Tecnologia e Inovação
Eduardo Diniz Amaral
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
1ª edição
Montes Claros
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
2015
Montes Claros-MG
2015
Palavra do professor-autor 9
Referências Bibliográficas 96
Caríssimo(a) cursista:
Até aqui você deve estar se perguntando o motivo ou relação desta disciplina
com o curso técnico. Vamos falar um pouco sobre isso.
Mas o que é inovação? Para entendermos esse termo a fundo, este material
faz um resgate histórico e profundo sobre as diversas origens do tema, pin-
celando diversos autores, com o propósito de trazer a você, estudante, uma
formação sólida a esse respeito.
Nosso material terá como objetivo passar pelas entranhas da ciência, tecno-
logia, inovação, conceitos históricos, legislações e outros para, em seguida,
entendermos como a roda da inovação gira atualmente, além de tomarmos
conhecimento dos produtos mais recentes por ela influenciados. Isso tudo em
nível nacional e internacional.
Desejo que você faça uma boa viagem no túnel da Tecnologia e Inovação.
Bons estudos!
O autor
1.1 Introdução
Na Aula 1 nós faremos uma breve viagem no tempo, para entender melhor o
significado e interação entre as palavras ciência, tecnologia e inovação. Em
seguida, aprofundaremos os conceitos de inovação, seus tipos, modelos e ca-
racterísticas.
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1.2.1 Ciência
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(knowwhy) (knowhow)
Longo (2008) reforça que, além das instruções, a palavra técnica é utilizada,
também, para o conjunto de regras práticas, puramente empíricas, utilizadas
para produzir coisas determinadas, envolvendo a habilidade do executor. Como
consequência, conforme exposto anteriormente, a tecnologia é entendida, por
alguns autores, como o estudo e conhecimento científico da técnica, implican-
do o emprego dos métodos das ciências físicas e naturais nas suas atividades.
Em linhas gerais, segundo Longo (2007), o que se entende por uma determi-
nada tecnologia, que, ao ser empregada, resulta num produto ou processo, en-
volve conhecimentos decorrentes de aplicações das ciências naturais (física,
química, biologia, etc.), de conhecimentos ligados a regras empíricas (técni-
cas) e de conhecimentos oriundos da aplicação da metodologia científica de
pesquisa na compreensão e solução de problemas surgidos durante o processo
de concepção e/ou produção que, segundo Zagottis (1987), são chamadas de
“ciências operativas”, que se aproximam do que poder-se-iam nomear como
“ciências da engenharia”.
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Figura 4: A roda foi inventada em 4000 a.C., e tornou-se uma das tecnologias mais famosas
e úteis do mundo.
Fonte: www.zmescience.com Acesso em: 12/11/2014.
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1.2.3 Inovação
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Davies (1994) esclarece que a ciência tem de abarcar mais do que a mera ca-
talogação de fatos e de descoberta, através da tentativa e erro, de maneiras de
proceder que funcionem. O que é peça-chave na verdadeira ciência é o fato
de envolver a descoberta de princípios que subjazem e conectam os fenôme-
nos naturais. A ciência verdadeira consiste em saber em que circunstâncias as
coisas funcionam.
O autor acima referido ainda afirma que podemos analisar o fato de que a
aplicação do conhecimento científico, da compreensão das leis que regem
os diversos fenômenos, resulta em acréscimo da produtividade na geração
de novas tecnologias, quando comparada ao método da tentativa e erro. As
transmissões de sons, imagens e dados via ondas eletromagnéticas, o uso da
energia nuclear, a produção de insulina humana por bactérias geneticamente
modificadas, nada disso seria possível sem a compreensão teórica profunda
dos diversos fenômenos subjacentes a essas tecnologias.
