Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
14582017 3099
REVISÃO REVIEW
Suicide in childhood: a literatura review
Abstract This is an integrated review of specific Resumo Objetivou-se analisar a literatura es-
literature on the main factors associated to sui- pecífica sobre os fatores associados ao comporta-
cidal behavior in children under 14 years. Data mento suicida em crianças com até 14 anos. Tra-
were retrieved from PubMed and PsycInfo data- ta-se, portanto, de uma revisão integrativa sobre
bases for the 1980-2016 period, with the following este tema. Os dados foram coletados nas bases de
descriptors: “risk of suicide”; “children”; “suicide”; dados PubMed e Psycinfo, a partir dos seguintes
“childhood”. Twenty-nine papers complied with descritores: “risk of suicide”; “children”; “suicide”;
the eligibility criteria of the review and were thus “childhood”. O tempo de publicação foi limitado
selected and analyzed. Results pointed to an asso- ao período de 1980 a 2016. Um total de 29 artigos
ciation of suicide with neurobiological, school-re- preencheu os critérios de elegibilidade e, portanto,
lated, social and mental factors, among which the foram selecionados e analisados. Os resultados in-
role of impulsivity stands out. In addition, results dicaram haver associação do suicídio com fatores
found show that most of suicidal behavior-vul- neurobiológicos, escolares, sociais e mentais, den-
nerable factors are preventable insofar as they are tre eles destaca-se o papel da impulsividade. Além
identified and the child receives psychological and disso, evidenciou-se que a maioria dos fatores de
medical treatment. We conclude that family con- vulnerabilidade ao comportamento suicida po-
flicts, school-related problems, bullying, impulsiv- dem ser prevenidos desde que sejam identificados
ity and depression are associated with childhood e a criança receba tratamento psicológico e médi-
suicide. In addition, the scarce national research co. Conclui-se que conflitos familiares, problemas
on suicide can contribute to the invisibility of this na escola, bullying, impulsividade e depressão es-
theme when establishing health promotion and tão associados ao suicídio na infância. Adicional-
1
Programa de Pós- treatment programs. mente, a escassez de pesquisas no âmbito nacional
Graduação em Key words Suicide, Childhood, Children, Suicid- acerca da temática do suicídio pode contribuir
Neuropsiquiatria e Ciências
do Comportamento, al behavior, Suicide risk para a invisibilidade desse tema na instauração
Universidade Federal de de programas de promoção e tratamento de saúde.
Pernambuco. Av. Prof. Palavras-chave Suicídio, Infância, Criança,
Moraes Rego 1235, Cidade
Universitária. 50670-901 Comportamento suicida, Risco de suicídio
Recife PE Brasil.
girlianis@gmail.com
2
Curso de Graduação em
Enfermagem, UFPE. Vitória
de Santo Antão PE Brasil.
3100
Sousa GS et al.
Estudos selecionados por meio da Estudos excluídos por estarem duplicados (n = 373), limite
Triagem
Amostra
(n = 29)
Para a análise final, quatro artigos não foram lo- ças, os estudos enquadram esse fenômeno dentro
calizados na íntegra, obtendo-se 29 como corpus da faixa etária entre 10 e 19 anos, não havendo
analítico (Figura 1). uma distinção específica entre a infância e a ado-
Posteriormente, os artigos foram lidos na ín- lescência. Desse modo, ao delimitar o foco em
tegra e extraídas informações para a caracteriza- estudos sobre suicídio de crianças em menores
ção da produção quanto ao ano de publicação, de 14 anos, verifica-se uma redução bastante sig-
país de origem do estudo, foco central no método nificativa dessa produção, obtendo-se apenas 29
utilizado e ênfase nos resultados e conclusões. estudos (Quadro 1).
