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Mas eu sei que por ti ____________ tentar Dizem que o ____________ é assim
A versão mais disseminada conta que, por alturas do séc. III, o Imperador Cláudio II, querendo
formar um poderoso exército romano, decidiu proibir temporariamente a celebração de
casamentos para garantir que os jovens se concentrassem mais facilmente na guerra e na vida
militar.
Até à sua execução, foi recebendo flores e bilhetes (o que explica a troca de postais, cartas e
presentes, hoje em dia) enviados por anónimos como demonstração de apoio e consideração
pela sua conduta.
A filha do carcereiro de Valentim, que era cega, movida pela curiosidade, terá pedido para o
visitar no cárcere e, mal se aproximou dele, recuperou a visão. Ambos se apaixonaram um pelo
outro. Numa carta escrita à sua amada, o bispo ter-se-à despedido com a expressão “do seu
Valentim”, que ainda é usada na língua inglesa (“valentine“) para designar namorado.
Mas esta história não tem final feliz: ainda segundo a lenda, a ordem de execução dada por
Cláudio foi cumprida e Valentim acabaria por ser decapitado num 14 de fevereiro de finais dos
anos 200 (séc. III).
Devido à indefinição e à falta de factos históricos comprovados para além de qualquer dúvida,
a Igreja Católica não celebra oficialmente esta data. Não é por isso, no entanto, que o Dia de
São Valentim, dia dos namorados, 14 de fevereiro, deixa de ser festejado em todo o mundo,
tendo passado a fazer parte das tradições nacionais. Assim sucede há séculos – em Portugal,
por exemplo.
A ‘cantarinha dos namorados’ de Guimarães continua a ser uma prenda muito oferecida por
alturas de São Valentim, mantendo-se assim viva uma tradição antiga que atualmente é
alimentada pelas mãos da mestre oleira Bela Alves.
Bela Alves, 39 anos de idade e oleira há 14, aprendeu o ofício com o mestre Joaquim Oliveira,
entretanto falecido, e hoje continua a “dar à luz” ‘cantarinhas de namorados’, na sua oficina
instalada na Plataforma das Artes, em Guimarães.
“Na altura de São Valentim, é quando se vende em maior quantidade”, refere, enquanto molda
a argila e, com o pé, vai girando a típica roda de oleiro.
Se a tradição mandava que fossem eles a oferecer a cantarinha, hoje, revela Bela Alves, a
iniciativa deve “andar ela por ela”.
Atualmente, as cantarinhas já não são propriamente usadas para pedir a mão a alguém nem
para guardar jóias, mas assumem-se como “guardiãs” de segredos e de histórias de amor.
“Quem as oferece, fá-lo pelo simbolismo que elas encerram”, sublinha Bela Alves.
Fale com o seu colega das tradições no seu pais: como é que se festeja o dia dos namorados?
Você vai ver um vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=8JNuPBEagzU ) a falar das
cantarinhas de Guimarães. Assinale a resposta correta para as perguntas a seguir: