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100 Tuga
Um dia serão a maior cadeia
de hambúrgueres do mundo
Espec ecoo opas
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WHO PUT YOU
HEART OF
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EVERYTHING WE DO
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e CONTACTE A NOSSA
REDE DE PROFISSIONAIS
People matter, results count. Capgemini
CORMILUNG.TECHNOLOGLOUTSOuRCING
1
Número106setembro2011
16
02EDITORIAL
Recomeçar
22
04A 9a ARTE
As duas faces da mesma ideia
06 NOTÍCIAS RH 56
Agenda
Bolsa RH
Legislação
I 2 RH GLOBAL
I 4 CONSELHO CONSULTIVO
Cãndida Santos
I6GRANDE ENTREVISTA
h3: "Vamos criar um novo negócio"
48COACHING
22OUT OF THE BOX Faça da sua equipa a campeã
Uma nova forma de governação Coaching comercial
Pessoalsetembro2011
1
EDITORIAL
Recomeçar
Margarida Barreto, Diretora quase sempre o quebrar de uma rotina atare- recentemente, com a serenidade para aceitar
revistapessoal@moonmedia.info o que não podemos mudar, a coragem para
fada e frenética que nos deixa pouco tempo
para pensar. Quando voltamos ao trabalho e alterar o que se pode e quer mudado e a sa-
bedoria para reconhecer a diferença entre as
R
após os primeiros dias de adaptação, deverí-
ecomeçar pode ser uma nova amos ser capazes de recomeçar com energia duas. Só teremos saúde e energia positiva para
oportunidade. Para fazer aquela redobrada, novas ideias e vontade de fazer “sorrir com verdade”, se cada um dos dias da
mudança que tem vindo a ser adia- acontecer os projetos e iniciativas adiados. nossa vida fizer sentido e for vivido de acordo
da, iniciar aquele projeto que nos Mas será isso o que acontece? com a visão e valores em que acreditamos. Na
incomoda não ter começado ou apenas para Sei que é difícil não ser contaminado por aquilo APG recomeçamos todos os dias com
alterar o modo como olhamos para a realida- que ouvimos e vemos todos os dias. Só se fala o espírito de o servir cada vez melhor, agar-
de que nos rodeia, combatendo a atitude der- de crise, dificuldades, cortes, recessão, e a rando oportunidades e desenvolvendo novas
rotista e pouco combativa tão em voga em frase mais popular na boca de qualquer pes- iniciativas. Os desafios que temos
muitos dos discursos e meios de comunica- soa é cada vez mais: “Isto não está fácil”! pela frente exigem de toda a equipa
ção, que vemos e ouvimos de manhã à noite. Mas é também verdade que a nossa felicidade muito esforço e dedicação, que só farão
As férias de Verão, para quem as tem, são é uma escolha e responsabilidade individual, sentido se tiverem o eco que desejamos junto
que deveria depender muito mais de nós dos Associados.
próprios, das opções que fazemos a cada mo- “A Vida não se mede pelo número de vezes
mento e do modo como valorizamos o que que respiramos mas pelos extraordinários
somos, com quem estamos e o que temos em momentos que passamos juntos”. Se tem su-
cada momento, do que o que os outros dizem gestões de projetos para desenvolver ou quiser
ou pensam, com crise ou sem crise! colaborar connosco nos projetos em que
Recomeçar pode ser uma oportunidade para estamos a trabalhar, não hesite, fale connosco.
mudarmos de atitude, hoje e agora. Como li E, já agora, não se esqueça de transformar o
recomeço numa nova oportunidade!
FICHA TÉCNICA Conselho Editorial: Catarina Guerra Barosa, Duarte Albuquer- PUBLICIDADE
Pessoal – Publicação Mensal que Carreira, Idália Batalha, Jorge Marques, Margarida Barreto Account: Ana Rita Vieira;
Número 106 a.vieira@moonmedia.info; tlm. 96 650 52 80
Setembro de 2011 Conselho Consultivo: Afonso Carvalho, Amândio da Fon-
seca, António Valério, Cândida Santos, Catarina Guerra Barosa, Assinaturas
Propriedade: APG – Associação Catarina Horta, Duarte Albuquerque Carreira, Fátima Barros, Vasp – Premium
Portuguesa dos Gestores e técnicos dos Filipe Vaz, Francisco Pedro Balsemão, Jorge Marques, Linha directa de apoio ao assinante
Recursos Humanos, Av. António Augusto de Margarida Barreto, Mário Costa, Paulo Canôa, Paulo Morgado, t. 21 433 70 36; F. 21 432 76 28, assinaturas@vasp.pt
Aguiar, nº 106 - 7º, 1050-019 Lisboa; Pedro Monteiro Fernandes, Rita Campos e Cunha, Vítor MLP – Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém
NIPC: 500 978 735 Carvalho, Vítor Sevilhano
t. 21 352 27 17; F. 21 352 27 13 Impressão: Multitema, Rua do Cerco do Porto,
global@apg.pt, www.apg.pt Redação: Cátia Pereira; c.pereira@moonmedia.info, 365, 4300-119, Porto
Duarte Albuquerque Carreira; da.carreira@moonmedia.info
Edição e Exploração: tema Central, Lda. Tiragem Média: 15 000 exemplares
Rua Latino Coelho, nº87, Sala 33, 1050-134 Lisboa Colaborações Permanentes: Across – Luxury travel &
t. 213 502 532; F. 213 502 532 Safaris, Jorge Marques, Patrícia Noleto, Pedro Azevedo, Ricardo Distribuição: Vasp – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém
Campus, SRS Advogados
Diretora: Margarida Barreto Depósito Legal: 66219/ 94
revistapessoal@moonmedia.info Paginação e Fotografia: Design e
Forma; geral@designeforma.com ISSN: 0870-3027
Diretora Editorial: Catarina Guerra Barosa
c.barosa@moonmedia.info Imagem de Capa: h3; www.h3.com ICS: 104252
Pessoalsetembro2011
2
Ped rom
1.111.11
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Elevamos as suas
potencialidades.
No grupo Multipessoal, elevamos as suas potencialidades.
Identificamos o melhor de cada candidato e adapta modo
ao mercado de trabalho. Oeste modo, potenciamos o que
de mais positivo há em todas as áreas em que intervimos:
outsourcing, trabalho temporário, formação e consultoria,
recrutamento e selecção e outsourcing especializado na
~os
saúde e nas TI's. Para que qualquer processo seja um êxito,
existe uma fórmula simples: envolver o grupo Multipessoal
na operação. O resultado final será sempre o sucesso
elevado às suas melhores expectativas.
multipessoal
5 recursos humanos
www.multipessoal :vi
A 92 ARTE
As duas faces
da mesma ideia
Setembro tem fama de ser mês de recomeços, mida pouco saudável, a partir do momento em
como se tudo tivesse estado, durante dois que surge o primeiro restaurante h3, este
meses, suspenso. Recomecemos então: nesta paradigma mudou para sempre. Esta alteração
edição não vamos fazer cortes na despesa, nem da realidade resultou de uma ideia, uma ideia
em nenhum gestor de pessoas, vamos, pelo que seguiu um rumo não contemplativo, não
contrário, enaltecer aqueles que fazem das suas platónico.
ideias coisas reais, quer isto dizer, não cortam Os portugueses são genuinamente pessoas
Catarina Guerra Barosa, Diretora Editorial
c.barosa@moonmediainfo
nas ideias. Conhecemos bem aquelas pessoas com ideias, com a vantagem de serem cora-
que estão sempre a fervilhar de ideias, como se josos, seguros e humildes nas suas relações
o seu cérebro fosse uma rede infindável e interpessoais estrangeiras. Estas são as carac-
labiríntica de coisas que acontecendo seriam terísticas que a história recente pode ter ate-
diferentes. Se essas pessoas pudessem ter uma nuado mas que não matou. Neste momento de
reunião com Platão, a designada reunião adversidade financeira, económica e política/
platónica, ser-lhes-ia ensinado por aquele filósofo cultural, os portugueses devem emergir e
que essas ideias fariam parte de um mundo mostrar o seu verdadeiro caráter. Devem pôr
inteligível a que só podem aceder, ou melhor em marcha as suas ideias procurando que elas
A MINHA ESCOLHA contemplar, os filósofos. Esse mundo inteligível, não sigam o rumo platónico. Gerar riqueza é
ou das ideias platónicas, seria alguma coisa de transformar a realidade, tomá-la útil. Neste
inatingível para o comum dos mortais. Desta processo de transformação da realidade cabe
reunião platónica, aquele que fervilha de ideias apenas referir que são apenas proibidas
tem dois caminhos possíveis, ou se dedica à apropriações imorais de ideais, de riqueza de
germinação de ideias que lhe servem para uma outros, de discriminação, de aproveitamento
vida contemplativa, ou se dedica a procurar que imoral das fraquezas dos outros e desrespeito
elas tenham na realidade uma concretização, ou pela legislação do Estado. Faz parte do su-
seja, procurar transformar a realidade a partir das cesso da ideia ela crescer no âmbito de um
suas ideias. Qualquer uma das opções é válida, processo intocável, por isso, todas as pessoas
LEITOR DE TABACARIA
embora a segunda seja mais suscetível de gerar que contribuírem para o crescimento de uma
Em Cuba, Havana, na fábrica de charutos,
riqueza materialmente falando. Como o mundo ideia devem ser respeitadas integralmente.
enquanto se separam as folhas, se enrolam
se organizou de uma maneira em que a Ainda a propósito de ideias, a Pessoal, a partir
e se escolhem minuciosamente os melhores
sobrevivência do Homem depende de ele poder desta edição, contará com uma nova secção
Cohiba, ouvem-se histórias, histórias que
obter bens materiais, a segunda opção é aquela que se chama "Out of the Box". Esta é uma
são as atas das reuniões do Comité Central,
os jornais do regime (únicos que circulam que no mundo atual permite ao Homem secção coordenada, à vez, por um dos nossos
em Cuba) e romances, muitos romances de sobreviver. Ou seja, o mundo está feito para conselheiros e que se dedicará a temas fora do
faca e alguidar, com sabor antigo e trágico Homens que têm ideias que são suscetíveis de mundo da gestão de pessoas em sentido
porque não há romances recentes. Quem lê, transformar a realidade e de, em resultado disso, restrito, isto é, procurarão os nossos conse-
lá do alto, é um funcionário, ou dois ou três, gerarem riqueza material. As nossas figuras de lheiros, através do desenvolvimento de uma
porque se vão rendendo a cada quatro capa são três homens que tiveram uma ideia e ideia fora da caixa, trazer ao mundo da gestão
horas. A sua categoria profissional não com ela transformaram a realidade. Se, até de pessoas outros mundos. O próximo "Out of
podia ser mais esclarecedora: Leitor de então, se falava de hambúrgueres e isso the Box" será coordenado por Francisco Pedro
Tabacaria. Rendida. significava co Balsemão, diretor RH do Grupo Im-presa. Em
outubro, volte a ler-nos.