Na etapa da análise das publicações, realizou- Em termos de ano de publicação, há uma
se uma adaptação da técnica de análise de conteú- concentração de dez artigos nos anos de 2011 a
do temática de Bardin17. Para a análise dos estudos 2016. Entre os países de realização das pesquisas
percorreu-se os seguintes passos: (a) leitura de que originaram os artigos, predominam os Esta-
cada artigo buscando uma compreensão global; dos Unidos (EUA) com sete. Não foram encon-
(b) identificação das ideias relacionadas aos fato- tradas publicações de origem brasileira.
res de risco para o suicídio em menores de 14 anos Sobre os desenhos metodológicos, a maioria
e as diferenças entre os fatores precipitantes nessa (n = 25) apresentou abordagem retrospectiva,
faixa etária quando comparados aos adolescentes; dos quais 15 utilizaram a autópsia psicológica.
(c) classificação dessas ideias em categorias que Tal abordagem busca reconstruir a história de
evidenciam as singularidades e as peculiaridades vida das pessoas que morreram por suicídio em
dos artigos acerca do tema central e (d) elabora- múltiplas fontes de informações: familiares, ami-
ção de sínteses interpretativas de cada tema que gos, profissionais de saúde, prontuário médico e
articula com a visão dos fatores sobre os motivos outros documentos importantes.
que levam as crianças a morrem por suicídio. Os obstáculos que se colocam à produção de
As categorias foram: (1) Categorização das estudos sobre suicídio na infância dizem respeito
fontes; (2) A literatura no período de 1980 a 2016; à resistência de familiares em revelar o fenôme-
(3) Desafio da classificação das mortes por cau- no, ainda por preconceito, ou por haver uma difi-
sas externas em crianças; (4) Método do suicídio culdade em notificar tais dados, pelas ocorrências
em crianças; (5) Relação entre ideação, tentativa de suicídio se camuflarem sob a forma de morte
e suicídio na infância; (6) Relações entre fatores acidental, como afogamento ou intoxicação.
escolares e suicídio na infância; (7) Relação entre
fatores sociais e suicídio na infância; (8) Relações A literatura no período de 1980 a 2016
entre transtornos mentais e suicídio na infância.
Na data de 1980, encontrou-se apenas um
estudo realizado a partir de autópsias psicológi-
Resultados e discussão cas, visando compreender as circunstâncias e os
fatores precipitantes para o suicídio em menores
O recorte com o qual operamos nesta revisão e de 14 anos e em adolescentes de 15 a 19 anos,
que compreende a faixa etária entre 10 e 14 anos com enfoque nos transtornos mentais18. Na dé-
se deve à escassez de literatura específica sobre cada de 1990, as investigações se ampliam e apa-
suicídio em crianças menores de 10 anos. Embo- recem estudos de caso-controle, de prevalência e
ra haja foco na prevenção do suicídio na adoles- comorbidade com transtorno mental e eventos
cência na maioria dos países, muitas vezes não é estressantes sociais13,19-23. O enfoque sobre a im-
levado em conta que as crianças mais novas tam- pulsividade do ato suicida e as diferenças entre
bém são capazes de se matar os fatores de risco de suicídio em menores de 14
Os fatores predisponentes para o suicídio anos e adolescentes entre 15 a 19 anos começam
de crianças entre 10 e 14 anos são discutidos e a ser destacados nesse período.
articulados em conjunto com a literatura sobre A década de 2000 foi marcada pela ampliação
adolescência devido à escassa literatura específica expressiva de trabalhos, o que pode ser justificado
sobre crianças. Contudo, buscou-se concentrar a pelo aumento expressivo no número de suicídios
discussão na faixa etária delimitada nesta revisão. consumados na infância12,14,24-32. São pesquisas
de caso-controle, coorte, desenvolvem-se estu-
Caracterização das fontes dos multicêntricos internacionais e há um rigor
técnico em torno da classificação das mortes por
Observou-se que apesar da expansão da pro- suicídio em crianças, buscando reunir e discutir
dução do conhecimento sobre suicídio de crian- aspectos sobre bullying, depressão e suicídio.
3103
Em 2010, surgem estudos mais específicos Áustria, na década de 1990, houve o dobro de
com a população menor de 14 anos enfatizan- mortes por arma de fogo quando comparada às
do traços de personalidade, fatores associados décadas de 1970 e 198021. Na Inglaterra, não fo-
ao bullying, estresse psicossocial e suas implica- ram registradas mortes por suicídios provocados
ções psiquiátricas7,8,33-38,40. A escola e os cuidados por arma de fogo24. Esse estudo chama atenção
em saúde mental passaram a integrar formas de para a intoxicação por álcool e antidepressivos
prevenção do suicídio em crianças e destaca-se encontrados em 9% dos casos24. Na Turquia, nos
o desafio em identificar o risco de suicídio nessa EUA e na Inglaterra, encontraram proporção sig-
população8. nificativa de 13 a 30% de mortes por envenena-
mento24,36.