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Podemos aqui, no entanto, relatar que este modelo apresenta algumas restri-
ções. Começamos divisão do trabalho entre as esferas empresarial e científica
(as atividades de pesquisa básica e aplicada pertenceriam ao reino da ciência
e as atividades de desenvolvimento e engenharia ao domínio da tecnologia,
conforme classificação proposta por Dasgupta e David (1994), vista anterior-
mente). Em seguida, podemos relatar que este modelo admite, hipoteticamen-
te, que a transferência, para a esfera empresarial, dos conhecimentos gerados
na esfera científica é um processo “natural”. E, em terceiro, não reconhece
as diferenças entre os campos de conhecimento, em termos de produção de
resultados com potencial econômico.
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Conforme este mesmo autor, foi proposto então o Modelo Linear Reverso ou
demand pull, o qual considera que as inovações emergem a partir de demandas
identificadas no mercado ou por problemas operacionais apontados pelas empresas.
Os dois modelos estudados até aqui são parciais. Explanam parte do processo
de inovação, mas não o seu todo. A estrutura linear demonstra-se insuficiente
para demonstrar efetivamente a inovação como processo.
Esse modelo, segundo Pinto (2012), sugere que o processo de inovação pres-
supõe a existência de múltiplas sequências de interação entre as suas diversas
etapas e a existência de muitas formas de ampliação do estoque de conheci-
mentos, e não apenas avanços no campo científico.
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A OCDE tem como uma das contribuições mais importantes para esta ciranda
científico-diplomática a publicação de uma série de manuais que, embora pu-
blicados ao longo dos anos, possuem metas similares: definir a teoria, propor
metodologias e parametrizar a coleta de estatísticas em atividades de Pesqui-
sa, Desenvolvimento e Inovação nos países integrantes.
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Manual de Patentes
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O mais recente dos manuais aqui apresentados trata do tema mais complexo
e mais valioso de todos os aqui apresentados: pessoas. Desenvolvido pela
OCDE em parceria com a DGXII e a Eurostat, o documento tem o intuito de
estabelecer diretrizes para a medição e análise dos recursos humanos dedi-
cados à Ciência e Tecnologia. Apesar do foco em dados nacionais, a leitura
deste guia provoca boas reflexões sobre como estruturamos nossas equipes
de PD&I e, até mesmo, sobre como anda nosso preparo científico. (Data de
publicação original: 1995.)
Fonte: http://inovacaoaplicada.com.br/tag/oslo/
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Vimos ainda que, a partir das primeiras décadas do século XX, as mudanças
nos modos de produção, tecnológicas ou organizacionais, passaram a ter uma
influência tão significativa sobre a economia e a sociedade que, de modo
geral, tornaram-se objeto de estudo e investigação. Os conceitos de ciência,
tecnologia e inovação foram explicitados e interligados.
São duas as constatações sobre ciência, tecnologia e inovação que devem ser
ressaltadas aqui. Em primeiro lugar, o conhecimento científico adquiriu um
papel fundamental no processo de desenvolvimento de novas tecnologias: a
ciência, então, constituiu-se como base para as novas tecnologias. Em segun-
do lugar, o processo de inovação tecnológica, resultado do avanço do conhe-
cimento científico-tecnológico, inseriu-se no sistema socioeconômico e pas-
sou a ser justificado pelo seu valor econômico. Desde então, a importância da
articulação entre as esferas científica e tecnológica, de maneira a impulsionar
o processo de inovação, passou a ser reconhecida.
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3. Pesquise sobre o que vem a ser a LEI DO BEM e qual a sua importância
para o cenário brasileiro em Tecnologia e Inovação.
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Dubeux (2009) relata que uma patente, na sua formulação clássica, é uma
concessão pública, adjudicada pelo Estado, que garante ao seu titular a ex-
clusividade ao explorar comercialmente a sua criação. Ainda, em compen-
sação, é disponibilizado acesso ao público sobre o conhecimento dos pontos
essenciais e as reivindicações que caracterizam a novidade no invento. Os
direitos exclusivos garantidos pela patente referem-se ao direito de prevenção
de outros de fabricarem, usarem, venderem, oferecerem vender ou importar
a dita invenção. Diz-se também patente (mas, no Brasil, com maior precisão,
carta-patente) o documento legal que representa o conjunto de direitos exclu-
sivos concedidos pelo Estado a um inventor.