4 Pessoalsetembro2011
PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO
Portugal tem vindo o crescer mas anda não venceu o seu défice de quokficações.
Poro osocomoccot o PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIALNUMANO. Um
txtsvomo que visa promover oqualificação dos portuguews.o ceolvaimentomentAten
a inovação e a modernização do sistema produtivo. Com ele estamos o esta ntiSar o
criação e a quoldade do emprego. o promover o igualdade de oportunidades e o
coesão social. Contamos com os escolas. os universidades. os empresas. os
organizações não governamentais e os operadores de formação para fazer crescer o
nosso potencial tis
QUALIFICAR
É CRESCER.
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NOTÍCIAS RH
AGENDA
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Seminário: "A Contratação
Coletiva no Atual Contexto
de Crise". Lisboa, 14 de se-
tembro de 2011.
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Seminário: "Alterações na MELHORES FORNECEDORES DE RE- Portugal. José Alves é 'partner' da PwC
Relação Laboral - Novo acor-
CURSOS HUMANOS 2012 (01) desde 1994 e responsável pela coordena-
Os fornecedores e a gestão da cadeia de ção de vários clientes de auditoria e re-
dorTroika". Lisboa, 15 de se- fornecimentos constituem um dos ele- visão de contas. O novo 'territory senior
tembro de 2011. mentos chave para a competitividade e partner' integrou entre 2001 e 2003 o 'Ter-
desempenho global das organizações, ritory Leadership Team', órgão de gestão
Talenter sendo por isso essencial identificar e da PwC em Portugal, tendo retomado
214 139 480 selecionar os melhores fornecedores. A estas funções a partir de 1 de julho de
www.talenter.com
APG, com a iniciativa "Melhores Forne- 2007. Na sequência desta eleição, além de
cedores RH", pretende contribuir para a José Alves, o 'Territory Leadership Team'
"TalentingTM After Sun Ses- identificação e divulgação dos melhores da PwC fica completo com os 'partners'
sions'11". V. N. Gaia, 20 e 21 fornecedores em Portugal na área RH. Em António Correia, José Manuel Bernardo e
de setembro de 2011. parceria com as empresas Qmetrics e Nasser Sattar. A PwC em Portugal conta
Mínimos Quadrados, a associação pro- com 26 'partners' e cerca de 800 colabora-
SHL People Solutions move a eleição dos "Melhores Fornece- dores permanentes.
217 813 949
dores RH 2012", com base num estudo de
opinião efetuado junto de organizações QUAL O FUTURO DA LIDERANÇA?
www.shl.pt clientes de produtos e serviços para RH. A De modo a estimular a liderança nos es-
Workshop - "Planear um coordenação científica do estudo é tudantes universitários, a 2' edição do Le-
Assessment Centre". Porto, assegurada pelo professor Manuel Vilares, adership Tournament, o maior torneio de
21 de setembro de 2011. do Instituto Superior de Estatística e liderança universitário, promovido pela
Gestão de Informação da Universidade AIESEC, irá realizar-se em 11 universida-
Nova de Lisboa. Serão distinguidos os três des portuguesas nos meses de outubro e
INDEDEM
melhores classificados entre os candidatos novembro, estando a final nacional agen-
213 258 840 nas oito categorias existentes, desde dada para 25 de novembro. A realizar-se
www.inedem.com recrutamento, seleção, avaliação de com- no dia 12 de outubro, nas instalações do
"O Líder Coach". Lisboa, 21 petências e 'outplacement' a serviços de ISEG, a fase local promovida pelo núcleo
e 22 de setembro de 2011. assessoria jurídica. Para além da distinção da AIESEC no ISEG contará, no dia 4 de
Preço: 350€ por categorias, serão ainda distinguidos outubro de 2011 com a conferência "Lide-
genericamente os três Melhores Fornece- rança: verdade ou consequência?", realiza-
dores RH 2012. A cerimónia de reconhe- da em conjunto com a APG, na qual se irá
AEP cimento público e de entrega de troféus debater o futuro da liderança e o que de
229 981 753 terá lugar em fevereiro de 2012. Inscreva a melhor se desenvolve hoje nesta área.
www.aepformacao.aeropor- sua empresa até 14 de outubro de 2011. A
tugal.pt Pessoal, o RHonline e a RHtv são os EMPRESAS ESTUDAM MEIOS DE
Palestra: "Como utilizar a media 'parterns' do projeto. COMPENSAR PENSÕES E CORTES
criatividade, para gerar opor-
www.melhoresfornecedores.org. ESTATAIS Segundo o relatório anual da
Mercer, 'Benefit Plans Around the World',
tunidades de sucesso". Porto, JOSÉ ALVES NOVO 'TERRITORY SE- as empresas que adaptam os seus benefícios
22 de setembro de 2011. NIOR PARTNER' DA PWC (02) para dar resposta aos cortes nas finanças
Os sócios da PwC elegeram José Alves públicas sentidos no mundo inteiro, re-
para um mandato de quatro anos como duzirão os custos e ficarão em vantagem na
'territory senior partner' da consultora em luta pela atração e retenção de traba-
6 Pessoalsetembro2011
lhadores. Em muitos países, a reforma
dos sistemas de proteção social, cuidados
de saúde e de pensões do Estado, está a
criar desafios significativos para empresas
multinacionais que procuram gerir
o custo, o risco e a competitividade de
programas de benefícios para colabora-
dores no mundo inteiro. Verifica-se que
estas reformas, impulsionadas por uma
população envelhecida e pelo aumento
do custo da disponibilização de rendi-
mentos de reforma e serviços de saúde 03
adequados, estão a intensificar-se em
inúmeros países, incluindo França, Reino
Unido, Austrália, Canadá e Estados Uni- grama de ‘mentorship’ em algumas das
dos. Segundo Cristina Duarte, consultora maiores empresas em Portugal. Hoje, en-
sénior da área de Benefícios Pós reforma trar na vida ativa é um processo difícil e
da Mercer Portugal, no nosso país “para conseguir emprego na área de formação
além dos efeitos sentidos das alterações académica tornou-se quase uma raridade.
efetuadas em 2007 (introdução do fator Isto é tanto mais verdade se pensarmos
de sustentabilidade, aceleração da transi- nos licenciados em Ciências Sociais, onde
ção da nova fórmula de cálculo das pen- a taxa de desemprego é ainda mais ele-
sões e limitação às pensões mais altas) vada. Para participar no Passaporte RH
sentiram-se mais recentemente os efeitos basta elaborar um artigo de opinião ligado
da redução das pensões na função pú- à temática dos Recursos Humanos e
blica assim como o congelamento do au- enviar para passaporterh@apg.pt, até ao
mento das pensões mais altas”. próximo dia 30 de setembro, e ser sócio
da APG. Os candidatos que apresentarem
2ª EDIÇÃO DO PASSAPORTE RH os melhores artigos serão premiados com
(03) Depois do sucesso registado em 2010 um Passaporte RH entregue durante a re-
e da enorme adesão por parte de empresas alização do próximo Encontro Nacional
e recém-licenciados, a APG volta a lançar, da APG, em novembro deste ano.
este ano, a 2ª edição do projeto Passaporte
RH. Para os participantes, com GESTÃO DE CONHECIMENTO
o apoio da APG e o envolvimento ativo EM PORTUGAL
dos diretores de Recursos Humanos, é Uma em cada cinco organizações optam
possível aceder a um estágio e a um pro- por uma abordagem estratégica à gestão
Pessoalsetembro2011 7
NOTÍCIAS RH
Bolsa RH
MELHORES FORNECE-
DORES RH
A APG vai nomear os Melhores
Fornecedores RH em 2012. Até
14 de outubro pode inscrever a
sua empresa. A Pessoal, o RHon-
line e a RHtv, media 'partners'
deste importante projeto, vão-lhe
dizer, em primeira mão, quem
04 05
deF
foram as organizações escolhidas. '
8 Pessoalsetembro2011
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Segurança e Saúde
no TraWlhoi
Fornetà k"ão
Níveis de Serviço
Experiencía e gompetêncig Téç ica
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NOTÍCIAS RH
LEGISLAÇÃO JUNHO
PORTUGAL
Diário da República - I Série
Portaria n.° 246/2011. D.R.
