O frio de agosto me lembra de um inverno distante. Quando o
vento invadia pelas grandes janelas, soprando fortemente, alertando a todos sua chegada. Lembro-me que ao acordar e poder ter o vislumbre das belas cortinas brancas de seda, que me davam um “bom dia” sutilmente. As manhãs, eu tomava um copo de chocolate e caminhava em direção a escola na qual o pátio se encontrava vazio, com todos se aquecendo dentro das salas, conversando animados sobre como esperavam a volta do verão e eu apenas discordava enquanto apreciava o frio matinal. Invernos como aquele foram aos poucos se desaparecendo de minha vida, os finos lençóis logo desapareceram de minha vista e agora só posso me contentar com as memorias desses dias e a sensação de aconchego nos dias frios, que me parece tão familiar.