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Figura 10: Uma ilustração da patente de 1879, de Thomas Edison, sobre a lâmpada elétrica,
seu primeiro aparelho.
Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/patentes.htm Acesso em: 05/12/2014.
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Se colocarmos meio quilo de sal em uma jarra com um litro de água, teremos
uma água salgada. Se nessa mesma jarra colocarmos 50 gramas de sal, é ób-
vio que a água ficará mais salgada. Logo, não existe, em relação ao estado da
técnica, nenhuma atividade inventiva em adicionarmos 50 gramas de sal em
um litro de água. Entretanto, se colocando essa pequena quantidade de sal o
sabor final da água for “doce”, aí então teríamos atividade inventiva, uma vez
que, utilizando procedimentos conhecidos, foi obtido um resultado diferente
e inesperado. Para que se conceda uma patente, é preciso ainda verificar se a
invenção apresenta alguma aplicação industrial.
Fonte: DUBEUX (2012).
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Dubeux (2009) ressalta que, apesar da polêmica que envolve o tema, a ideia
das falhas de mercado pode conduzir a erro, pois presume que as condições
sob as quais se desenvolve a economia comum estariam, em regra, apartadas
dessas falhas. Para os autores, porém, não é bem isso o que ocorre, como
explica o excerto a seguir: Ao contrário: o problema está em que dificilmente
uma situação empírica qualquer apresentará alguma semelhança significa-
tiva com tal “padrão de medida” – por exemplo, em termos de plenitude do
mercado, de perfeição da concorrência, dos conhecimentos possuídos pelos
agentes econômicos, da imutabilidade das tecnologias e preferências, da “ra-
cionalidade” da tomada de decisões, etc.
As medidas que Cimoli et al. (2006) destacam como ainda possíveis, em al-
guma sorte, encontram-se transcritas na tabela 1, a qual sintetiza as principais
providências para o processo de aprendizado tecnológico, indicando seus pro-
pósitos específicos e as instituições incumbidas de sua execução.
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Dubeux (2009) relata que a principal referência na literatura sobre essa inte-
gração é Henry Etzkowitz, que propôs o modelo denominado hélice tripla.
Segundo o modelo, a integração entre governos, academia e empresas geraria
um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico, já que permitiria reu-
nir aspectos relevantes de cada um desses três atores, formando uma relação
virtuosa entre eles e estabelecendo uma dinâmica favorável à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico (PRADO; PORTO; MECENAS, 2002 e DAG-
NINO, 2003).
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Figura 11: Esquema básico do modelo tripla hélice, envolvendo governo, empresas e univer-
sidades.
Fonte: http://politicasdeinovacao.wordpress.com Acesso em: 15/12/2014.
Ainda segundo Etzkowitz, do lado das empresas, a motivação para essa in-
tegração partiria: a) do custo crescente da pesquisa associada ao desenvolvi-
mento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas
Tecnologia e Inovação
Ocorre que, mesmo para formar mão de obra qualificada para trabalhar em
centros de pesquisa empresariais, é útil alguma aproximação da universidade
com os interesses mais imediatos das indústrias locais e mesmo das práticas
de pesquisa e desenvolvimento. Por certo, é relevante a preocupação com a
não mercantilização das instituições públicas, mas a realidade das universida-
des brasileiras é bem diversa. Em rigor, há uma separação contundente entre
os centros públicos de pesquisa e as empresas privadas, com raras exceções.
Uma aproximação entre esses atores, aparentemente, poderia gerar resultados
significativos. Daí por que este trabalho considera que o estudo da integração
entre os institutos públicos de pesquisa e as empresas privadas, juntamente
com seus mecanismos de implementação, pode revelar um importante fator
na produção de processos e de produtos inovadores, o que se manifestaria por
meio de um número maior de patentes nos países que melhor otimizassem o
funcionamento dessa tripla hélice.
Não foi o Acordo Trips que impôs uma legislação de patentes ao Brasil. Pelo
contrário, o Brasil é um dos primeiros países a prever, em suas leis, regras
para conferir benefícios aos inventores. Já com Dom João VI, ainda antes da
independência, foi editado o Alvará de 28.04.1809, garantindo aos inventores
o privilégio de exploração exclusiva de seu invento por quatorze anos. Isso
fez do Brasil uma das quatro primeiras nações, no mundo, a dispor de legis-
lação nessa área (BARBOSA, 2003).
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Essa última lei foi editada pouco antes das negociações que culminaram na
aprovação da Convenção de Paris, em 1883. A legislação já atendia funda-
mentalmente às regras do acordo internacional, de tal modo que não foi
necessário proceder a mudanças nas leis nacionais (DUBEUX, 2010). Como
apontamos no capítulo anterior, as grandes diretrizes da Convenção de Paris
consistiam em tratamento nacional (isto é, o estrangeiro deveria ser tratado
tal qual o nacional), prioridade unionista (fixava prazo para postular a patente
em outros países) e territorialidade (a patente se aplica apenas ao território do
país que a reconhece).
Dubeux (2010) afirma que merece destaque o fato de que esse tratado não
uniformizava regras, nem impunha direitos patentários: apenas fixava que,
caso o país entendesse conveniente a concessão de patentes, não poderia dei-
xar de reconhecê-las também para os estrangeiros. Afora pequenas mudanças
acessórias, a nova grande mudança na legislação nacional ocorreu com o
Dec.-lei 7.903, de 27.08.1945, que instituiu o Código de Propriedade Indus-
trial. Essa norma se manteve em vigor até que o novo Código de Propriedade
Industrial fosse editado em 21.12.1971 (embora as normas de caráter penal
daquele tenham se mantido em vigor até a década de 1990).
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Patentes pipelines
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Por isso, inicialmente, mais do que ter pressa para adaptar ou criar disposi-
tivos que versem sobre tal flexibilização, é necessário, como dito, promo-
ver um profundo e amplo debate, o qual, fatalmente, deverá recair sobre as
proibições previstas do art. 10 da nossa Lei da Propriedade Industrial (Lei nº
9.279/1996). Nesse sentido, o largo escopo dessas proibições precisa ser dis-
cutido com o intuito de verificar se a sua possível flexibilização atenderia de
forma satisfatória aos interesses da indústria (LIMA NETO, 2013).
Por fim, cabe a ressalva e a recomendação de que, para acompanhar essa dis-
cussão de forma enriquecedora, o Brasil precisa, ainda, aprimorar o sistema
de exame de patentes e seus mecanismos de avaliação, incluindo nesses pon-
tos a capacitação e atualização dos examinadores do INPI e a maior agilidade
da concessão de patentes (LIMA NETO, 2013). Dessa forma, a maturidade
dos mecanismos e conceitos de exame e avaliação proporcionarão um apro-
veitamento maior da discussão sobre uma possível flexibilização da conces-
são de patentes no Brasil.
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Figura 13: Articulação da política de C, T & I com as principais políticas de Estado e a inte-
gração dos atores.
Fonte: MCTI, 2012.
No entanto, essa retrospectiva positiva não significa que o País possa simples-
mente replicar as medidas até aqui adotadas para permanecer numa trilha de
sucesso. Ao contrário, parte dos avanços realizados no plano socioeconômico
e no desenvolvimento de competências científico-tecnológicas tenderá a di-
luir-se na ausência de esforços renovados, tanto para fortalecer a capacidade
competitiva da indústria nacional como para sustentar a trajetória ascendente
dos investimentos (MCTI, 2012).
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Entretanto, é evidente que um País que não produz tecnologia de forma com-
petitiva não tem condições de exportá-la. Por isso, políticas de inovação bem
elaboradas e eficientes são fundamentais para agregar valor à estrutura produ-
tiva no longo prazo. Essa compreensão requer opções ousadas na produção de
conhecimento e de inovações na economia brasileira, estimulando setores e
tecnologias por meio dos quais o País terá condições de se tornar um ator rele-
vante no cenário mundial. Nesse sentido, o Brasil precisa aproveitar as opor-
tunidades existentes no mercado internacional para aprofundar o processo de
ganhos de produtividade e de diversificação da sua economia (MCTI, 2012).
