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Mecânica 2000
CARBURADORES
Mecânica 2000 surgiu para atender poderão ainda funcionar perfeitamente por
às necessidades do profissionaf da muitos anos. Por esta razão foi produzido
manutenção automotiva. Na época do este volume, em edição especial: para
surgimento do CDTM, a injeção eletrónica proporcionar a você o conhecimento do
ainda surpreendia os reparadores princípio de funcionamento dos
brasileiros, por se tratar de tecnologia carturadores, dos seus sistemas, dos
nova r com procedimentos de manutenção, procedimentos de inspeção, regulagem,
inspeção e diagnósticos diferentes bem como a familiarização com os
daqueles com os quais os profissionais diversos modeíos nacionais. Ao final deste
estavam acostumados e também pela manual você encontrará também as
escassez de manuais técnicos com tabelas de calibração e regulagens,
informações esdarecedorase confiáveis. indispensáveis para a reaiização de um
bom serviço em motores equipados com
Entretanto, a frota circulante de carburadores.
veículos leves possui alé hoje uma parcela
significativa de automóveis e pick-ups Mais uma vez, agradecemos aos
equipados com carburador. Estes veículos parceiros e colaboradores (em especial, à
também exigem manutenção adequada, a Affinia, fabricante dos carburadores
qual requer profissionais qualificados e Brosol) pela confiança no CDTM e em
criteriosos. seus propósitos. Esperando poder auxiliar
nossos leitores da melhor forma possível,
É justo+ portanto, que Mecânica deixamos nossos votos de bons serviços!
2000 dê a estes veículos a devida atenção,
uma vez que são também objeto de
trabalho dos reparadores brasileiros e Equipe Mecânica 2000
c índice
Corpo Editorial: Parceria:
Direção Geral;
Marcley Lazarini
Desenvolvimento Técnico; BRo§91 Wl*
eciessÿ
Rodrigo Bekerman
Programação Visual:
Harold o Maínentí
Colaboração: pEg£
Thíago Lyra / Paulo Renato Diníz
Publicidade: Apoio:
Cláudio Lazarini GEDDREjJÿ
GmpO SrHMP*3t7
Realização:
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
BFS/
Q DE TECNOLOGIA MECÂNICA
-
AY. Se(M5liío te Brito. 21* 0. Oera
31260-M0 - Belo Horÿonto MG
Televendas - {31)2121-0777
Auto/nniIve www.cdtm.boin.br

JUNTAS
I (TortKjrDçao - JrihPfdo •íjimtao
índice Analítico
1-ÍNTRODUÇÀO 7

2- O CARBURADOR 11
-
2.1 Apresentação dos componentes 11
-
2.2 Funcionamento de um carburador 13
2.3 - Apresentação e disposição dos carburadores 13

3- DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS 17


3.1 - Sistema principal e nível constante 17
3.1.1 17
-
3.1.2 Difusor 18
3.1.3 - Gigtê principal 19
3.1.4 - Gigiè de correção de ar 19
3,1.5- Tubo misturador 20
-
3. 1.6 Calibrador de dessifonagem 22
3 1.7- Válvula de agulha e bóia 22
3.1.8 - Nível de boia ou altura de boia 24
3 2 - Sistema de marcha lenta e progressão 25
-
3.2.1 Normal 25
3.2.2- Suplementar 26
3,2.3 - Sónico 27
-
3.2.4 Monojet / Bijet 28
-
3.2.5 Progressão
3,2.6 - Gíglê e interruptor de marcha lenta
29
30
3,2.7 - Interruptor de mistura 30
-
3.2.8 Giglè de ar e calibrador de correção de ar de marcha lenta 31
3 2.9 - Abertura fixa de marcha lenta 32
3,2.10 - Posicionador pneumático para ar condicionado {Kicker) 33
3 2.11 - Fatores que interferem na marcha lenta e progressão 33

2
G índice

-
3.3 Sistema suplementar de potência 34
3.3.1 - Válvula de máxima e calibrador 34
3.3.2 - Sistema suplementar aerodinâmico 35
-
3.3.3 Pistão injetor 35
3.4 - Sistema de aceleração rápida 36
3,4.1 - Bomba de aceleração rápida 36
3,4.2 - Tubo injetor e retorno 37
-
3.4.3 Volume de bomba por golpe (em cm5) 39
3.4.4 - Fatores que interferem nas acelerações rápidas 39
3.5 - Sistema de partida a frio 39
-
3.5.1 Abertura positiva com afogador 40
3.5.2 - Abertura positiva do afogador após partida (mecânica) 41
3,5.3 -Abertura positiva do afogador após partida (automática) 41
-
3.5-4 Tempo de abertura do afogador automático 42
-
3.5.5 Fatores que interferem na partida a frio 44
3.6 - Sistemas auxiliares e controte de emissões 44
3,6.1 - Dash-Pot 44
3.6.2 - Válvula Delay 45
3.6.3 - Válvula EGR 45
3.6.4 - Canister e sistema de controle de emissões evaporativas 46
-
3.6.5 Cut-Off 46
3.6.6 - Separador de vapor ou desbolhador 47
3.7 - Carburadores para veículos a álcool 47
3.8-0 carburador “eletrónico" 48

4- MANUTENÇÃO 53
4.1 - Remoção e desmontagem 53
-
4.2 Limpeza e análise 54
Análise dos componentes 55
1- Válvula de agulha 56
2- Afogador 57
3- Sistema de acionamento pneumático do 2" corpo 58
4- Sistema de compensação da rotação para ar condicionado 58
5- Volume de injeção 58
6- Válvulas eletromagnéticas (Solenóides) 59
7- Sistema de marcha lenta 59
8- Sistema principal 59
9- Regulagem da boia - altura e curso 59
-
4.3 Instalação e regulagem 62
-
4.3.1 “Carburador eletrónico" 64
Anexo 1
Regulagem da bomba de aceleração dos carburadores duplos Brosol H-34-SEIE
e Brosol H-30/34- BLFA 66
Anexo 2
Regulagem das aberturas da borboleta do afogador após partida nos
carburadores 2E7 1 3E 67
Anexo 3
Regulagem do curso morto da bomba de aceleração dos carburadores
Brosol H-35-ALFA-1 68
Anexo 4
Prnagem do módulo de comando dos carburadores eletrónicos 69

3
c índice

5- IDENTIFICAÇÃO DOS CARBURADORES E SEUS COMPONENTES 71


Bnosol 2E7 (Aparte) 72
Brosol 3E (1a parte) 75
Esquemas para montagem de mangueiras dos carburadores 2E7 l 3E 78
Brosol 35 ALFA 1 (1a parte) 83
Brosol 3032 PDSI (1a parle) 86
Brosol 3034 BLFA (1® parte) 38
Brosol 30 PIC (1a parte) 91
Brosol 35 PDSI (T) (1e parte) 93
Brosol 40-DEIS (1a parte) 95
Brosol 34 SEIE (1a parte) 98
Weber 190 102
Weber 450 mini-progressivo 103
Weber 446 104
Weber 228 (Pé de Ferro) 105
Weber 460 106
Weber 495 TLD Z / F / E 107
Esquema de conexões do carburador Weber 495 108

6- TABELAS DE CALIBRAÇÃO E REGULAGEM 111


Tabelas de Calibraçlo
-
Brosol Linha FIAT 112
Brosol - Linha FORD (19 parte) 113
Brosol - Linha GM (1fl parte) 117
-
Brosol Linha VW (1A parte) 122
Regulagem das aberturas fixas de marcha lenta nos carburadores
Brosol 131
Magneti Marelli -Weber - Linha FIAT (1a parte) 132
-
Magneti Marelli -Weber Línha FORD (1a parte) 137
-
Magneti Marelli -Weber Linha GM (1a parte) 141
Magneti Marelli -Weber - Linha VW (1a parte) 143
Tabelas de RPM, ponto do ignição % CO
-
Valores de avanço inicial e notação de mancha lenta Veículos a álcool 148
Valores de avanço inicial e rotação de marcha lenta - Veículos a gasolina 149

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carburadores e
bicos injetores WJ7
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Entende-se por
carburação todo o
processo de formação de
uma mistura de fácil
combustão, composta por ar e
combustível. O carburador é o 1
responsável por este processo,
bem como peEo fornecimento da
mistura ao coletor de admissão, nos
volumes e proporções requeridos pelo
motor para as diversas condições de M
operação.

Combustão é a reação do oxigénio


presente no ar com algum combustível.
Comumente chamada de “queima", esta
reação deve ocorrer da forma mais
completa possível, ou seja: todas as estuda as proporções entre as substâncias
moléculas do combustível contido na que se combinam nas reações. Para que
câmara de combustão do motor devem 1 Kg de gasolina pura seja queimada, são
reagir com todas as moléculas de oxigénio necessários 15 Kg de ar e, para 1 Kg de
do ar contido naqueie volume. Desta álcool, 9 Kg de ar Entretanto, os
forma, todo combustível e todo ar ali combustíveis comercializados nos postos
presentes serão consumidos numa única brasileiros não são puros, mas aditívados.
reação química. Assim, a gasolina contém 26% de áícool
anidro. Mesmo quando se abastece o
Para que ocorra uma reação de veículo com “gasolina comum", esta
combustão, são necessárias proporções gasolina contém álcool anidro como
diferentes entre os reagentes. A aditivo, cuja função é aumentar o poder
estequiometria é a parte da química que antidetonante deste combustível .
7
O álcool com o qual os automóveis A mistura ar/oombustível é dita rica
(movidos a álcool) são abastecidos se possuir mais combustível do que o ideal
também não é puro, mas hidratado. Tanto para que a combustão se compíete. De
o álcool quanto a mistura álcool-gasolina forma análoga, mistura pobre é aquela
contêm compostos oxigenados, o que cuja parcela de combustível è inferior à
ideal,
altera suas razões estequiométricas.

Considerando os combustíveis Como pode ser observado, a


atualmente vendidos nos postos, a mistura estequiométrica do ar com o álcool
é mais rica em combustível do que a
proporção correta entre ar e combustível,
mistura estequiométrica do ar com a
para que se obtenha uma mistura gasolina. Esta é uma das explicações para
estequiométricamente balanceada, varia o maior consumo do motor a álcool, se
conforme o combustível utilizado. Em um comparado ao similar movido a gasolina:
motor movido ã gasolina, esta proporção ê no mesmo volume da câmara (e para as
de 13,6 partes de ar para 1 parte de mesmas condições de operação) deve ser
gasolina. Em um motor a álcool, esta introduzida maior quantidade de
proporção é de 9 partes de ar para 1 parte combustível num motor a álcool do que
deáloool, num motor a gasolina.

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/ COMÉRCIO i JUNTAS
DE
PARA BASE
ISOLANTES
CARBURADORES
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* KITS PARA INJEÇÃO ELETRÓNICA

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JUNTAS ISOLANTES PARA BASE DE CARBURADORES
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- Mantém o funcionamento regular do
motor em marcha lenta;
JUNTA CONDUTORA OU REVESTIDA
- Aquecimento no Carburador
- Consumo excessivo de combustível;
<T>> - Facilita a regulagem e controle de Marcha lenta irregular;
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- Reduz o consumo de combustível em
trânsito urbano.
Descontrole da emissão de poluentes;
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O CARBURADOR
O carburador é um componente mecânico, cujo principio de funcionamento ê
essencialmente aerodinâmico. Ele opera de forma a aproveitar o comportamento do ar
admitido pelo motor para alimentá-lo de combustível, o mais próximo possível das
proporções desejadas.

2,1 - Apresentação dos componentes


Borboleta do (Tubo injator) (Giglê de aQ (Tubo misturador)
afogador ;

(DifusoQ- (Poço do sistema-)


)
Giglê de arde
marcha lenta.

Giglé de
marcha lenta
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Bomba de
aceleração rápida ]
(6òia)
Canal da .1',
marcha lenta 1 Câmara
- de misturab (Cuba) O

c Parafuso de regulagem
da mancha lenta {Agulha)
Borboleta de
aceleração
( Giglé
[principal

Embora diversas literaturas tampa, e o conduto principal. Existem


apresentem variações de nomenclaturas carburadores compostos de duas partes
para os mesmos componentes, (corpo e tampa) e também de três partes
adotaremos aqui aquelas mais (base, corpo e tampa);
familiarizadas com os reparadores
brasileiros, a saber: Cuba do carburador: é O recipiente que
contém o combustível proveniente do
Corpo do carburador: compreende toda tanque. Possui comunicação com a
a estrutura onde são fixados os demais atmosfera, através de uma passagem
órgãos, como a base do carburador, a geralmente tubular, conhecida como tubo

11
c O carburador

de aeração da cuba. O nível de passagem do combustível da cuba para o


combustível contido neste reservatório é ''poço do sistema". Também chamado de
mantido constante em qualquer condição gicleur principal, giglê de combustível ou
de funcionamento do carburador e a gargulante principal,
regulagem é feita por intermédio de uma
bóia e uma válvula de agulha, localizada Giglê de ar; ê uma peça que contém um
em seu interior (explicados mais adiante). furo calibrado, cujo diâmetro interno define
Quando o nível de combustível reduz, a a seção pela qual o ar flui para ser
válvula permite a entrada de mais misturado ao combustível. Também
combustível. Quando a bóia atinge um chamado de gicleur de correção de ar,
certo ponto, conhecido como “altura de respiroprincipal ou calibrador de ar.
bóia", a agulha obstrui a passagem,
mantendo assim, o nível constante no Giglê de marcha lenta: é um giglê que
interiordo recipiente, determina a vazão do combustível
fornecido pelo sistema de marcha lenta.
Difusor: é constituído de dois troncos de
cone justapostos e ligados entre si pelas Giglê de arde marcha lenta: assim como
extremidades maís estreitas. Quando o ar o giglê de marcha lenta, possui um orifício
passa através dele, o seu fluxo é interno por onde se admite ar para a
estrangulado pela geometria do difusor, e formação de mistura para alimentação em
sua velocidade aumenta na seção mais marcha lenta. É também chamado giglê de
estreita. Nessa mesma região - a de maior correção de ar de marcha lenta, calibrador
velocidade - a pressão exercida pelo ar é de ar de marcha lenta ou respiro de
reduzida por um fenômeno fluido marcha lenta.
dinâmico.
Tubo misturador: constitui-se de um tubo
Borboleta do acelerador: Também contendo diversos orifícios em seu oorpo,
conhecida como "válvula de aceleração" , localizado no interior do poço do sistema,
tem a função de regular a vazão de mistura Controla o empobrecimento da mistura de
que alimenta o motor, permitindo uma acordo com os regimes de operação do
maior passagem quando se necessita de motor. Também chamado de tubo de
maiores torques e menor passagem para emulsão ou emulsionador.
obtenção de torques menores. Possui
acionamento mecânico, comandado pelo Câmara de mistura: é a região onde se
condutor através do pedal do acelerador, localizam o difusor e o venturi, logo acima
por in termédiode cabose tirantes; da borboleta do acelerador. Nela ê
formada a mistura primária de ar e
Giglê principal: é um componente que combustível que irá escoar para o coletor
possui um furo calibrado, por onde se faz a de admissão.

12
c O carburador

2.2 - Funcionamento de um carburador


À medida que a válvula de evapora, enquanto outra é pulverizada em
aceleração (borboleta) começa a abrir, minúsculas gotas. Esta mistura percorre o
pelo movimento do pedal do acelerador, o coletor de admissão e, submetida à grande
fluxo de ar que atravessa a seção mais turbulência, acaba por homogeneizar ao
estreita do difusor (o venturi) provoca uma ar. Quanto maior for a abertura da válvula
depressão nesta região. O combustível na de aceleração maior será o fluxo de ar que
cuba, pressionado peia atmosfera, entra passa através do difusor, “arrastando”
em contato com o fluxo de ar a alta assim maior quantidade de combustível,
velocidade. Uma parte do combustível aumentandootorquedo motor.

