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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
MESTRADO

ANA KARLA PONTES DE SOUZA

MOVIMENTO ESTUDANTIL E A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA


EDUCAÇÃO:

O CASO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (SOBRAL-CE).

NATAL/RN
2017
ANA KARLA PONTES DE SOUZA

MOVIMENTO ESTUDANTIL E A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA


EDUCAÇÃO:

O CASO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (SOBRAL-CE).

Relatório de pré-qualificação, apresentado na disciplina


Seminário de Dissertação, do Programa de Pós-Graduação em
Ciências Sociais (Mestrado) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.

Orientador: Professor Dr. José Antonio Spineli Lindozo.

NATAL/RN
2017
RESUMO

As ações do movimento estudantil (ME) podem ser tomadas como férteis objetos de análise
para o debate em torno da luta contra a privatização da educação pública. Assim, na
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral-CE, a luta estudantil traz
peculiaridades históricas e características políticas importantes para a compreensão das ações
de enfrentamento contra as privatizações da universidade. Dessa forma, esta pesquisa pretende
investigar as ações do ME da UVA, no período de 2000 a 2007. Para acessar a complexidade
do quadro empírico a ser analisado, utilizaremos a triangulação dos seguintes procedimentos
metodológicos: 1) revisão da literatura especializada sobre movimento estudantil e privatização
da educação. 2) entrevistas semiestruturadas com os estudantes que integraram o ME da UVA,
dentro do recorte temporal determinado; e 3) análise documental a partir de cartas, notas e
ofícios do ME, da Administração Superior da Universidade, do Ministério Público Federal
(MPF), matérias e notas em revistas, jornais, blogs, websites e de processos extrajudiciais
abertos contra a UVA.

PALAVRAS-CHAVE: Movimento Estudantil. Universidades. Privatizações.


SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................ 02

1.1 – CENÁRIO DE ATUAÇÃO DO MOVIMENTO .............................. 04


2 – OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 05

2.1 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................... 05

3 – PROBLEMATIZAÇÃO TEORICA.................................................................. 06

4 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................... 08

5 – CRONOGRAMA............................................................................................... 09

6 - REFERÊNCIAS...................................................................................................10
4

1 - INTRODUÇÃO

O Movimento Estudantil (ME) é o movimento social cuja vertente está ligada,


principalmente, aos debates e mobilizações em defesa da educação pública. No Brasil há
uma entidade de representação nacional consolidada, que existe desde 1937, a União
Nacional dos Estudantes (UNE). A luta em defesa da educação pública se dá diante do
processo de privatização que tem ganhado força no país com as políticas neoliberais
implementadas pelos governos.

Para contextualizarmos essa relação entre ME e a luta contra a privatização da


educação pública, que é histórica e confunde-se com o próprio desenvolvimento e
afirmação do Movimento Estudantil no Brasil e na América Latina. Podemos citar um
dos momentos exemplares desta relação, que foram os enfrentamentos travados no
contexto da ditadura civil-militar, contra os acordos MEC-USAID1.

Na redemocratização, outro momento crucial, merece ser destacado a criação da


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, que seguindo
orientações do Banco Mundial favorece por meio do artigo 7º ao empresariado da
educação, quando prevê que “o ensino é livre à iniciativa privada2 ”, bastando que as
instituições de ensino privadas cumpram as normas estabelecidas pelos órgãos de
educação nacional e sejam autorizadas e avaliadas pelo poder público. Essa reforma na
educação, a partir da LDB 9394/1996, ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso
(FHC), que durante seus dois mandatos (1995-2002) consolidou diversas reformas,
principalmente, no que diz respeito a sua política de privatização. O ME, em todo país,
por outro lado, construiu lutas contra as políticas neoliberais do governo, inclusive,
muitos setores levantaram bandeira pelo “Fora FHC”.

Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a relação da UNE com
o governo passa da oposição para o diálogo e apoio as suas políticas, como observa Paiva
(2013). Essas novas relações com o governo geram embates entre setores do Movimento:

1
United States Agency for International Development (USAID) foi uma agência criada pelo Congresso
estadunidense, em 1961, durante a Guerra Fria, responsável por programas econômicos e de assistência
para o desenvolvimento social. Esta agência surgiu também com a tentativa de barrar o avanço do
comunismo nas Américas, devido à revolução cubana(RIBEIRO, 2009). No Brasil, foram fechados vinte
acordos entre o MEC e a USAID que representavam, basicamente, a infiltração dos Estados Unidos na
forma de pensar a educação brasileira, “desnacionalizando” o ensino.
2
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasília, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: . Acesso: 28 jul. 2016.
5

de um lado, incluindo a direção majoritária da UNE, o apoio a políticas como o PROUNI


e o REUNI, de outro, setores que se opõe a esses programas.

