferramentas da Via
CHINELO

MARRETA EXTRATOR TENAZ P/ TRILHO


DEENIK SOCA ARCO DE PUA

INSERSOR DEENIK CHAVE DE BOCA MARITACA GARFO

EXTRATOR DE CHAVE PARA


PANDROL TIREFOND

APLICADOR
DEENIK
SARGENTO P/
PIXOTE EXTRATOR REGULAR BITOLA
TENAZ P/ DORMENTE DEENIK ALAVANCA

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Via Permanente – Ferramentas da Via
CARRO CONTROLE
PARAFUSADEIRA SOCADORA / REGULADORA
UNIVERSAL

FURADEIRA DE TRILHO RÉGUA DE


NIVELAMENTO E
MEDIÇÃO DE BITOLA
AUTO DE LINHA

POLICORTE

MACACO

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DESLOCAMENTO
Via Permanente - Lastro LONGITUDINAL

Lastro.

DESLOCAMENTO
TRANSVERSAL

Detalhes dos esforços


sobre a via.

LINHA EM PLANTA

LINHA EM PERFIL

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Via Permanente
Principais defeitos na Via
BOLETO BOLETO
DESALINHADO ALINHADO

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Via Permanente
Principais defeitos na Via :
Funcionamento irregular do comando: Constatado quando há defeitos nas peças
ou má regulagem. As pontas de agulha não pressionam corretamente os trilhos de
encosto. Este defeito é facilmente perceptível quando pisamos no braço do
macaquinho e o mesmo não retorna, demonstrando falta de pressão , interditar o
AMV e avisar o Coordenador .
AMV ENTRE-ABERTO ,
SEM PRESSÃO

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Via Permanente
Principais defeitos na Via :
Quebra na ponta de agulha: Ocasionado normalmente quando o AMV é
transposto com suas agulhas viradas em sentido contrario por uma manobra
executada de forma errada , deverá sempre ser informado de imediato para sua
correção , interditar o AMV e avisar Coordenador.

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Via Permanente

Principais defeitos na Via :


TRILHO LINHA
QUEBRADO DESNIVELADA LINHA
FLAMBADA

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Via Permanente
Principais defeitos na Via :
BOLETO DO BOLETO DO
TRILHO TRILHO
COBERTO LIVRE

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Material Rodante
Material Rodante Ferroviário
É todo veículo provido de rodas e que se movimenta sobre trilhos.
É necessário que você saiba que o MATERIAL RODANTE classifica-se em:
I – Material de tração
. Locomotiva

II – Materiais de
Transportes
· Vagão
· Carro

III – Carros Automotores


· Automotrizes
· Auto de linha
· Guinchos
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Material Rodante
Os Vagões e outros, sem tração própria, são denominados “Material
de Transporte”.

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Material Rodante
Equipamentos de Vagões
Nos Serviços de Manobra é importante o conhecimento dos dispositivos usados para
engate, desengate, aplicação e soltura dos freios
- Aparelho de Choque e Tração
- Freios Manuais
- Freio a Ar
- Mangueiras de freio E.G
- Torneira Angular
- Suporte Cego
- Encanamento Geral
- Truques

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Material Rodante
Aparelho de Choque e Tração - ACT

27
Material Rodante

Aparelho de Choque e Tração - ACT

28
Material Rodante
Abertura da Mandíbula – CUIDADO:
Ao operar a haste de manobra para abertura da mandíbula o operador deve sempre
observar a presença do pino de mandíbula.

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Material Rodante
Aparelho de Choque e Tração
Acionador da castanha
Pino de mandíbula

Mandíbula

Corpo do engate

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Material Rodante
Freio Manual
Quando utilizar freios manuais para prevenir movimentação de um vagão, verifique se eles
estão funcionando, observando a tensão da corrente e se a sapata de freio pressiona a roda.
Freio Manual de Volante é aplicado quando este for girado no sentido horário e solto quando
no sentido anti horário.

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Material Rodante

Mangueira do Encanamento Geral

32
Material Rodante

Posicionamento correto das mangueiras

Certo

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Material Rodante
Torneira Angular
Tem como finalidade conduzir ar comprimido ao longo do trem (locomotivas e vagões) para
alimentar os dispositivos de freio. Situa-se sob a longarina dos vagões havendo em suas
extremidades uma torneira angular de cada lado.

Cada vagão está equipando com duas torneiras, uma em cada cabeceira. Estas possuem duas
posições:
a) Fechada - quando o punho estiver perpendicular ao encanamento.
b) Aberta - quando o punho estiver paralelo ao encanamento.
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Material Rodante
Truque BERÇO DO PIÃO PINO DE CENTRO
TRAVESSA LATERAL OU
AMPARA BALANÇO
LONGERÃO
SAPATA

RODA
MOLAS

ADAPTADOR TRIÂNGULO DE FREIO

EIXO

CAIXA DO MANCAL TRAVESSA CENTRAL


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Engate e Desengate de Vagões

Precauções para acoplar e/ou mover vagões ou locomotivas


Antes de acoplar ou mover qualquer material rodante, certifique-se de que ele tenha condição
que permita realizar acoplamentos ou movimentos com segurança.
O engate não deve ser feito com velocidade superior a 3 km/h e deve-se confirmar o engate.

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Engate e Desengate de Vagões
Um vagão jamais pode circular com suas portas laterais abertas. Após o
descarregamento do vagão, suas portas devem ser fechadas.

