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PREPARAÇÃO PARA O TESTE DE CIÊNCIAS

Um fóssil é um resto de um ser vivo que habitou a terra há muito anos ou da sua atividade
preservado em rochas ou em outros materiais naturais.
A ciência que estuda os fósseis chama-se Paleontologia, e os cientistas são os paleontólogos.

Para se formar um fóssil são necessários milhões de anos e é preciso:


1. Que quando morrer o animal fique protegido da descomposição, por exemplo
coberto com pequenos sedimentos;
2. O animal possuir partes duras, como ossos, dentes, escamas ou conhas, estas
partes estão menos sujeitas a decomposição.

Existem 4 tipos de fossilização:


1. Incarbonização: O organismo perde componentes e é enriquecido em carbono.
Ex: quando as plantas se transformam em carvão.
2. Mineralização: a matéria orgânica é substituída muito lentamente por matéria
mineral
3. Conservação: tipo de fossilização muito raro, em que é conservada a totalidade ou
parte do ser vivo em rochas ou outros materiais naturais
4. Moldagem: neste caso ou seres vivos desaparecem na totalidade, mas antes deixam
uma impressão/molde da sua estrutura interna/externa em sedimentos
5. Vestígios ou marcas: nem sempre os fósseis correspondem ao organismo, por vezes
podem corresponder apenas a vestígios ou marcas da sua atividade (ex: ovos,
sementes, excrementos, ninhos, pegas, rastos…)

Os fósseis são muito importantes para descobrirmos a evolução do nosso planeta, quais as
espécies anteriores, como viviam e como evoluíram… Um desses casos são os fósseis de
transição que apresentam características distintas de dois grupos de animais já extintos.
Existem também os fósseis vivos, que são seres que ao longo dos anos não sofreram
praticamente alterações.

Os fósseis fácies/ de ambiente são organismos que viveram em ambientes com condições
muito específicas e permitem aos cientistas reconstruirem o paleoambiente. E também
retirarem informações sobre os aspetos geográficos da Terra (clima, extensão do mar, lago…)
assim concluírem sobre o paleoclima.

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Existem fósseis que permitem datar a camada de rocha onde ser encontram, este designam-
se por fósseis de idade/ característicos e os seres e vivos que lhe deram origem: existiram
durante curtos períodos de tempo, em grande número e com ampla distribuição geográfica.

As rochas e os fósseis contêm informações importantes sobre o passado da Terra, a datação


das rochas e de outros acontecimentos geológicos pode acontecer de duas formas:
1. Datação absoluta: este processo ocorre com recurso a máquinas sofisticadas, usa
como unidade o milhão de anos (1 Ma)
2. Datação relativa: este processo não atribui uma data exata às rochas, baseia-se na
posição relativa das camadas sedimentares e em vários princípios geológicos.

princípio da identidade paleontológica: camadas que possuam o mesmo tipo de fosseis


de idade podemos concluir que têm a mesma idade, independentemente do local onde
surjam.

O interior da Terra pode ser estudada com base em:


1. Observação de paisagens, materiais geológicos, exploração mineira… - métodos
diretos
2. Sismologia e astrogeologia – métodos indiretos

Com base em métodos diretos e indiretos foi possível estabelecer modelos da estrutura
interna da Terra. Existem dois modelos: o químico e o físico.

Segundo o modelo químico, a Terra é composta por: crosta, manto e núcleo, consoante
as características químicas de cada material.
Crosta: divide-se em crosta continental (granitos) e crosta oceânica (basaltos)
Manto: formado por rochas ricas em ferro e em magnésio, pode dividir-se em
manto superior e inferior
Núcleo: constituído por metais como ferro e níquel

Por sua vez o modelo físico baseia-se nas características físicas dos materiais e distingue
seis camadas: litosfera, astenosfera, zona de transição, mesosfera, endosfera externa
e endosfera interna.
Litosfera: constituída por rochas rígidas
Astenosfera: camada rochosa parcialmente fundida que permite a existência
dos movimentos das placas litosféricas
Zona de Transição e Mesosfera: rochas no estado sólido
Endosfera externa: metais no estado líquido

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Endosfera interna: metais no estado sólido

Segundo Wegener, na era Paleozoica todo os continentes estavam unidos num só chamado
Pangeia e rodeados por um único oceano chamado Pantalassa. Na era Mesozoica a Pangeia
ter-se-á começado a dividir e aos poucos os continentes forma tomando as posições e
dimensões que hoje conhecemos.

Para defender a sua teoria Wegener apresentou dados: morfológicos (a forma dos
continentes permite ligá-los como se fosse um puzzle), paleontológicos (existia muitas
semelhanças entre fósseis encontrados em diferentes continentes), geológicos (rochas e
estruturas geológicas idênticas e com a mesma idade em diferentes continentes) e
paleoclimáticos (paleoclimas semelhantes em diferentes continentes)

Esta teoria causou grande discussão na comunidade científica e para reforçar a sua ideia
Wegener justificou a deriva continental com o movimento de rotação da Terra e a força
gravítica.
Apesar de tantos esforços a sua teoria não foi aceite a anos mais tarde foi proposta a
Teoria da Tectónica de Placas
Esta teoria surgiu após vários avanços tecnológicos que permitiram: o conhecimento dos
fundos oceânicos, a datação absoluta das rochas dos fundos oceânicos.

A teoria da tectónica de placas admite que a litosfera está dividida em placas que se
movem umas em relação às outras. Os continentes como fazem parte das placas,
acompanham os movimentos destas.
A mobilidade das placas litosféricas é explicada através da existência de correntes de
convecção de magma existente na astenosfera. Estas correntes ascendem nas zonas de
riftes, a partir de onde as placas se afastam e descem na zona das fossas, onde as placas
são impelidas a mergulhar no interior do manto.

Os limites das placas, que podem ser divergentes, convergentes ou transformantes


(conservativos), são zonas de grande atividade geológica. Entre os fenómenos que ai
ocorrem contam-se o vulcanismo, os sismos e a formação de montanhas.

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