O objeto a ser investigado na Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA3) se


inicia sob o governo federal em fins do último mandato de FHC, até o governo Lula da
Silva, e em nível estadual no Governo do Estado do Ceará, sob a gestão de Tasso
Jereissati, Ciro Gomes, Beni Veras, até o governo de Lúcio Alcântara.

Nesse contexto, pretendemos analisar as ações mobilizadas pelo ME da UVA,


contra o processo de privatização na Universidade, entre os anos de 2000 e 2007. A opção
por este recorte temporal deve-se ao fato de ser a partir de 2000 que a Administração
Superior da UVA firma convênio com o, naquele momento recém-criado, Instituto de
Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú (IVA) – órgão responsável pela gestão e oferta de
cursos universitários pagos – e de ser o ano de 2007 o momento em que a pauta da
privatização, tal como percebido nas eleições4 ao Diretório Central dos Estudantes (DCE)
realizadas naquele ano, tornou-se secundária aos debates do ME da UVA, perdendo
protagonismo face à centralização de outras bandeiras demandas.

O interesse por realizar essa pesquisa se deu a partir do conhecimento da demanda,


através do contato com o Movimento, e dos processos judiciais abertos contra a
universidade por conta da existência dos cursos de graduação pagos, chancelados pela
Universidade dentro e fora do estado do Ceará. A relação público-privado de uma
entidade de ensino estadual, diante de um processo de privatização da educação que
vivemos há alguns governos, pareceu um exemplo avançado do que poderia vir a ser o
futuro das Universidades Públicas, e essa suposição foi suficiente para gerar reflexões
acerca de como um grupo restrito de estudantes membros do ME, desse período, fizeram
para enfrentar esse processo.

Assim, a importância da investigação desse tema se dá por contribuir com os


estudos acerca das ações do ME num período (2000-2007) de defasagem de pesquisas
sobre esse movimento, como também acaba por trazer conhecimentos sobre os processos
de privatização da educação pública no Brasil.

3
A sigla oficial da Universidade é UVA, mas, desde o início de 2002, o Movimento Estudantil Luta e
Resistência – MELUR, passou a utilizar a sigla UEVA para enfatizar o caráter público e a
responsabilidade do Estado para com Universidade.
4
Eleições ocorridas em 2007, para eleger a gestão da entidade, de 2007 a 2008. Nesse ano, a chapa eleita
era ligada ao PC do B.
6

Outro ponto refere-se à exploração da temática, as pesquisas sobre privatização


da educação pública no Brasil, dificilmente tem como foco a análise a partir do
enfrentamento do ME no combate a esse processo. Como também as análises das ações
do Movimento, quando falamos de ME é comum encontrarmos muitas pesquisas
relacionadas ao período da ditadura civil-militar (período muito importante da sua história
no país), mas ainda são poucas as que se voltam para o período Pós-Constituição de 1988,
principalmente, no período de recorte proposto, pesquisas essas cada vez mais pertinentes
e necessárias.

Para apresentação da pesquisa pretende-se a divisão do texto em três capítulos, o


primeiro trará uma discussão sobre o que é Movimento Estudantil relacionada a sua
história no Brasil. No segundo, apresentaremos o cenário – espaço e conjuntura política -
de atuação do Movimento e no terceiro analisaremos os instrumentos de luta mobilizados
pelo Movimento Estudantil contra o processo de privatização em questão.

1.1 - O CENÁRIO DE ATUAÇÃO DO MOVIMENTO

Em 1968 é criada a Universidade Vale do Acaraú no seminário da diocese local,


em Sobral, norte do Ceará. Somente em 1984 a Universidade passa a ser instituição de
educação superior do estado, então denomina-se Universidade Estadual Vale do Acaraú,
e permanece com a sigla original: UVA.