Se for necessário mover vagões em trechos curtos para pequenas manobras, certifique-
se de que as portas dos vagões não irão atingir pessoas, estruturas ou instalações
fixas.
37
Engate e Desengate de Vagões
Toda manobra feita com locomotiva deve ser realizada com as mangueiras de ar
acopladas e com o sistema pneumático carregado e funcionando corretamente.

O desengate entre vagões pode ser feito apenas fechando a torneira de ar do vagão
do lado que continuará acoplado à locomotiva, sem necessidade de desacoplar
manualmente as mangueiras.

Em locais de declive, antes de fazer o desengate, o Maquinista deve fazer uma


aplicação total de serviço e fazer o desacoplamento das mangueiras somente após
certificar-se de que os vagões estejam freados.

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Engate e Desengate de Vagões
Lado da
Lado que ficará Locomotiva
estacionado Torneira
Torneira Aberta Fechada

Quando houver a necessidade de desacoplar


as mangueiras manualmente, deve-se fechar
a torneira da locomotiva e do vagão, pegar
firmemente as duas mangueiras e somente
após efetuar o desacoplamento das
mangueiras, abrir a torneira do vagão que
ficará estacionado, tomando o cuidado para
somente o fazê-lo após estar com a
mangueira completamente segura.
Quando for realizar teste de continuidade
seguir o mesmo procedimento ao abrir a
torneira do vagão cauda.
39
Engate e Desengate de Vagões
Quando ocorrer um engate de uma locomotiva com vagões em declive, os freios manuais não
devem ser soltos até que o sistema de freios a ar se encontre totalmente carregado e aplicado.

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Engate e Desengate de Vagões
Caso seja necessário fazer o alinhamento dos engates:
a) Pare todos os veículos envolvidos na manobra;
b) Os veículos a serem acoplados devem estar a uma distância mínima de 6 metros;
c) Confirme a parada com o Maquinista;

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Engate e Desengate de Vagões

d. Alinhe os engates;

42
Engate e Desengate de Vagões
e. Autorize a movimentação do trem somente quando não estiver mais entre os
veículos.

É expressamente proibido executar o alinhamento do engate com a composição em


aproximação ou com os pés.

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Engate de Vagões / Mangueira de Ar
Como segurar a Como retirar o engate Como deve estar sempre
mangueira corretamente cego a mangueira de ar.
ERRADO

ERRADO

CERTO CERTO

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Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via
Permanente
Em recuos de trens, caso a cauda seja um vagão plataforma vazio que ofereça
condições seguras (piso plano e não vazado), somente o funcionário responsável
pela manobra pode cobrir a cauda do trem sobre esse veículo. Para isso, deve
posicionar-se sentado no centro da plataforma, sendo o recuo feito com VR.
Conceito Velocidade
Restrita: É a
velocidade que o trem
deve circular
permitindo sua parada
dentro da metade do
campo de visão sem
exceder a VMA do
trecho
Em recuos de trens de serviços será permitido “cobrir cauda” no interior de gôndolas com
paredes laterais que permitam visibilidade da via e com VR.

45
Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via
Permanente
Será permitido acompanhar recuos em escadas, estribos ou passadiços de veículos, desde que estejam
posicionados lateralmente e atendendo às condições a seguir:
a. Estar apoiado em pelo menos três pontos de apoio;
b. Estar com rádio fixo no suporte peitoral;
c. Ter conhecimento do local para evitar esmagamentos ou choques com postes, árvores,
estruturas fixas, portões, etc.;
d. Deslocar-se com VR;
e. Para transpor PN’s seguir a norma 4.7.
NÃO É PERMITIDO ANDAR EMBARCADO EM VAGÕES
OU LOCOMOTIVAS DENTRO DE TERMINAIS
Em caso de cansaço ou fadiga, solicite a parada do trem.
Norma. 1.9.4. e 5.1.2 - O EMBARQUE E DESEMBARQUE EM
VAGÃO OU LOCOMOTIVA PODE SER FEITO SOMENTE COM
O TREM PARADO – BOLETIM DE SERVIÇO 02-2016
04/04/2016
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Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via
Permanente
Em vias duplas e singelas, nunca ande no gabarito da via, não pise no trilho e não pare ou
caminhe na via sobre trilhos ou sobre dormentes.
Somente é permitido andar sobre o gabarito da via quando for atravessá-la transversalmente,
em ronda para inspeção de via e quando estiver trabalhando protegido por bandeiras. Nesse
caso, redobre a atenção e fique atento a qualquer problema que coloque em risco a sua
segurança e a de outros funcionários.

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Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via
Permanente
Ao atravessar a via, respeite a distância mínima de vagões ou locomotivas, conforme descrito a
seguir:
a. Para composições paradas ou se afastando, a distância mínima entre os veículos deve ser,
no mínimo, de 6 metros.

Distância mínima para atravessar com trem partindo

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Posicionamento em Vagão, Locomotiva ou Via
Permanente
b. Para composições se aproximando: Em manobras, respeite a distância mínima de 3 vagões;
Para as demais composições aguarde o trem passar.
Esteja atento ao movimento dos trens, locomotivas, vagões e outros veículos ferroviários em
qualquer momento, via ou sentido.

Distância mínima para atravessar com trem se aproximando durante manobra

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Cobertura de Cauda em Recuo

Movimento de recuo
O movimento de recuo de um trem em uma via só pode ser feito com um funcionário fazendo a
cobertura de cauda e com VR.