O MCTI (2012) reforça que é importante salientar, também, que o papel de-
sempenhado pela CT&I na competitividade entre nações não se limita à es-
fera econômica. Atuando a inovação e o conhecimento como os motores da
política de desenvolvimento, é essencial que a disseminação de novos conhe-
cimentos e novas tecnologias e métodos sejam capazes de ampliar o acesso
da população a novos bens e serviços, os quais gerem melhorias concretas
para a coletividade, diminuindo, assim, as desigualdades sociais existentes. A
continuidade do atual ciclo de crescimento da economia brasileira e a cons-
trução de um novo padrão de desenvolvimento sustentável demandam uma
maior centralidade da política de desenvolvimento científico e tecnológico e
de inovação.
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Figura 14: Diretrizes do Governo Federal para a política nacional de ciência, tecnologia e
inovação.
Fonte: MCTI, 2012.
Resumo
Vimos ainda que a economia de um país está diretamente ligada à sua capa-
cidade de inovar. Aprendemos o conceito de patentes – concessão pública,
conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a exclusividade ao explorar
comercialmente a sua criação – e que há uma série de normas e legislações
para assegurar os direitos e deveres dos autores de criações.
Percebemos que, embora a tecnologia tenha sofrido seus maiores avanços nas
últimas décadas, essas discussões acerca de patentes e inovações no Brasil da-
tam do século XVIII, quando Dom João VI lançava o Alvará de 28.04.1809,
que garantia aos inventores o privilégio de exploração exclusiva de seu in-
vento por quatorze anos. Desde então foi realizado um esforço envolvendo
governo, universidades e organizações, a fim de atingir os melhores índices
de inovação tecnológica.
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Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2009000100012&lng=pt&nrm=i-
so. Acesso em 15/11/2014.
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A aplicação desses dois pontos de evolução nas organizações passa por etapas
de mudanças da cultura organizacional e do perfil dos colaboradores. Mudan-
ça na cultura organizacional, com a adoção de meios para a valorização da
inovação no ambiente da empresa, e mudança do perfil dos colaboradores,
com o incentivo e adoção do seu perfil empreendedor, criam um ambiente
inovador e empreendedor. Para Schumpeter, produzir a inovação e princi-
palmente liderar (garantir) a implementação dessas inovações nos processos
produtivos eram o papel exercido por aqueles a que ele chamou, então, de em-
preendedores (SHUMPETER, 1982). Essas mudanças serão os novos pilares
para as organizações inovadoras e atualizadas.
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Nos dias atuais, a face empreendedora das pessoas é vista como uma qua-
lidade de suma importância, não só para a vida pessoal mas também para o
ambiente empresarial nos quais elas estão inseridas. Esse perfil é o propulsor
de inovações nas organizações modernas, que já enxergaram esse diferencial
empreendedor e o potencial das inovações para evoluirem os seus negócios.
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Figura 15: Considerado o profeta da inovação, Shumpeter defendia que a força motriz do
progresso econômico é a inovação, mais ainda na era da informação e do conhecimento,
através de ondas de inovação.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT22180-16642,00.html Acesso em: 12/12/2014.
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Estratégia Defensiva
Estratégia Inibidora
Estratégia Dependente
Estratégia Tradicional
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Estratégia Oportunista
Essa última estratégia tem o seu ponto forte marcado pela colocação das em-
presas em mercado muito específico, com suas estratégias bem definidas para
se adequarem ao processo.
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Resumo
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Por outro lado, a ideia de que o mercado constituiria o único motor da ino-
vação é limitada. Segundo o Livro Azul do MCTI/CGEE (2010), muitas ino-
vações que transformaram o mundo surgiram de instituições públicas ou de
setores sem fins lucrativos. A internet é um exemplo recente. As inovações
sociais – soluções novas para problemas sociais, as quais são mais efetivas,
sustentáveis e justas, e cujos resultados beneficiam mais a sociedade como
um todo do que indivíduos particulares – são geradas e aplicadas em resposta
a demandas diversificadas da sociedade. Em particular, as tecnologias sociais
atendem a demandas de setores mais necessitados, especialmente em temas
como segurança alimentar e nutricional, energia, habitação, saúde, saneamen-
to, meio ambiente, agricultura familiar, geração de emprego e renda.