n.° 119, Série I de 2011-06-22
Ministérios das Finanças e da
Administração Pública e do Tra-
balho e da Solidariedade Social
©Egor
n.° 118, Série I de 2011-06-21
Ministérios das Finanças e da
06 07
Administração Pública e da
Saúde mais elevada (62%) de respostas que jas de trabalho temporário em Aveiro e
apontam para lideranças mais afiliativa no Cacém, resultado do plano de cresci-
Lei n.° 24/2011 D.R. n.°
(que fomenta a harmonia entre equipas), mento estratégico previsto pela marca e
e é o segundo país com a percentagem das condições de incerteza do mercado
115, Série I de 2011-06-16 mais elevada (53%) de lideranças "coa- atual, que precipitam o crescimento do
Assembleia da República ching" (foco no crescimento profissional segmento. Em Aveiro o `job center' Egor
dos colaboradores). No entanto, existe está localizado na Praceta Hintze Ribeiro
Lei n.° 27/2011 D.R. n.° uma percentagem bastante significativa (centro de Aveiro) e apresenta uma oferta
115, Série I de 2011-06-16 de lideranças coercivas (69%), o que vocacionada para o ambiente industrial. Já
Assembleia da República
pode justificar o clima de desmotivação no Cacém, o Grupo abriu o `job center'
manifestado por 39% dos trabalhadores no Bela Vista Office com um potencial de
Portugueses que participaram neste es- oferta que parte do simples armazém à
Lei n.° 28/2011 D.R. n.° tudo. O estilo coercivo foca-se em atingir multinacional do setor automóvel ou
115, Série I de 2011-06-16 objetivos de curto prazo e revela-se bas- farmacêutico, passando por empresas
Assembleia da República tante eficaz em tempo de crise - quando industriais de alguma dimensão, em
se exige um volte-face. funções de âmbito operacional, área
Portaria n.° 236/2011. D.R. n.° comercial, contabilidade, secretariado e
LUANDA É A CIDADE MAIS CARA DO `back-office'. Andrea Nunes, responsável
114, Série I de 2011-06-15
MUNDO (06) pela área de trabalho temporário na Egor,
Por: Gabinete Jurídico-Laboral da APG, disponível para os associados em www.apg.pt e global@apg.pt
Ministérios do Trabalho e da So- Pelo segundo ano consecutivo, Luanda, justifica o ritmo de expansão com a
lidariedade Social e da Educação em Angola, foi considerada a cidade mais necessidade de proximidade com o
cara do mundo para expatriados, de acor- público. "Se há dois ou três anos o tra-
Decreto Legislativo Regional do com o estudo anual de Custo de Vida balho temporário se baseava na rotina de
n.° 18/2011/A. D.R. n.° 114, da Mercer em 2011. Tóquio permanece na escritório e longe da concorrência, hoje já
segunda posição e N'Djamena, no Chade, não é assim - é importante estarmos
Série I de 2011-06-15
na terceira. Segue-se Moscovo, na quarta próximos de quem precisa do nosso
Região Autónoma dos Açores - posição, Genebra na quinta e Osaka na acompanhamento", adianta.
Assembleia Legislativa sexta. Zurique sobe um lugar, ocupando a
sétima posição, e Hong Kong desce para a O COACHING EM PORTUGAL
Decreto-Lei n.° 66/2011. nona. Lisboa (86) desceu quatro lugares Com o objetivo de identificar os contex-
D.R. n.° 106, Série I de 2011-
em relação a 2010 e está entre as 100 cida- tos preferenciais da contratação de ser-
des com um custo de vida mais caro para viços de coaching nas organizações em
06-01 Ministério do Trabalho e expatriados. Singapura, que subiu da 11a Portugal (coaching para quê?) e descrever
da Solidariedade Social para a 8a posição, e São Paulo, que, desde a as expectativas acerca do perfil do co-ach
classificação de 2010, subiu 11 lugares para (características pessoais, experiência
Diário da República - II Série a 10a posição, representam as novas profissional, `background' profissional) e
Despacho n.° 8189/2011. D.R. entradas na lista das 10 cidades mais caras do serviço que será prestado (apresenta-
n.° 112, Série II de 2011-06-09 do mundo. Karachi (214) é considerada a ção do serviço, devolução e natureza dos
Ministério do Trabalho e da cidade mais barata do mundo resultados), está a ser desenvolvido um
Solidariedade Social - Gabinete projeto que se resume, num dos estudos,
da Ministra AVEIRO E CACÉM COM LOJAS DE TRA- a comparar a opinião e expectativas de
BALHO TEMPORÁRIO EGOR (07) contratantes e potenciais contratantes de
O Grupo Egor inaugurou duas novas lo coaching executivo, em Portugal e no
10 Pessoalsetembro2011
Reino Unido. Para participar nesta inves- boa. Com este patrocínio, o Grupo Multi-
tigação realizada em parceria com Mara pessoal pretende associar a sua atividade a
Castro Correia, Universidade de Évora, iniciativas de caráter cultural, aproxi-
contacte maracastrocorreia@gmail.com. mando-se do público jovem e informado,
No nosso país, o conhecimento real um dos principais ‘targets’ da marca. De
acerca do “produto” coaching, tal como acordo com Alexandra Medeiros, diretora
é visto pelo mercado (que competências de marketing e comunicação do Grupo
deverá ter quem o pratica, como deve ser Multipessoal, “temos apostado no MO-
utilizado pelas organizações, que ganhos TELx desde a sua primeira edição. Como
são atribuídos a esta intervenção) é empresa portuguesa gostamos de apoiar
praticamente inexistente. Esta situação aquilo que de bom se faz no nosso país. O
leva os responsáveis por este projeto a caráter jovem, modernidade e dinâmica
identificar uma lacuna de conhecimento deste festival partilham muitos dos valores
extremamente relevante para a atividade da nossa marca e a sua qualidade e sucesso
de coaching em Portugal. nacional e internacional faz com que
continuemos a apoiar este projeto”.
MULTIPESSOAL PATROCINA FESTI-
VAL INTERNACIONAL DE CINEMA
O Grupo Multipessoal é o patrocinador Errata: Na edição número 105, o último parágrafo do artigo da sec-
principal da 5ª edição do MOTELx, Fes- ção SHT foi publicado de um modo incompleto. A versão correta é:
tival Internacional de Cinema de Terror “certamente passaremos a ter dois instrumentos de transparência e
de medida que poderão mudar as repetitivas ineficiências das
de Lisboa, que se irá realizar de 7 a 11 de últimas décadas e criar uma base de trabalho comum. Os cidadãos
setembro, no Cinema São Jorge, em Lis ativos agradecerão certamente”.
Pessoalsetembro2011
11
RH GLOBAL
© eoffice
Recrutamento parceiros
33%
da rede
internaci
onal
eOffice".
CE
Líderes não
convencionais
©dr
14 Pessoalsetembro2011
a construir Great Places to Work
em Portugal há mais de 10 anos
e há mais de 2 décadas no mundo
GREAT
PLACE
TO
WORK'
“Vamos criar
um novo negócio”
Fotos:h3
16 Pessoalsetembro2011
Tudo começou com uma pergunta: "por que razão não
se pode comer bem num centro comercial?". Agora já
pode, pelo menos no h3. Isso é o que garantem, em
entrevista à Pessoal, Albano Homem de Melo e
António Cunha Araújo, dois dos três sócios fundadores
daquela que pretende ser a maior cadeia de
hambúrgueres do mundo. E como o desenvolvimento
do negócio em Portugal e a internacionalização para a
Polónia, Espanha e Brasil era algo de pouca monta,
até ao final do ano vão criar um novo negócio: ligado à
comida mas ainda no "segredo dos sócios".
por: Duarte Albuquerque Carreira
Pessoalsetembro2011
17
GRANDE ENTREVISTA
18 Pessoalsetembro2011
ciam o conceito. A partir de agora, é abrir
com a confiança de que temos um produto
do qual as pessoas vão gostar.
A ESTRATÉGIA DO MONOPRODUTO É
PARA MANTER?
AHM É, neste conceito é. Acreditamos que
um conceito em praça de restauração deve ser
focado num produto. Praça de restauração é
uma ementa gigante onde as pessoas têm vá-
rias secções e cada secção da emente é uma
loja diferente.
ACA O que também faz com que o produto
seja melhor: se só fazemos uma coisa vamos
fazê-la melhor do que se fizéssemos 20.
AHM Não nos faz muito sentido um negócio
para replicar em cadeia que não seja especia-
lizado. Num centro comercial, com uma mão
de obra normalmente não muito sofisticada,
em lojas muito pequenas ou com poucas
condições de laborar e até de cumprir todas as
regras de higiene e segurança alimentar,
achamos que temos de nos dedicar a um pro-
Pessoalsetembro2011
19
GRANDE ENTREVISTA
"Se calhar, é por tratarmos as
Ideias a reter pessoas bem que recebemos dia-
LIDERANÇA TRIPARTIDA riamente dezenas de pedidos de
"As coisas foram definidas naturalmente. Temos a vantagem de ser muito amigos e de trabalho. Nunca tivemos dificul-
passarmos muito tempo juntos. Nunca demorámos mais do que quatro ou cinco minutos a tomar dade em recrutar" [António]
uma decisão."
tivo para um braço, os pratos são pesados e
GESTÃO DO INSUCESSO eles têm de passá-los por cima de um vidro."
" Começámos por ter um negócio que não dava dinheiro nenhum, o Café3. Investimos Isto era uma coisa que ninguém imaginava, e
mais dinheiro nosso no Café3 do que no h3. Obviamente, nem sempre as coisas correm bastava diminuir um pouco a altura do tal
bem." vidro para a situação ficar resolvida.
20 Pessoalsetembro2011
esquema dos `pins' de ouro, de como seria a
cerimónia de entrega... As pessoas aqui são
muito chamadas a ter ideias. O "tive uma
ideia" é algo muito fomentado por nós.
OUTRA MARCA?
AHM Estávamos com pouca coisa para fazer...
ComosóvamosabrirlojasemEspanha,Brasil.ACANãoénaáreadoshambúrgueresnemde
coisa nenhuma é uma novidade. Tem que ver
com comida mas é algo novo a nível mundial. É
uma recriação de um prato, de uma maneira de
se servir um prato, também na linha do
monoproduto...
E PARA QUANDO?
ACA Até ao fim do ano já temos a loja
Pessoalsetembro2011
21
O caminho da burocracia para a estratégia
um nova forma
de governação
A política não deve ter complexos de recrear as boas práticas da organização e gestão
das empresas. Foi quando isso aconteceu que Portugal apareceu ao mundo no seu
melhor e abriu a porta à Idade Moderna, através da nossa maior obra: a "Empresa dos
Descobrimentos". "Empresa" porque havia uma liderança, uma visão e objetivos que
eram percebidos e partilhados por todas as classes, o clero, a nobreza e o povo!