2.3 - Apresentação e disposição dos carburadores


Os carburadores podem conter um carburador). Já os carburadores duplos
ou mais corpos. Nos veículos já progressivos apresentam uma
produzidos no Brasil foram aplicados caracíerística de operação diferente: em
carburadores de um, dois e quatro oorpos. baixas cargas, apenas a borboleta de
Aqueles carburadores de apenas um aceleração do primeiro corpo é acionada,
corpo são chamados carburadores ao passo que para maiores solicitações de
simples. Os que possuem dois corpos são carga e rotação, a borboleta do segundo
os carburadores duplos, que podem ser do oorpo se abre, fazendo com que o segundo
tipo progressivo (estagiado) ou corpo trabalhe em adição ao primeiro. Por
simultâneo. Os de quatro corpos, isto, este tipo de caiburador é também
chamado de duplo corpo estagiado: o
popularmente conhecidos como
primeiro estágio proporciona torque e
“quadrijet”, são bem menos utilizados, com
economia, condizentes com a solicitação
aplicação restrita a antigos motores V-8 imposta em baixos regimes e o segundo
dos anos 70 ou adaptados em motores estágio proporciona a potência necessária
esportivos. Porém, neste último caso, ás maiores cargas e velocidades.
tratam-se de carburadores importados e,
portanto, não serão abordados neste É também comum a borboleta do
manual. segundo corpo ser normalmente maior
que a do primeiro, para permitir maior
Em cada corpo de qualquer tipo de vazão de mistura ar/combustível quando
carburador serão encontrados: difusor, acionada. Outro dado relevante diz
venturi e válvula de aceleração respeito ao posicionamento do carburador
(borboleta). Assim, conforme a disposição em relação ao motor: sua instalação
do carburador, um corpo pode alimentar normalmente é feita numa disposição tal,
um ou mais cilindros do motor. Os que o segundo corpo é sempre mais
carburadores de duplo corpo podem ser do próximo do motor do que o primeiro. Isso
tipo simultâneo ou progressivo. O tipo faz com que o percurso da mistura
simultâneo é aquele em que o ar/combustível que flui do primeiro corpo
acionamento do cabo do acelerador seja mais longo. Esta caracíerística
provoca a abertura simultânea das duas favorece a obtenção de torque a baixas
borboletas (nos dois corpos do rotações do motor. Da mesma fornia,

13
© o
quando acionado o segundo corpo do Ç Motor ~) Coletor de
carburador, por sua borboleta de admissão

aceleração (cujo diâmetro é maior), fluirá


urna mistura que percorrerá o menor
caminho até as câmaras de combustão, o
O
que proporciona maior sintonia de
frequência e consequentemente, melhor
eficiência volumétrica, favorecendo a
O ) o»)
potência em rotações elevadas,

A mistura ar/combustivel, após sair


O MV corpo}
do carburador, passa pelo coletor de
admissão antes de entrar na câmara de
combustão. Porém, neste percurso, está
O (2a corpo)

sujeita â perda de carga ocasionada pela


rugosidade, turbulência e pelas curvas do coletores de admissão de pequenos
coletor de admissão, o que afeta sua diâmetros internos favorecem o
eficiência volumétrica, O diâmetro do desempenho em baixas rotações. Da
coletor e as passagens entre as válvulas e mesma forma, coletores de grande
suas sedes também interferem na diâmetro interno proporcionam maior
eficiência volumétrica do motor. Os desempenhoem altas rotações.

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PEUGEOT
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Procedimentos completos
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BOLETIM
TÉCNICO
www. b ros O/.COTTI . br
0800 707 80 22 BOMBA DE COMBUSTÍVEL

Afr; Senhores fteparadores,

Temos recebido reÿu/ormente para análise em nosso departamento de garantia bombas danificadas por
contaminações diversas presentes nt> sistema de a/rmeniaçoo dos veículos. Como nessas circonstâncias os bombos
não são «berras be/d garentia, orientamos todos os apfícadores o adotar os recomendações íistodos d seguir o fim
de garantir o bom desempenho e o durabilidade dos bombos de combusífol;

* Faça uma revisoo completa no srstemo de alimentação antes de instalar uma nova bombo, Substitua o filtro de
combustível e as mangueiras. Nõo se deixe enganar pela aparênda externa, elos podem estar dobradas, restringindo
o fluxo de combustível ou até mesmo soltando pedaços internamente. A presença cada vez majs comum de
combustível adulterado com solventes tem contribuído pare a deterioração das mangueires, que possom a sohor
fragmentos suficientes para travar os válvulas de entrado e safda da bombo, o que acaba inutjUzanda-a.

* Ao substituir o filtro, examine-o cnidadosamenrc. Se apresentar saturação suficiente para diminuir o fluxo de
combustível, é aconselhável a remoção do tanque para limpeza, especialmente nos veíenios mois antigos, onde o
tanque é metálico e sujeito à oxidação.

* Quando substituir um filtro, atente pare a seta indicadora de fluxo, que deve
estar apontada para o motor. 5e a
posição for invertida, o filtre nõo ire cumprir sua função e se estragará rapidamente. Para evitar vazamentos,
substitua também os braçadeiras.

Particularidades que você deve saber:


Linha CM - MONZA entperwr o base. A bamba deve se ertcof*íirpedettortjerHje sem forço/.
A bombo da Unha /VtonzaiKatJettlipormna exige am pouco mofi de
aren<ao ™ boro do troco, como ccrtifiear-se de que o bombo estri * Vfre o crio com ando t vcp sc cie movimento a bombo corrc-
apoiado cornetomente no eixo comondo. Coso nn>íratio, o ressoto do (miente.

COruúndb utubu gnúndò pur CnrtO delia, quebrando O eurú Ou o btiie


de bombo, - flecofaque o tempo de wivulds com uma novo junta

* Paou faitr uma iftslaiiofõo s*m erro, retire a lompa de


válvulas e
comando até eie ficar com o IESSOIÍO virado para o Jado
-
Linha FIAT bomba de combustível
com vazamento de óleo
gire eixo
oposto do eixo da bombo, fnstaie o nova bombo, nõo se esquecendo Çuondo for traçar o bumba de combustrieí de motores FIAT 1.0. 1.3
de entacar a junto c o espoçador de baqaefoe. E f.S FJASA queesíJVErEnr cora voramento JE óleo ncr base,
troque também o fuid de baquelite onde é assentodo o base.
Aproveite para fomr tompem no rótenrO de respira de Õlw do C<xn CUtOr do moftir C O hmpO de uiO, tsSé guio dç boqueíHe oíobo
motor. iocokzodo na praprio tampo.
°
se defiwmamía. Apertar a bomtw nova em ama do guia torto
acobard entortando o boss da bomba e o vaíamenu? de óteo
* fixe a bombo cdwrtondo os porcas de íõrraa ofternoda, para nõç COfííifiuafá OCOilíecertda.

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PERFECT CIRCLE. A TECNOLOGIA


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TODAS AS LINHAS DE MOTORES.

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um rígido contro/e de qualidade, garantindo maior economia e resistência para o
motor. Com Perfect Circle, seus c/ientes contam com a tecnoiogía originai que
equipa motores das linhas íeve, pesada, agrícola e estacionários. Na hora da
manutençãof exija os anéis de pistão Perfect Circlet a tecnologia
para motor que seus clientes merecem.

í
é-
16
IJ
't
DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO
DOS SISTEMAS

Para melhor entendimento do funcionamento do carburador, ele será dividido em 6


sistemas, que são:
1 - Sistema principal e nível constante;
2 - Sistema de marcha lenta e progressão;
3 - Sistema suplementar de potência;
4 - Sistema de aceleração rápida;
5 - Sistema de partida â frio;
6 - Sistemas auxiliares.

3.1 Sistema principal e nível constante

O sistema principal é constituído de mesmo n fvel daquete existente na cuba do


um giglê de combustível, um giglê de are o carburador. No instante em que a
tubo misturador O giglê de combustível borboieta do acelerador é aberta, o
normalmente é situado na extremidade movimento dos êmbolos (pistões) provoca
inferior do poço do sistema (dentro da cuba o escoamento do ar para o interior do
de nível constante) ou alojado na parte motor Na região do venturi, este
inferior do tubo misturador, O giglê de ar escoamento produz uma depressão que é
localiza-se na extremidade superior do transmitida , através do difusor, ao poço do
tubo misturador. Estes componentes sistema principal. O combustível, sujeito
controlam a vazão do combustível que às diferenças de pressão, também escoa,
escoa até a câmara de mistura do causando a redução do nível do poço. Os
carburador. Na parte média da câmara de furos existentes no tubo misturador
mistura se encontra O venturi, cuja função comecem a ficar descobertos, permitindo
será explicada mais adiante. a entrada de ar. Este comportamento
empobrece a mistura em regimes de
Em repouso, ou em marcha lenta, o cargas parciais, maximizando o
combustível no poço do sistema (onde rendimento térmico do motor,
está o tubo misturador) encontra-se no

-
3.1.1 Venturi

É basicamente um estreitamento aumento de velocidade produz uma forte


da parte média da câmara de mistura, cuja depressão (vácuo), que permite o
função ê aumentar a velocidade com a escoamento do combustível proveniente
qual o ar flui para o interior do ooíetor de do poço do sistema. O combustível é
admissão. Assim, na região do venturi, o expelido por um bocal existente no difusor.

17
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

O fluxo de mistura composta pelo


ar atmosférico aspirado e pela mistura
proveniente do poço é controlado pela
borboleta do acelerador. Quando o
totalmente aberta, a vazão de ar será
controlada peia rotação do motor,

Portanto, o venturi possui duas


i
funções básicas: aumentar a velocidade i
i
do ar admitido e aumentar a depressão na i
região de aspiração de combustível, *-i
i
—(Venturi)
O venturi possui geometria
específica e é projetado específicamen te
para cada aplicação. Em alguns
carburadores, o venturi é removível mast
para efeito de manutenção, é rara a
necessidade de sua remoção.

-
3.1.2 Difusor

O ar aspirado pelo motor e O difusor se comunica com a cuba


acelerado na câmara de mistura do de nível constante por meio do poço do
carburador produz, como vimos sistema principal, onde está localizado o
anteriormente, uma diferença de pressão giglê principal. Assim, a depressão
que atua no difusor (ou pulverizador).Sua existente ao redor do difusor permite o
extremidade se focaliza na região mais escoamento do combustível da cuba. Ao
estreita da câmara de mistura: o venturi, entrar em contato com o ar em alta
velocidade na câmara de mistura, o
combustível é pulverizado imediatamente.
No difusor è iniciado o processo de
O vaporização do com¬
f DífuSOr))- bustível, que tem
continuidade ao longo
do coletor de admis-
a 1 m3 são, já devídamente
aquecido para
este propôsito.

lo

mm
18
Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.1.3 - Giglê principal

Localizado na extremidade inferior


do poço do sistema principal tem a função c>
de dosar o combustível que flui da cuba
para o poço. Trata-se de um elemento de
$
an
n
precisão, confeccionado em latão e cujo ?j|
diâmetro interno controla a vazão do
combustivei.
ri
Alguns carburadores possuem
3\W°
giglê principal rosqueado diretamente na
extremidade inferior do poço. Em outros
modelos, o giglê principal é rosqueado em
í \
(Giglfl prindpafl

um bujão denominado porta-giglê.


Existem ainda outros modelos, cujo giglê
principal é montado com leve interferência A calibraçâo do gigíê principal è
na extremidade inferior do tubo realizada de forma comparativa em
misturador aparelho especial, denominado
micròmetro de coluna. Para cada medida
de giglê existe um padrão, com o qual se
ajusta o aparelho para a realização da
& medição. A precisão das medidas de
vazão dos giglês é relacionada à qualidade
dos giglês padrões, que apenas o legitimo
fabricante possui. Portando, ao substituir
fÕ] giglês, tenha cautela com a procedência
b
das peças de reposição, para que a
medida do giglê seja rigorosamente a
especificada.
(Pqrtà giglê)

-
3.1.4 Giglê de correção de ar

Assim como o giglê de


combustível, trata-se de um componente O
que contém um furo calibrado, por meio do
qual é controlada a vazão de ar que irá
compor a mistura do sistema principal,

Localizado na extremidade superior do Giglê de


poço do sistema principal, atua como um [correção de ar
respiro, garantindo a aeraçao do poço do -qcTL
sistema e permitindo a operacionalidade
do tubo misturador, conforme explicado a
seguir.

19
ç Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.1.5 ~ Tubo misturador

Tem a função de permitir que o I \ T


débito do sistema principal varie com o
regime imprimido ao motor, mas também
que mantenha a proporcionalidade em -j

peso da mistura final ar/combustível. r


à o
A atuação progressiva do tubo
misturador permite manter, desde os
regimes mats baixos de trabalho do motor,
a correta relação em peso da mistura.
Baixa earga: borboleta quase fechada e nível do
O tubo misturador é um tubo com com buativei no poço do sistema pratkcamente igual
ao da cuba.
perfurações laterais, em geometria
devidamente estudada, ao longo de seu
comprimento. Trabalha submerso ao
combustível existente no poço do sistema \ II t
principal. Ele possui o gigiê principal em
sua extremidade inferior e o giglê de ar em
A
sua extremidade superior. Em repouso, o
nível do combustível no poço do sistema
normaImente Cobre Os furos laterais do
tubo misturador ali mergulhado. Com uma 'o
pequena abertura da borboleta do i
acelerador, a depressão do coletor de
,

admissão é sentida na câmara de mistura


do carburador e prossegue, através do Cangas parciais; nível intermediário do combustlveS
difusor, ao poço do sistema principal, o no poço cto sistema.
qual é abastecido pela cuba de nível
constante por meio do giglê principal. Isto
faz com que o nível do combustível no
poço comece a baixar, descobrindo os
orifícios do tubo misturador, por onde
começa a entrar ar proveniente do giglê de
liIII' &

a
ar. À medida que a depressão aumenta, •i
mais baixo fica o nível do poço, mais furos •V
do tubo misturador são descobertos e mais
ar é admitido pelo giglê de ar Esta
1
ro
progressividade aumenta proporcio¬
nalmente o empobrecimento da mistura.
õíMí -
í JJ tfflSÊ
Plena carga: borboleta 100% aberta (WOT) e nível
mínimo do combustível no poço do sistema.

20
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
Caso a demanda do motor solicitações imediatas. O posicionamento
continue aumentando, o nível do do carburador em relação ao veiculo deve
combustível no poço do sistema principal ser tal que, de acordo com o sentido de
irá abaixar até, no máximo, atingir a movimento do veiculo, a posição da cuba
extremidade inferior do tubo misturador, seja anterior à do tubo misturador. Isso é
quando então o giglê de ar estará atuando necessário para permitir o enriquecimento
em sua plenitude, A partir deste momento, da mistura quando o veículo percorre uma
para maiores velocidades e cargas, será subida pela elevação do nível do
necessário que o sistema suplementar de combustível no poço do sistema -, e
potência (explicado mais adiante) entre possibilitar o empobrecimento da mistura
em operação, para providenciar o quando em descidas.
enriquecimento da mistura em plena
carga. Portanto, é desejável que a
passagem do combustível da cuba para o
Cabe aqui uma observação poço do sistema se faça no sentido
interessante. Em repouso, o nível do longitudinal do veículo. Alguns
combustível no poço do sistema principal é carburadores que possuem cuba
o mesmo da cuba de nível constante. Nas envolvente equipam veículos com motores
diversas condições de operação, o nível longitudinais e também modelos com
do poço varia (baixa) conforme as motores transversais.

Direção do movimento

Subida

Errado Certo

Descida

Errado Certo

21
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.1.6 - Calibrador de dessifonagem

Presente como acessório em


alguns carburadores, trata-se de um gíglè
geralmente prensado na extremidade Calibrador de
dessifonaflem
superior do poço do sistema principal, no
lugar mats comum do giglê de correção de
ar, que neste caso é deslocado para uma
região lateral do poço,
í )
Tem a função de evitar o
"sifonamento" (percolação) do
combustível da cuba, que pode provocar
"afogamento" e dificuldade de partida em
dias muito quentes, quando o
compartimento do motor atinge
temperaturas elevadas. Após o
desligamento do motor, como não há mais
troca de calor pelo sistema de
arrefecimento e nem pela renovação do
combustível consumido, existe a
possibilidade de o combustível do poço do
sistema principal sofrer dilatação e ter seu
nível aumentado, podendo vazar através
do difusor para a câmara de mistura e para
o coletor de admissão.

-
3.1. 7 Válvula de agulha e bóia

Tem a função de controlar a contato permanente com a alavanca da


entrada de combustível no carburador, bóia, controla a vazão da válvula, abrindo
mantendo constante o nível da cuba, em ou vedando a entrada de combustível, e
quaisquer condições de operação. suprindo com suficiente reserva a
Localizada na entrada de combustível, a demanda do motor, mesmo nos regimes
válvula, também conhecida como “válvula máximos de carga a que o motor pode ser
estílete", possuí corpo com calibrador e solicitado.
agulha.
Para a garantia da estabilidade do
O corpo da válvula normalmente é nível de combustível da cuba, a parte
rosqueado na tampa do carburador, inferior da agulha, em contato com a haste
exceto nos modelos Brosoi 30/34-BLFA, da bóia, possui um dispositivo de
que possuem válvula fixada na própria amortecimento de vibrações constituído
cuba. O corpo da válvula possui uma por mola e esfera. Assim, as oscilações do
seção cónica, na qual a ponta (também nível do combustível não são absorvidas e
cõnica) da agulha controla a vazão de não comprometem a vedação da agulha
combustível. Assim, a agulha, que mantém contra a sede da válvula,

22
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

Válvula de agulha Válvula de agulha


fechada aberta

Entrada de

m
combustível

1 s
S2

A bóia flutua parcialmente Mesmo com a oscilação da bóia,


submersa no combustível da cuba, que lhe devido à movimentação do veiculo e
fomece o empuxo necessário a vedação vibração do motor, o sistema garante a
parcial ou total da válvula de agulha, estabilidade do nivel da cuba com seu
mantendo o nível constante, indepen¬ sistema de vedação e amortecimento. A
dentemente do consumo do motor. amplitude da oscilação da agulha não
chega a 2 mm.

(Vjlvulsuje agulha") Entrada de


combustível
.

CM

II
_
V
Q

n
-
09
£
%
-
õ

Tempo

D 20 40 60 80 100 £0 40 60 80 200 seg *

23
C Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.1.8 - Nível de bóia ou altura de bóía

Carbura dores BrosoI:

É o nível de combustível na cuba,


medido entre a face superior do corpo do
carburador até a superfície do líquido, sem
a junta e com a bóia devidamente
montada. Essa medição é realizada
em bancada e se faz abastecendo-
se a cuba e respe i tando-se a pressão
____
*
rr—n j TH [|H
_
Iff
de alimentação de combustível de rÿ=J M J ÍT®U
174 mm Hg ou 0,2 Kgf/cm2
especificada pelo fabricante,

A ferramenta utilizada é o
calibre de profundidade ou o
j
-J
I
ní_JTI
\ LI \ _S HU
Er o

paquímetro comum e o
abastecimento do combustível
mm?
deve ser dotado de manómetro para
registrar a pressão de recalque. Existem medidos. Quanto menor o valor
equipamentos específicos para esta encontrado, maior è o nível do
aferição. combustível, e vice-versa. Valores
diferentes dos especificados devem ser
A medição deve ser feita em três ou corrigidos por meio da aíteração da
quatro pontos distintos da cuba e o nível é espessura da junta da válvula de agulha
dado pela média aritmética dos valores (calço) ou através da substituição da bóia.