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Estacionamento de Vagões e Locomotivas
Estacionamento de vagões ou locomotivas

Não se deve usar somente o freio a ar para manter qualquer veículo estacionado por
períodos prolongados. Nesse caso, deve-se aplicar quantidade suficiente de freios
manuais e/ou calços para impedir qualquer movimento, de acordo com as instruções
contidas no procedimento específico de estacionamento de veículos.
Quando composições forem estacionadas em locais com declive para ambos os lados,
deve-se aplicar o freio manual e calços nos vagões posicionados em ambas as
extremidades da composição.
Aplique Freio Aplique Freio
manual e Calço manual e Calço

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Estacionamento de Vagões e Locomotivas
Sempre que utilizar freios manuais, verifique se eles estão funcionando, observando a
tensão da corrente e se a sapata de freio pressiona a roda.
O calço metálico deverá ser colocado no vagão da extremidade mais baixa do trem, no
rodeiro no lado do freio manual (Rodeiro 4).
Em caso de dúvidas sobre qual é a extremidade mais baixa do trem, calçar os dois
lados do rodeiro.

Antes do início da movimentação dos vagões, todos rodeiros do vagão da


extremidade mais baixa devem ser inspecionados para se ter certeza de que nenhum
rodeiro ainda está sob a ação do calço metálico. As figuras 1 e 2 indicam aonde o
calço metálico deve ser posicionado no vagão.

52
Estacionamento de Vagões e Locomotivas
Ao se retirar os calços tenha certeza de que o vagão não irá se movimentar.

Posicionamento do calço no trem


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Estacionamento de Vagões e Locomotivas

Posicionamento do calço no trem


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Estacionamento de Vagões e Locomotivas

CALÇO METÁLICO
APLICAÇÃO FREIO MANUAL APLICADO

CORRENTE FROUXA = CORRENTE FIRME =


FREIO SOLTO FREIO APERTADO CALÇO METÁLICO

55
Estacionamento de Vagões e Locomotivas
Nenhum vagão ou locomotiva pode ficar estacionado fora de marco em nenhum pátio.
Entende-se vagão no marco a partir do engate e não da caixa do vagão.

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

57
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Composição básica de um AMV
O AMV é composto por três grandes regiões:

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AMV – Aparelho de Mudança de Via
O Aparelho de Mudança de Via, abreviadamente designado por AMV, é o equipamento
usado para permitir ao material circulante transitar de uma linha para outra,
assegurando a continuidade da via para um determinado caminho.

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AMV – Aparelho de Mudança de Via
Elementos dos aparelhos de mudança de via
➢ Agulhas
➢ Contra agulha
➢ Aparelho de manobra
✓Tirante ou barra de ligação
✓Trela (mantém distância das agulhas)
✓Contrapeso, queijo ou libra
✓Alavanca de manobra
➢ Trilhos de ligação
➢ Coração ou jacaré
✓Ponta teórica e prática
✓Patas de lebre
✓Garganta
✓Ângulo do coração
➢ Calços
➢ Coxins (devem estar sempre lubrificados)
➢ Contratrilhos (evitar o choque com a ponta do coração)
60
AMV – Aparelho de Mudança de Via

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AMV – Aparelho de Mudança de Via
Os funcionários que operam AMV´s devem estar seguros de que eles estejam
corretamente posicionados para a rota a ser utilizada e que as agulhas estejam
devidamente encostadas.

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AMV – Aparelho de Mudança de Via
Ao recuar ou avançar uma composição em direção a um AMV:
• O limite máximo da ordem a percorrer será sempre até o AMV;
• Somente transpor o AMV após identificar que o mesmo está operado e
travado corretamente para a rota a ser seguida.

AMV New Century

Toda vez que operar um AMV, informe ao Maquinista:


O AMV ESTA OPERADO E TRAVADO
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AMV – Aparelho de Mudança de Via - Componentes

CO ROA TRAVA
PINO DE
CENTRO

CO ROA DA LIBRA

PALETA
LIBRA
MESA O U
BASE

BANDERO LA

CAPACETE FO FÓ

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Contra Trilho

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Jacaré Simples

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Atenção para Posição da Agulha

Ponta da Agulha Encostada

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Atenção para Posição da Agulha

Ponta da Agulha Entre - Aberta

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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Atenção para Estado da Agulha

69 PONTA AGULHA QUEBRADA


AMV – Aparelho de Mudança de Via

Atenção para Tirantes cobertos de terra

AMV travessa coberta por terra


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AMV – Aparelho de Mudança de Via

Atenção em AMVs – Situação da Via Permanente

- O Boleto do trilho tem


que estar livre em sua
totalidade , sem
obstruções .

71
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Tipos de AMV - New Century (Bethlehem ou Borboleta) também conhecido como
Macaquinho

72
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Tipos de AMV - Queijo ou Contra Peso

73
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Tipos de AMV - Mola bate e Volta

74
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Tipos de AMV - Mola Bate e Fica

75
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Tipos de AMV - Elétrico

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AMV - Aparelho de Mudança de Via
Atenção em AMVs

Em terminais cuja a operação de carregamento de vagões é realizada através de trator


, deve-se antes de transpor qualquer amv verificar se o mesmo não tenha nenhum tipo
de obstrução : embaixo , em cima , lateralmente e/ou entre as agulhas (exemplos :
pedras , areia , terra , resíduos de produtos , etc ...) que venha a impedir a operação
completa do equipamento e que resulte em danos á operação de manobras .

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AMV - Aparelho de Mudança de Via
Limpeza dos AMVs

Limpeza e conservação dos AMV: O operador, ao operar as chaves manuais, deve verificar se
elas estão bem lubrificadas. Visualmente deve observar a lubrificação do comando das placas de
deslizamento das agulhas e dos coices de agulha. Percebendo irregularidade quanto a
lubrificação ou defeito na chave, deve comunicar o superior imediato que tomará as devidas
providencias.