Desafio da classificação das mortes
por causas externas em crianças Relação entre ideação, tentativa e suicídio
Numerosos estudos encontraram que ses dois eventos44. Em contraste a isso, estudos
quase metade das crianças apresentaram, re- têm reportado o papel do bullying no sofrimen-
centemente, problemas disciplinares na esco- to mental manifestado pela solidão, isolamento
la4,13,19,20,24,25,27,29-31,34,35. Dentre os problemas disci- social, dificuldade de se relacionar com os pa-
plinares, 25,3% falharam na nota escolar, 18,3% res, depressão infantil e comportamento suici-
abandonaram a escola e 16,3% foram suspen- da8,13,14,21,23,30,31,33,34.
sos24. A abstenção na escola é um evento que está Bauman et al.44 em estudo transversal com
interligado ao isolamento social e ao comporta- 1.491 estudantes nos EUA encontraram que a
mento suicida27,30,38. A ausência na escola pode es- depressão é um mediador significativo entre o
tar relacionada à vergonha, à culpa e ao medo em bullying e a vitimização tradicional e as tenta-
lidar com os problemas escolares expressados por tivas de suicídio, independente do sexo. Dentre
problemas disciplinares, notas baixas, dificulda- aqueles que apresentaram depressão, 42% das
de de se relacionar afetivamente com os colegas e meninas estiveram mais propensas a tentar sui-
por violência sofrida pelos seus pares. cídio enquanto que para os meninos o risco foi
As crianças que morreram por suicídio apre- de 60%. Esse mesmo autor discorre que as ações
sentaram maiores problemas de desempenho es- de bullying são tentativas de humilhar publica-
colar e dificuldades acadêmicas. Entretanto, não se mente a vítima, com o objetivo de prejudicar suas
sabe se a queda no rendimento escolar é mediada amizades e seu status social, fazendo com que a
por eventos estressantes na vida ou por distúrbios vítima se sinta melancólica, angustiada e sem su-
de atenção, aprendizagem, conduta, ansiedade e porte social. Existe ainda uma associação entre a
depressão. Sabe-se que sentimentos depressivos insatisfação com a imagem corporal e as chances
podem influenciar no desempenho escolar na me- de ser mais vitimado ou de praticar o bullying35.
dida em que a criança não consegue acreditar na A fragilidade psicológica dessas crianças em
sua capacidade de superar as adversidades42. aceitar/reconhecer suas próprias características
O Manual de Prevenção do Suicídio para físicas e as intensas mudanças que ocorrem nessa
professores e educadores reforça que qualquer fase da vida, assim como em lidar com a diferen-
mudança súbita ou dramática que afete o de- ça do outro, reforçam a necessidade de que os
sempenho, a capacidade de prestar atenção ou pais e os professores investiguem e reconheçam
o comportamento de crianças ou adolescentes o sofrimento mental dessas crianças para o en-
deve ser levado a sério42. caminhamento ao tratamento psicológico e psi-
Nos dias atuais, outro problema grave que quiátrico. Adicionalmente, há a urgência na cria-
acomete as crianças no ambiente escolar diz res- ção de estratégias preventivas que trabalhem as
peito ao bullying. Bullying se refere ao compor- habilidades pessoais e sociais das crianças para a
tamento violento manifestado por intimidação manutenção de um ambiente escolar saudável5,35.