Carburadores Weber:
Regulagem (lingueta)
Nos carburadores WeberT este
parâmetro se chama “altura de bóia9. Deve
ser medido com o carburador
desmontado. A válvula estilete deve estar
instalada e a junta entre o corpo e a tampa
montada. A altura de bóia compreende a
distância entre a extremidade inferior da
bóia e a face inferior da tampa, para os Altura da Bóia
modelos Weber 190, 228 e 495, medindo- Altura da Bóia
se com a tampa na posição vertical. Para A altura de bóia (ou nível da cuba)
os carburadores Weber 450 e 460, este define o nível do combustível do poço do
valor é obtido através da medição da sistema, o que afeta diretamente o teor de
distância entre a extremidade superior da mistura ar/combustível que alimenta o
bóia e a face inferiorda tampa. motor.

24
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

3.2 - Sistema de marcha lenta e progressão


Quando um motor funciona em alimentando o motor Na saída deste canal
marcha lenta, a borboleta do acelerador está localizado um parafuso em forma de
deve estar quase totalmente fechada, A agulha, que contraía o fluxo de mistura,
depressão no difusor nestas permitindo assim a regulagem da marcha
circunstâncias ê muito pequena, não lenta do motor. Uma parte do ar necessário
sendo suficiente para provocar o para a combustão é aspirada através da
escoamento do combustível. Como a própria válvula reguladora (borboíeta) e a
depressão no coletor de admissão é muito outra, através de um furo calibrado,
alta, por intermédio de um "By pass” o chamado giglê de ar da marcha lenta. A
combustível é desviado do circuito seguir são descritos detalhadamente os
principal para um canal auxiliar, fluindo tipos mais comuns de circuitos de marcha
posterior men te para o conduto, lenta:

3.2,1 - Normal

É composto de três elementos seção através da qual flui para o coletor de


principais: giglê de marcha lenta, giglê de admissão. A regulagem deste parafuso faz
ar de marcha lenta e parafuso de variara vazão de mistura de marcha lenta,
regulagem de mistura de marcha lenta. Na controlando assim o teor da mistura
maioria dos carburadores, o combustível ar/combustível, pois a formação da
flui da cuba de nível constante para o mistura final ocorre somente no coletor de
sistema de marcha lenta através do giglê admissão, com o ar admitido peta “fresta”
principal (monojet). Ao passar pelo giglê de da borboleta do acelerador Esta “fresta” é
marcha tenta, o combustível é misturado controlada pelo parafuso de batente da
com o ar proveniente do giglê de ar de borboleta.
marcha lenta. Abaixo do giglê de marcha
lenta existe um canal descendente
deste sistema, onde é formada a [
mistura primária que escoa em
direção ao parafuso de dosagem.
O
Neste trajeto, a mistura
primária é empobrecida pelas
entradas adicionais de ar,
feitas pelos mesmos orifícios
que executam a função de n§>
alimentação de combustível
para a progressão da
aceleração (explicado mais
adiante).

A mistura passa
então pelo parafuso de
regulagem, que controla a

25
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3,2,2- Suplementar

O sistema suplementar de marcha (situado na saída do circuito de marcha


lenta é composto pelo giglê de marcha lenta) e outra que é direcionada ao
lenta, pelo giglê de ar de marcha lenta, um parafuso de regulagem suplementar de
parafuso de mistura de marcha lenta e um mistura (By-par), localizado após o
parafuso adicional de regulagem de parafuso de regulagem normaI de mistura .
mistura suplementar de marcha ienta.
Assim como no sistema normal de marcha Assim como no sistema normal de
lenta, o giglê de marcha lenta e o giglê de marcha lenta, o combustível que flui peio
ar de marcha lenta dosam, giglê de marcha lenta, após sua
respectivemente, o combustível e o ar para passagem, é adicionado ao ar proveniente
o canal de marcha lenta. O combustível do giglê de ar de marcha lenta, É então
que chega ao giglê de marcha lenta sai da formada a mistura primána de marcha
cuba de nível constante e passa antes pelo lenta, já no canal descendente do circuito,
giglê principal. onde existe uma bifurcação que dará
origem ao fluxo de mistura direcionado ao
Nesse sistema, a mistura de ar e parafuso de mistura suplementar (By-par).
combustível formada a partir do giglê de Este fluxo de mistura é empobrecido por
marcha lenta é dividida em duas uma entrada adicional de ar, oriunda da
trajetórias: uma que é conduzida ao câmara de mistura.
parafuso de regulagem normal de mistura

Parafuso de
-SMME
regulagemÿ t?
normal de mistura de
marcha lenta

q
i

ÍEilili 1 ,
i

__
Parafuso de regulagem
suplementar de mistura
(By-par)

26
6 Descrição e Funcionamento dos Sistemas
O canal descendente do circuito de mistura existente nos dois condutos.
marcha lenta conduz o outro fluxo de
mistura ao parafuso de regulagem normal O parafuso de regulagem normal
de mistura, porém antes este fluxo é de mistura, por sua vez, determina o teor
também ligeiramente empobrecido, pois dear/combustfvel contido na mistura final,
recebe ar proveniente da câmara de uma vez que este parafuso controla a
mistura, pelos mesmos orifícios que atuam proporção proveniente do canal
como furos de progressão de aceleração descendente que irá compor a mistura
(explicado mais adiante). Portanto, ocorre final. Como o fluxo de mistura que segue
um grande empobrecimento da mistura, no canal descendente é mais rico do que
uma vez que é adicionado ar nos dois aquele conduzido ao parafuso
percursos distintos que constituem os suplementar, a abertura do parafuso
condutos de marcha lenta. Por fim, os normal toma a mistura final mais rica.
fluxos de misturas distintos se convergem
e se unem no orifício de saída, existente A vantagem do sistema
logo após o parafuso suplementar A suplementar de marcha lenta em relação
mistura final será formada somente no ao sistema normal é que, ao regular a
coletor de admissão, com o ar admitido rotação de marcha lenta, a posição
pela fresta entre a borboleta do acelerador angular da borboleta não è alterada. Logo,
e a base do carburador a fresta entre a borboleta e a base do
carburador permanece a mesma e a
Os carburadores que utilizam este relação ar/combustível da mistura final não
sistema não possuem regulagem de se altera.
posição da borboleta do acelerador
(parafuso batente). A posição correta Portanto, uma vez assim fixado o
inicial da borboleta é fixada e lacrada pelo percentual de CO por mero do parafuso
fabricante. Assim, a regulagem de rotação suplementar de mistura (By-par), é
da marcha lenta se faz por meio do possível alterara rotação da marcha lenta
parafuso suplementar de mistura (By-par), sem variar a composição da mistura ou a
o qual controla a seção peia qual flui a emissão de CO no escapamento,

3.2.3 - Sónico

O sistema sónico de marcha lenta circuito, em direção ao parafuso de


possui giglê de marcha lenta, giglê de arde regulagem. Antes de atingir o parafuso de
marcha lenta e parafuso de regulagem de regulagem, esta mistura primária é
mistura de marcha lenta. O combustível empobrecida pelo ar que entra através dos
sai da cuba de nível constante, passa pelo furos de progressão, A diferença em
giglê principal, é dosado ng giglê de relação ao sistema normal é que, antes de
marcha lenta e misturado ao ar que entra atingir o coletor de admissão, mais ar ê
pelo giglê de ar de marcha lenta. Assim adicionado a esta mistura, por meio de um
como nos outros sistemas de marcha canal que liga o orifício de descarga do
lenta, forma-se então a emulsão primária, sistema à câmara de mistura, acima da
que percorre o canal descendente do borboleta do acelerador

27
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

o
L

_
n
- . - - qu rO
IT
ii
j

A vantagem deste sistema é a mais estreita do venturi, que conduz mais


maior velocidade imprimida à saída da ar para a mistura final de marcha lenta,
mistura para o coletor de admissão, passando pefo parafuso de ar de marcha
causada pela corrente extra de ar lenta. Neste caso, trata-se realmente de
adicionada à saída do sistema, o que um parafuso de regulagem de ar Aposição
proporciona melhor homogeneização da fechada do parafuso produz uma mistura
mistura e consequents redução na mais rica e a posição totalmente aberta
emissão de CO e melhor estabilidade da produz uma mistura pobre. A regulagem de
marcha lenta. mistura de marcha lenta deverá ser
realizada com um analisador de CO, para
Alguns carburadores Brosol garantir a regulagem dentro dos limites
apresentam ainda um canal descendente, especificados pelo fabricante.
cuja tomada se localiza próxima à seção

3,2,4 - Monojet /Bijet


Trata-se de uma nomenclatura fornecimento de mistura quando a
criada por um fabricante de carburadores depressão existente nos orifícios de saída
(Brosol) para identificar a disposição do de marcha lenta é igualada pela depressão
sistema de marcha lenta em relação ao atuante no sistema principal, pois o
giglê principal. Os sistemas de marcha combustível irá fluir somente pelo difusor,
lenta abastecidos pelo giglê principal são Nos carburadores com disposição Bijet, o
denominados Monojet. Já os sistemas de sistema de marcha lenta somente
marcha lenta abastecidos diretamente interromperá o fornecimento de mistura
pela cuba, sem passar pelo giglê principal, quando a depressão atuante nos orifícios
são denominados Bijet de saída for nula, o que ocorre em regimes
de rotação e carga elevadas, com grande
Os sistemas de marcha lenta em abertura da borboleta do acelerador e
disposição Monojet interrompem o baixa depressão no coletorde admissão.

28
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.2.5 - Progressão

No instante em que a borboleta do combustível não pode ser injetado, pois a


acelerador é aberta, uma quantidade de ar válvula borboleta está quase fechada, não
muito grande é aspirada pelo coletor de permitindo a sua passagem. Para evitar
admissão, tomando a mistura pobre e este inconveniente, são feitos furos acima
insuficiente para alimentar o motor. Aparte do orifício de saída do combustível para
de combustível que deveria ser aspirada marcha lenta, que introduzem combustível
não consegue passar pelo circuito adicional durante a abertura progressiva
principal, porque a depressão abaixo da da borboleta.
borboleta é maior que no difusor. O

o
G&5
na)

W:.

O circuito de marcha lenta sentida nos furos de progressão, por onde


abastece também o sistema de passará então a fluir um volume adicional
progressão. Os furos (ou fenda, de mistura que compensará a entrada
dependendo do carburador) se localizam adicionaI de ar provo cadapeloaumentoda
no canal descendente do circuito de abertura da borboleta. A alimentação do
marcha lenta, ligeiramente acima da motor nesta condição é feita pelo sistema
borboleta do acelerador {em posição de marcha lenta juntamente com o sistema
fechada). A abertura da borboleta de progressão de aceleração, até que o
‘'descobre" os furos (ou fenda), fazendo sistema principal (explicado mais adiante)
com que a depressão do coletor seja possa atuar

29
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

-
3,2,6 Giglê e interruptor de marcha tenta

O giglê de marcha lenta faz a interrompe o fluxo de combustível para


dosagem do combustível necessário à marcha lenta, no nível do giglê de marcha
formação de mistura de marcha lenta e lenta, para impedir a formação de mistura
abastece também o sistema de de marcha lenta e possibilitar a aspiração
progressão. É fabricado em latão e pode de apenas ar pelo sistema. Possui uma
ser simples ou combinado com um agulha que interrompe o fluxo de
calibrador de ar (giglê de ar de marcha combustível, evitando, no desligamento do
lenta), unidos por um tubo misturador, motor, a presença de combustível na
bastante comum em carburadores Brosol. câmara de combustão para evitar a
diluição do lubrificante,
Alguns carburadores são dotados
de interruptor de marcha lenta: um
dispositivo eletromagnético que
<)

Interruptor de
mistura

Giglô de
marcha lenia
m?

-
3.2.7 interruptor de mistura

A função do interruptor, em
alguns carburadores, é executada
por um dispositivo semelhante O
chamado interruptor de o
mistura, que neste caso
bloqueia a saída da mistura na r-r
ii -ÿCE:
base do carburador, junto ao
orifício de descarga do
sistema, ti
ii

r i
Interruptor de
mislura
1I
Ti-©-.
TTV
&

30
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

-
3,2,8 Giglê de ar e calibrador de correção de ar de marcha tenta

Não somente o próprio giglê de ar progressão (ou fenda), que atuam como
de marcha lenta atua como orifício para calibradores de ar enquanto a borboleta do
emulsão de ar no combustível, mas acelerador estiver fechada. A própria
diversos outros elementos executam esta borboleta, por sua vez, também atua como
função. um calibrador de ar, devido à fresta entre
ela e a base do carburador.
Distribuídos ao longo do canal
descendente de marcha lenta, os Em alguns carburadores, como o
calibradores de ar de marcha lenta têm a Srosol 2Et a borboleta do acelerador
função de dosar de forma progressiva o ar possui um pequeno furo, que faz a ligação
adicionado ao combustível fornecido pelo entre a câmara de mistura e o coletor de
giglê de marcha lenta, para formar a admissão. Nestes casos, este orifício é
mistura de marcha lenta. Em geral o também considerado um calibrador de ar
primeiro giglê de ar de marcha lenta se de marcha lenta.
localiza logo acima do giglê de marcha
lenta. O segundo calibrador de ar Todos estes calibradores de ar
normalmente se encontra no canal existentes no circuito de marcha lenta
descendente do sistema e se iiga à região ajudam a formar uma emulsão facilmente
mais estreita da câmara de mistura. Abaixo puiverizávei e de fácil vaporização.
deste ainda existem os furos de

'Giglê de ar del
t
rogrçha l&nta J ()

iiSS sffiS
I
M O
Calibrador de ar ]_
(furos de progressão)/-ÿ
fins
5Z
Frestas enire a
<mm=
borboleta e a parede

31
Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3,2,9- Abertura fixa de marcha lenta

Alguns carburadores
possuem a posição inicial da
borboleta do acelerador
fixada e lacrada pelo
o
fabricante. Os carbu¬
radores de corpo
(fi3* L
duplo apresentam a
posição iniciaf da
borboleta do segundo
corpo também lacra¬
da. Essa posição
inicial constante é um
parâmetro denominado
I
1 O

abertura fixa de I
marcha lenta. - T
Esta abertura I I
determina o - —
1 r
l I

volume de ar
aspirado pelo motor em regime de marcha de reguiagem, no módulo final deste
lenta, que compõe a mistura final de manual.
marcha tenta formada no coletor de
admissão, conforme já mencionado. O O procedimento para reguiagem
valor correto de abertura especificado pelo da abertura fixa de marcha lenta deve ser
fabricante deve ser identificado na tabela realizado com critério, para evitar
irregularidades de marcha lenta e
dirigibilidade ruim em baixas rotações.
Para regular esta abertura (nos
carburadores Brosol), solte
— ínicialmente o parafuso de encosto e
insira entre ele e seu
batente u m
calibrador de lâmina
H \ à â
'ÿ
com espessura de
0,1 mm. Aperte o
... i parafuso até que
Oj V
> 8r> encoste levemen te

m
A
/ r On fo , na lâmina de 0,1 mm
i e em seguida, retire
\ ér J novamente a lâmina. Gire o
parafuso no sentido horário, O
número de voltas especificado para o
carburadorem questã o .

32
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

-
3,2,10 Posicionador pneumático para ar condicionado (Kicker)

Veículos equipados com ar A câmara do posicionador


condicionado necessitam de um pneumático possui uma tomada de vácuo
dispositivo para compensar a queda de ligada ao coletor de admissão. Assim, com
rotação na marcha lenta, provocada peia o motor em funcionamento, a depressão
carga adicional aplicada no motor quando do coletor de admissão é transmitida â
o ar condicionado é ligado. camada do dispositivo, o que faz com que
o diafragma do posicionador vença a ação
O dispositivo pneumático, da mofa e não exerça ação sobre a posição
chamado Kicker, responsável por da borboleta do acelerador.
compensar automaticamente a queda de
rotação, utiliza a depressão existente no Uma válvula eletromagnética de 2
coletor de admissão para sua atua çâ o. vias comanda a ação do posicionador
pneumático. Ao ser acionado o ar
Válvula
eletromagnética condicionado, a válvula eletromagnética
o rk , de duas vias , se abre, permitindo a comunicação entre a
câmara do posicionador pneumático e o ar
atmosférico. Com isto, a pressão
| no interior da câmara do
— ' posicionador se eleva e a mola
empurra a alavanca que posiciona
a borboleta do acelerador,
causando a elevação da rotação
da marcha lenta, A entrada adicional de ar
oriunda da válvula eletromagnética de 2
L Mola
vias também auxilia a elevação da rotação.
Um parafuso batente regulável existente
na haste do atuador permite a regulagem

P
do comprimento da haste e, por
-[Diafragma] conseguinte, da abertura da borboleta e do
Posidonador valor da rotação quando acionado o ar
pneumática
condicionado.
3.2.11 - Fatores que interferem na marcha lenta e progressão

Diversos fatores não relacionados lenta ou de ar parcialmente ou totalmente


ao carburador afetam a marcha lenta, entupidos prejudicam a marcha lenta,
como’ desgaste interno no motor, válvulas assim como entrada falsa de ar pela base
desreguladas, má vedação das válvulas, do carburador ou pela mangueira do servo
respiro do cárter obstruído, sistema de freio, válvula de máxima ou de potência
ignição deficiente, entradas falsas de ar com membrana furada, nível da cuba
entre o coletor de admissão e o bloco, muito elevado, borboleta do acelerador
sincronismo do motor, etc. com eixo desgastado, borboleta do
segundo estágio que não fecha totalmente
No carburador, osgiglès de marcha pela ação de sua mola, etc.