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AMV – Aparelho de Mudança de Via
CADEADOS E TRAVAS
Os AMV´s das vias principais devem estar protegidos por cadeados e/ou travas e, em
caso de falta ou avaria destes itens, deve ser providenciada a reposição imediata. Se
não for possível, os AMV´s deverão ser pregados.

Cadeado Padrão Aldrava Sargento Aplicado Chave de Pito

Zampadão Pregada com Tirefond


Sargento
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AMV – Aparelho de Mudança de Via

AMV DESCARRILADEIRO
Os AMV’s descarriladeiros devem ser sinalizados por placas específicas.
Os funcionários que prestam serviços em trens, locomotivas
e pátios de manobras devem saber a localização de todos os
AMV´s descarriladeiros.
Não devem ser efetuados movimentos sobre
AMV descarriladeiro que esteja em posição de
descarrilamento.
Os AMV´s descarriladeiros sempre devem
estar em posição de descarrilamento, a menos
que seja necessária a utilização da via.

80
AMV – Aparelho de Mudança de Via
AMV Descarriladeiro
Devem ser utilizados cadeados e/ou travas em todos os AMV´s descarriladeiros.

81
AMV – Aparelho de Mudança de Via
AMV Descarriladeiro
Abertura mínima para um AMV Descarriladeiro.

1000 mm
120 mm

120 mm

1000 mm

82
AMV – Aparelho de Mudança de Via
AMV Falso
Os funcionários que prestam serviços em trens, locomotivas e pátios de manobras
devem saber a localização de todos os AMV´s falsos.
Os AMV´s falsos sempre devem estar posicionados para o desvio, a menos que seja
necessária a utilização da via.

Devem ser utilizados cadeados e/ou travas em todos os AMV´s falsos.


83
AMV – Aparelho de mudança de Via
GENERALIDADES SOBRE AMV´S
Os AMV´s de saída, exceto os de mola, não devem ser transpostos quando estão em
posição inadequada.

Não se deve recuar sobre um AMV danificado até que ele tenha sido travado ou
reparado.
Todos os AMV´s devem ser vistoriados periodicamente quanto ao seu correto
funcionamento e limpeza. Qualquer anormalidade deve ser relatada imediatamente
ao Supervisor encarregado.

Todo operador responsável pela operação do AMV deve informar ao


Maquinista/Condutor que ele está operado corretamente e travado. Somente após
essa confirmação o Maquinista/Condutor pode movimentar-se sobre o AMV.

84
AMV – Aparelho de Mudança de Via
Todos os funcionários devem ficar a uma distância segura do AMV sempre que um trem estiver
passando sobre ele.

85
Bandeiras e Sinais
Bandeira Azul A bandeira azul é usada para sinalizar que há trabalhadores
realizando qualquer serviço em cima, embaixo ou entre o
material rodante e deve ser posicionada entre os trilhos.
Homens Quando o material rodante for uma locomotiva, ou estiver
acoplado a uma, deve-se também fixar bandeira azul no
Trabalhando painel de controle da locomotiva.

A bandeira azul deve ser removida após o


término de todos os reparos e quando todos os
trabalhadores já tenham deixado a área. Ela
deve ser removida somente por um funcionário
da área que a colocou.
86
Bandeiras e Sinais
SINAIS DE BUZINA
A buzina deve ser utilizada antes de iniciar um movimento e ao se aproximar de túneis,
viadutos, pontes, passagens de nível e áreas protegidas por Boletim de Trabalhos na
Via.
Quando as condições climáticas afetam a boa visibilidade, deve-se fazer uso da
buzina com frequência.
Toques de buzina
a. Um toque longo.

Aviso de que o trem vai se movimentar. Essa buzina deve ser utilizada na primeira
movimentação após qualquer parada superior a 30 minutos;
A uma distância de 200 metros de túneis, pontes e viadutos, ou ao avistar pessoas na
via ou qualquer outra condição de alerta.

87
Bandeiras e Sinais
b. Dois toques longos, um curto e um longo.

Ao se aproximar de uma PN, a não menos de 200 metros, e continuar até que a
locomotiva ocupe totalmente a passagem;
Em aproximação de Boletins de Trabalhos na Via;
Ao se aproximar de uma bandeira verde/amarela.

Em caso de PN’s consecutivas com distâncias menores que 250 metros entre elas,
após o acionamento completo para transpor a primeira, pode-se fazer apenas um
acionamento curto para transpor as demais.

88
Bandeiras e Sinais
c. Um toque curto.

Aproximação de uma PN dentro de oficina, mas com um funcionário posicionado


na PN para parar o tráfego de veículos;
Ao se aproximar de trabalhadores na via, a não menos de 200 metros, podendo
ser repetido em caso de necessidade de alerta.

Toque curto: 1 segundo. Toque longo: 3 segundos.

Em casos de regras especiais para buzinas, elas devem estar descritas


em procedimentos.

89
Bandeiras e Sinais

• Somente utilize sinais, se não houver rádio disponível

• Se você não compreender o significado de um sinal, PARE

• Sinalizar pelo lado do condutor

• Se uma pessoa, que estiver dando sinal deixa de ser vista, PARE

90
Bandeiras e Sinais
SINAIS MANUAIS
Os sinais manuais devem ser dados diretamente ao Maquinista/Condutor em boas condições
de visibilidade e serão realizados da seguinte maneira:

Pare - Dia Agitando os dois braços Cuidado, diminuição de


Prossiga - Agitando um velocidade - Agitando um braço ao
braço para cima e para ao lado do corpo e acima da
cabeça, com movimentos para lado do corpo, com pequenos
baixo à frente do corpo. movimentos para cima e para baixo.
cima e para baixo.

91
Bandeiras e Sinais

Recuar : Um braço Pare – Noite: Movimentar Sinal de parada : O sinal de parada pode ser dado
movimentando o braço horizontalmente por qualquer pessoa. Caso você visualize uma
circularmente à utilizando uma lanterna de pessoa agitando de forma vigorosa as mãos,
frente do corpo. luz branca. qualquer objeto ou luz, pare o trem
imediatamente.

Havendo dificuldade de visualização do transmissor, dúvidas sobre a interpretação ou a quem seja destinado
qualquer sinal, sempre deve ser considerado como sinal de PARE.

92
Recuo em PN- Passagem de Nível
Recuando vagões sobre PN
Para efetuar manobras de recuo em PN´s localizadas em PU ou em locais definidos
em procedimento específico e que não tenham cancelas ou canceleiros, o funcionário
responsável pelo recuo deve posicionar-se paralelamente à passagem, a pé, para
parar o tráfego de veículos e fazer a sinalização, até que os vagões tenham ocupado
toda a PN.
Não será necessário
sinalizar quando
houver cancela
abaixada, canceleiro
ou se é evidente que
não há veículo algum
sobre a passagem ou
se aproximando dela.
93
Recuo em PN- Passagem de Nível
Não será necessário sinalizar quando houver cancela abaixada, canceleiro ou se é
evidente que não há veículo algum sobre a passagem ou se aproximando dela.

94
Recuo em PN- Passagem de Nível
Cuidados em passagens de nível
Os Maquinistas/Condutores devem manter livres as passagens de nível e seus
respectivos circuitos dos semáforos.
Os semáforos não deverão ser acionados de forma desnecessária.
Se for necessário ocupar uma PN, essa ocupação não deve ultrapassar mais de
10 minutos.

95
Recuo em PN – Passagem de Nível
Em pátios ou em via dupla, se necessário, o trem pode ser dividido para deixar livre
uma PN. O conjunto de vagões dividido deve ser posicionado a 15 metros, ou mais,
do cruzamento.

96
Recuo em PN – Passagem de Nível
Trens de serviço puxando barras de trilhos devem ter um funcionário protegendo a PN,
até que as barras tenham passado por completo.

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Desvio Morto
Ao efetuar movimentos para ingressar ou empurrar um vagão para um desvio morto,
um funcionário deve posicionar-se na cauda da composição para orientar o Maquinista
na manobra. Nenhum movimento pode ser feito sem a autorização desse funcionário.

A parada final do vagão, desde que haja espaço suficiente, deverá ocorrer, no mínimo, a 6
metros de distância do batente (aproximadamente meio vagão).

98
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Alinhar com o pé os engates dos ➢ Ficar em pé em qualquer parte da frente
vagões. do vagão

99
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Ficar sentado no teto próximo a cabeceira
do vagão. ➢ Ficar em pé sobre o engate do vagão

100
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Sentar sobre o engate ou em qualquer parte
➢ Ficar sentado sob a caixa do vagão frontal do vagão.

101
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Posicionar-se em pé sobre os vagões em
movimento. ➢ Pular entre vagões

102
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ uso de aparelho celular ou aparelhos
eletrônicos em área operacional e dentro do
➢ Manobrar sem o uso do colete peitoral gabarito

103
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Cruzar a frente ou entre vagões e
locomotivas em movimento, ou virar de
costas para composição em manobras de ➢ Alinhar a garra ou engate com a composição
em movimento. Sem respeitar os 6mts
recuo

104
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Abrir a torneira da cauda para dar
➢ Acompanhar o recuo andando entre os emergência nos vagões com a
trilhos. composição em movimento

105
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Posicionamento errado em vagão plataforma ➢ Posicionamento errado em vagão

106
PRÁTICAS PROIBIDAS
➢ Movimentação de vagão com trator com ➢ Colocar gancho do Car Puller em
cabo de aço qualquer parte do truque do vagão

107
Manuseio de Vagões – Deslocamento
Deslocamento dos vagões dentro dos terminais são realizados através de
tratores, car pullers ou trackmobiles (figuras 01, 02 e 03).

Figura 01 – Trator

108
Manuseio de Vagões – Deslocamento

Figura 02 – Car Puller


109
Manuseio de Vagões – Deslocamento

Figura 03 - Trackmobile
110
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões

Os vagões utilizados para o transporte de cargas de produto a granel (soja, farelo de soja,
milho, açúcar, trigo, fertilizantes, etc.) são os seguintes:

111
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões

Vagões FHD

➢ Vagões com escotilhas,


tremonhas e portas
laterais.
➢ Capacidade limite: 59 t
➢ Capacidade volumétrica:
73 m³

112
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões
Vagões HFD

Vagões Hopper fechado


convencional, é dividido
internamente em três
compartimentos cujo fundo
é em forma de funil.
➢ Vagões com escotilhas e
três tremonhas
➢ Capacidade limite: 60 t
➢ Capacidade volumétrica:
75 m³
113
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões

Vagões HFE

Vagões Hopper fechado


convencional, cujo fundo
é em forma de funil.
➢ Vagões com escotilhas
e tremonhas
➢ Capacidade limite: 77 t
➢ Capacidade
volumétrica: 100 m³

114
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões
Vagões HPE

Vagões Hopper fechado


convencional, com pintura
interna especial na face interna
do caixão para evitar a corrosão
precoce do veículo. Indicado
para transporte de açúcar.
➢ Vagões com escotilhas e três
tremonhas
➢ Capacidade limite: 77 t
➢ Capacidade volumétrica: 100

115
Manuseio de Vagões – Tipos de vagões

Vagões FFD

Vagões Fechados
com escotilhas e
fundo móvel são 8
tremonhas de cada
lado.
➢ Capacidade
limite: 60 t
➢ Capacidade
volumétrica: 71

116
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagão FHD
Abertura e Fechamento: Para abrir encaixe a chave padrão (Anexo 01) no orifício
da trava e fazer um movimento firme de cima para baixo até para que a bica se
abra (Anexo 02).

