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Segundo Marilena Chauí, em seu livro “Convite à Filosofia”, as concepções dos gregos

Platão e Aristóteles marcaram a história das relações entre arte e saber. A obra de arte deve se
conformar a normas, regras preceitos e procedimentos de construção, de acordo com Aristóteles. O
conceito fundamental da Estética – ramo da Filosofia que estuda a arte - é o da beleza. Nessa
problemática, é correto afirmar que a beleza tem a função de manifestar a natureza do divino, para
Santo Agostinho.
No desafio de defender as artes da estética negativa de Platão, a teoria da arte de Aristóteles
é considerada um contraponto do que seu mestre Platão afirmou. Nesse sentido, pode- se afirmar que
Aristóteles considera que o homem é um animal mimético e que uma das funções da imitação é
trazer satisfação e prazer, pois tem um efeito catártico no espectador.
Na Idade Média, a Teoria Estética engajou vários movimentos de acordo com interpretações
que faziam da Teoria da Mímesis, tanto de Platão quanto de Aristóteles. Assim, podem-se notar
expressões artísticas como a dos artistas maneiristas, que se distinguiram dos cânones da arte
clássica ao proporem uma arte que representavam figuras quase sempre de proporções estranhas, em
perspectivas distorcidas, e cheias de detalhes, superando a ideia de modelo perfeito dos clássicos
renascentistas. Aproximava-se mais do naturalismo, por buscar representar as figuras humanas em
situação de tensão emocional, fato esse observado tanto nas pinturas como na escultura desses artistas.
Os artistas do movimento maneirista buscam superar a forma do belo ideal clássico e buscam uma
representação artística mais livresca, tal como vai acontecer mais tarde com a arte moderna.

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