33
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

3.3 - Sistema suplementar de potência


O motor, quando está próximo à elevados regimes de carga e rotação,
máxima potêntia necessita de mistura Podem ser dos seguintes tipos: válvula de
rica. Em alguns tipos de carburador, o máxima, aerodinâmico (mais utilizados) e
circuito principal, por não ser capaz de pistão de vácuo, presente nos
produzir um aumento substancial de carburadores mats antigos,
combustível, torna necessária a
interferência de outro sistema. O sistema Alguns carburadores possuem
usado é o circuito suplementar de dois sistemas suplementares de potência,
potência, que tem a função de enriquecer a para melhor eficiência.
mistura quando o motor trabalha em

-
3.3.1 Válvula de máxima e calibrador

Instalada na cuba do carburador, a vácuo, abaixo da borboleta do acelerador,


válvula de máxima em geral apresenta faz com que, estando a borboleta fechada,
formato trianguiar. Seu comando de a depressão alta gerada pelo motor ajude
atuação é pneumático. A válvula é o diafragma a vencer a ação da mola, de
constituída por uma mola e uma forma a fechar a passagem de combustível
membrana. Quando aberta, a válvula da válvula de máxima. Ao ser acelerado o
permite a passagem de um volume extra motor, a depressão no coletor cai e a mola
de combustível da cuba para o poço do da válvula de máxima é capaz de
sistema principal ou diretamente para a "empurrar" o diafragma, abrindo a
câmara de mistura do carburador, passagem de combustível.

Uma das faces da membrana tem Um calibrador (ou giglê) da válvula,


comunicação com o coletor de admissão, instalado entre a própria válvula e seu local
de onde vem o sinal de vácuo que de débito, dosa este combustível adicional
comanda seu acionamento. A tomada de que irá enriquecer a mistura. Assim, ê

rw
garantida a correção da mistura
ar/combustível nos regimes de carga,
independentemente da rotação. O volume
1 &
escoado através da válvula depende
da vazão do calibrador e da carga da
mola da válvula, que se opõe á
rz v depressão transmitida pelo
coletor de admissão e define a
região de vazão por onde o
combustível flui da cuba para a
kJT ro válvula de máxima. Quanto
mais elevada a carga da mola,
!°! a válvula se abre com cargas
mais baixas do motor e
Válvula de permanece aberta por mais
máxima tempo.

34
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.3.2- Sistema suplementar aerodinâmico
É constituído basicamente de um {Calibrador de ar)
tubo de saída, localizado próximo à borda
inferior da borboleta do afogador e (D Calibrador
do sistema
direcionado para a câmara de mistura suplementoÿ
do carburador, ligado a um outro
captador (ou pescador) de f.
combustível mergulhado no interior E

,,m g
da cuba. Essa captação de
combustível é feita por meio de um
canal usinado no próprio corpo do
carburador, que liga a cuba ao tubo de
saída localizado na tampa do carburador

Nos regimes de baixa


carga, a depressão que se forma
na extremidade do tubo não é
suficiente para aspirar combustível carburador faz baixar a pressão, aspirando
pelo sistema suplementar aerodinâmico. combustível do tubo de saída o corrigindo
Entretanto, nos elevados regimes de carga a relação de mistura.
do motor, a depressão na extremidade do
tubo atinge um valor capaz de arrastar Quando no captador existir, acima
combustível do tubo do sistema do nível da cuba, um orifício ligando o
suplementar aerodinâmico, o que circuito do sistema suplementar ao ar
promove o enriquecimento complementar atmosférico, o sistema será areado
de combustível, que é feito de fornia através de um tubo e haverá a aspiração
progressiva, até que o regime fnais de uma pré-mistura {mistura primária) para
elevado do motor seja atingido, quando o enriquecimento da mistura
então o enriquecimento é máximo. A ar/combustível nos regimes elevados de
velocidade do ar na câmara de mistura do carga do motor.

3.3.3 - Pistão injetor


Pi coletorr do adn
admissão
Comum somente nos
carburadores mais antigos, é
comandado pneumaticamente,
Id4 rn
assim como a válvula de máxima. Na 414
base do pistão são fixadas uma
haste e uma mola. O pistão desliza
no interior de um cilindro e sua face
superior está sujeita à ação da
depressão do coletor de admissão,
de onde parte o sinal pneumático
para seu acionamento.
r».
11
- principal y

35
6 Descrição e Funcionamento dos Sistemas

3.4 - Sistema de aceleração rápida


-
3.4,1 Bomba de aceleração rápida

Ao impulsionarmos o pedal do combustível. Existem dois tipos de


aceJerador, a válvula de aceleração abre, bombas mais usadas, que são: a
permitindo a entrada de uma grande diafragma, presente nos carburadores
quantidade de ar. Entretanto, este mais modernos, e a pistão, comum
aumento do fluxo de ar não é naqueles mais antigos.
acompanhado por um proporcional
aumento do fluxo de combustível, devido à Na maioria dos carburadores, a
sua inércia. Isto ocasiona um bomba de aceleração rápida é constituída
empobrecimento brusco da mistura, de uma membrana que se movimenta
justamente quando o motor mais necessita dentro de uma câmara, quando
de seu enriquecimento. Como resultado, pressionada por uma alavanca ligada ao
não haverá aceleração alguma, ou quando eixo da borboleta do acelerador. Uma mola
muito, esta se dará de maneira hesitante, interna à câmara mantém a membrana em
ao invés de ser rápida e contínua, como sua posição inicial. O movimento de
desejado. Para evitar que isto ocorra, é abertura da borboleta do acelerador faz a
necessário injetar uma maior quantidade alavanca de ligação pressionar a
de combustível no carburador. Para tanto, membrana* fazendo com que o
é usada uma bomba ligada à borboleta de combustível do interior da bomba seja
aceleração de modo que, quando o lançado na câmara de mistura, através do
acelerador for acionado, abrindo a válvula, ínjetor* juntando-se ao fluxo de ar aspirado
uma alavanca comandará a bomba, que pelo motor e provendo o necessário
injetará uma quantidade extra de enriquecimento momentâneo da mistura
admitida.

Uma válvula de esfera localizada


na entrada desta câmara permite a
entrada de combustível e impede o seu
retorno para a cuba. Outra válvula*
localizada na saída da câmara, impede a
;j: entrada de ar quando a câmara
estiver sendo abastecida
cr
pela válvula de entrada.
©i
rOj m. A quantidade de

a
ú,
combustível lançada no fluxo
de combustível para cada

3* acionamento completo da

W\ bomba é determinada pela


especificação de cada
bomba de aceleração rápida.

36
6 Descrição e Funcionamento dos Sistemas

-
3.4.2 Tubo Injetor e retomo
Também chamado de [Tubo injetor)
gargulante de aceleração, faz a
ligação entre a câmara da bomba de O (Membrana )
aceleração rápida e a câmara
de mistura do carburador. O I l
injetor possui um orifício
calibrado que direciona o jato de gjJflHES
combustível e determina a
duração (tempo) em que o
combustível da bomba de aceleração
será injetado. O volume de b
combustível injetado não
depende do injetor, mas do fl ( Mola)
volume da câmara da bomba
de aceleração rápida
deslocado peta membrana. carburadores somente o tempo de injeção
Portanto, a calibração do tubo injetor não ê afetado pela calibração do tubo injetor.
interfere no volume de combustível
injetado, mas na duração (tempo) da No instante em que a borboleta do
injeção deste combustível. Tubos injetores acelerador é acionada, o deslocamento da
com maiores calíbrações permitem membrana da bomba de aceleração
tempos de injeção menores, pois o rápida faz sair pelo tubo injetor um volume
escoamento de combustível se fará mais de combustível em forma de jato, que deve
rapidamente, enquanto menores passar livremente entre a borboleta e o
calíbrações acarretam maiores tempos de corpo do carburador, ou em Jocal
injeção. específico determinado pelo fabricante. O
local de incidência do volume injetado é
Muitas versões a gasolina de denominado 'alvo do jato" do injetor.
diversos carburadores apresentam Alguns carburadores possuem o
retorno da bomba de aceleração. Nestes alojamento do tubo injetor em posição fixa
casos, a calibração do tubo injetor interfere e não permitem regulagens. Em outros
não somente no tempo de injeção, mas modelos, porém, é possível a
também no volume de combustível movimentação angular do tubo Injetor. Ele
injetado, pois a alteração da restrição do deve ser regulado conforme especificado
tubo injetor provoca variação na pressão nas tabelas de regulagens apresentadas
interna da câmara da bomba de no módulo final deste manual. Para cada
aceleração, de forma a aumentar ou aplicação existe um único posicionamento
diminuir o volume de combustível que correto do injetor. Posicionamentos
retorna á cuba pelo orifício calibrado do diferentes do especificado implicam em
retorno. Portanto, nos carburadores que alvos incorretos do jato de combustível, o
possuem retomo da bomba de aceleração que afeta a homogeneização da mistura
para a cuba, a calibração do tubo injetor durante a aceleração e prejudica as
afeta o volume de combustível injetado e o respostas do motor nas aberturas rápidas
tempo de injeção, enquanto nos demais da borboleta.

37
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

\
v_r A
o

\\ r\
r i
\
FRESTA NO DIFUSOR RAIO DE ENTRADA DO
VENTURI

A A A
A \7 \7 A \T

r\ r\
Y Y Y

FIM DO PARALELO DO NO PINO DO VENTURI PARALELO DO VENTURI


VENTURI

U 3
A 1v f A \ 7 A Y

m
u

1 1
AM /MX
i \
/* Y
r 1
SOSRE A BORG, PRÓX, AO EIXO NA PAREDE PRÓXIMO À SOBRE A BORBOLETA
FRESTA

O procedimento de ajuste deve ser atingida a posição desejada. Abra a


realizado com o motor desligado. Para a borboleta do aceteradore confira se o alvo
regulagem do alvo do jato, deve-se instalar do jato está correto. Certifique-se de que o
o tubo injetor em seu alojamento e tubo injetor esteja oorretamente instalado
movimentá-lo ligeiramen te, até que seja em seu alojamento.

38
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.4.3 - Volume de bomba por golpe (em cm3)

É o volume de combustível injetado membrana. Vários carburadores possuem


pela bomba de aceleração rápida na porca de regulagem para alteração do
câmara de mistura do carburador, durante deslocamento da membrana e ajuste do
uma abertura total da borboleta do volume injetado. Outros modelos
acelerador, isto é: a movimentação da apresentam volume de bomba fixo, sem
borboleta, desde a posição fechada até a possibilidade de ajuste. Para estes, basta
posição totalmente aberta faz a bomba de que os componentes estejam em bom
aceleração injetar um determinado volume estado e corretamente montados, para
de combustível. A este volume chama-se que o volume injetado esteja dentro das
“volume de bomba por golpe" e pode ser especificações. Nesses carburadores, ao
especificado pelo fabricante em mililitros invés da haste de acionamento, existe um
ou cm3. Os fatores que interferem no came no qual desliza um rolete existente
volume da bomba por golpe são o volume na alavanca da bomba de aceleração
interno da câmara da bomba e o curso da rápida.

-
3.4.4 Fatores que interferem nas acelerações rápidas

- Volume de bomba diferente do Problemas no sistema de ignição


especificado; (ignição atrasada, bobina com problema
de isolamento, rotor com resistência alta,
- Válvulas de
retenção da bomba de cabos defeituosos, tampa do distribuidor
aceleração rápida com vedação danificada), sincronismo incorreto do
deficiente; motor, temperatura do coletor de admissão
inadequada, entre outros, também
- Obst rução pa rc i aI ou totaI do tubo injetor; prejudicam a aceleração rápida.

- Alvo do jato do injetor incorreto.


3.5 - Sistema de partida a frio

Tem a finalidade de facilitar a do afogador leva a uma pequena abertura


entrada em funcionamento do motor, da borboleta do acelerador, devido à
quando está frio* Sem a ajuda deste ligação mecânica (alavancas) existente
circuito, os condutos de aspiração, por entre ambas as borboletas.
estarem a temperatura baixa, provocarão
a condensação de uma parte do Durante a partida, a depressão
combustível, tomando a razão ar/vapor criada peio motor arrasta combustível dos
insuficiente para dar a partida no motor. diversos circuitos existentes, o que leva à
formação de uma mistura rica, necessária
É constituído de uma borboleta na à partida em temperaturas baixas. Neste
entrada principal de ar (borboleta do combustível fornecido em excesso,
afogador), que deve estar fechada para mesmo que haja uma condensação
que seja viável a partida do motor parcial, o restante será suficiente para
enquanto frio. O fechamento da borboleta provocar partida no motor. Após a partida,

39
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

para manter seu funcionamento, o motor elétrica, que injeta gasolina na câmara de
necessita de um volume de ar superior mistura do carburador por poucos
àquele permitido pela borboleta do segundos, o suficiente para agilizar a
afogador fechada. Então, acionada pela partida em temperaturas ambientes
depressão, a borboleta do afogador abre- baixas. Este sistema normalmente conta
se lígeíramente, o que provoca o com uma eletrobomba similar à do lavador
empobrecimento da mistura e permite a do pára-brisa e seu acionamento se faz
continuida de do funcionamento do motor quando a temperatura do líquido de
arrefecimento do motor reduz abaixo de
Nos veículos a álcool existe um 17 PC.
reservatório de gasolina e uma bomba

3.5.1 - Abertura positiva com afogador

É a abertura da borboleta do um pino cilíndrico com diâmetro controlado


acelerador gerada pelo acionamento do que deverá passar a abertura e aferir sua
afogador. Necessária para imprimir uma regutagem. O ajuste da regulagem pode
rotação superior à da marcha lenta quando ser realizado de duas maneiras, conforme
é dada a partida à frio, esta abertura é o modelo do carburador; através do
verificada entre a borboleta do acelerador parafuso que desliza sobre a alavanca de
(na região em que a borboleta se abre em fechamento da borboleta, ou por meio da
direção ao coletor de admissão) e a base variação do ângulo da haste de ligação do
do carburador (parede). Sua verificação é afogador ao acelerador.
feita com ferramenta específica, similar a

40
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3-5.2 - Abertura positiva do afogador após partida (mecânica)

Conforme já citado, após a partida corpo do carburador quando o afogador


a frio, a borboleta do afogador é aberta está acionado, para impedir sua ação em
devido à depressão existente do coletor de baixas temperaturas do motor.
admissão. Porém, qualquer ação do
condutor sobre o pedal do acelerador {que O controle da abertura positiva
acionará a borboleta do acelerador) fará mecânica do afogador após a partida
com que a depressão caia, ocasionando também é feito por um pino cilíndrico,
novamente o fechamento da borboleta do inserido entre a borboleta e a tampa do
afogador, prejudicando o funcionamento carburador A regulagem normalmente é
do motor e enriquecendo demasiada¬ feita pela atuação em um parafuso com um
mente a mistura. Para evitar este pino, que gira fora de centro, O valor de
inconveniente, o afogador ê dotado de um abertura é fornecido pelo fabricante.
estágio intermediário que deverá ser
usado quando o condutor desejar sair com
o motor ainda frio. Este estágio
intermediário corresponde á abertura
mecânica da borboleta do afogador que
impossibilita seu fechamento, mesmo
quando o pedal do acelerador é
completamente acionado,

Normalmente existe também


uma ligação mecânica que impede a
abertura da borboleta do segundo
r
-
3.5.3 Abertura positiva do afogador após partida (automática)
Haste Cápsula
Este sistema faz com que a pneumáEica
dosafogadora
borboleta do afogador abra-seT com o 7% . (Pull-down) ,
motor frio e o afogador acionado, após os
I
primeiros giros do motor, possibilitando a
continuidade do funcionamento do motor

w
Um dispositivo constituído de mola e
membrana possui uma haste ligada a uma
alavanca que movimenta a borboleta do
afogador. Após o motor entrar em (ÿDiafragma) [ Mola )
funcionamento, a depressão existente no
coletor de admissão é transmitida a uma
das faces da membrana. Assim, a Tomada
<fe vácuo
depressão vence a ação da mola e
movimenta a haste que abre a borboleta
do afogador Esta abertura é denominada
automática. C
41
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas

O valor da abertura, especificado T W*

pelo fabricante, deve ser aferido também


com o uso de um pino calibrador cilíndrico,
inserido entre a borboleta e a tampa do
carburador A regulagem desta abertura se
faz pela movimentação de um parafuso
batente localizado na tampa do dispositivo
G1 j ff
.

/
(membrana), que controla o deslocamento
da haste.