Anexo 01 Anexo 02

117
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Fechamento FHD: Posicionar-se lateralmente a bica do vagão e sempre utilizar
uma alavanca para fazer o fechamento, empurre a tampa da bica em direção a
caixa do vagão (Anexo 03),

Anexo 03

118
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Em seguida encaixe as duas travas (Anexo 04),

Anexo 04

119
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Com a chave padrão encaixe no orifício da trava fazendo o movimento de baixo para
cima até que a bica seja travada (Anexo 05).
Observação: Nunca apoiar a mão na área onde a travessa de pressão vai encostar
no ato do fechamento da mesma (golpe guilhotina).
Anexo 05

120
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Posicionar-se lateralmente as bicas do vagão (Anexo 06), encaixar a chave
padrão (Anexo 08) na aréola para abrir a bica (Anexo 07).

Anexo 06 Anexo 087 Anexo 08

Chave Padrão

121
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões fechados possuem portas laterais e dispositivos anti queda (Anexo 09), por
isso todos os envolvidos devem observar se as mesmas possuem tais dispositivos
antes de iniciar os trabalhos, no caso de não ter devem avisar a estação, mecânica
ou cco mecânica para que o vagão seja recomendado para o posto de manutenção
mais próximo.
Anexo 09

Dispositivo Anti Queda de Portas

122
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HFD e HFE
Abertura e Fechamento: Utilizar a chave padrão de tremonha e alavanca na
abertura e no fechamento dos mesmos, o sistema de ambos são similares, basta
encaixar a chave no eixo e girar, ao fechar, a tampa deve atingir o batente e não
pode haver frestas. (Anexos 10, 11,12)
Anexo 12

123
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões FFD
Abertura: Soltar as Travas de cada tampa tendo atenção com o movimento da queda
da tampa (Anexo 12), utilizar uma marreta para os ganchos se soltarem, assim a
tampa vai se abrir para baixo (Anexo 13).

Anexo 12 Anexo 13

124
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Fechamento: É preciso duas pessoas para executar o fechamento, utilizando uma
alavanca para cada extremo da tampa levantando a mesma simultaneamente até travar
a mesma. Os 2 ganchos devem ser fechados. Não é permitido fechar somente um,
mesmo para trafegar vazio. (Anexos 14)

Anexo 14

125
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE

Detalhe do ponto de acionamento central do sistema de descarga rápida


do lado esquerdo do vagão HPE-Rumo
126
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
PROCESSO DE ABERTURA DO SISTEMA DE DESCARGA RÁPIDA
Realizar a abertura do sistema de descarga rápida conforme procedimento descrito
abaixo:

➢ Liberação da Trava de Segurança Primária


Do lado esquerdo do
vagão, na janela da
lateral indicada na
figura (1), acessar a
alavanca da trava
de segurança e
retirar o gambito (2).

127
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE

Levantar a lingueta da segurança (3) e posicionar a mão direita na alavanca da trava de


segurança (4).
128
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
Girar a alavanca da trava de segurança até o fim do curso (5) para liberar o gancho de
segurança (6).
Assim liberando o tirante do ponto fixo e liberando o sistema para a operação de
abertura.

129
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
➢ Abertura do Sistema
A abertura do sistema de descarga rápida pode ser realizada dos 2 lados do
vagão, através do flange do eixo de acionamento (7). Posicionar a chave tipo
cachimbo no flange conforme mostrado (8). Observar o sentido da de abertura e
fechamento pintado na chapa no suporte de acionamento.

130
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
Realizar o giro da chave no sentido anti-horário do lado esquerdo (9 e 10) e horário do
lado direito, este movimento de giro será livre (sem esforço).

131
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
Prosseguir com o movimento de giro da chave conforme indicado, agora com
esforço para vencer o sistema de trava secundário (excêntrico) do sistema (11).
Devido ao movimento rápido na chave no momento da abertura do sistema de
portas conforme pintado nas laterais do vagão (12), O OPERADOR NÃO
DEVERÁ ESTAR POSICIONADO NO TRAJETO DA CHAVE TIPO CACHIMBO.
Ao término desta operação, as 8 portas estarão abertas e se inicia a descarga de
material. Em caso de retenção de carga, bater com marretas de nylon ou borracha
nas regiões onde existem chapas de sacrifício (cones de descarga e laterais).
ESTE MODELO DE VAGÃO NÃO ADMITE O USO DE MARRETAS DE AÇO
DEVIDO A ESPESSURA REDUZIDA DAS CHAPAS DE AÇO.