e o maltrato entre escolares de forma repetida e
mantida no tempo com a intenção de humilhar Relações entre fatores sociais e suicídio
e submeter abusivamente uma vítima indefesa44. na infância
Na Noruega, 29% das crianças que morreram
por suicídio haviam sido vítimas de bullying30. Várias pesquisas4,13,18,19,24,26-28,30,35,40 eviden-
Estudo de coorte encontrou associação significa- ciaram diferenças significativas entre os fatores
tiva entre bullying e comportamento suicida. As sociais desencadeantes do suicídio nas crianças e
vítimas de intimidação e maus-tratos pelos seus nos adolescentes. Jovens que tentam ou cometem
colegas eram significativamente mais susceptíveis suicídio são impelidos por problemas amorosos e
a sofrer impacto na saúde mental e apresentaram envolvimento com álcool e outras drogas. Já para
baixa autoestima, isolamento social e sintomas as crianças menores de 14 anos, tais fatores são
depressivos20. principalmente: conflitos familiares com dinâmi-
Em relação ao gênero, agressores e vítimas ca permeada por tensões, rigidez e ausência de
do sexo masculino estiveram mais propensos a diálogos; separação ou divórcio dos pais e histó-
ter comportamento suicida do que aqueles que rico de abuso sexual.
nunca estiveram envolvidos em bullying e as me- Estudos oriundos de autópsias psicológicas
ninas que eram vítimas de intimidações frequen- reportaram intensos conflitos familiares em um
temente estiveram mais susceptíveis a efetuar o contexto de transição de lar e de cuidados en-
suicídio20. tre os pais, assim como a mudança, a suspensão
Revisão sistemática sobre bullying e suicídio ou os problemas escolares. A separação dos pais
não encontrou associação significativa entre es- também foi reportada, entretanto, a associação
3107
Colaboradores
1. Kõlves K, De Leo D. Suicide methods in children 21. Brent DA, Baugher M, Bridge J, Chen T, Chiappetta L.
and adolescents. Eur Child Adolesc Psychiatry 2017; Age- and sex related risk factors for adolescent suicide.
26(2):155-164. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1999; 38(12):1497-
2. Kõlves K, De Leo D. Adolescent suicide rates between 1505.
1990 and 2009: Analysis of age group 15–19 years 22. Brent DA, Perper J, Moritz G, Baugher M, Allman
worldwide. J Adolesc Health, 2016; 58(1):69-77. C. Suicide in adolescents with no apparent psycho-
3. Barrio CA. Assessing suicide risk in children: Guide- pathology. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1993;
lines for developmentally appropriate interviewing. 32(3):494-500.
Journal of Mental Health Counseling 2007; 29(1):50-66. 23. Marttunen MJ, Aro HM, Henriksson MM, Lönnqvist
4. Weller EB, Young KM, Rohrbaugh, AH, Weller RA. JK. Mental disorders in adolescent suicide: DSM-III-R
Overview and assessment of the suicidal child. Depress Axes I and II diagnoses in suicides among13- to 19-year
Anxiety 2001; 14(3):157-163. olds in Finland. Arch Gen Psychiatry 1991; 48(9):834-
5. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Situação 839.
Mundial da Infância. 2011. [acessado 2017 maio 1]. 24. Windfuhr K. Suicide in juveniles and adolescents in
Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/br_ the United Kingdom. J Child Psychol Psychiatry 2008;
sowcr11web.pdf 49(11):1155-1165.
6. Kõlves K, De Leo D. Child, Adolescent and Young Adult 25. Schimdt P, Müller R, Dettmeyer R, Madea B. Suicide
Suicides: A Comparison Based on the Queensland Sui- in children, adolescentes and Young adults. Forensic Sci
cide Registry. J Child Adolesc Behav 2015; 3(3):1000209. Int 2002; 127(3):161-167.
7. Freuchen AF, Kjelsberg EE, Grøholt BG. Suicide or 26. Beautrais A. Child and Young adolescent suicide in
accident? A psychological autopsy study of suicide in New Zealand. Aust N Z J Psychiatry 2001; 35(5):647-
youth sunder the age of 16 compared to deaths labeled 653.
as accidents. Child Adolesc Psychiatry Ment Health, 27. Beautrais AL. Suicide and serious attempts in youth:
2012; 6(1):1-12. A multiple-group comparison study. Am J Psychiatry
8. Soole R, Kolves K, De Leo D. Suicide in Children: A Sys- 2003; 160(6):1093-1099.
tematic Review. Arch Suicide Res 2015; 19(3):285-304. 28. Agritmis H, Yayci N, Colak B, Aksoy E. Suicidal deaths
9. Mapa da Violência [Internet]. [acessado 2017 maio 1]. in childhood and adolescence. Forensic Sci Int 2004;
http://www.mapadaviolencia.org.br/. 2014 142(1):25-31.