Precisamosregressaraestaideiapor:JorgeMarques,'TalentmanageremembrodoConselhoConsultivodaPessoal
Arelação entre a política e a gestão nunca foi boa, mas porque quando se decide há sempre uns que se discute não é um programa do Governo,
nem sequer de troca de experiências e muito que aplaudem, outros que criticam e ficam in- o que se discute são as vantagens de um
menos de cooperação ou aprendizagem, apenas satisfeitos e tudo isso se vai traduzir em votos. candidato relativamente aos demais, aquilo que
aqui e ali se tem revestido de um caráter utilitário No entanto, insistimos que um bom Governo é no passado se fez de errado e para apimentar a
para ambas as partes. aquele que toma as decisões certas para o país campanha, se houver uns escândalos mais ou
A política, quando quer designar um Governo sem e no tempo certo. A criação de um processo menos pessoais, tanto melhor.
grandes poderes de decisão, chama-lhe um político que facilite e obrigue a tomada de O segundo tem que ver com a enorme injustiça
Governo de gestão, como se a essência da gestão decisão dos governos deveria constituir uma nesta forma de avaliação dos governos, porque
não fosse a de tomar decisões. prioridade nacional. a procura de exibição dos erros anula comple-
A gestão olha para a política como para um grupo Mas há dois aspetos que deveriam ser olhados de tamente aquilo que se fez de bom. O resultado
de pessoas pouco capacitadas para a governação uma outra forma pelos governos enquanto práticas é simples, como quem mais faz corre o risco de
e para a vida prática, fechadas entre os partidos, de boa gestão. cometer alguns erros, a solução encontrada é
as ideologias e as academias. O primeiro, tem que ver com a pouca clareza não fazer, é adiar, é não contrariar, é não
Mas para quem invoca o poder de decisão, isso e transparência com que um Governo é eleito, decidir. Na verdade, o prémio é dado a quem
em política tem muito que se lhe diga! O exemplo o que, como se sabe, acontece numa eleição não levanta ondas e gera uma paz e satisfação
de Tatcher, conhecida como a "Dama de Ferro" e para deputados onde se conhece apenas um aparentes e viciadas.
tida como uma grande decisora, desfez essa ideia candidato a Primeiro-ministro. Mas a seguir o Os governos têm sido pressionados, quer pela
nas suas memórias quando ela escreveu: "não, oposição, quer pela Sociedade Civil, para que
não fui uma grande decisora, só tomei decisões não façam nada que perturbe esta nossa forma
quando não tinha outra saída". Temos assim que de vida.
A criação de um processo po-
a decisão não é propriamente uma competência Com tudo isto, chegámos exatamente aqui,
dos políticos e talvez nem seja porque não sabem lítico que facilite a tomada de onde neste momento nos encontramos, com
ou não são capazes, decisão dos governos deveria grande responsabilidade de todos nós!
constituir uma prioridade Temos de assumir que, no jogo democrático, o
22
Coordenação Jorge Marques
©Fotolia
Governo é a peça mais importante, porque é das O Governo precisa de uma futuras. Na Política, como não existiu programa,
suas ações, ou omissões, que o país sobrevive, nem objetivos claros, os governos vão gerindo a
legitimidade política real que
cresce, desenvolve-se, cria emprego e produz situação de uma forma mais ou menos casu-
cidadãos de qualidade. O Governo é uma peça seja igual, ou superior, à da ística e sempre muito dependentes das várias
decisiva na liderança de um país. Seriam Assembleia ou do Presidente conjunturas.
importantes duas coisas aqui, a primeira era a da República Na avaliação dos governos existem dois parâ-
separação do poder legislativo do poder execu- metros, por um lado, a não eleição nas eleições
tivo e a segunda era que o Governo fosse sujeito seguintes e, por outro, a chamada responsabilida-
a uma eleição direta onde fossem claros os seus verno deveria ter que ver com o ouvir, motivar e de política pelos erros. No primeiro caso, pode
compromissos, uma organização e equipa fazer participar, para se poderem fazer sempre as haver pequenas diferenças em termos de tempo
capazes de os cumprir. O Governo precisa de melhores escolhas. Mas não é assim, a de duração dos mandatos e no segundo, a res-
uma legitimidade política real que seja igual, ou preocupação é a constituição das maiorias e do ponsabilidade política não significa rigorosamente
superior, à da Assembleia ou do Presidente da apoio do Presidente da República, ou seja, o poder nada. Isto não se pode chamar avaliação!
República, porque o seu exercício pode bene- e não a governação. A Democracia representativa, que é uma boa
ficiar ou prejudicar muito o país e os cidadãos, O Governo, se tem maioria, tudo o que se segue opção em si mesma, acaba por ser comple-
mais do que qualquer outro órgão. são meras formalidades com a bênção do tamente desvirtuada e tem conduzido a uma
O país precisa de estar com o seu Governo, Presidente da República. Nestas circunstâncias, incapacidade de governar e gerir o país. Entre
precisa de confiar nele, de participar e intervir, e, passará apenas a depender da aprovação final as principais razões, vamos encontrar a falta de
naturalmente, que os restantes órgãos formais da das leis pelo Presidente e a evitar o seu veto, ou compromisso com o passado e com o futuro; a
Democracia também. Aliás, a governação é isso seja, a relação democrática reduz-se substan- necessidade de partilhar o poder com a So-
mesmo, é um país em movimento. A crítica ou cialmente e a qualidade das soluções também. ciedade Civil; a perceção da pouca qualidade
oposição deveriam fazer-se num processo Tudo é bem diferente na gestão, aí há com- dos atores políticos; a falta de confiança dos
simples que tem três fases: não estamos de promissos que envolvem uma visão estratégica cidadãos no poder político; a incapacidade de
acordo/ pelas seguintes razões/ as melhores dessas organizações, há uma estratégia e há ob- cuidar das gerações futuras ou sequer do direito
soluções são. jetivos, há uma contratualização entre acionistas e a pensar e ter um futuro; uma Sociedade Civil
O primeiro objetivo na formação de um Go- gestores que passa a reger as suas relações paralisada e sem voz.
23
A organização dos últimos governos
são duas formas completamente diferentes de
subordinação, uma tem que ver com conhe-
cimento e ação e a outra apenas com poder. Tal
como já acontece nas empresas e aos mais
elevados níveis, seria bom que os ministros pro-
curassem os seus mestres, os seus mentores,
mas longe do chefe. Isto sem prejudicar a outra
subordinação que não pode ser apenas formal,
deve ter que ver com a comunhão de uma visão
e estratégia comuns.
©dr
Mas o mais importante, e que de alguma maneira
tem sido ocultado, é que existem hoje imensas
competências que eram da responsabilidade dos
Quando se olha para a estrutura dos governos, que faz essa pressão e se perde nesses me- governos nacionais e que atualmente se
cujas representações mostramos (gráficoI), o andros. A ideia com que se fica é que o país encontram em instâncias europeias e outras, como
que sobressai numa primeira observação? parece pretender que os ministros façam a ges- é o caso da Troika.
Ministros e ministérios parecem ser um tão dos seus ministérios, e não a governação do O problema, ou se quisermos o dilema, é que
casamento de longa data, de tal modo que mais país. Quem governa o país é uma espécie de pelo lado do controlo da despesa e dos custos
parece que esses ministros são uns verdadeiros iluminado e que se chama Primeiro-ministro e os essas diretrizes e exigências já vêm do exterior
" super-diretores-gerais" . Aquilo que os ministros gerem apenas a burocracia e as e dos nossos credores e na outra parte, do
caracteriza, neste tipo de estruturas com- rotinas do dia a dia. crescimento, isso pesa sobre os nossos ombros
pletamente fora de moda, hierarquizadas, for- Não sei se este tipo de posicionamento tem que e espera pelas nossas soluções. O que temos
mais, cheias de departamentos e chefes, é que ver com o facto de que apenas esse Primeiro- pela frente são dois tipos de competências apa-
eles gerem um Ministério específico e os seus ministro foi eleito pelo povo, mesmo que rentemente contraditórias, o rigor e a criativida-
processos mais ou menos burocráticos. De vez indiretamente. Não sei se é por isso que, por de, que têm que caminhar de mãos dadas.
em quando isso é notório na opinião pública, vezes, os ministros são substituídos, que existe Quer isto dizer, também, que na constelação
vendo-se os ministros a responder a detalhes uma remodelação governamental, quando na governamental existem hoje três espaços com-
dos seus ministérios, cuja responsabilidade e maior parte dos casos é o Primeiro-ministro que pletamente diferenciados.
informação poderia ser dada por um qualquer deveria ser substituído. Um que tem que ver com os compromissos com
técnico-superior de terceiro ou quarto nível. Hoje já não se defende este tipo de lideranças a Troika, o que mal comparado pode ser
Outras vezes é a própria comunicação social solitárias. Todos os nossos Primeiros-ministros, parecido com o funcionamento das multina-
sem exceção, revelaram sempre enormes fra- cionais, depende formalmente do Primeiro-mi-
gilidades, umas vezes de caráter técnico, outras nistro nacional, mas recebe instruções, tem de
O país parece pretender que político e na maior parte dos casos de liderança. apresentar contas e resultados nas instituições
os ministros façam a gestão Continuar por este caminho é continuar a errar. A exteriores.
palavra ministro vem de 'minister' e que vem de Outro que tem que ver com a necessidade do
dos ministérios e não a gover-
'minus' (menor), pessoa subordinada a outra que nosso crescimento e onde, neste momento,
nação do país. Os ministros era o 'magíster', 'magis' (mestre). A raiz e o estamos completamente entregues a nós próprios
gerem apenas a burocracia e significado da palavra falam da subordinação a e à nossa capacidade e imaginação.