132
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE

133
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
PROCESSO DE FECHAMENTO DO SISTEMA DE DESCARGA RÁPIDA
Antes de iniciar o processo de fechamento do sistema, deve-se efetuar a limpeza
das portas para eliminar material acumulado que poderá dificultar o fechamento. O
processo de fechamento é realizado de forma inversa a abertura, e deve seguir os
passos descritos nos itens abaixo:

➢ Fechamento
do Sistema

134
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
O fechamento do sistema de descarga rápida pode ser realizado dos 2 lados do
vagão, através do flange do eixo de acionamento. Posicionar a chave tipo cachimbo
no flange conforme mostrado (12) e realizar o giro livre da chave (sem esforço) no
sentido horário do lado esquerdo (13) e anti-horário do lado direito.
Continuar o giro da chave,
neste momento será
necessário aplicar esforço
para realizar o fechamento
das portas, caracterizado
por um estalo (14). Retirar
a chave e reposicioná-la
para o segundo
movimento (15).
135
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
Realizar o giro da chave para o travamento do sistema (16). Neste momento ocorrerá um
estalo característico da “quebra” do excêntrico que promoverá o travamento do sistema de
portas. Ao término desta operação, as 8 portas estarão fechadas. CUIDADO COM AS
MÃOS (17).

136
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
➢ Acionamento da Trava de Segurança Primária
Após o fechamento do sistema de descarga rápida, é necessário realizar o travamento de
segurança do sistema (trava primária) conforme descrito abaixo:

Do lado esquerdo do vagão, acessar a alavanca da trava de segurança na janela da lateral (19) e
efetuar o giro para o travamento do sistema através do gancho de segurança que está liberado
(18).
137
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
Após o girar a alavanca, o gancho de segurança irá travar o sistema que impede sua
abertura indevida (20).
Abaixar a lingueta da segurança (21) e aplicar o lacre ou gambito na alavanca da trava
de segurança (22).
O VAGÃO DEVERÁ TRAFEGAR SOMENTE COM AS PORTAS FECHADAS E O SISTEMA
TRAVADO E LACRADO.

138
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
CHAVE DE ABERTURA
Deverá ser utilizada a chave tipo cachimbo conforme imagem abaixo para operação do
sistema de descarga rápida.

Nota: Para sua segurança não improvise ferramentas, use sempre a chave oficial
desenvolvida pela AmstedMaxion.

139
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE
CONSIDERAÇÕES FINAIS

1. Sempre manusear o vagão portando todos os EPI’s necessários.


2. Ter cuidado especial com as mãos ao manusear as portas evitando prensa e
esmagamento dos membros.
3. O vagão deverá trafegar somente com as portas fechadas e o sistema de descarga
rápido travado e lacrado.
4. Em caso de dúvidas sobre o funcionamento e operação solicitar Treinamento de
Operação junto a Rumo.
5. Em caso de uso de vibradores superiores, laterais ou portáteis contatar a Rumo para
instruções e treinamento específicos de posicionamento/tempo de vibração, medições e
inspeções das proteções laterais dos equipamentos. (O uso inadequado de vibradores
poderá causar danos aos vagões que implicará na perda de garantia).
140
Manuseio de Vagões – Abertura e Fechamento
Vagões HPE

6. Atenção caso o seu terminal não disponha de tratores com adaptações de engate ferroviário
para a movimentação dos vagões, contatar imediatamente a Rumo que irá providenciar os
engates para adaptação.

141
Manuseio de Vagões – Martelos/Marretas
Alguns produtos, como farelo de soja, possuem certa dificuldade na descarga
devido à compactação que o produto sofre durante o transporte, fazendo com que
ele não escoe naturalmente quando as tremonhas são abertas, sendo necessário
golpear as laterais dos vagões para viabilizar a descarga. Neste caso, é tolerável o
uso de martelos com cabeça de madeira ou PVC somente, golpeando de
preferência sobre os montantes das laterais.

142
Manuseio de Vagões
R$ 111,85 R$ 399,98
Tremonha HFE e HFD R$ 59,08

Carrinho porta Volante Freio manual


Escada
R$ 1.271,84

Torneira
Bica FHD

R$ 134,03
R$ 532,90
Peças que estragam pelo mau uso
143
Manuseio de Vagões - Carregamento Nivelamento de carga

144
Manuseio de Vagões - Carregamento Nivelamento de carga

145
Manuseio de Vagões - Carregamento Nivelamento de carga

146
Manuseio de Vagões - Carregamento Nivelamento de carga

147
Manuseio de Vagões – Limite Máximo Permitido por Manga

Limite máximo carregamento por Manga do Vagão


Tipo de Vagão Peso Bruto Máximo Permitido
FHC 64
FHD 80
FFD 80
HFD 80
HFE 100
HPE 100

148
Manuseio de Vagões – Limite Máximo por
capacidade Via Permanente
Limite Máximo de Carregamento por Capacidade da Via Permanente
Destino Peso Bruto Máximo Permitido
Maringá 100
Londrina 100
Cambé 100
Ponta Grossa 100
Paranaguá 100
Iguaçu (Curitiba) 100
Canitar 80
Ourinhos 80
Cascavel 80
Guarapuava 80
Pátio Industrial 80
Passo Fundo 80
São Francisco do Sul 74
Santa Maria 72
Cruz Alta 72
Rio Grande 72
cacequi 72
Uruguaiana 72

149
Manuseio de Vagões - Mínimo de Carregamento
Adubo
Volume Adubo Calcário Calcário Cloreto Fertilizante Fertilizante0 Fertilizante Fosfato GMAP GTSP Nitrato Sulfato Uréia
Tipo Frota Acondicion Calcário GKCL GMAP GSSP
(m³) Granel Calcítico Dolomíti-co Potássio 02.15.00 MT 4.14.08 07.08.15 Granel Claro Nacional Potássio Amônia Simples
ado

Mercadoria 802 801 821 167 166 819 803 810 804 808 818 785 790 784 786 799 787 830