Parafuso de regulagem

3.5.4 - Tempo de abertura do afogador automático

Os carburadores que possuem composto por um "Pull Down" (cápsula


“afogador automático" são dotados de um pneumática) e uma válvula ‘'delay" gera
dispositivo semi-automático de partida a uma pequena abertura retardada, para
frio, cuja atuação é feita por um bimetal evitar que o motor fique totalmente
sensível â variação de temperatura. A afogado. Conforme o aquecimento do
variação de temperatura gera, por motor, o líquido de arrefecimento e a
dilatação térmica, a contração ou a resistência elétrica começam a aquecer a
distensão do bimetal, o qual movimentará mola bimetálica que, por sua vez, causa a
a haste ligada ao eixo da borboleta do abertura da borboleta do afogador. A
afogador. Assím, baixas temperaturas abertura gradual da borboleta é dosada de
ambientes fazem com que o bimetal cause forma a proporcionar boa dirigibiiidade ao
o fechamento da borboleta do afogador veículo.
De forma análoga, o aumento da
temperatura gera a abertura progressiva
da borboleta do afogador. Esta mola pode
ser aquecida pela água do sistema de
arrefecimento do motor ou por uma
resistência elétrica, A temperatura do
bimetal obedece à variação de
temperatura do liquido do sistema de
arrefecimento do motor ou de uma
resistência elétrica que aquece o ff
bimetal quando a chave de ignição é \\
ligada.

Na partida a frio, a mola


bimetálica que está fria, mantém a
borboleta do afogador totalmente Dispositivo semi-autcmático de partida a frio
fechada. Após o início do funcionamento (bimetal)
do motor, um dispositivo pneumático

42
ç Descrição e Funcionamento dos Sistemas

Uma válvula denominada "One funcionar após a primeira partida, a válvula


Way” se abre, durante a primeira partida "One Way” permanecerá fechada, o que
do motor, quando frio, e transmite a mantêm aplicada a depressão no “Pull
depressão do coletor de admissão para o Down" e no dispositivo de avanço à vácuo.
"Pull Down" e o avanço à vácuo do Haverá então uma pequena abertura na
distribuidor. Caso o motor pare de borboleta afogadora, necessária para
evitar um excessivo enriquecimento nas
próximas partidas, o que poderia “afogado
Cápsula
pneumática motor e prejudicar o catalisador
desatogadora
. (Pull Down) ,

----- —
-[Parafuso)
[Haste) 1
f Válvula f Válvula )
l delay J .p::« WayJ

lí lT

Nos veículos equipados com este esta medida se faz considerando um


dispositivo, o procedimento para partida a sistema de arrefecimento em perfeito
frio consiste em pressionar ievemente o estado, para que o tempo de aquecimento
pedal do acelerador antes de se dar do motor não interfira no tempo de
partida no motor, para acionar o dispositivo abertura do afogador automático*
e fechar a borboleta do afogador. A Deformações no bimetal, excesso de atrito
temperatura ambiente determina se o no mecanismo, danos na resistência
fechamento será total ou parcial; em geral, elétrica (se houver) e montagem incorreta
para temperaturas iguais ou inferiores a do bimetal podem afetar o corneto tempo
17 °C ocorrerá o fechamento totaI. de abertura do afoga dor au tomático.

O tempo gasto, logo apôs a partida Na tampa do carburador e na


do motor, para que a borboleta saia de sua tampa que contém o bimetal existem
posição totatmente fechada, e atinja sua marcas de referência que devem ser
posição totalmente aberta, é chamado alinhadas durante a montagem, pois
"tempo de abertura”. Este parâmetro é determinam a correta posição destes
determinado pelo fabricante. Obviamente, componentes.

43
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3-5.5 - Fatores que interferem na partida a frio
Diversos e variados fatores afetam inferiores a 16 5C, este sistema injeta uma
a partida a frio, tal como a qualidade do pequena quantidade de gasolina no
combustível e as condições mecânicas do carburador, suficiente para que, com o
motor Assim, para uma análise especifica carburador em bom estado, apenas uma
nos componentes e funções do "injetada1 seja suficiente para a partida do
carburador, deve-se eliminar a motor. Se este sistema não estiver
possibilidade de problemas originados por operante, haverá grande dificuldade de se
outros sistemas. Portanto, certifique-se de ligar o motor em baixas temperaturas
que o sistema elétrico esteja em boas ambientes.
condições, bem como o sistema de ignição
(distribuidor, cabos, velas, “ponto”, rotor, Específicamente nos carbura¬
tampa, platinado, etc). Assegure-se de que dores, vários componentes podem
a bateria possui carga suficiente para dar ocasionar dificuldade de partida a frio,
partida no motor- como: borboleta do afogador e seus
comandos, a borboleta do acelerador,
Os motores a álcool possuem borboleta do segundo estágio parcial¬
reservatório auxiliar de gasolina para mente aberta devido ao eixo 'emperrado",
partida á frio. Em temperaturas iguais ou nível de cuba, altura de bóia, etc.

3.6 - Sistemas auxiliares e controle de emissões


Mesmo para os veículos dos automóveis. A emissão de gases
carburados, o Proconve (Programa de nocivos (CO, NOX, HC) emitidos pelos
Controle de Poluição do Ar por Veículos veículos equipados com carburadores
Automotores) estabelece limites para pode ser controlada com ao utilização de
emissões de gases nocivos à saúde dispositivos, tais como:
humana, expelidos pelos escapamentos

3.6.1 - “Dash-Pot"

Citado tantas vezes nos manuais


Mecânica 2000, o “Dash-Pot" é o retardo
do fechamento da borboleta do acelerador
-n o íi
em desacelerações, para reduzir a Alavanca da" Amortecedor)
emissão de HC (hidrocarbonetos) nos
borbolela cio
, acelerador ,
pneumático J
gases de escapamento. Esse retardo fPorca")
( trava }
facilita a queima do combustível existente
no coletor de admissão, depois de
desací onad0 oacelerador 'O--

Uma cápsula pneumática


amortecedora, instalada na posição de
batente da borboleta, mantém a borboleta
do acelerador ligeiramente aberta por O fabricante especifica as
poucos instantes, após o acelerador ser regulagens para este dispositivo,
solto. encontradas nas tabelas de calibração,

44
C Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.6.2 - Válvula “Delay "
(Calibrador)
Instalada na linha de avanço à
vácuo do distribuidor, esta válvula
proporciona um retardo no avanço da
ignição para diminuir a temperatura da
5 ' Válvula ’

Santido Cfcj retardo


cãmara de combustã o e, com isso reduzir
P
,
a emissão de NOX (óxido de nitrogénio) £

i
pelo escapamento* O retomo do avanço
de ignição para a posição inicial, no
Passagem lívne
entanto, não é alterado pela válvula
"Delay”,
( Filtro)
3.6.3 - Válvula EGR

EGR é a abreviação de Exaust Gas térmico de vácuo, que aciona a EGR na


Recirculation, que significa "recirculação temperatura de aproximadamente 60°C do
dos gases de escapamento™, A válvula líquido de arrefecimento. Nos regimes de
EGR, instalada entre os coletores de marcha lenta e plena carga, a EGR
admissão e escapamento, tem a função de também nã o è atuante,
permitir que determinado volume de gases
inertes de escapamento retorne para o A válvula EGR é calibrada
coletor de admissão para ser novamente indrvidualmente e lacrada na fábrica,
aspirado pelo motor. Isto ocasiona a conforme caracterísíicas do motor que irá
diminuição da temperatura interna da equipar
câmara de combustão e, como
consequência, a redução dos índices de Possíveis defeitos de funciona¬
NOX (óxidos de nitrogénio) expelidos pelo mento do motor devido a problemas na
escapamento. EGR:

Conforme o modelo da válvula 1- Marcha lenta instável, de difícil


EGR, sua vazão pede ser dosada através regulagem;
do calibrador no circuito, ou no próprio
obturador de passagem dos gases. O 2- Problemas de dirígíbilidade nas
comando de atuação da EGR ê pequenas aberturas doacelerador;
pneumático, acionado pela depressão do
coletor de admissão ou por um dispositivo 3- Perda de potência com o acelerador
específico. todo aberto,
Na fase fria de funcionamento do Verificações:
motor nâo é necessária a atuação da EGR, Após esgotadas as verificações
pois a mistura deve ser rica nessa normais do motor, carburação, ignição e
condição e poderia causar a carbonização arrefecimento, caso o problema persista,
do circuito da EGR. Portanto, em alguns remova a válvula EGR e execute o teste de
casos, seu início de operação pode ser acordo com as especificações.
controlado através de um interruptor

45

Descrição e Funcionamento dos Sistemas
-
3.6,4 Canister e sistema de controle de emissões eveporetives

O canister é um filtro de carvão funcionamento. Com o motor ligado, todos


ativado em um recipiente acumulador de os vapores captados pelo canister quando
vapores formados peia evaporação de o motor estava desligado e aqueles que
combustível que ocorre no tanque e na continuam sendo emanados do tanque de
cuba do carburador quando o motor está combustível são purgados para o interior
desligado. O canister libera estes vapores do motor, para serem queimados junto
para serem admitidos pelo motor em com a mistura ar/combustível. O
funcionamento. purgamertodos vapores para o motor, que
ocorre em regimes de carga parcial ou
O vapor proveniente da cuba do plena, é controlado pela váfvula de purga
carburador e direcionado ao canister é incorporada ao canister. Assim, o ciclo de
controlado por uma válvula incorporada ao armazenamento e purgamento de vapores
filtro de carvão ativado, que fica aberta de combustível até sua queima no interior
quando o motor estiver desligado e se do motor éconcluído.
fecha assim que o motor entra em

-
3.6.5 “Cut-OfF*

É uma estratégia de corte de a rotação se aproximar da rotação de


fornecimento de combustível ao motor na marcha lenta ou o pedal do acelerador
condição de freio-motor, realizado por voltar a ser pressionado.
meio de um interruptor de mancha lenta.
Este corte de combustível é realizado por Em caso de aceleração ou
um relé que monitora o sinal de pulsos da velocidade constante, como a alavanca da
bobina de ignição e pelo sinal de massa borboleta do acelerador não estará em
originado pelo contato do parafuso batente contato com o parafuso batente de
da regulagem de rotação com a alavanca regulagem de marcha lenta, o relé não
da borboleta de aceleração, cortará a alimentação elétrica do
interruptor e assim, a alimentação de
O relé interrompe a alimentação combustível no canal de marcha lenta será
elétrica do interruptor de marcha lenta mantida.
sempre que a rotação do motor estiver
acima do valor específico e, ao mesmo A frnalidade do “Cut-OfT é a
tempo, com a alavanca de aceleração proteção do catalisador frente às aftas
encostada no parafuso batente de temperaturas que ocorrem em freio motor,
regulagem de rotação de marcha lenta. quando então o combustível não
Assim, em desa ceierações e condição de queimado pefo motor reage no interior do
freio motor, o interruptor bloqueia a catalisador, podendo causar o
passagem de combustível no canal de derretímento da camada de metais nobres
marcha lenta, restabelecendo-a assim que do catalisador e também de sua cerâmica,

46
c Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3,6,6- Separador de vapor ou desbolhador

É um dispositivo presente em entra no desbolhador pelo tubo de entrada,


alguns veículos movidos a gasolina, cuja situado em sua parte média. Como a
função é evitar a chegada de combustível fração liquida do combustível é mais
em forma de vapor ao carburador, para densa do que aquela gasosa, vai para o
não comprometer o funcionamento do fundo do desbolhador, aonde existe o tubo
motor. de saída, direcionado à entrada do
carburador. A fração menos densa do
O desbolhador pode ser metálico combustível (a parte gasosa) volta para o
ou plástico, É instalado na mangueira de tanque pelo tubo superior de retomo, por
alimentação de gasolina, entre a bomba de onde circula também combustível no
combustível e o carburador. A gasolina estado líquido.

.
3 7 - Carburadores para veículos a álcool

Um mesmo modelo de carburador de banho eletrolítico, em todas as


pode ser aplicado em veículos a álcool e a superficies do carburador, internas e
gasolina. Os carburadores que equipam externas. Este revestimento protege o
veículos a álcool diferem dos similares que carburador do “ataque químico" do álcool.
equipam veículos a gasolina em alguns
aspectos, sobretudo o revestimento Obviamente, as calibrações dos
niquelado. componentes dos carburadores também
são diferentes para o funcionamento com
O álcool, por suas características, álcool e com gasolina, devido às diferentes
reage com a liga do material com o qua! os razões estequiométricas de ambos os
carburadores para veículos a gasolina são combustíveis.
produzidos, o que danifica a superfície das
peças em contato com o combustfvel. É também comum observar
Assim, para adequá-los ao trabalho com diferenças nos sistemas de acionamento
álcool, é necessário que estes da borboleta de aceleração do segundo
carburadores tenham sofrido um estágio, em modelos de corpo duplo,
tratamento, em sua fabricação, Alguns modelos apresentam acionamento
normalmente conhecido como "níquel mecânico na versão a gasolina e
químico": um revestimento superficial á pneumático na versào a álcool.
base de cobre e níquel é aplicado, através

47
Descrição e Funcionamento dos Sistemas
3.8-0 carburador “eletrónico*

Alguns carburadores Brosol 2E e executa a adequação da rotação da


3E possuem dispositivos para controle marcha lenta e corrige eventuais variações
eletrónico de marcha lenta e afogador. Os de rotação em relação ao valor nominal
modelos equipados com esses programado no módulo, ocasionadas por
dispositivos são denominados 2E CE e variações de carga do sistema elétrico, ar
3ECE, respectivamente. condicionado, acionamento da direção
hidráulica, entre outros.
Na fase fria de funcionamento do
motor, o sistema eletrónico substitui a ação Conforme a posição da válvula de
do condutor de puxar o cabo do afogador e três vias, comandada pelo módulo de
soltá-lo guaduaimente, à medida que o controle, a câmara do atuado r pneumático
motor aquece. pode receber pressão atmosférica ou a
depressão do coletor de admissão,
Em um sistema convencional, ao permitindo o avanço ou recuo da posição
ser acionado o afogador, a borboleta do da borboleta do acelerador,
acelerador se abre ligeiramente, movi¬
mentada por um sistema de alavancas, Os carburadores Weber 495,
conforme já explicado no item "3.5.1 - conhecido como TLDF (Transversa! / Lon¬
Abertura positiva oom afogador". gitudinal Duplo Fiat) e TLDZ (Trans¬
versal i Longitudinal Duplo Volkswagen)
No sistema eletrónico, o também foram equipados com dispositivos
fechamento e a abertura da borboleta do de controle eletrónico. Neste caso, o
afogador são executados pelo afogador carburador é denominado TLDE
automático; o fechamento e a abertura da (Eletrónico).
borboleta do acelerador são executados Interruptor de
por um módulo de controle eletrónico e
pelos componentes associados
Afogador
automático J (Calibrador) mistura do
marcha lenta

(válvula de 3 vias, atuador


pneumático e sensor de tempe-
c=
*=
k. ;

ratura). Logo, o afogador automático Gl

ãr
controla a abertura da borboleta do
afogador, enquanto o módulo de
controle executa a correção da posição
Aluador
da borboleta do acelerador para adequar .automático, r 1
a rotação de marcha lenta em qualquer
temperatura do motor. Câmara * f

seladaÿ
Quando o motor já está em
varvulg de
temperatura normal de funcionamento, o
afogador automático coloca a borboleta [ Aeração
filtrada
trSs
(pepnessãa)
do afogador em sua posição totalmente
aberta enquanto o módulo de controle
recebe informação da rotação do motor,

48
3J

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I. ff*
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CARBURADORES E! iNJEÇÃD ELETRÓNICA
Sistema de corte de combustível (Fuel Cut-Off) dos
carburadores Brosot 2E / 3E

O sistema de corte de combustível


na condição de freio-motor é controlado
por um relé que monitora o sinal de pulsos
da bobina de ignição e o sinal terra
originado pelo contato do parafuso batente
de borboleta (da reguiagem de rotação de
marcha lenta) com a alavanca da % 0

borboleta de aceleração do primeiro corpo — 'j


do carburador.
Ti,
Na condição de 'freio-motor, o
sistema de marcha lenta é desativado por
meio do sistema de corte de combustível
interruptor defTiistura
(Cut-Offy O relé cortará a corrente de
alimentação do interruptorde marcha lenta
sempre que o motor estiver acima de uma
rotação específica e com a alavanca de Em caso de freio-motor, quando a
aceleração encostada no parafuso de rotação estiver acima da especificada, o
batente (de reguiagem de rotação). Assim, relé recebe o sinal “terra11 do parafuso
o interruptor fechará a passagem de batente de reguiagem de rotação e então
combustível no canal descendente do cortará a corrente do interruptorde marcha
sistema. lenta até que se acelere ou que a rotação
do motor caia a valores abaixo do
Em caso de acelerações ou estabelecido.
velocidades estabilizadas, como a
alavanca de aceleração não estará em O motivo da aplicação deste
contato com o parafuso de reguiagem de sistema é proteger o catalisador contra as
rotação, o relé não cortará a corrente de altas temperaturas que acontecem em
alimentação do interruptorde marcha lenta caso de freio-motor, quando o combustível
e o fluxo de mistura para o circuito de não queimado pelo motor reage dentro do
marcha lenta não será interrompido. Da catalisador, atingindo temperaturas muito
mesma forma, em marcha lenta, o sistema elevadas que podem derretera camada de
não cortará a corrente do interruptor, pois a metais preciosos ou mesmo derreter a
rotação estará abaixo do especificado. a Ima cerâmica do cataiisador.
p
» \

Nos carburadores destas versões corpo do carburador através de


existem as seguintes modificações: bucha plástica com um terminal
macho próximo á cabeça do
'Interruptor de marcha lenta com parafuso.
ponta de vedação em viton;
Obs: Nos carburadores (2E CE / 3E CE)
-Parafuso batente de regulagem com controle eletrónico a função Cut-Off é
de abertura da borboleta isolado do realizada pelos componentes eletrónicos.