Durante o governo de Ciro Gomes (na época do PSDB), a UVA tem seu caráter
jurídico modificado através da Lei nº 12.077-A, de 1º de março de 1993, e torna-se
fundação pública de direito privado, das três Universidades estaduais do Ceará, somente
a UVA tem caráter jurídico de direito privado. A referida lei permite que a fundação
receba doações de materiais, de equipamentos e financeiras, mais que doações, a lei que
cria a (F)UVA permite que ela possa cobrar pelos serviços educacionais prestados. Essa
mudança abriu portas para a cobrança de diversas taxas aos estudantes, a saber: matrícula,
declarações, transferências, admissão de graduados, rematrícula, inscrição de vestibulares
dentre outras. Nos anos 2000, a UVA abriu cursos pagos descentralizados através de
institutos de “pesquisa” (sociedades civis de direito privado, a exemplo do IVA), dentro
e fora do estado do Ceará, e até mesmo, fora do país, em Cabo Verde e em Portugal.
7

Com essa liberalização para a iniciativa privada, a partir dos institutos e das
cobranças de taxas, o ME da UVA, centralizou a pauta contra o processo de privatização5
na universidade, e passou a utilizar de diferentes formas de enfrentamento contra as
políticas da reitoria e do governo do estado, mobilizando ações da luta política estudantil,
tais como as manifestações de rua e as ações de politização e debate dentro e fora da
própria universidade, publicização midiática, audiências públicas na Câmara de
Vereadores de Sobral, cidade sede da UVA, e na Assembleia Legislativa do Ceará, o
contato com mandatos de deputados estaduais em busca de apoio à luta, e, principalmente,
a judicialização do enfrentamento político através de processos judiciais na Justiça
Estadual e de Ações Civis Públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal, que passou
a agir contra a cobrança de taxas, na UVA, após a provocação do ME.

Outra característica da UVA questionada pelo ME, foi a falta de democracia


interna, onde não existe nenhuma consulta à comunidade acadêmica para a escolha dos
cargos administrativos, como é o caso do cargo de reitor, o qual é indicado pelo Governo
do Estado. Esse espaço não democrático pode ser visto como favorável a implantação do
processo privatizador e ao mesmo tempo, como mais uma barreira a ser enfrentada pelos
estudantes.

2 - OBJETIVO GERAL

Analisar as ações do Movimento Estudantil da Universidade Estadual Vale do


Acaraú - UVA e as modalidades de enfrentamento mobilizadas na luta contra a
privatização da Universidade.

2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Elaborar uma reconstituição histórica sobre Movimento Estudantil com ênfase no


combate as políticas de privatização.
 Identificar as forças políticas que compuseram o Movimento Estudantil, na UVA,
de 2000 a 2007, e analisar a interação entre elas.
 Identificar e analisar os instrumentos de luta utilizados pelo Movimento Estudantil
da UVA, período proposto.

5
Importante enfatizarmos que esse deslocamento da esfera pública para a privada, existente na UVA, é
considerado pelo ME local como um processo claro de privatização da educação pública.
8

3 - PROBLEMATIZAÇÃO TEÓRICA

No Brasil o Movimento Estudantil tem momentos de destaque em importantes


processos históricos da política brasileira que vão além da restrição de um debate da
educação, que se justifica, pois a educação faz parte de um todo social que não está
desligada da discussão política geral da sociedade. Isso se dá também porque no Brasil,
o ME organizado é fruto da ação direta dos partidos políticos (PAIVA, 2013).

Paiva (2013) ao fazer uma breve análise sobre o que são movimentos estudantis,
apresenta o que considera cinco de suas características gerais, aos quais será utilizadas
para contribuir na visão sobre o ME na nossa pesquisa. A primeira, identifica que os ME
podem ser definidos como movimentos sociais; a segunda, diz respeito as lutas, a maioria
tem um objetivo específico de curto prazo, pois trata-se de uma força social conjuntural6;
a terceira, a sua organização é pendular e variável7; a quarta, identifica a maioria de seus
membros como pertencentes a classe média brasileira; e a quinta e última, seus membros
possuem uma “identidade secundária”, ou seja, são militantes em outros movimentos
sociais.8

Apresentado essas características gerais, agora se faz necessário nos debruçarmos


sobre um breve apanhando histórico do ME no Brasil, focando os momentos de mais
destaque de intervenção na discussão política nacional.

Como dito, a UNE tem sua fundação em 1937, e já na década de 1940 ganha
destaque diante de campanhas que giraram em torno da crítica ao Estado Novo e as
relações do estado brasileiro com os países do Eixo. No fim da década houve a campanha
o petróleo é nosso! Contribuindo na criação da Petrobrás (POERNER, 2004).

Outro momento de destaque na história do ME, e talvez o mais referenciado até


os dias de hoje, foi o embate frente a ditadura civil-militar que inicia em 1964 e vai até
1985. Podemos dividir esse período em três momentos: a fase inicial do golpe de 1964 a
1968, que tem seu ápice em 1968, ano do maio de 68 francês e de um calendário de lutas
impulsionado pelos movimentos estudantis pelo mundo ocidental e que no Brasil é um
ano de grandes embates contra o regime, marcado pela morte do estudantes Edson Luís,

6
BRINGEL, 2009, p.102 apud PAIVA, 2013, p. 22.
7
BRINGEL, 2009, p.102 apud PAIVA, 2013, p. 23.
8
BRINGEL, 2009, p.103 apud PAIVA, 2013, p. 24.
9

a passeata dos cem mil e a prisão de estudantes no Congresso de Ibiúna, que finda com
promulgação do Ato Institucional número 5 (AI-5), conhecido pela metáfora “ o golpe
dentro do golpe”.

