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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE

DIREITO DA 3ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA


COMARCA DE SOROCABA/SP.

Autos do processo nº: 1031584-81.2018.8.26.0602

MM.ª JUÍZA

Ainda em tempo para arrolar testemunhas, o requerido deseja que seu


filho MARCOS GABRIEL DE OLIVEIRA DO VALE deponha no dia da
audiência e instrução do processo, para que se comprove que ele tem
desejo de passar mais tempo com o pai e que o tempo de convivência
com seu pai está sendo suprimido pela mãe.
Tendo como base deste pedido o princípio do “Melhor Interesse do
Menor” com fulcro no Art. 227 da CF e Art. 4 do ECA. Ainda mais ser
necessário sua oitiva em audiência para ser apurado se pode estar
sofrendo algum tipo de alienação parental e qual a sua vontade.

Aproveito a oportunidade para anexar o Holerite do requerido e o


quanto ele ganha como trabalhador registrado, para comprovar que as
provas juntadas pela requerente são antigas e tenta fazer um falso
juizo do requerido, ademais a foto com o cheque quando o requerido
trabalhava para a Hinode joi juntada com data de Junho de 2018
conforme mostra o próprio documento no processo, e tal cheque nem
foi para ele.

Ademais Excelência, o advogado da requerente fez declarações de


cunho pessoal, desabonadoras e ofensivas a mim, patrono do
requerido em fls. 96 do processo quando disse:
Desta forma excedeu suas prerrogativas, bem como o dever de
urbanidade esperado nas relações profissionais e no presente
processo.

De acordo com o Art. 78 do Novo CPC:

“É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do


Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe
do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.

§ 1º Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou


presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou
repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.

§ 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as


expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido,
determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões
ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.”

Em face do ocorrido e do dever do Magistrado cuidar que as partes e


seus procuradores discutam a causa com elevação e urbanidade,
requeiro que que tais expressões sejam riscadas do processo, e que
seja expedida certidão com inteiro teor das expressões ofensivas para
que seja usado em eventual processo no Tribunal de Ética da OAB,
pois tal advogado desrespeitou o art. 27 do Código de ética da OAB
que diz:

Art. 27. O advogado observará, nas suas relações com os colegas de


profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em
geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração,
ao mesmo tempo em que preservará seus direitos e prerrogativas, devendo
exigir igual tratamento de todos com quem se relacione.

§ 2º No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição,


adotar-se-ão as medidas cabíveis, instaurando-se processo ético-disciplinar
e dando-se ciência às autoridades competentes para apuração de eventual
ilícito penal.

Nestes Termos, e por tudo que foi exposto,


Pede deferimento.

Sorocaba, 16 de maio de 2019.

FELIPE MUZEL
OAB/SP 356.678

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