Sistema de Progressão de aceleração dos carburadores


Brosol 2E / 3E

O sistema de marcha lenta do 2E


também abastece os regimes de
progressão, proporcionando a passagem
da marcha lenta para rotações maiores de m
forma suave e contínua.

Os furos de progressão, comuns


em outros carburadores, mas inexistentes
neste modelo, foram substituídos por um
rasgo (fenda de progressão).

Quando a fenda fica exposta á


Fenda de progressão
açáo da depressão do coletor de
admissão, pela abertura parcial da
borboleta, por ela passa a fluir mistura que orifício de descarga de marcha lenta,
se emulsiona com o ar aspirado ao redor garante o suprimento necessário até que o
da fresta deixada pela borboleta. Essa sistema principal passe a fornecer
mistura, somada àquela que escoa pelo emulsão ar/combustível *
\
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* L
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MANUTENÇÃO
A manutenção do carburador é um sistemas de injeção eletrónica presente
procedimento relatívamente simples, nos automóveis atuais.
porém deve ser criteriosa e abrangente,
uma vez que são muitos os itens a serem Os valores ótimos encontrados nas
inspecionados e o cuidado para com seus tabelas de calibração apresentadas no
ajustes e regulagens determina o êxito do módulo final deste manual são fornecidos
serviço executado e o perfeito pelos fabricantes. São estas as
funcionamento do motor. calibragões originais com as quais os
veículos saíram de fabrica. Mecânica
Justamente por possuírem 2000 recomenda que estes valores sejam
calibrações fixas, os carburadores tornam rigorosamente seguidos, uma vez que
o funcionamento dos motores mais para a obtenção de tais parâmetros,
sensível ãs variações de qualidade de milhares de horas de estudos empíricos,
combustível com o qual o veiculo é analíticos e experimentais foram
alimentado, se comparado aos modernos requeridas dos respectivos fabricantes.
Problemas mais comuns:
-Marcha lenta desnegulada
-Entrada falsa de ar
- Obstrução nos giglês
- Obstrução dos labirintos e orifícios calibrados
- Falta de suavidade na abertura das borboletas
- Contaminação ou corrosão da cuba

Mecânica 2000 preparou para você um roteiro para manutenção e regulagem de


carbura dores e de seus sistemas. Os procedimen tos consistem e três partes:

4.1 - Remoção e desmontagem

Antes de iniciar um serviço de Remova o filtro de ar do motor e


limpeza e regulagem, procure estimar o aproveite para inspecionar o elemento
tempo disponível para todas as filtrante. Se estiver sujo ou danificado,
operações, uma vez que será necessário deve ser substituído. Da mesma forma, o
inspecionar vários componentes do filtro de combustível deve ser
carburador e sua regulagem exige critério inspecionado toda vez que forem
e paciência. executados serviços no carburador.

53
c Manutenção

Solte o cabo do acelerador, o cabo excessivo e ao aquecimento, podendo


do afogador, desconecte os terminais ocasionar entrada falsa de ar e prejuízo
elétricos envolvidos (quando houver) e para a marcha lenta. Outros modelos,
todos os elementos que se iigam ao como o Brosol BLFA (que equipou o motor
carburador e ao motor Solte as geração I do Monza 1 *8) e 0 Brosol 2E do
mangueiras do Thermae, de alimentação Gol GTS. também possuem um suporte de
de combustível e retorno de combustível borracha que pode se deteriorar e causar
(se houver). entradas falsas de ar pela base do
carburador. Portanto, lembre-se de
Preferencialmente com o motor inspecionar estes componentes logo após
frio, remova os parafusos ou porcas que a remoção do carburador.
fixam o carburador ao coletor de
admissão. Após a remoção de qualquer
carburador, tape sempre o orifício do
O Os carburadores Weber 495
TLDZ, que equipam a linha VW, possuem
coletor de admissão com um pano limpo,
para evitar a entrada de corpos estranhos
um componente plástico entre a base e o (partículas) no motor, até que o carburador
coletor de admissão. Este componente seja reinstalado,
pode trincar, devido ao torque de aperto

4,2 - Limpeza e análise


Para efetuar a limpeza, existem rápida e a váívula de máxima.
produtos específicos disponíveis no
mercado. Porém, uma boa lavagem com Após a limpeza, aplique jatos de ar
gasolina ou querosene é suficiente para comprimido nos componentes do
efetuar a limpeza do conjunto. Se o carburador e nas canaletas internas, para
carburador estiver muito sujo, lave-o eliminar resquícios de produtos de limpeza
externamente antes de desmontá-lo, com (ou gasolina/querosene) e eliminar
pincel e gasolina. Solte os parafusos que eventuais obstruções. Não utilize arames
prendem a tampa ao corpo e desmembre o ou objetos pontiagudos na limpeza de
conjunto. Desmonte seus componentes e orifícios e peças calibradas. Preferen¬
faça a Eimpeza individual de todas as cialmente, aplique descarbonizante
peças. (Car 80) nesses locais.

Substitua obrigatoriamente todos Observe se a borboleta do


os anéis de vedação (o' rings do parafuso acelerador está fechando completamente
de reguiagem de mistura de marcha lenta, (até seu batente de regulagem) e se existe
do injetor, etc), bem como as juntas de formação de depósitos ou incrustrações
vedação entre a tampa e o corpo, entre a no diâmetro da base, que possam reduzira
base e o corpo (se houver) e as juntas área da abertura fixa de marcha lenta.
entre o coletor de admissão e a base do
carburador. Substitua também as juntas de Verifique a ocorrência de folga
vedação entre os componentes e o excessiva no eixo da borboleta do
carburador, como a bomba de aceíeraçâo aceJerador Estas folgas podem originar

54
c Manutenção
entradas falsas de ar que afetarão a ferramental apropriado. Este serviço
marcha lenta. De forma análoga, observe deverá ser feito por empresas
se o eixo da borboleta está "engripado”, o especializadas, com a devida usínagem
que não permite o fechamento suave da dos componentes envolvidos e a utilização
borboleta. Em ambos os casos, a solução de buchas de materiais específicos, oomo
correta seria a substituição do corpo do bronze e teflon.
carburador, uma vez que os fabricantes
não recomendam o “embuchamento" do Nos carburadores de veículos a
eixo da borboleta. álcool, inspecione atentamente a
ocorrência de danos e perda do
Caso seja inviável a substituição, revestimento niquelado. Caso seja
devido à impossibilidade de se encontrar observada a ‘'quebra" do revestimento,
carburadores Weber novos, ou mesmo este dano tende a se agra var com o tempo.
devido ao custo de substituição, o As partículas do revestimento que se
embuchamento do eixo pode ser uma soltam acabam por obstruir os gigíès
solução provisória, mas não deve ser principais de combustível e de marcha
executado por profissionais não treinados lenta. Assim, em médio prazo, a solução
para este fim. Não execute embu¬ será a substituição do carburador.
chamento em oficina mecânica sem
Análise dos componentes
Remova os parafusos que fixam a
tampa ao corpo do carburador (quando
houver), inspecione a base quanto a
empenamentos, que podem causar
entradas falsas de ar e prejuízo para a
marcha lenta. Para isto, utilize uma régua
metálica perfeitamente plana e um
*BT

Í3
_*
calibrador de lâminas (eepessímetro) nas
posições longitudinal, transversal e
diagonal. - *1
inspeção de empena mento longitudinal

!ÿ

Í
1

0
y V
- \l
-r e*

Inspeção do empenamento transversal Inspeção do emp&namento diagonal

55
Manutenção

Se for identificado empenamento Inferior a 400 sobre a mesa e, com


na base, esta deve ser aplainada ou movimentos lineares repetidos e sempre
substituída. Os fabricantes não no mesmo sentido, desloque o carburador
recomendam o aplainamento da base, com força e velocidade uniformes. Após o
devido ao risco de fragilizar a mesma. apíainamento, substitua a folha de lixa por
Contudo, aplainar a base pode ser uma uma de granulação mais fina e repita a
solução providencial, uma vez que alguns operação para obter melhor acabamento.
modelos de carburador Weber são difíceis
de ser encontrados no mercado de Inspecione atentamente todos os
reposição. componentes envolvidos, quanto ao seu
estado de conservação, limpeza e
Para o apíainamento, apófe o conformidade com a especificação.
carburador em uma superfície lisa e plana, Verifique os seguintes componentes:
com uma folha de lixa de granulação
f- Válvula de agulha

Inspecione a vedação da válvula Remova a bóia e a válvula de


de agulha. Nos carburadores cuja váivula agulha. Em alguns modelos, para que se
é instalada na tampa, esta deve estar na solte a bóia é necessário soltar antes a
posição vertical. Nos carburadores com válvula de agulha. Inspecione a bóia e
válvula instalada no corpo, posicione-o de verifique se não existe combustíveE em seu
forma que a agulha se apóie levemente em interior {‘'bóia encharcada”), o que
seu assentamento. Para isto, instale uma causaria valores incorretos de nível do
bomba de vácuo no tubo de entrada de combustível na cuba. Neste caso,
combustível e aplique depressão de 400 substitua a bóia.
mmHg, Para os veículos a gasolina, vede
com o dedo a tubulação de retomo Obs: alguns carburadores
Observe a variação da depressão possuem filtros de tela no tubo de entrada
aplicada. Caso este valor caia a zero em de combustível para a cuba. Estes filtros
menos de 20 segundos, substitua a válvula podem ser internos ao tubo ou em
deagulha. alojamento próprio. Em ambos
os casos, inspecione a
condição destes filtros e
certifique-se de que não estão
pg obstruídos.

Caso não disponha de bomba de


vácuo, teste a válvula aplicando pressão
de ar no tubo de entrada. Verifique sua
vedação com a bóia levemente apoiada na
agulha. Porém, este teste não é tão
confiávei quanto o procedimento
recomendado acima. Filtro de leia no tubo de entrada de combustível

56
c Manutenção
2- Afogador

Abertura positiva:

A inspeção da regjlagem da abertura


positiva da borboleta do acelerador deve
ser feita da seguinte maneira: acione
totalmente o afogador e com a ferramenta
fmrnm
específica, verifique a abertura da

!0
Borboleta do
borboleta de aceleração do 1° corpo. Caso awierador
a medida encontrada seja diferente da
especificada, movimente o parafuso de Calibrador
ajuste até obter o valor correto. Consulte a cilíndrico

tabela decalibrações,

Abertura da borboleta do afogador


(desafogador pneumático):

Os carburadores saem de fábrica com o Com o afogador totalmente acionado,


parafuso de reguiagem lacrado com tinta, conecte uma bomba de vácuo na cápsuía
pois não SiO normalmente necessárias desafògadora e aplique depressão de 450
regulagens neste dispositivo. Contudo, em mmHg. Simultaneamente, verifique se a
caso de substituição da cápsula abertura da borboleta do afogador está
pneumática - ou quando o lacre do
parafuso já tiver sido movido - proceda da
dentro dos valores especificados. Se
necessário, gire o parafuso de ajuste
seguinte maneira: existente na própria cápsula ou na posição
indicada (Brosol 2E e 3E).

<L
1V1
f
x 1
/
> .

Depressão aplicada na cápsula pneumática Prafuso de ajuste


desafogadora

57
Manutenção
3- Sistema de acionamento pneumático do 2o corpo

Conecte a bomba de vácuo na


cápsula de acionamento pneumático do
estágio e aplique depressão de 200
mmHg, Esta depressão deve se manter
t
continuamente. Qualquer sinal de À
vazamento, substitua a cápsula, J " 'Sr
Mantenha a depressão aplicada e
acione totalmente a borboleta do
acelerador do 1& corpo. Neste momento a
borboieta do 2* corpo deve se abrir
totalmente, Dapressãç aplicada na cápsula pnaumSBcs (te
aaQnanr>ento do 2°corpo
Mantenha aberta a borboleta do 1*
corpo, diminua gradualmente a depressão Caso a borboleta do 2P corpo não se
aplicada e observe o fechamento movimente conforme o esperado, verifique
progressivo da borboleta do 2" corpo. as causas do engripamento do seu eixo.
4~ Sistema de compensação da rotação para ar condicionado

Conecte a bomba de vácuo á hastes, assim como a estanqueidade da


cápsula de compensação de rotação do ar cápsula. Caso náo haja deslocamento
condicionado e aplique depressão de 400 nem estanqueidade, substitua o diafragma
mmHg, Observe o deslocamento das da cápsula.
5- Volume de injeção

Inícialmente, solte totalmente o


parafuso de regulagem de rotação da
marcha lenta (parafuso de batente). Encha
a cuba do carburador com combustível e
<> L
acione algumas vezes a alavanca da _
borboleta do acelerador, para encher as
tubulações internas. Posicione o
o: T3

carburador sobre uma bureta calibrada e


acione a alavanca do acelerador por 10
vezes, de maneira constante e uniforme,
percorrendo a totalidade do curso do
-í±r. i m
acelerador em todos os movimentos. mm-
Faça a leitura dos valores =rÿ
encontrados na bureta e compare com os
valores da tabela de calibrações. (Nos
carburadores Brosol, os valores são ãs
tabelados por golpe. Por isto, divida por 10
o valor lido na bureta.)

58
c Manutenção

Caso o valor lido na bureta seja as especificações, verifique também a


diferente do especificado, inspecione o existência de folga no sistema de
injetor, o diafragma da bomba de alavancas de acionamento da bomba de
aceleração rápida e a própria bomba, aceleração rápida.
quanto á integridade e conformidade com

ff- Válvulas eletromagnéticas (Solenoides)

Alimente a válvula com 12 vcc e Caso não ocorra, substitua a váivuia.


observe se ocorre deslocamento da haste.

7- Sistema de marcha tenta

Inspecione todo o circuito de gíglês estiverem obstruídos, Iimpe-os com


marcha lenta quanto à obstrução. Verifique ar comprimido. Não utilize objetos rígidos
os furos de progressão, o giglê de marcha para não causar deformações nos orifícios
lenta e o giglê de ar de marcha lenta. Se os e descaiibra ções no sistema.

ff- Sistema principal

Inspecione a cuba quanto á Limpe todos os componentes citados. Se


corrosão, sobretudo nos carburadores dos os giglês estiverem obstruídos, limpe-os
veículos a álcool. Inspecione também os com ar comprimido. Não utilize objetos
giglês de ar e de combustível, bem como o rígidos para não causar deformações em
tubo misturador, quanto à integridade, seus orifícios e descaiibrações no sistema,
conformidade com a especificação e
isenção de impurezas capazes de alterar a Obs: Alguns carburadores Brosol
vazão dos fluidos que por efes passam. possuem giglê de ar prensados na tampa
Confira também o estado do poço do do carburador. Nestes modelos, o giglê
sistema principal, quanto à corrosão. não deve ser removido.

9- Regutagem dê bóia - altura e curso

Altura da bóia: de fábrica ou um paquímetro. A altura deve


ser verificada com a junta principal
Carburadores Weber 190. 226. montada, conforme as ilustrações a
450. 460 e 495; seguir: nos modelos Weber 190, 228 e
495, a medição deve ser feita entre a
Posicione a tampa do carburador extremidade inferior da bóía e a face
na posição vertical, com a junta. Deixe a inferior da tampa. Já nos modelos Weber
haste da bóia apoiar levemente na esfera 450 e 460, a medição deve ser feita entre a
de amortecimento de vibrações da agulha extremidade superior da bóia e a face
sem, no entanto, provocar o seu inferior da tampa.
afundamento. Utilize o cálibre padronizado

59
c Manutenção
Ragulaÿwt (lingueta)

ftegulagem [lingueta]

4 'i'
t
*
FerrsnwnEâ
Altura especifica
FeTamenta Altura
da Mia
Vertical específica da Mia
Vertical
Weber 228 Weber 450 mini-progressivo Weber 460 DMTB

REgulagsm (linguEta) que se estabilize assim que a


Regulagem (lingueta)
cuba estiver cheia e a válvula
estilete vede a entrada de mais
combustível. Despressurize
então o conjunto, remova a
Ferramenta Ferramenta mangueira de alimentação de
especifica especifica
combustível e a tampa do
carburador A medição de nível da
J
-
; Altura
da Mia
i Vertical
_r Altura
daBóia
Vertical
cuba deve ser realizada com um
cálibre de profundidade ou um
paquímetro. Com o carburador
Weber 495 TLDZ Weber 190 numa superfície horizontal e
O ajuste da altura (nível) da bóia plana, faça a leitura da distância
deve ser feito por meio da inserção de compreendida entre a face do corpo do
arruelas entre a tampa do carburador e a carburador e a superfície do líquido. Repita
válvula de agulha ou pela regulagem na o procedimento em 3 ou 4 pontos distintos
haste da bóia. e calcule a média dos valores
encontrados. Quanto menor o valor
Carburadores Brosol encontrado, maior é o nível do
combustível, evíce-versa.
Nos carburadores Brosol, a
inspeção é feita da seguinte maneira: com Nos modelos 2E e 3E, o nível deve
o carburador fechado, deve-se ser conferido com uma ferramenta padrão
inicialmente pressurizar a entrada de posicionada no alojamento da tampa da
combustível no carburador Entre a bomba bomba de aceleração rápida.
e o carburador, insira um manómetro para
registrar a pressão de 0,2 kgf/cma ou 147 Assim como nos carburadores
mmHg, especificada pelo fabricante. Weber, o ajuste do nível é feito pela
Durante o bombeamento, a pressão inserção ou remoção de arruelas na
registrada pelo manómetro irá oscilar, até válvula de agulha (válvula estilete).