O segundo período, com o decreto do AI-5, as medidas repressivas contra o ME e


outros setores sociais se intensifica, barrando a ascensão dos movimentos organizados e
endurecendo ainda mais o regime, e ficou conhecido como Os anos de chumbo. Esse foi
o momento em que muitos dos movimentos que lutavam contra a ditadura começam a se
voltar para a organização da luta armada.

O terceiro momento, a reabertura política, aos poucos vai acontecendo também a


rearticulação do ME, e pode ser caracterizado pelo movimento pela anistia e pelas diretas
já! que iniciava o processo de redemocratização do país.

Com a redemocratização as mobilizações estudantis terão destaque novamente na


década de 1990, no movimento conhecido como caras-pintadas, que se deu pelo pedido
de impeachment do então presidente da república Fernando Collor de Melo.

Após esse período as intervenções do ME de destaque na política nacional tiveram


um momento de menor influência nas mobilizações nacionais que só voltaram a aparecer
nos últimos anos com o processo de impeachment da presidenta Dilma, que configurou o
golpe institucional de 2016 (ROVAI, 2016) e com as ocupações de escolas por estudantes
secundaristas que iniciou em São Paulo(2015) e depois tomou vários estados do
país(2016).

Essa ausência da mobilização nacional se deram por diferentes motivos, de um


lado a força conjuntural citada como uma das características do movimento e por outro,
no que se refere aos governos ptistas, também contribui o processo de diálogo da entidade
(direção majoritária), que tomou como posição oficial o apoio as políticas do governo
federal (PAIVA, 2013).

E para além desses períodos de destaque para a história do ME e para a história


política do Brasil, o Movimento travava e trava suas lutas constates, dentro e fora das
entidades, universidades e escolas. Um desses momentos será apresentado através dessa
pesquisa, onde mostraremos uma pequena parte da história desse movimento que possui
extensas experiências a serem conhecidas.
10

4 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O projeto de pesquisa possui uma abordagem especialmente qualitativa, mas


aberta a complementação de métodos quantitativos (MARTINS, 2004; MINAYO;
SANCHES, 1993), o que será considerado no decorrer da pesquisa proposta.

Para obtermos um panorama mais completo do quadro empírico a ser analisado,


utilizaremos a triangulação, “o uso de múltiplos métodos, ou da triangulação, reflete uma
tentativa de assegurar compreensão em profundidade do fenômeno em questão […] é uma
exposição simultânea de realidades múltiplas”(DENZIN; LINCOLN, 2006, p.19), por
meio da combinação de três métodos para o alcance de informações de natureza distinta,
a fim de abranger a complexidade sociológica do objeto a ser analisado e de garantir
maior rigor à pesquisa qualitativa:

 A revisão bibliográfica da literatura especializada sobre movimentos sociais,


movimento estudantil.

 Entrevistas semiestruturadas com os sujeitos da pesquisa, estudantes que integraram o


ME da UVA entre os anos de 2000 e 2007, com o intuito de identificar como foi
construída a luta contra a privatização.

 A análise documental a partir de cartas, notas e ofícios do ME e da Universidade,


matérias e notas em revistas, jornais, blogs, websites, além do levantamento dos processos
extrajudiciais abertos contra a UVA no Ministério Público Federal e dos processos
judiciais existentes na Justiça Federal, no Ceará, materiais importantes para conhecermos
as estratégias políticas do ME, a judicialização da luta contra a reitoria da UVA e o
Governo do Ceará, e, consequentemente, para compreendermos a luta construída na
Universidade no período delimitado.
11

5 – CRONOGRAMA

ATIVIDADES PERÍODO
Revisão de literatura Out/Nov - 2017
Aprofundamento do referencial teórico
Coleta e análise de fontes documentais Mar/Abr/Mai/Jun/Jul – 2018
Coleta de dados e realização de entrevistas Jun/Jul/Ago - 2018
Sistematização e análise dos dados construídos Set/Out/Nov – 2018
Qualificação do projeto de dissertação Mar – 2018
Redação da dissertação Dez/Jan/Fev – 2018/2019
Defesa da dissertação Mar/2019
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6 - REFERÊNCIAS

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