Peso Especifico 0,84 0,83 0,85 0,85 0,85 0,79 0,76 0,54 0,57 0,83 0,84 0,83 0,84 0,81 0,84 0,76 0,84 0,68

HFE 094, 097, 051 e 715 100 80 80 80 80 80 80 80 77 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80

FFD 605.802-7 a 643.761-3 71 80 79 80 80 80 76 74 58 60 79 80 79 80 78 80 74 80 68

FHCz 303.719-3 a 304.419-0 62,6 64 64 64 64 64 64 64 54 56 64 64 64 64 64 64 64 64 63

FHC 1 635.520-0 a 635.800-4 69 64 64 64 64 64 64 64 57 59 64 64 64 64 64 64 64 64 63

FHC 2** 628.973-8 a 636.144-7 73 64 64 64 64 64 64 64 59 62 64 64 64 64 64 64 64 64 63

FHC 3 628.239-3 a 628.816-2 73 64 64 64 64 64 64 64 59 62 64 64 64 64 64 64 64 64 63

618.079-5 a 618.176-7
FHD 1** 73 80 80 80 80 80 78 75 59 62 80 80 80 80 79 80 75 80 70
628.319-5 a 646.104-4

FHD 2 630.204-1 a 630.502-4 74,3 80 80 80 80 80 79 76 60 62 80 80 80 80 80 80 76 80 71

FHD 3 646.676-1 a 646.725-3 94 80 80 80 80 80 80 80 73 76 80 80 80 80 80 80 80 80 78

FHD z 304.705-9 a 306.130-2 74,3 80 80 80 80 80 79 76 60 62 80 80 80 80 80 80 76 80 71

ver planilha ao lado com a


FHD t 82 80 80 80 80 80 80 80 64 67 80 80 80 80 80 80 80 80 76
numeração dos vagões

607.922-9 a 607.999-7

HFD 1 637.876-5 a 637.933-8 51 63 62 63 63 63 60 59 48 49 62 63 62 63 61 63 59 63 55

638.923-6 a 638.997-0

HFD 2 650.084-6 a 650.143-5 100 80 80 80 80 80 80 80 75 78 80 80 80 80 80 80 80 80 78

631.583-6 a 632.542-3

637.934-6 a 638.922-8
HFD 3 73 80 80 80 80 80 78 75 59 62 80 80 80 80 79 80 75 80 70
641.140-1 a 641.439-7

643.420-7 a 643.519-0

Lembrete: Vagões FHC estão limitados a 64 TB. Efetue sempre rechego nas cabeceiras dos vagões principalmente em se tratando de HFD´s

Os vagões FHD t já estão cadastrados em sistema.

**Pesos revisados segundo peso específico do produto descontados de 5% ângulo de repouso

150
OPERAÇÃO COM TRATORES
CHECK LIST:
Checar Periodicamente:
1. Engate.
2. Rodas.
3. Freios.
4. Sinalizadores. (Visual / Sonoro)

151
OPERAÇÃO COM TRATORES
REGRAS BASICAS:
1. Respeitar a capacidade de carga. (5 Vagões)
2. Confirmação de engate. (Trator X Vagão / Vagão X Vagão)
3. Respeitar o limite de manobra. (Área de Operação do Terminal)
4. Nunca passar com o Trator sobre os AMV’s. (Salvo quando possuir
proteção sobre os tirantes)
5. Cumprir o Procedimento de encostes em terminais (Sempre que existir
operação com locomotivas Rumo All dentro do terminal a operação com
trator ou Car Puller devem ser paralisadas.
6. Respeitar todos os procedimentos de segurança e RO.
7. Sempre acompanhar a composição. (Caminhando ao lado da composição
fora do gabarito de via e velocidade não superior a 5 Km/h)

152
OPERAÇÃO COM TRATORES
REGRAS BASICAS:

8. Sempre cobrir cauda. (Não existe cobertura visual)


9. Parar no mínimo um vagão antes do ponto de parada.
10. Sempre utilizar freio manual e calços.
11. Respeitar a distância mínima de 6 metros para alinhamento de engates. (Com
operador do trator ciente, composição parada e trator freado)
12. Realizar o alinhamento dos engate com as mãos. (Nunca alinhe o engate com
os pés)
13. Não colocar as mãos no vagão com a composição em movimento.

153
OPERAÇÃO COM CAR PULLER
REGRAS BASICAS:
Operação com CAR PULLER:

1. O rompimento do cabo pode fazer com que os vagões


corram soltos e causem sérios danos tanto pessoal quanto
material.
2. A manutenção preventiva do Car Puller com a troca
preventiva do cabo de aço evitam os acidentes.
3. A fixação incorreta do gancho do Car Puller no vagão pode
causar descarrilamento com o desquadramento do truque.
4. Sempre checar a capacidade de carga do Car Puller.
5. Antes de soltar o freio manual dos vagões checar se o cabo
do Car Puller está devidamente engatado e esticado.
154
OPERAÇÃO COM CAR PULLER
Já o gancho do Car Puller deve ser posicionado conforme indicado nos anexos,
nunca posicionar o gancho do Car Puller no truque do vagão.

Posição gancho “Car Puller” no Vagão


Alça do “Car Puller” do Vagão HPE
HFD e HFE
155
ATENÇÃO

Qualquer ocorrência com vagões como


descarrilamentos,
informe imediatamente a Rumo.
O vagão não poderá ser movimentado ou
liberado para viagem sem a análise da mecânica
de vagões , sob risco de gerar um acidente de
grandes proporções no trecho.

156
Lembre-se : Segurança
é o nosso maior valor,
se não for seguro “não
faça”.
157
OBRIGADO!

158

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