as rotinas do dia a dia um mestre e não a um chefe, porque estas Outro ainda que tem que ver com a gestão dos
24
Coordenação Jorge Marques
Estou de acordo com o mi- Gráfico I. O modelo de estrutura dos governos não teve grandes alterações ao
nistro Álvaro, "chamem-lhe longo do tempo. Ministros/ ministérios/ burocracia
o que quiserem, mas esta
Durão Barroso Pedro Santana Lopes
crise é o melhor que nos
podia ter acontecido"
vários processos do Estado, com a necessidade António Guterres Primeiro-ministro José Sócrates
da sua reformulação, simplificação, organização e
reforma inovadora. Esses processos têm qua-
lificação e tempo diferenciados, uns são mais
estratégicos que outros, uns têm um caráter de
maior urgência que outros. C a v a c o S i lv a Passos Coelho
25
quando ele disse que o Ministério da Economia Sociedade Civil deve ser chamada a participar na O que é importante reter desta opinião do
deveria ser chamado de Ministério da Pro- governação. Álvaro é que a prioridade da política nos pró-
dutividade e da Competitividade e que, para Mas diz mais o nosso Álvaro! Diz que o nosso ximos anos tem de ser a retoma e o cresci-
além da coordenação das atividades económi- capital humano é o mais precioso de tudo mento económico, mas que isso não se resol-
cas, deveria coordenar e articular igualmente o que temos e que sem ele a trabalhar da ve apenas com a implementação de políticas
todas as ações dos outros ministérios que afe- melhor forma não há produtividade, compe- públicas que promovam a produtividade e a
tassem estes dois fatores tão importantes para titividade e crescimento que resista. E aquilo que competitividade. Tem de haver objetivos, me-
o nosso crescimento. Dizia ainda que a ação ele verifica é: que os patrões desconfiam dos tas e medidas concretas de avaliação, seja
deste Ministério deveria ser apoiada por uma trabalhadores; que os trabalhadores desconfiam dessas políticas, seja dos governantes, digo
espécie de Comissão para a Competitividade e dos patrões; os sindicatos desconfiam dos eu... Claro que é muito fácil avaliar os
para a Produtividade Nacional. Esta Comissão patrões e estes dos sindicatos; que os governos governantes quando há objetivos concretos a
deveria ser uma entidade independente e desconfiam dos empresários e dos sindicatos e atingir, claro que os governos, para seu bem,
produziria investigação, conselhos, relatórios dos trabalhadores e que todos estes desconfiam têm de ser avaliados objetivamente e não
públicos e propostas concretas para o aumento dos governos. E isto é novo para nós? E o que apenas politicamente. Anunciar as medidas é
da nossa produtividade e competitividade. se tem feito? Esta sociedade da não confiança importante, mas isso não é um fim, nem tão
Significa que é urgente utilizar a inteligência na- precisa urgentemente de ser mudada, mas pouco uma decisão, isso é só o princípio e
cional, neste como em outros domínios, e que precisa de atores que inspirem confiança a estamos habituados a confundir esse princípio
esta poderá ser uma das formas de como a todas as partes. com um fim e uma intenção com uma decisão.
26
Coordenação Jorge Marques
UMA VISÃO
A retoma e o crescimento económico são o nosso
desígnio nacional. Neste enunciado de visão, temos
de saber dizer como vamos crescer, quanto vamos
crescer, com quem, em que setores, com que in-
vestimentos, com que qualificação e emprego...
Ag e n c ia s
empresas. Aqui não se confirma aquilo que eu
Linha Estratégica 2
Se c . Es ta d o ; atrás receava quanto ao recrutamento do
M i ni s tr o C o mis sõ e s :
Pr o je to s ; governador, pois ao que se sabe é da mais alta
Ag e n c ia s
qualidade, grande experiência e comportamento
Linha Estratégica 3 Se c . Es ta d o ; acima de qualquer suspeita. Desejo que o
M i ni s tr o C o mis sõ e s :
Pr o je to s ; mesmo se possa passar com o ministro das Fi-
Ag e n c ia s nanças e com a sua quase total dependência do
Linha Estratégica 4
Se c . Es ta d o ; exterior.
C o mis sõ e s :
M i ni s tr o
Pr o je to s ;
Isto conduz-me a uma última conclusão e que
Ag e n c ia s tem que ver com a nossa incapacidade de go-
(.../...)
vernação. Somos, num contexto de liderança
internacional, geralmente bons, mesmo que isso
se passe em território nacional, mas temos
depois muitas dificuldades de pensar e agir so-
Ministério Ministério Ministério Ministério (.../...) zinhos. Seria muito importante que a parte que
A B C D
diz respeito só a nós superasse também todas
as expectativas e no melhor sentido.
Neste momento, é verdade, precisamos de gente
bem alinhada com os nossos compromissos
exteriores, gente com um perfil de eficiência e
Entenda-se como competências técnicas o do- do nosso. E digo perturbadores, porque eles não eficácia de execução técnica, mas precisamos
mínio específico de conhecimentos que têm que ver são claros e podem condicionar aquilo que eu igualmente de gente muito criativa, com grande
com os objetivos a concretizar, mas que podem ser considerei ser a nossa visão estratégica, ou seja, capacidade de inovação e com grande qualifica-
também o domínio de línguas, de culturas, de o crescimento. ção, ou seja, que saibam, pensem, saibam fazer,
tecnologias, de um ou outro tipo de capacidade Disse que nós já não somos os decisores de saibam transmitir, ensinar e com liderança
intelectual ou formação; uma boa parte da nossa estratégia económica, efetiva. Por fim, é preciso dar um grande exemplo
Entenda-se como competências políticas a ética social, política e outras. O Acordo com a Troika à sociedade! A complexidade das tarefas, dos
de serviço público, uma sólida formação moral, a é talvez o maior exemplo, mas existem outros objetivos e do desempenho dos vários ministros
perspetiva do bem comum, a capacidade de por parte das instituições europeias. Portanto, é e será sempre muito diferenciada. Pensar que
mobilização, a formação de raios de confiança, a uma boa parte da nossa governação tem estas todos devem ter igual compensação económica e
criação de redes, a autenticidade e uma boa limitações e nós somos sem dúvida os respon- não só, é estar a dizer que devemos ser
inteligência emocional que permita perceber-se, sáveis por isso. reconhecidos pelos estatutos, pelos títulos, por
perceber os outros e perceber o país. Aquilo que eu receio tem que ver com tudo o que cargos e não pelas competências e pelo desem-
referi quanto á nossa visão, as nossas estratégias penho. É estar a dizer que o valor está no que
LIMITES E LIBERDADES e objetivos, mas também quanto á organização somos e não no que fazemos. É tempo de se
Existem hoje sinais perturbadores, quanto à for- dos governos e perfil dos governantes. mudar este paradigma e ele, como exemplo,
mação dos governos nacionais, como é o caso É evidente que, e isso acontece nas empresas deve partir do governo.
28
GROW!
MAKE YOURSELF BIGGER
9.° ENCONTRO NACIONAL
DE FUTUROS GESTORES
DE RECURSOS HUMANOS
13- 14 OUTUBRO 2011 > ISPA - INSTITUTO UNIVERSITAF110> LISBOA
?„0
deir, te
-114 o5°Çie
més "Snceégp
o
t
0,1/44,
~MilUMO PIIIINI,O.DC II
APG
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ISPA I Instituto Universitário
O Clique dos Recursos Humanos
RH Shopping RH Estratégico F
Recrutamento e Seleção
Miguel Formação
lurn
Teixeira
Como as te
gias potencia
negócios
manente
Em termos sociais e económicos, qual- 'online' a
quer formato de potenciação do valor de
um negócio ou de criação de riqueza vai,
obrigatoriamente. depender de fatores inti-
mamente ligados á tecnologia, seja esta
mais ou menos recente é certo que estará
presente, a par de outros elementos.
o• regues
Estes poderão ser materiais, formatos de
gestão e aprovisionamento de 'stocks'.
capital ou financiamento, assim como Re-
cursos Humanos e seus níveis de qualifi- Falar da tecnologia SaaS em Recursos Hu-
cação e capacidade de resposta.. manos é falar de grandes benefícios a custos
reduzidos. Soluções de última geração que
otimizam os processos de gestão...
Tecnologias e Gestão
elleella Tecnologias de Gestão Pesquisar lu
A Televisão dos
Recursos Humanos
Contributos es-
Adecco, Cezanne, Infocontrol, Meta4 ar-
em-
Seja fã da
Conclusão oje,
Pessoal no
es-
Multitempo
ras caseiam-se normalmente em metodologias
er- facebook,
que utilizam as ferramentas de tec-
nologias de informação e gestão e/ou
os "softwarest de SIGE (sistemas inte-
grados de gestão empresarial) como
soluções de apoio. direcionados para a
gestão do negócio, gestão de serviços,
e gestão da qualidade..
ESPECIAL RH - TECNOLOGIAS DE GESTÃO
Como as tecnologias
potenciam os negócios
Atualmente vivemos num mundo tecnológico. Tudo o que compramos, utilizamos ou
consumimos, seja tangível ou não, no seu ciclo de vida ou tempo de consumo teve ou terá
uma componente tecnológica forte ou mesmo fundamental.
por. Miguel Teixeira,
Administrador GALILEU
32 Pessoalsetembro2011
êxito no mercado.
Para uma organização, a par da tecnologia,
o fator humano também deverá ser visto
como um fator crítico para a sobrevivência.
Motivação, formação, respeito e boas
condições de trabalho são regras básicas
para se ter uma equipa vencedora, que
transforme conceitos em produtividade,
vendas em lucro, riqueza e notoriedade. Ao
falarmos em pessoas, destacamos as ‘soft
skills’ como características ou competências
não técnicas, mas pessoais, habilidades
sociais ou aptidões de inteligência
emocional.
Cada pessoa é única, estando sempre pre-
sente um diferencial que a distingue das
demais, estas características poderão ser
entendidas como ‘soft skills’. É importan-
te para qualquer empresa ter elementos
que naturalmente mantenham o bom
ambiente, que promovem um ótimo re-
lacionamento com os colegas, assumam ética, resiliência, persistência, empatia, oti- Para uma orga-
diariamente uma postura vertical, ética e mismo, capacidade de comunicação, auto- nização, a par da
assertiva, que sejam criativas, alegres, mo- confiança, entre outros.
tivadas e contagiantes. Este tipo de fun- Em suma, as ‘soft skills’ devem ser reco- tecnologia, o fator
cionário é capaz de influenciar um grupo, nhecidas como críticas ao sucesso empre- humano também
condicionar positivamente os outros, sarial, sendo obrigatório dar-lhes expres- deverá ser visto
melhorando de forma saudável a sua pos- sividade e reconhecer a sua importância e como um fator
tura, técnica e o modo de funcionamento seriedade, enquanto fator crucial à crítico para a
no local de trabalho. Ainda há muitas potenciação dos Recursos Humanos, ao
empresas que baseiam os seus processos profissionalismo exemplar, assim como à sobrevivência
de recrutamento apenas na experiência e excelência.
conhecimento técnico, deixando de lado Aliado aos fatores ‘soft skills’ e tecnologia,
as capacidades emocionais e aptidões so- a formação contínua e adequada também surge como uma questão
ciais e humanas. Em situações de trabalho preponderante para o sucesso empresarial. A formação nestas duas
em equipa, aqueles que não possuem este áreas, direcionada, por parte das empresas, às suas equipas, deverá
tipo de aptidões não trazem qualquer ser assumida e reconhecida como uma mais valia para o negócio.
valor acrescentado, prejudicando os res- Como descrito anteriormente, os Recursos Humanos são um fator
tantes elementos e gerando desconforto, de grande destaque para toda e qualquer área. Identificam uma
o que irá dificultar a concretização dos empresa no mercado, tornam-na mais competitiva, dando-lhe
objetivos propostos. notoriedade. Neste sentido, as empresas mais competitivas são
Cada vez mais os Recursos Humanos são reconhecidas por investirem nos Recursos Humanos, evitando,
um ativo precioso para uma instituição, para assim, problemas relacionados com o baixo nível de qualificação e
a tão desejada obtenção de uma posição incapacidade produtiva. Este tipo de dificuldades, entre outros
sólida e dinâmica no mercado. A aposta fatores, poderão estar ligadas a uma fraca formação profissional,
objetiva na valorização, motivação e diminuta e ineficiente. A aprendizagem deverá ser constante e
formação plena dos seus profissionais vai acompanhar o colaborador ao longo de toda a sua vida ativa, só
conduzir a empresa a uma posição confor- assim se poderá fazer face às constantes alterações que existem no
tável no mundo/ mercado atual. mercado atual, sempre em constante mudança, com novas
Para melhor se entender este conceito, as tendências, ideias e tecnologias.
‘soft skills’ são frequentemente descritas Perante o panorama atual em que a nossa sociedade se insere – um
com a utilização de termos habitualmente mundo global sempre em constante mutação, onde as transforma-
associados a traços de personalidade, ções e inovações tecnológicas são consecutivas – é obrigatório en-
nomeadamente: otimismo, positividade, contrar um parceiro que apresente soluções de formação competen-
responsabilidade, humor, integridade, em- tes e atuais, no setor das tecnologias de informação.
patia, liderança, confiança, capacidade de No mercado moderno, já existem empresas que baseiam a sua atuação
negociação, sociabilidade, criatividade, neste setor, conseguindo dar uma resposta
sempre eficaz e atual às diversas
necessidades dos seus clientes.
Pessoalsetembro2011
33
ESPECIAL RH – TECNOLOGIAS DE GESTÃO
Adecco connect
O
recurso a ferramentas de apoio para a gestão do capital humano base de dados aos clientes. Esta conexão permite que o cliente aceda ao
é hoje uma necessidade imperativa de todas as organizações. As ‘curriculum vitae’ de todos os candidatos cujo perfil se enquadre na atividade
aplicações de Recursos Humanos têm como objetivo agilizar, e/ou especificidades definidas por cada cliente.
simplificar e otimizar todas as áreas inerentes, impondo-se como ferramentas Deste modo, a Adecco proporciona ao cliente, e de uma forma célere, um
indispensáveis aos profissionais desta área. conjunto de candidatos que pela sua experiência profissional, formação ou
Consciente desta necessidade, a Adecco desenvolveu um sistema de in- pelo desempenho excelente nas missões que realizou com a Adecco, vão
formação interativo – o Connect – através do qual o cliente efetua a gestão e o de encontro a algumas
seguimento dos seus recursos. necessidades de
Texto: Carla Oliveira, responsável RH, Adecco Portugal
uma ligação direta dos candidatos registados na nossa recrutamento mais recorrentes da sua atividade.
controlo de assiduidade
A
Infocontrol é especialista em sistemas de gestão de tempos e
controlo de assiduidade desde 1988, tendo instalado, desde en-
tão, cerca de 6 000 soluções. Os sistemas Bodet vão ao encontro
das várias dimensões e necessidades das empresas/ organismos, sendo
das poucas marcas a atuar nesta área com a certificação de Qualidade
ISO9001.
As necessidades das empresas e as nossas soluções. O acesso aos dados
é feito através de uma alicação ‘fullweb’, o que significa que não é neces-
sário instalar a aplicação em computadores da rede; apenas no servidor da
aplicação, efetuando através dos seus vários módulos: gestão de presenças
e ausências; descentralização de tarefas administrativas; planificação de
horários; gestão de tarefas/ atividades; relatórios personalizados; e controlo
de acessos. os nossos terminais de marcação. Gama completa de terminais
de marcação, desde terminais biométricos, com leitura da impressão digital
ou da geometria da mão, até terminais de leitura de cartões magnéticos ou
de proximidade (sem contacto). Com a nova solução Kelio Mobile, é
Texto: Rui Beirão
34 Pessoalsetembro2011
A crise transformou as funções dos
Departamentos RH?
por: Nuno Fernandes, ‘Presales’ e marketing, Meta4
Pessoalsetembro2011
35
ESPECIAL RH – TECNOLOGIAS DE GESTÃO
‘Software as a Service’
Tecnologias de gestão
auxiliam desempenho
A MuMtempo, especialista em trabalho temporário,
utiliza as aplicações integradas (SIGE) para consolidar
a relação triangular, figura de estilo normalmente
L onge vão os tempos em que gerir
pessoas e clientes se resumia a um
departamento interno criado em
cada empresa, os denominados ser-
viço de pessoal e departamento comercial.
Hoje, os métodos usados na gestão dos ser-
utilizada na sua áma de negócio, entre clientes, viços, das pessoas e das infraestruturas ba-
seiam-se normalmente em metodologias que
trabalhadores temporários e os seus recursos internos utilizam as ferramentas de tecnologias de
informação e gestão e/ou os ‘softwares' de
(Gestão de Recursos Humanos). SIGE (sistemas integrados de gestão empre-
sarial) como soluções de apoio, direcionados
por. Eduardo Silva, Coordenador do Departamento Administrativo para a gestão do negócio, gestão de serviços,
e Financeiro da Multitempo gestão da qualidade e organização dos servi-
ços; temas estes implementados através de
relatórios de análise e informação.
As funcionalidades exigidas para a busca dos
melhores resultados estão assentes na pers-
petiva financeira, gestão de clientes, Gestão de
Recursos Humanos e gestão de processos
internos. Os ‘outputs' que decorrem de todas
estas funcionalidades devem transmitir indi-
cadores objetivos, claros e fiáveis e de fácil
obtenção. Esta é a estratégia da organização
face ao negócio. Assim, e em particular na
Multitempo, estas ferramentas são de extrema
importância para a visão, missão e desenvolvi-
mento do seu negócio.
A evolução tecnológica dos sistemas de
informação da Multitempo baseia-se, fun-
damentalmente, em duas aplicações de su-
porte: uma aplicação de Gestão de Recursos
Humanos e outra de recrutamento e seleção;
um CRM e dois portais, sendo estes, um
direcionado para os clientes e outro para os
colaboradores. A aplicação vocacionada para
a Gestão de Recursos Humanos assenta nas
componentes comerciais, administrativas e
38 Pessoalsetembro2011
financeiras, sendo possível através destas obter respostas eficazes e de diversos documentos, como por exemplo
rápidas nas três vertentes. Nesta capacidade está adjacente a capacidade recibos de vencimento, declaração de IRS,
de resolver e solucionar questões relacionadas com clientes, entre outros. Desta dinâmica resultam eco-
colaboradores e gestão de processos internos. Quanto ao aplicativo de nomias de escala para todos, permitindo
Recursos Humanos, é conseguida uma gestão de candidatos muito também à Multitempo libertar-se de tarefas
eficaz, sendo possível obter uma seleção extremamente criteriosa e de administrativas, centrando-se no seu ‘core
acordo com os perfis solicitados pelos clientes, bem como adaptar os business’, assegurando, assim, o acompanha-
mesmos a necessidades específicas de cada pedido e diversas funções. mento comercial e técnico de qualidade.
Quanto ao software comercial (CRM), tem como ‘target’ a gestão dos Todas estas aplicações integradas (SIGE)
clientes prospetos, ativos e, em consequência, esta ferramenta permite o implementadas na Multitempo permitiram a
acompanhamento muito estreito entre a área comercial da Multitempo oferta de um pacote aos seus clientes que
face às necessidades do cliente, permitindo, assim, antecipar, perceber, inclui o produto, o preço, os serviços e a
solucionar e, no fundo, tornar a relação comercial numa parceria e na imagem, com o objetivo de estreitar relações
mútua conjugação de interesses e necessidades. de parceria na procura mútua do sucesso, e
Por último, os port@is da Multitempo direcionados para os clientes e para não numa relação de compra e venda e nada
os colaboradores. Este foi o projeto de tecnologias de informação e gestão mais. No caso da Multitempo, desta forma
mais importante desenvolvido a nível interno. A grande agilidade desta consolida a relação triangular, figura de
ferramenta veio possibilitar às empresas clientes e aos colaboradores uma estilo normalmente utilizada na sua área de
maior proximidade para com a Multitempo. negócio, o trabalho temporário, sendo assim
Aos clientes, é disponibilizado um acesso que lhes permite obter e con- possível conciliar a relação com os clientes,
sultar diversos documentos relacionados com a gestão contratual e ges- gerir os trabalhadores temporários e os seus
tão financeira. Quanto aos colaboradores, permite-lhes que tenham aces- recursos internos (Gestão de Recursos
so às informações dos dados pessoais, bem como a consulta e impressão Humanos).
Pessoalsetembro2011
39
METRICS
O QUE MEDIR?
A grande missão da Gestão de Recursos Humanos é asse-
gurar que a organização tem talento na quantidade e qua-
lidade que assegurem o cumprimento da estratégia através
do alcance de resultados de negócio.
Cumprir esta missão passa por acompanhar em que medida os
Recursos Humanos contribuem para alcançar performance e
quais as limitações a esta capacidade.
A atenção a dar à capacidade de produzir resultados de ne-
gócio é muito relevante numa visão ' as is ' , mas é ainda mais
numa visão de futuro. Assim ter indicadores que permitem
monitorar a qualidade de talento existente e capacidade de
atrair talento no futuro são igualmente importantes.
40 Pessoalsetembro2011
A atual agenda económica está
fortemente influenciada pela
pressão para melhores resulta-
dos, quer mais receita quer mais
rentabilidade. Assim, a atenção
dada hoje aos indicadores de
Gestão de Recursos Humanos
nasce da necessidade de respon-
der também a este desígnios
QUE INDICADORES?
Na PwC(1) entendemos que existem três
áreas fundamentais que devem merecer
atenção como forma de identificar o impac-
to estratégico das suas pessoas e permitir a
identificação de áreas de melhoria, melhores
práticas e inovações. A estrutura de
indicadores que suporta estas três áreas é: 2. ‘HR Effectiveness' ou impacto da função de Gestão de Recursos
Humanos no negócio.
1. Impacto do capital humano enquanto a. A eficiência e eficácia da função de RH têm sido preocupações funda-
força de trabalho, através da análise de mentais das atuais lideranças. A PwC desenvolveu indicadores de medida
indicadores de performance ligados ao acerca do `HR Delivery Model' (ou formato de organização e integração
presente e futuro da organização. da DRH no negócio), das atividades de Gestão de RH, da capacidade
a. Em termos de performance atual, tra- instalada destas direções. Neste contexto, destacamos como principais fer-
balhamos o ROI do capital humano, a ramentas de análise qualitativa as entrevistas estruturadas aos principais
produtividade financeira das pessoas, os interlocutores das DRH e questionários `voice of the customer'.
tradicionais indicadores relacionados com
remuneração, absentismo, `turnover' e ou- 3. Indicadores adicionais de suporte ao desenvolvimento estratégico
tras medidas associadas à mobilidade. É da função de RH. Nesta dimensão os nossos trabalhos centram-se
ainda possível medir, entre outros, indica- em análises objetivas sobre gestão de talento, liderança, o papel das
dores relacionados com a estrutura orga- DRH enquanto centros de serviços partilhados, análise da relação
nizacional, com as pessoas e riscos associa- das DRH com outras funções chave de suporte a uma organização,
dos a esta estrutura. como a função financeira ou informática/ tecnológica.
b. Sobre performance futura, os desafios que
temos vindo a trabalhar estão relacionados INDICADORES COM MAIOR ATENÇÃO NA ATUAL AGENDA
com atrair e desenvolver as melhores pessoas ECONÓMICA
para o negócio, perder quadros, envolver e A atual agenda económica está fortemente influenciada pela pressão
motivar colaboradores, entre outros. para melhores resultados, quer mais receita quer mais rentabilidade.
Pessoalsetembro2011
41
METRICS
rência destes encargos
Nota para a esfera privada o
que tem colocado pres-
são neste item dos cus-
42 Pessoal setembro 2011
tome.gil@escritadigital.pt
dores que atinge os objetivos. Cerca de nove Vendas/ número de colaboradores e vendas/ massa salarial, a análise, ano a
mil pessoas, em onze organizações, utilizam o ano, destes indicadores e a comparação com empresas de um mesmo setor
software de avaliação de desempenho da é algo que não podemos ignorar.
Escrita Digital, sistemas de avaliação baseados Para concluir propomos-lhe um exercício: faça a sua lista, vai ver que, ao fa-
em objetivos são prática corrente. Observar zê-la, descobrirá que a mesma irá parecer-lhe nunca estar completa.
Pessoalsetembro2011
43
METRICS
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Maças rsamItepea
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GRUPO EGOR I PESSOAS E NEGÓCIOS
CONSULTORIA RH
46 Pessoalsetembro2011
ESTÁ A CORRER? "Verificámos no tecer nas gestão global das empresas, o que sig-
Para a SDO, a internacionalização foi uma de- [Sri Lanka] um nifica que teremos nos próximos anos alteração
cisão estratégica tomada em 2006/07, tendo do papel que as direções de RH assumirão pe-
equacionado logo os mercados Africano e Asi- grande interesse rante a gestão de topo. Contudo, um dos papéis
ático. Quanto ao primeiro, escolhemos Moçam- na experimentação principais será sempre o desafio das direções de
bique e apostámos numa sociedade com sócios das nossas RH agilizarem e favorecerem as mudanças que
locais. Hoje temos uma empresa, cuja operação abordagens, se colocam num nível superior. Complemen-
está a decorrer acima das nossas expectativas, metodologias e tarmente à mudança de papéis e subjacentes
com desafios estimulantes. Quanto ao mercado políticas, alguns dos principais focos da gestão
asiático, estamos a preparar a operação no Sri sistemas" de pessoas irá ser o thange management', a for-
Lanka, sem deixarmos de olhar para outros ma como as pessoas vão ser recompensadas e
países. As visitas efetuadas a muitas empresas e como vão organizar e conciliar as suas carreiras
instituições naquela área geográfica resultaram num balanço muito positivo. pessoais e profissionais. As relações de emprego
Verificámos um grande interesse na experimentação das nossas abordagens, e de trabalho terão de ser fonte de novas abor-
metodologias e sistemas, o que já está a acontecer com algumas das mais dagens e modelos de contratação, quebrando
prestigiadas empresas do Sri Lanka e que, em breve, poderá ser tornado com alguns dos paradigmas atuais como são o
público. Abriremos proximamente o nosso escritório local, estando o `site' género, a idade, mobilidade e nacionalidade. A
em fase de ultimação. A equipa está, neste momento, na fase de preparação. gestão das maiorias e minorias, ou seja, de qua-
De referir ainda que, por motivos históricos, os Portugueses beneficiam de dros e não quadros, irá ser ainda mais influen-
muita afetividade e consideração por parte da população e das instituições do ciada pelos novos contextos macroeconómicos
Sri Lanka._ e macrosociológicos, pelo que a aprendizagem e
desenvolvimento das pessoas é a única porta de
ONDE DEVEMOS FOCAR A GESTÃO RH NOS PRÓXIMOS ANOS? entrada no futuro.
A gestão das pessoas terá de acompanhar todas as mudanças que irão acon
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47
COACHING
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sair desse estado. Isto não é “uma crise” por- As empresas
que se fosse estaríamos em crise desde sem- podem ter tudo:
pre. O que estamos a viver é uma crescente
tomada de consciência sobre o que há a mu- o melhor marke-
dar. Até agora temos procurado sempre fora ting, a melhor
de nós! Que tal, procurarmos agora dentro tecnologia... Mas
de nós? E quando digo nós, digo indivíduos, sem o capital
empresas, empresários, colaboradores (pre- humano nada
firo trabalhadores porque isso diz mais de
nós); todos como comunidade, todos como acontece
país, todos como mundo. Quantos papéis
quisermos – porque desempenhamos todos!
Será então esta fase uma iminente mudança de paradigma? Sim! É aí que
o coaching é tão necessário, senão imprescindível.
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49
COACHING
Coaching comercial
O coaching comercial diferencia-se da consultoria e da formação tradicional, visto
que está genuinamente focado no desenvolvimento intrínseco do seu destinatário,
na prossecução da sua autoconsciência e no apoio à identificação e definição dos
seus próprios objetivos e planos de ação para os atingir.
por: João Alberto Catalão, ‘Master’ em coaching, fundador e diretor-geral da YouUp e membro do grupo
português de coaches
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Hoje, no mundo muito poucos recursos a requalificar os seus
dos negócios, negociadores. Muitas empresas perderam
quota de mercado (ou fecharam), devido à
podemos come- sua teimosia em deixarem as suas vendas
çar a dizer que nas mãos de “negociadores” desajustados
por detrás de um aos novos ritmos e exigências negociais.
grande profissio- Atualmente, temos a perceção de que
ambos os lados estão equilibrados ao nível
nal está, durante dos conhecimentos técnicos, estando ambas
algum momento, as partes confrontadas com a necessidade
um grande coach! urgente de se entenderem.
“SE NÃO SABES PARA ONDE IR, NÃO IMPORTA QUE CAMINHO TE
PODE CONDUZIR ATÉ LÁ”.
O coaching assume-se com muito sucesso enquanto uma nova e dinâ-
mica metodologia de desenvolvimento pessoal e profissional, pelo que
desde há muito que a elegi como um domínio de intervenção estratégi-
co para a área comercial.
©dr
jcatalao@youup.pt
radores da distribuição investiam tempo e Antes costumava dizer-se que por detrás de um grande homem estava
dinheiro a enviar os seus negociadores ao uma grande mulher... Hoje, no mundo dos negócios, podemos começar
estrangeiro, os produtores perderam muito a dizer que por detrás de um grande profissional (homem ou mulher)
tempo e dinheiro a protestar, dispensando está, durante algum momento, um (ou uma) grande coach!
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CASE STuDY
As equipas do AKI envolvidas no projeto concluíram um desafio que consistia em construir uma ponte,
© We change
concertando e alinhando esforços
Integração de novos
colaboradores
por: Paula Campos, ‘Managing partner’, We Change
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Entrar numa empresa é como ir cluir um momento/ Cerca de três semanas antes da abertura, a
viver para um país no estrangeiro, etapa cujo objetivo fos- nova equipa já está na sua loja e, mais uma
se desenvolver a apro- vez, com a ajuda de colegas ‘expert’, dá início
temos de aprender uma língua priação dos valores da ao que chamamos o processo de instalação
diferente, outras práticas empresa pelos novos (colocação de produto)”.
culturais, novas regras e, o mais colaboradores, estimu- A responsável acrescenta: “Imediatamente
importante, estabelecer uma nova lando o sentido de per- antes da abertura, realizamos uma atividade
‘network’ profissional tença e reforçando os de um dia em equipa: “DIY Day”. Convida-
laços com a equipa e a mos a equipa a interagir fora do contexto
empresa. loja, numa atividade em que se pretende,
A Bene Farmacêutica, essencialmente, a interiorização dos valores
na altura do seu lançamento em Portugal, desafiou-nos a desenhar um da empresa. Num ambiente totalmente
evento que fosse integrado no seu plano de acolhimento e integração descontraído e com a ajuda de consultores
da nova equipa, e que contribuísse para o reforçar de laços, na especializados, a equipa realiza “jogos” que
consolidação de sentido de corpo e missão, bem como a transmissão permitem colocar em evidência aquilo que
dos valores da empresa a esta equipa que iniciava valorizamos e o que nos distingue enquanto
oprojeto. empresa nas nossas relações uns com os ou-
A equipa tinha passado meses envolvida na criação dos sistemas base de tros e com o nosso contexto”, conclui.
suporte na empresa, em formação técnica e de produto, meses duros e No desenho destes “DIY DAY” para o AKI,
exigentes nos quais o desenvolvimento dos relacionamentos profis- utilizámos a conceito base do “faça você
sionais foram-se desenvolvendo, muito centrado no atingir dos objeti- mesmo”, ‘headline’ do AKI, como inspiração
vos de conclusão das atividades preparatórias para o início de atividade. de um conjunto de atividades de equipa que
Desenhámos um evento de dois dias, assente numa metodologia expe- implicavam a apropriação dos valores da or-
riencial, fora de portas, levando toda a equipa até um hotel no Sul do ganização.
país. Foi um programa que previa atividades de ‘teambulding’ integradas As equipas concluíram desafios que envol-
com momentos de lazer, de forma a criar espaços de fortalecimento de veram construir uma ponte, concertando e
relações e de conhecimento mútuo. alinhando esforços. Meteram também mãos
Passamos com os nossos colegas de trabalho mais tempo do que passa- à obra na confeção do seu almoço, na cria-
mos com a nossa família, portanto, é importante criar oportunidades ção e na encenação de pequenas peças de
de desenvolver relacionamentos profissionais positivos, que suportem teatro, para trabalhar temáticas de relacio-
um bom clima na equipa. namento com o cliente externo e interno.