60
c Manutenção
Curso da bõia:

Carburadores Weber 190.


45G; 460 e 495:

O curso da bóía é medido O


com a tampa na posição horizontal,
O curso compreende a distância pj
entre a junta e a extremidade inferior Cgrw
da bóia. daBOa

Se houver necessidade de
regulagem. esta deve ser feita
Ferramenta especifica
ajustando-se a haste da bóia.
Weber 495 TLDZ

/ A
u _[ _
Curso
Regularam jjinguelajÿ da Bõia

\_
/
y
Curso
da Bta
Horizontal

Weber 495 TLDZ

Haste de regulagem do curso da bdta Curso


da Bóía

A
Curso Regulagem
I da Bóia
horizontal
(lingueta)

Weber 1 90
Regulagem

Curso
tfa&óia
i (linguela)
LsítjReguiagem Cuiso
1 (liogueia) p Bóia
T Cuwda Curso da
Bóia Hofisonlal Bta Horizontal
Weber 450 mini-progressivo Weber 460 DMTB

(ÿ\pós as regulagens da bóia o carburador deve ser fechado, para evitar eventuais
descaiíbrações devido á movimentação e deformação de componentes. Ao instalar a
tampa do carburador, certifique-se de que o eixo da bóia não deslocará. Instale o
carburador no motor e evite incliná-lo excessivamente.

61
c Manutenção

4.3 - Instalação e regulagem

Ao fechar o carburador, certifique- que causa o engripamento do eixo.


se de que todos os componentes estão em Conforme já citado, neste caso será
suas devidas posições de trabalho. Tenha necessária a substituição do corpo do
especial cuidado na movimentação, para carburador ou o embuchamento, para que
evitar deslocamentos da bóia e do eixo de o movimento de abertura da borboleta se
sua haste. É conveniente encher a cuba faça de forma suave novamente. Caso
com gasolina para facilitar a partida do haja necessidade de embuchamento do
motor eixo, bem como da substituição da
borboleta, esse serviço deverá ser
Certifique-se de que não existam executado por empresas especializadas,
impurezas no coletor de admissão. Instale dotadas de ferramen tal específico.
uma nova junta e posicione o carburador.
Aperte seus parafusos/porcas de fixação e Observações:
instale os cabos do acelerador e do
afogador, instale também o filtro de ar, as
mangueiras do Thermae, de alimentação deve
• A regulagem de marcha lenta
ser executada considerando que
de combustível, retorno de combustível todos os parâmetros do motor estejam em
(se houver) e respiros envolvidas. ordem, sobretudo o ponto de ignição.
Portanto, certifique-se de que o motor não
Q Os carburadores fixados por esteja Tora do ponto" antes de iniciar os
meio de porcas e cuja seção da base é trabalhos. Caso o ponto de ignição em
quadrada sofrera de problemas de marcha lenta (avanço inicial) esteja
empenamento da sua base. Ao instalá-los, superior ao especificado, a regulagem de
evite aperto excessivo nas porcas de marcha lenta não será válida, pois "ponto
fixação que unem o carburador ao coletor adiantado" causa elevação da rotação em
de admissão. Como o fabricante não marcha lenta. De forma análoga, “ponto
divulga o torque de aperto nestes atrasado" causa a redução da rotação de
parafusos, uma regra prática é apertar marcha lenta. Assim, se o reparador
manuaimente suas porcas de fixação até ajustar o avanço inicial após a regulagem
seu fim de curso para, então, apertar mais de marcha lenta, será obrigado a regular
% de volta com a ferramenta apropriada novamente a marcha lenta, pois quando o
(chave 13 mm). Após o funcionamento do ponto de ignição for comigido, afetará a
motor, seu aquecimento e sua regulagem rotação de marcha lenta.
(explicada mais adiante), desligue-o e
aguarde seu total resfriamento. Verifique
novamente a fixação do carburador e o
• Caso não seja possível identificar
avanço inicial antes de executar os
reaperte-o se necessário. Estas serviços, ou mesmo se o distribuidor tiver
providências evitarão a deformação das sido removido quando da execução dos
bases dos carburadores e a necessidade serviços no carburador, proceda da
de aplainá-los ou substituí-los. seguinte maneira: instale corretamente o
distribuidor e regule seu posicionamento,
O aperto excessivo provoca ainda cam o motor desligado, para a
também a flexão do eixo da borboleta, o posição de referência, que normalmente

62
c Manutenção

identifica 0o APMS (antes do ponto morto ínicralmente a rotação de marcha lenta,


superior). Execute os procedimentos deixe-a ligeiramente elevada e atue no
iniciais de regulagem de marcha lenta, parafuso de regulagem de mistura, até
conforme descrito mais adiante. Após a obter maior estabiíidade de
regulagem, ajuste corretamente o ponto funcionamento. Será então possível
de ignição e regule novamente a marcha reduzir, através do parafuso de regulagem
lenta. Lembre-se que o ajuste do ponto de de rotação (batente), a rotação da marcha
ignição possui como referência a rotação ienta até os valores próximos do desejado.
de marcha fenta e que a rotação de marcha Varie a atuação entre o parafuso de
lenta é afetada pelo avanço inicial (ponto regulagem de rotação e o de regulagem de
de ignição). Por isto, pode ser necessário mistura tantas vezes quantas forem
alternar algumas vezes a regulagem de necessário, até que se obtenha a melhor
rotação de marcha lenta e de ponto de operação possível em marcha lenta.
ignição, para se obter os valores corretos Mecânica 2000 recomenda ainda o uso de
de ambas as variáveis e assegurar a um analisador de gases, para o perfeito
perfeita regulagem do motor. ajuste da marcha lenta.

R&gutagem Dê fortes e rápidas aceleradas e


verifique se a marcha lenta se mantém
Com todos OS componentes perfeita após a elevação da rotação (evite
devidamente instalados, dê partida no excesso de giros). Desligue o motor e
motor e acelere-o levemente. O motor efetue nova partida. O motor deve entrar
deve obedecer aos comandos de em funcionamento sem e necessidade do
aceleração, ainda que de forma hesitante, uso do acelerador.
por não estar aquecido. Evite, neste
momento, acelerações rápidas que É ainda prudente fazer um teste de
possam fazer o motor falhar. Deixe-o rodagem com o veículo, observando
aquecer, com a rotação ligeiramente sempre a suavidade de funcionamento do
acima da marcha lenta. sistema, a progressão das acelerações e o
funcionamento do segundo estágio (se
Após o aquecimento do motor, será houver). O motor não deve morrer ao se
possível regulara marcha lenta. Monitore frear em ponto morto (devido á adicional
a rotação do motor com um multímetro entrada de ar pelo servo-freio).
automotivo. Para um sistema normal de
marcha lenta, regule inicialmente a Impossibilidade de regulagem da
rotação, por meio do parafuso batente da marcha lenta sugere a existência de
borboleta. Regule a rotação conforme o problemas, como entradas falsas de ar
especificado para o veiculo. Se for (pela base do carburador ou pelo eixo da
possível regular a rotação de marcha borboleta) e gigli de marcha lenta
lenta, regule em seguida a mistura de obstruído. Verifique novamente estas
marcha lenta, por meio do parafuso de possibilidades.
regulagem de mistura. Movimente-o até
obter a melhor condição de marcha lenta, Nos veículos equipados com ar
no que se refere à estabilidade e condicionado, será necessário fazer a
suavidade de funcionamento* Se regulagem do sistema de compensação
necessário, ajuste novamente a rotação da rotação para ar condicionado. Ligue o
de marcha lenta e a regulagem da mistura, motor e o ar condicionado e efetue a
regulagem no parafuso existente na haste
Se não for possível regular da cápsula,

63
Manutenção

"Dash-Pot” depressão de 400 mmHg e observe o


movimento da haste e a estanqueidade da
Nos carburadores equipados com válvula. Mantenha a depressão aplicada e
o dispositivo Dash-Rot é necessária sua verifique a folga entre a ponta da cápsula e
regulagem toda vez que for movimentado a haste. Se necessário, solte a porca, gire
o parafuso de regulagem de rotação da a cápsula e ajuste a folga da seguinte
marcha lenta. Portanto, após a regulagem maneira: gire o dash-pot até encostá-lo na
da marcha lenta, deve-se regular este alavanca de comando. Em seguida, dê o
dispositivo da seguinte maneira: remova a número de voltas especificado na tabela,
mangueira da cápsula “Dash-Pot” e na coluna "Regulagem do dash-pot
conecte-a a uma bomba de vácuo. Aplique (voltas)”*

4.3.1 •"Carburador eletrónico"

Os carburadores com dispositivo lacre do atuador já tenha sido viciado, ou


eletrónico para controle de marcha lenta se houver necessidade de regulagem
não possuem parafuso de regulagem de devido à substituição da peça, essa
rotação de marcha lenta (batente da regulagem de rotação deve ser executada
borboleta). Estes modelos possuem um da seguinte maneira, com o devido auxílio
atuadoreletropneumático para controle da de uma bomba de vácuo, um analisadorde
rotação de marcha lenta, que atua por CO e um tacómetro:
meio da depressão aplicada por uma
eletroválvula de 3 vias comandada por um 1- Aqueça o motor até que sua
módulo de controle. temperatura normal de funcionamento
seja atingida e aguarde o desligamento do
Existe, no atuador, um parafuso de eletroventiladordo radiador;
rotação mínima e batente da marcha lenta,
que è lacrado pela fábrica e que, a 2* Atue no parafuso de batente de marcha
princípio, só deve ser movido em caso de lenta e posicione-o na metade de seu
substituição do conjunto. Porém, Cáso o curso;

(TtojT} o o (Hasts)

O o
(cãmãrjT

Tomada da pressão Conector


pj và\ tfute 3 vias slétriçp

Atuador pneumático

64
_MT

3- Desconecte a mangueira que liga o 10- Atue no parafuso de regulagem de


atuador eletropneumático á válvula de 3 mistura de marcha tenta até obter o
vias (tomada B) e vede a entrada da percentual de CO recomendado pelo
válvula; fabricante do veiculo;
B
Parafuso d? íagulagom do
limit» d» curso do aluador

.1 XL
c A i n
a m>
BOV

NISI
Válvula de 3 vias 1
9 Ê
i

4“ Desconecte o terminal elétrico do


Haste do
atuador; *=>
Atuador

5- Solte o parafuso de regulagem de


rotação mínima do atuador até que este
não atue como batente; 11- Desconecte a mangueira de tomada de
vácuo e vede sua extremidade;
6- Com uma bomba de vácuot aplique no
atuador eletnopneumático a depressão de 12- Com uma bomba de vácuo, aplique
315 ± 1S mmHg e simultaneamente ajuste 500 mmHg no atuador e, simultanea¬
o parafuso batente de marcha lenta até mente, regule a rotação do motor, atuando
Obter900 rpm; no parafuso de regulagem de rotação
mínima até obter a rotação nominal para o
veículo.
7- Desligue o motor e reinstale a
mangueira do atuador eletromagnético à Parafuso de regulagem j
válvula de 3 vias, na posição “B”;
d& rotação mini ma J
Parafuso batente
de marcha tenta
8- Dé partida no motor sem pisar no
acelerador e deixe-o funcionando em » o o
marcha lenta;

9- Atue no parafuso batente de marcha O o

lenta do atuador para obter rotação em


tomode930 rpm. Conector
elétrico

65
LQ Manutenção
13- Remova a bomba de vácuo, reconecte com o motor desligado, feche
o terminai elétrico e a mangueira de completamente o parafuso de regulagem
tomada de vácuo do atua dor de mistura e abra-o 3 voltas. Dê partida no
motor e, preferencial mente utilizando um
Após este procedimento, execute a analisador de gases, faça o ajuste da
"regulagem da mistura” de marcha lenta, mistura obedecendo a faixa especificada
como em um carburador convencional: pelo fabricante do veículo.

Anexo 1
Regulagem da bomba de aceleração dos carburadores duplos
Brosol H 34 SEIE e Brosol H 30/34 BLFA _
Nos carburadores Brosol modelos /T v
H-34-SEIE e H-30/34 -BFLA foi introduzido ià

1
o pino ou rolete de posição regulável na
alavanca da bomba de aceleração, com o v*.
objetivo de sincronizar o volume de èi

•>
combustível injetado com a abertura da
borboEeta do 2° corpo*

O procedimento de regulagem
deve ser executado da seguinte maneira:

1- Solte ligeiramente a porca de fixação; Pino alojado na depressão do carne

2- Abra a borboleta do 1o corpo até a 4- Aperte a porca de fixação,


posição de início de abertura da borboleta
do 2a corpo. Mantenha esta posição; O Obs: a regulagem do pino não influi
no volume total da bomba de aceleração.
3- Empurre o pino ou rolete de forma que o Seu posicionamento tem muita influência
mesmo fique alojado na depressão na dirigibilidade, sobretudo no instante em
existente no carne; que o segundo corpo entra em operação.

66
[cj Manutenção

Anexo 2
Regulagem das aberturas da borboleta do afogador
após partida nos carburadores 2E7 / 3.E_
Abertura ou posicionamento
pneumático
-ÿ

1- Acione a alavanca do afogador de modo 4


que a trava deslizante do acelerador fique >- L

situada no seu rebaixo,


.J w
17 «r *
li
l
r
A
,o
*
\> Trava apoiada no rebaixo daalavanca

Caso a alavanca não tenha rebaixo, após


acioná-la totalmente, retome-a 9 mm;
#

I ,ÿg|ÉMP
st,
Alavanca sem r&baixo
¥
2- Gire o parafuso com pino excêntrico de
>
modo que o pino fique voltado para baixo;

â (TI

Pinoexcânlrico
*
3- Aplique no tubo de ligação uma
-1 depressãode40mmHg.
Er

/ 'ÿ'*1 £-
Depressão fiplccadi r>3 cápsula pneumática
desafogadora >.
A borboleta do afogador deverá se abrir,
permitindo a passagem dos calibradores
(pinos cilíndricos) na abertura entre a >»
borboleta do afogador e a parede. Caso a
abertura não ocorra, regule no parafuso de
Parafuso de ajuste do afogador
ajuste, conforme a tabela.

67
Manutenção
Abertura ou posicionamento mecânico 3- Certifique-se de que, após a regulagem,
o pino excêntrico do parafuso fique
1- Acione a alavanca do afogador posicionado o mats próximo possível do
totalmente, de modo que a borboleta do representado na figura abaixo,
afogadorfiquefechada;

2- Aplique no tubo de ligação uma


depressão de 40 mmHg.

A borboleta do afogador deverá \


se abrir, permitindo a
passagem dos calibradores
(pinos cilíndricos) na abertura <§ !j
i

entre a borboleta do afogador e


a parede. Caso a abertura não
ocorra, regule no parafuso de
ajuste, conforme a tabela:
O

Anexo 3
Regulagem do curso morto da bomba de aceleração dos
carburadores Brosot H-35-ALFA-1
Equipam os veículos:

-Monza 1.8 Gasolina (Família l)-Código 160.505, 160.507, 160.508, 160.509

- Fiat 1.3 Álcool -Código 1 60.521


Os carburadores em questão devem apresentar no início da abertura da borboleta
do acelerador um ligeiro curso morto proposital, cujo objetivo é otimizar a dirigibilidade do
veículo nas pequenas aberturas de borboleta.
r 5,0 ±0.1 mrnÿGM
O procedimento de regulagem 3.5 ±0,1 mm FIAT
consiste nas seguintes operações:

Carburador 160.505 i
1- Com a abertura fixa de marcha lenta
regulada (parafuso de “regulagem de
%ÍMiE
rotação" de marcha lenta), abra a
borboleta do acelerador até que haja uma
folga de 5,0 ± 0,1 mm entre o parafuso de
regulagem e o seu batente;
TC
Folga entre parafusos batente

68
c Manutenção
2- Posicione o pino da alavanca de “ \
acionamento, existente na tampa da tíF v ~±
bomba de aceleração, no início da rampa
do came plástico no eixo da borboleta do c
acelerador;

3- Aperte a porca de fixaçao para travar o V-JJ


pino nesta posição,
¥

Carburador 160.521

1- Encoste o paraiuso de reguíagem de Inicio da rampa do came da bomba de


aceleração
rotação de marcha lenta no batente e faça
toda a operação descrita acima, usando
3,5 ± 0,1 mm de folga entre o parafuso e
seu batente,

Anexo 4
Pinagem do módulo de comando dos carburadores eletrónicos

7][3GO[S[3][2][3 ma ESI Massa do sensor de temperatura da água


H Sinal do sensor de temperatura da água
EH Saida para a válvula de 3 vias
I
1 W-ÿWÍ Massa
EH Alimentação 12 V (berne 15 da bobina)
1 Sinal indicador da condição de marcha lenta
Hl Sinal de canga do ctimatizador (reré do A/C)
ÍHll Saída para interruptor de marcha lenta (cut-off)
I Conector Ai I ConectorBl f =W Sinal de rotação (bome 1 da bobine)

Sinal do sensor de rotação


Massa do sensor de rotação
Micropfex (Uno Milte) Massa do sensor de fase
i~i mn Massa do sensor de detonação
Não utilizado
Não utilizado
Massa para diagnose e interruptor tórmioo

i Innnãnnnn|D

CJ
w Salda para diagnose
E
Saída para eletrováivula
(+) Comando módulo 2
(-) Comando módulo 2
Terra
{+) v Set (tensão da bateria)

03 (33 03 03 m m (B IB EH] EI ta CU
_ (+) Comando módulo 1
(-) Comando módulo 1
W03B Sinal do sensor de fase
Sinal do sensor de detonação
Não utilizado
KPB Interruptor térmico
RtFÿS Não utilizados

69
IDENTIFICAÇÃO DOS CARBURADORES
E SEUS COMPONENTES

Os carburadores Brosol utilizados diferenças, pode-se citar o parafuso de


pelos veículos nacionais são regulagem de mistura de marcha lenta em
apresentados nesta seção. As vistas diferentes posições, o acionamento do
laterais, superiores e inferiores destes segundo corpo comandado por dispositivo
modelos, bem como dos carburadores pneumático oumecánioo.a existência ou a
desmembrados, 0 auxiliarão na ausência da válvula de máxima, o tipo de
familiarização dos mesmos, com a devida acionamento do afogador, etc.
identificação de seus principais
componentes que têm aplicação na Os carburadores Weber são
manutenção. apresentados em desenhos em vista
explodida, que o auxiliarão na
Um mesmo modelo de carburador identifica çã o e localização dos principais
pode apresentar diferenças notáveis para componentes que exigem inspeção
equipar veículos distintos. Entre estas quando da manutenção desses modelos.