10. Parente ACM, Soares RB, Araújo ARF, Cavalcante IS, 29. Weinberger LE, Sreenivasan S, Sathyavagiswaran L,
Monteiro CFS. Caracterização dos casos de suicídio em Markowitz E. Child and adolescent suicide in a large,
uma capital do Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira de urban area: Psychological, demographic and situation-
Enfermagem 2007; 60(4):377-381. al factors. J Forensic Sci 2001; 46(4):902-907.
11. Alves VM, Silva MAS, Magalhães APN, Andrade TG, 30. Klomek AB, Sourander A, Niemela S, Kumpulainen K,
Faro ACM, Nardi AE. Suicide attempts in a emergency Piha J, Tamminen T. Childhood bullying behaviors as
hospital. Arq. Neuro-Psiquiatr 2014; 72(2):123-128. a risk for suicide attempts and completed suicides: A
12. Grøholt B, Ekeberg Ø. Suicide in Young people under population-based birth cohort study. J Am Acad Child
15 years: Problems of classification. Nord J Psychiatry, Adolesc Psychiatry 2009; 48(3):254-261.
2003; 57(6):411-417. 31. Sourander A, Klomek AB, Niemelä S, Haavisto A, Gyl-
13. Pfeffer CR. Childhood suicidal behaviour: A devel- lenberg D, Helenius H, Sillanmäki L, Ristkari T, Kum-
opmental perspective. Psychiatr Clin North Am 1997; pulainen K, Tamminen T, Moilanen I, Piha J, Almqvist
20(3):551-562. F, Gould MS. Childhood Predictors of Completed and
14. Dervic K, Brent DA, Oquendo MA. Completed suicide Severe Suicide Attempts. Arch Gen Psychiatry 2009;
in childhood. Psychiatr Clin North Am 2008; 31(2):271- 66(4):398-406.
291. 32. Kim YS, Leventhal B. Bullyingcand suicide. A review.
15. World Health Organization (WHO). Global Health Es- Int J Adolescv Med Health 2008; 20(2):133-154.
timates Summary Tables: Projection of deaths by cause, 33. Freuchen A, Grøholt B. Characteristics of suicide notes
age and sex. Genebra: WHO; 2013. of children and Young adolescents: An examination of
16. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão in- the notes from suicide victims 15 years and younger.
tegrativa: método de pesquisa para a incorporação de Clin Child Psychol Psychiatry 2015; 20(2):194-206.
evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto 34. Freuchen A, Kjelsberg E, Lundervold AJ, Grøholt B.
Enferm 2008; 17(4):758-764. Differences between children and adolescents who
17. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1979. commit suicide and their peers: A psychological autop-
18. Hoberman HM, Garfinkel BD. Completed suicide in sy of suicide victims compared to accident victims and
children and adolescents. J Am Acad Child Adolesc Psy- a community sample. Child Adolesc Psychiatry Ment
chiatry 1988; 57(6):689-695. Health 2012; 6(1):1-12.
19. Grøholt B, Ekeberg Ø, Wichstrøm L, Haldorsen T. Sui- 35. Loh C, Tai BC, Ng, WY, Chia A, Chia BH. Suicide in
cide among children and younger and older adoles- Young Singaporeans aged 10-24 years between 2000 to
cents in Norway: A comparative study. J Am Acad Child 2004. Arch Suicide Res,2012; 16(2):174-182.
Adolesc Psychiatry 1998; 37(5):473-481. 36. Coskun M, Zoroglu S, Ghaziuddin N. Suicide rates
20. Gould MS, Fisher P, Parides M, Flory M, Shaffer D. among Turkish and American youth: a cross-cultural
Psychosocial risk factors of child and adolescente com- comparison. Arch Suicide Res 2012; 16(1):59-72.
pleted suicide. Arch Gen Psychiatry 1996; 53(12):1155-
1162.
3110
Sousa GS et al.