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Voltemos ao que seja acesso, de modo amplo, às TICs. Pinto (2012) argumen-
ta que, para começar, há necessidade de garantir acesso via equipamentos e
conectividade, ou seja, computadores e internet. Esses são os recursos físicos,
porém de pouca utilidade se não dispõem de conteúdos e de aplicativos que
atendam às necessidades das pessoas.
Pinto (2012) afirma que conteúdo e linguagem são os recursos digitais. Se-
gue-se o tema do letramento: como as pessoas que não sabem ler e escrever
ou usar um computador e que não sabem inglês poderão fazer uso, de modo
produtivo, do computador e da internet a que tiverem acesso? Educação e
letramento são os recursos humanos necessários para o acesso às TICs. Fi-
nalmente, o acesso amplo às TICs inclui os recursos sociais, quais sejam: as
estruturas comunitária, institucional e da sociedade, que apoiam esse acesso.
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Figura 20: A pirâmide acima demonstra o valor estratégico da TI diretamente ligada à inova-
ção tecnológica e à diferenciação competitiva.
Fonte: http://www.iinterativa.com.br/papeis-responsabilidades-dos-cios-para-inovacao/ Acesso em: 18/12/2014.
Resumo
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3. Por que as TICs são consideradas tão importantes nos processos que en-
volvem inovação?
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Essa aula tem por objetivo apresentar a você, caro(a) cursista, o panorama
tecnológico atual e tendências no ramo imobiliário.
Atualize-se!
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Figura 27: O tour virtual pode ser realizado através de um site ou aplicativo em dispositivo móvel.
Fonte: http://www.virtualmedia360.net/ Acesso em: 21/1/2014.
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A febre das redes sociais está atraindo a atenção de empresas que desejam
aproximar-se de seus consumidores e clientes em potencial. O setor imobili-
ário também está utilizando essas ferramentas e os resultados já estão apare-
cendo. Existem empresas especialistas em captar clientes e divulgar imóveis
em redes sociais, bem como ferramentas para que os próprios corretores o
façam. Pode-se também divulgar, por conta própria, imóveis em redes so-
ciais, simplesmente copiando e colando o link do anúncio para amigos, em
timelines ou linhas de visualização nas redes mais famosas.
Figura 28: Redes sociais podem se tornar poderosos canais de marketing, comunicação e vendas.
Fonte: http://www.guilhermemachado.com/corretor-de-imoveis-redes-sociais/ Acesso em: 21/1/2014.
5.2.8 Geolocalização
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Figura 29: Buscar imóveis por geolocalização pode ser uma ótima alternativa.
Fonte: http://imoveiscloud.wordpress.com Acesso em: 21/1/2014.
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Embora seja um grande avanço, essa ferramenta, por si só, ainda que atinja
todo o seu potencial, não será suficiente para garantir a melhor destinação aos
imóveis, sendo que a Administração Pública Estadual deverá criar condições
para que os seus gestores possam de fato desenvolver e executar as políticas
públicas necessárias para atingir essa finalidade.
Essa experiência mineira poderá servir de modelo para outros governos que
queiram aperfeiçoar a gestão dos imóveis sob sua responsabilidade.
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A Netimóveis é constituída de várias células, cada uma com a sua própria ges-
tão. As células são constituídas de importantes empresas, que compartilham
as suas carteiras de imóveis (venda e locação), com grandes resultados. Hoje,
a Netimóveis é responsável por mais de 90% dos negócios das suas empresas
associadas, sendo o principal anunciante de imóveis nas cidades onde opera.
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Referências Bibliográficas
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CURRÍCULO DO PROFESSOR-AUTOR
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