71
6 Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 2E7 (1*parte)

r-- LJ TubO do sistema1


suptemenlar de
L
potência à

\j
%
£

6/
T
.i

r
Parafuso de regulagem de
roteçfio da mancha lenta
£
Tubo de entrada I . >|
de combustível

si
• *
y 1

Bomba de
aceleração —L }y
rápida J
m r i I
\ _£

PP**

ri-, W ' J

72

c Identificação dos carbumdores e seus componentes

Brosol 2E7 (2*parte)


Gigi& de ar de Gigit de er çto 1o cerpe
J
mancha lenta
IfT . .
’—l
.(não deÿe ser removidoÿ

Tubo de aeraçáo
da cuba

Giglê de ar do 2® corpo
w— (não deve ser removidoÿ
-
'j f
v-, *ÿ Desbolhador
O

" Válvula de1


V máxima
i
*
Borboleta
ft t
t
L
do afogadnr |
1. 1 j
F* - /I

A 1
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7
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J i7
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cm k.

Bomba de
acelerarão
rápida ,
;I

’Borboleta doÿ Borboleta do


acelerador acelerador
do 2a corpo j Iw dc 1” corpo
"i
( M
.
ParaTuso de
J» reguiagem
de mistura de

fi* L s .mancho tenta,

M
f =5
«.T

73
c ifÿi £~ *t*M*i* >Ti Off

Brosof 2E7 (3a parte)

O Tampa
HCarpo

m
Conjunto
da Mia
t O©
o 0

m v

O Or
% m
-=raj
vL y

*
*

r
©•
Conjunto da válvula do máxima
i
©

v>
t
mi
c-*

El B6ia
FIEixo
t®$ f ' o *s
PI
a

FI Arruela do regulagem do altura do b&ia


El Válvula do agulha
13 Tubo de entrada de combustível
H Filtro de tola
HGigl&s de combustível
F1D esafogador pneumático O E
13 Difusor
EH Junta entre corpo e lampa
ÍU Desbolhador
©t» &
«ffl
EB Cápsula pneumática de acionamento do 2* eslágio
EB Tampe da válvula de máxima
Kl Moía da válvula de máxima
EB Diafragma da válvula de máxima Conjunto da bomba
EH Junto da válvula do máxima de aceleração rápida
EH Agulha do negufagecn do misture do manche lenta
EB Interruptor de mistura
EB Injetor
ED Tampa da bomba de aceleração rápida
Hf Diafragma da bomba de aceleração rápida
VFX M ola da bomba do aceleração rápida

74
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3E (1* parte)


' Giglê de ar do T* corpo 1
Jgflo deve ser removidoÿ

Gfal& de ar do 2° corpo
jnão d&ve ser removido},
Giglt de ar çte
mardia lenta J ív 4

. •

yi
•i
[•lil*
Tubo ?.c. saída dn sistema
, suplementar de potência A

[-ir

?r *>

u
t
4
i
1
ir Cápsula
pneumática

Paraíu&o de
regulagem

8>
de relação de
Tubo de retomo
deKrmbustítfe1 } marche lenta ,

Tubo de atimentaçao _
de combustível /
o 4.
fej
Bomba de
aceleração
rápida
H%4t
(cTÿ st*
1* 1
I
'it

[ Interruptor
de mistura

75
Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3E {2a parteJ

ll
Jc:
j
r7ÿ

ry Qí
v
t
’Parafuso ds regulagerti de1
*
mistura de marcha lenta

:*ÿ

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1
LI
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Cápsula pneumática
de acionamento do
2a corpo
O
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>

-
*
Válvula de I
máxima J
*
b

i
i.
76
/—

Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3E (3a parte)

Kl Tampa
dCarpo

Conjunto
da bdia

©
O
* \
O

o
o
®Ê

mm 1
o

%
W - o,
r
Conjunto da vâtvula de máxima
] n ,

ElBòia
EI Eixo
!©1
>
• - *
EI Válvula da agulha
D Arruela de regulagem de altura de bdia

i,
dDosafogador pneumático
HDifusor
nTrava / ©'\
/m
Ó Junta espaçadora
EIFiltro de tela
EE3 G:gl&s de combustível
Eli Tubo da alimentação da combustível
IR Tubo de retomo de combustível
IR Parafusos de fixação da tampa
ED Tampa da válvula de máxima
EB Mofa da válvula de máxima
/ sC3v'"® 0
EB Diafragma da válvula da máxima
i
i nu i
EB Junta da válvula de máxima i
EB Junta entre corpo e lampa i i
EB Tampa da bomba de aceleração rápida i i
E3 Diafragma da bomba de aceleração rápida
Hl Moía da bomba de aceleração rápida Conjunto da bomba
E9 Injelor de aceleração rápida
Ví\ Agutha de regulagem de mistura de marcha lenta
EI Interruptor de mistura
PH Cápsula pneumática de acionamento do 2*eslágio

77
C Identificação dos carburadores e seus componentes

Esquemas para montagem de mangueiras


dos carburadores 2E7 / 3E _
Carburadores com 2 válvulas eletromagnéticas de 2 vias

Anal da identificação Anel de identificação


Visla por X
VERDE AMARELO

( Tubo do
Thenn&e
X
j X

PilHIiiH

ir:
t

i
Anel de Identificação
AZUL )
A ‘ i

Anel de Identificação
EI Válvula eletromagnética p/ ar condicionado MARROM
f'M Válvula eletromagnética pt álcaol
Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 2 vias (ar condicionado)
e 1 válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do 2* corpo)

Anel de identificação Anel de identificação


AMARELO AZUL

Válvula eletromagnética
para ar condicionado
I
h i Anel de identificação
MARROM
/

(
Anel de identificação
VERDE
I ill
IrW Tubo do
kThermacj

78
c Identificação dos carburadores e seus componentes
Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 3 vias (ar condicionado)
e 1 válvula mecânica de 2 vias {retardo de abertura do 2° corpo)

Anel de identificação
VERDE
Válvula eletromagnética de
3 vias para ar condioonado

!ÿ
UP TFL l

B
Aneí de identificação
AMARELO
w TtlbO do
Therrnacj
Anel de identificação
MARROM

Carburadores com 1 válvula e/efromagnéí/ca de 2 vias (retardo de


abertura do 2o corpo)

Anel de identificação Anel de identincaçSo


VERDE AMARELO
!

tQf -r

4
W
E

Í
ifr
ill Tubo do
Ibemiacÿ
Válvula eletromagnética
para álcool ,

79
ç Identificação dos carburadores e seus componentes
Carburadores com 1 válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do
2° corpo)

(Anel de identificaçãoÿ
[ VERDE

/
I
X

'/
Anel de identificação

w
AMARELO
Tubo do ;
Thermae

Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 2 vias (ar condicionado)

Anel de identificação'
AZUL

y f Válvula eletromagnética|
l pana ar condicionado J

e 0 Tubo do
Thermae

ÍIÿS 0
ft
i

X lí
IfM x
Anel de identificação
sx
MARROM

80
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Carburadores com válvula eletromagnética de 3 vias (ar condicionado)

G
Válvula eletromagnética de
3 vias para ar condicionado

M
i 0
u
í \

v\XX
\

---
ÍJ

V s_

IfU Tutw do
Thgrmjç
And da idanlsCtcação
MARROM

Dispositivo pneumático para abertura do 2o corpo (carburadores para


veículos a gasolina)

i r
n
;W '
J
}
1$

Irtl Tut» do
Thermae

81
Identificação dos carburadores e seus componentes

Ligações comuns a fotfos os carburadores

Tubo de partida a frio


(sá p / carb. álcoot) ] Posicionador pneumático
_do afogador _

Tubo de rstomO de Combustível


(só p/ carb gasolina)_ Ariel de identificação
PRETO
V

i.
j
——
tI Li !

CF
n
i I

I B $
P&
<r
' Tubo do 1

1
Tubo de entrada
da combustive] blcw-by

Tubo de tomada do cani&ter Mangueira de íomada de


(só pí carb emissOes evap. gasolina) avanço do distribuidor j

82
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 35 ALFA 1 (I*parte)

J
fcaiUj t
Q1 1

«
í

i *
1

v
j

V
T
/- -—-
Borboleia
L
do afog ador
\

O •

Interruptor
d& mistura A

r
* Ei.'n L

Bamba de
aceleração
y
V
__
rápida "7
j

m Parafuso tfa

rws
V , regulagem
da mistura de
.'A 4pÿ lenia,

S3
Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 35 ALFA 1 (2V parte)


Tubo de alimentação
de combustível J

tr1-
I Tubo de retomo
de combustível

K. V-
Síà tj

j •
íO] ’"váJwLliãdê'
•- máxima

Tÿff 1

. TampSo de acesso
aogigiè principal t

f® 1!
juí


Desafogador
L

/
Sr 4>
O- ojL('

Parafuso de negufagem de
:1
rotação de marcha lenta

....

.

.r
T
j

84
/"I

Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 35 ALFA 1 (3a parte)

H Tampa
O Corpo

__
H Base

iff'
Ig" é 'for- - I
I
i
1
O
o—«
•\!pÇorÿtodabomba
w>;:
Conjunta do desafogador

CCS !(S
I
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de awlwaÿmÿma

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O
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\
2; \
EI Válvula de agulha \
EI Arruela de regulagem de altura de bóia
© I

. iU
HBÓia I
El Tampa do dcsafogador
El Moía do desategador - I
EI Diafragma e haste do desa rogador
EI Junla entre corpo e tampa
13 Junta entre corpo e base
EX Tampão de acesso ao gigJÊ de combustível
Conjunto da válvula
de máxima
J

IH®Hl
ER Arruela
EH Gigi& de combustível
ER Parafusos de fixação da base ao corpo
ER Parafusos de fixação da tampa ao corpo
ED Tampa da válvula da máxima
EB Mala da válvula de máxima
ER Diafragma da válvula da máxima
[fl Calibrador da válvula de máxima
ER Tampa da bomba de aceleração rápida
EH Diafragma da bomba de aceleração rápida
EB Mola da bamba de aceleração rápida

85
••••

KJ Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3032 PDSI (1* parte)

jíV
j

A \

"Parafuso de regulagem deÿ IntsfTuptor


rotação de marcha lenta Parafuso de | . d& mislura
regirlagem
de mistura de
março» lenlaÿ
L

Afogador
automático

m
i1
í\
(9
S 4

*C£C J

* FAL 1.
ii,
De t: afogador
V .1
Bomba de
aceleração
L
rápida ;

86
Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3032 PDSI (2°_ parte)


111
O Tampa

if EI Corpo
HSase

i
?.

m *

*
Conjunto
G© I
f afogador
automático
I
© I ©
I
iO t
L- --
m
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y
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>) [y

0 UJA/(
®
«r/j/..

Conjunto da bomba
de aceleração rápida
/
/
B

V
/

O t
EI Búia o eixo
£1Válvula de agulha
F1 Tampa da acesso ao giglã
O Arruela
FI GiglS principal
F1 Junta enire corpo e tampa
WM Junta emre corpo a base
F1 Junta enlre lampa e afogador automálico
El Tampa da bomba de aceleração rápida
EH Diafragma da bomba da aceleração rápida
EH Mda da bomba de aceleração rápida
Í9X Parafusos da bomba de aceleração rápida
EH Intanuptor de mistura
EH Parafusos da fixação da tampa ao corpo
EH Bimetal do afogador automático
EH Flange
ÍH Tampa
EH Moí a
EH Diafragma e haste

87
Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3034 BLFA (Iaparte)


Tubo do sistema
suplementar
aerodinâmico

V
Borboleta
do afogador )

Aeraçâo
mg da cuba
l «ê

-1

C4A
I
\

r \
Retomo de Alimentação de
combustível combustível

<r
"parafuso de roguiagom de1
rotação de marcha lenta

i\,j
i g

m ,o \


Parafuso de negulagam da
D
mistura de marcha lenta

mi
9
L Borboleta de
acelerador
* do Ia corpo I

\P O
1

Borboleta do
acelerador
do 2° corpo

88
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3034 BLFA (2« parte)

Bomba de
aceleração
, rápida ,
Mn
ú
&
Desafoga dor
J
i

Ííftl
,A

o /
0
Ijiqlê de aT ce marcha
í( !í(o I Q.n fa com tubo

WL N

Gigl6 de ar com
tubo do T corpo J
4TE ©I
I
©

o,

G*

i!J*rc Uf-íOtíUtÿ
\_ Hi H+.\ai

J Giglé de ar wm
JEX tubo do 1P corpo ,
f
, ai «»

*ÿ.

Válvula deÿ
;Q Vi Pr
V- máxima J Interruptor

m de mistura

S9
n Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 3034 BLFA (3aparte)

tn® EI Tampa
Hl Carpo

O—iW *
C*
!=
=- *'r‘
I-
Hb jF
©
Se o—

Cf o ©o

im
i

i
Conjunto da bomba de aceleração rápida

iO •ÍO

1W»!
y
1
I

ON
v

MUW3:
i
Conjunto da bóia

siéÉriT1
j

\
__ i
* j
©
ma T

Conjunto do desafogador
.
tl Bóia
n Haste ©
EI Arruela de resulagem de altura de bóia ©0
EI Válvula de agulha
H Tampão
EI Arruela 0
EI Filtro de tola
H Junla entre corpo e (anrrpa
EI Entrada de combustível
E0 Retomo de combuslível
H Parafusos de ftxaçâo da tampa ao corpo
IH Giglè principal
EB Tubo misturador
BO Tgmpa do desafogador
EB Woia do desaflogador
flíT Diafragma e haste do desafogador
EH Cafibrador da válvula de máxima
EB Diafragma da válvula de máxima
EB Mpia da válvula do máxima
Ê3 Tampa da válvula de máxima
Hl Peratosos da válvula de máxima
E Tubo misturador e gigló de marcha lenta

90
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 30 PIC (1" parte)

I
M k
"Parafuso da regulagsm de1
rotação de marcha lenta
„ (batente da borboleta) j


3 3/
li
L
Interruptor
de mistura J

Tampão de aces&o ao
giglè principal Tubo de
O
-
(giglé de combustível) geração
dg cuba
t
r
Parafuso de regulagsfn de1
mistura de marcha lenta i

'’ix- i f2~ 4
jj
->

c l
$L_ \
Tubulação de entrada
de combuslível
SA


V* - >*

í
Bom ha de
aceleração
rápida j

9J
Identificação d.os carburadores e seus componentes

Brosol 30 PIC (2a parte)

m
R
o 1

i-Sr
©

r
*
JJ

s
mZ
&
fO
f»T
= *= Jo
O
I*
ESBóia EH Mota do retomo de borboleta do acelerador
IIEixo ED Junta entre corpo e lampa
EI Válvula da agulha EH Interruptor de mistura
EI Arruela de regulagem de altura de bóia EH Diafragma da bomba de aceleração rápida
E3 Tampão de acesso ao giglé principal ET1 Tampa da bomba de aceleração rápida
13 Arruela de vedação EH Moía da bomba de aceleração rápida
B G.glê principal EH Parafusos da bomba de aceleração rápida
B. Gigi& de ar e tubo misturador EH Parafusos de fixação da tampa ao corpo
El Paralyse e mola do regulagem de mistura de marcha lenta

92
Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosoí 35 PDSI (T) ( parte)

Ul
c*3a 'ÿú
c

<THl
*ÿ

Bomba de
aceleração
rápida
J
I
;

:
e= : Parafuso do By-par
Parafuso de regulagam de {feguiageTi de rotação
mistura de marcha lerta de mancha lenta) Retomo de
co-mtju-strvet
i

tf

b

ITS
Alimentação do
TT combustível J

)
nlerrjptci'
de mistura
f ft*
I
Desafogador
4
b * a>y

i
-1
JT 1
-ZJL

r
L
Tampão de acesso ao 1 i r3í*
giglê principal J

93
c Identificação dos carburadores e seus componentes

Brosol 35 PDSI (T) (2a parte)

<1 GD
d Tampa