O programa de atividades implicou, igualmente, uma passagem de de- Tiveram oportunidades de reflexão em
safios de subequipa para desafios cada vez mais globais. Os desafios equipa, aumentando o autoconhecimento e
foram sendo facilitados pela nossa equipa de formadores, nos consciência de pontos fortes e áreas de me-
momentos de ‘briefing’, conduzindo a reflexão e o estabelecimento dos lhoria. E terminámos em momento forte de
compromissos de melhoria. sentir a equipa, construindo o próprio ritmo
Na última etapa do programa, as subequipas viveram o projeto de de equipa com atividade de ‘drumming’. Ou
construir pequenas jangadas e, após um percurso de navegação, seja, uma injeção de energia, motivação para
tiveram o desafio de construir uma jangada que levasse todos os o desafio de abertura de loja que se
colegas até ao novo território onde lançaram a sua bandeira! Foi tempo avizinhava.
de festejar, foi tempo de lançar as sementes para o vestir desta nova
camisola, do orgulho em pertencer!
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UNIVERSIDADES
Marketing digital e
Recursos Humanos
Será que temos bons RH porque
tivemos a capacidade de nos po-
sicionar no mercado como uma
empresa atrativa para qualquer
potencial bom colaborador ou,
pelo contrário, nos deixamos ir e
vamos buscando ao mercado RH
conforme vamos necessitando?
por. Filipe Carrera, Coordenador da Pós-
Graduação em Marketing Digital do IPAM
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to com uma fração do investimento necessário nos meios tradicionais. Algumas empresas abraçam o
Finalmente, numa época de crise, o melhor que podemos ter é con- social fazendo vídeos com os
seguir provar o resultado de cada Euro investido, o marketing digital
tem métricas que permitem a qualquer pessoa fazer esta análise, minu- seus colaboradores em que eles
to a minuto, e não meses depois da ação realizada. explicam o gozo que têm em
Voltando à questão inicial, também acredito que atraímos o que somos. trabalhar nessas empresas. Será
Num mundo do social, cada colaborador é, para o bem e para o mal, que este tipo de ações atraem os
um porta-voz da sua empresa, ele exprime as suas alegrias e angústias melhores? Claro que sim!
numa rede que nos interliga a todos num mundo cada vez mais
pequeno.
Algumas empresas abraçam o social fazendo vídeos com os seus cola- de parabéns de amigos mais atentos
boradores em que eles explicam o gozo que têm em trabalhar nessas Segunda opção: ações de marketing digital
empresas. Será que este tipo de ações atraem os melhores? Claro que com menor custo, maior eficácia, mas com
sim! O melhor vendedor é um cliente satisfeito. infinitamente menor reconhecimento social,
Então, se o digital é tão bom, por que é que a mudança tem tardado ninguém lhe vai telefonar a dizer: “grande
tanto? Caro leitor, vou contar-lhe um segredo. Imagine que tem o anúncio no Google!”.
poder de decidir sobre um orçamento publicitário substancial e tem Apesar do seu lado racional se inclinar para
duas opções. a segunda opção, o seu lado emocional vai
Primeira opção: ações de marketing tradicional nos jornais de maior fazê-lo tomar a primeira opção, por que so-
tiragem, televisão, rádio e cartazes. Ao acordar com o rádio passa o seu mos seres emocionais. Mas nunca irá ouvir
anúncio, vai comprar o jornal e lá está, uma página inteira. Ao jantar liga um decisor dizer que sua decisão foi basea-
a televisão e pede um momento de silêncio para que todos possam da em pura vaidade. A
admirar o seu magnífico trabalho, seguido de alguns telefonemas escolha agora é sua!
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I
PERFIL
Pedir sorrisos em
troca de sorrisos
José Paulo Machado nasceu em 1952, em Lisboa Está ligado ao Grupo Sumol desde
1982 e atualmente é assessor da Administração da SUMOL+COMPAL, assumindo a
responsabilidade da Direção de Pessoas, Comunicação e Responsabilidade Corporativa
Em entrevista, afirma "que um sorriso vale imenso e não custa nada a dar. Na SUMOL+
COMPALsouconhecidoporpedirsorrisosemtrocadesorrisos",avelapor:CátiaPereirafotos:DesigneForma
J
OSÉ PAULO MACHADO ESTÁ TRABALHOU COM PRODUTOS TÃO DISTINTOS COMO CEREAIS,
LIGADO AO GRUPO PASSANDO PELA ÁREA DE VINHOS E BEBIDAS ESPIRITUOSAS E
SUMOL+COMPAL HÁ 19 ANOS. AGORA ESTÁ NA SUMOL+COMPAL, O QUE APRENDEU COM ELES
COMO SURGIU A OPORTUNI- SOBRE GESTÃO DE PESSOAS?
DADE DE INTEGRAÇÃO? Na Em todas as áreas e organizações em que trabalhei aprendi algo sobre
realidade a minha ligação a uma das entidades gestão de pessoas. Nas várias fases da minha carreira as aprendizagens
que deu origem à SUMOL+COMPAL vem já foram diferentes, quer pela minha idade e grau de experiência que a cada
desde os anos 80 do século passado. altura tinha, quer pelo tipo de organização. Mas não se pode dizer que haja
Trabalhava então como diretor de marke-ting grandes divergências. Em todas as situações aprendi coisas boas e
numa empresa de distribuição de vinhos e presenciei factos e ações que considerei passíveis de grandes melhorias
bebidas espirituosas e fui desafiado pelo e/ou de práticas a evitar. Aprendi que é importante ter uma boa dose de
fundador, e grande impulsionador do então abertura de espírito, ter disponibilidade para ouvir e manter proximidade
Grupo Sumol, a fazer parte do Conselho de com as pessoas das nossas equipas para as poder conhecer melhor, ter a
Administração da Sumolis. Apesar de, por humildade de ouvir as críticas construtivas e um bom "estômago" para
óbvias incompatibilidades em termos da ouvir aquelas que o são menos. Aprendi ainda que há que fomentar uma
gestão do meu tempo, só ter cumprido um relação saudável em que as chefias são vistas como um dos elementos da
mandato, nunca mais deixei de estar equipa e não como um "opositor". Mas talvez o mais importante que
estreitamente ligado a esta organização, quer aprendi é o facto de o exemplo vir sempre de cima. O "faz o que eu faço"
como membro do seu Conselho Consultivo, tem de coincidir com o "faz o que eu digo"!
quer, mais tarde, do seu Conselho Fiscal. Em “O nosso projeto
1995, quando já como diretor-geral deixei de de crescimento é QUANTOS TRABALHADORES TEM A
trabalhar no setor das bebidas alcoólicas, baseado em três SUMOL+COMPAL?
surgiu um novo convite do dr. António João Trabalham na SUMOL+COMPAL cerca de
pilares: inovação,
Eusébio e do atual presidente da 1 400 pessoas.
SUMOL+COMPAL para regressar, agora a internacionaliza-
tempo inteiro, ao Conselho de Administração ção e desenvolvi- QUAIS SÃO OS VOSSOS PRINCIPAIS VALO-
da Sumolis, com o pelouro comercial que mento do talento RES RH?
abarcava vendas e 'trade marketing'. das pessoas" Estamos precisamente neste momento a tra-
Pessoalsetembro2011
57
PERFIL
balhar sobre essa matéria, aferindo a conveniência de proceder a alguns uma força de distribuição ímpar no nosso
ajustes quando estão decorridos quase três anos sobre a fusão que deu setor em Portugal. Porque inovamos todos os
origem à SUMOL+COMPAL. Mas creio que não errarei muito se lhe dias. Porque temos um bom ambiente de
disser que a ambição de crescer e de fazer melhor, a paixão ao serviço trabalho. Porque somos líderes. Porque esta-
da organização, a coesão e a cooperação entre as pessoas e as equipas mos a crescer. Enfim, porque nos desafiamos
são linhas orientadoras para todos os que aqui trabalham. permanentemente para fazer melhor.
CONTE-NOS UM EXEMPLO DE UMA BOA PRÁTICA RH QUE TENHA A SUMOL+COMPAL UTILIZA, NO ÂMBITO
IMPLEMENTADO NA EMPRESA. DA SUA COMUNICAÇÃO INTERNA E NO
Há um projeto da SUMOL+COMPAL de que todos nos orgulhamos. DOMÍNIO DA GESTÃO RH, AS NOVAS TEC-
Trata-se da Academia SUMOL+COMPAL que, neste momento, tem NOLOGIAS?
apenas a Escola de Vendas e de Marketing mas que queremos estender Na SUMOL+COMPAL cerca de 700
a outras áreas da organização. É um programa de trainees' destinado a pessoas trabalham diariamente com um
jovens licenciados e pós-graduados que tem uma componente prática computador, pelo que seria impensável não
muito grande, a par de uma forte focalização na estratégia do negócio, utilizar as novas tecnologias na nossa
da gestão de marcas e da gestão de canais. Trata-se de uma excelente comunicação interna. Para além do nosso
forma de descobrir e desenvolver o talento, formando os gestores do `website', que também é visitado pelas nossas
amanhã. Estou convicto que esta é uma excelente prática da nossa pessoas, temos uma intranet muito dinâmica
empresa, que bons frutos nos deu e continuará a dar. e usamos o e-mail como ferramenta corrente
de comunicação. Para a equipa de vendas,
POR QUE RAZÃO A SUMOL+COMPAL, DO PONTO DE VISTA DOS particularmente a que cobre o mercado ho-
TRABALHADORES, É UMA BOA EMPRESA PARA TRABALHAR? reca (hotéis, restaurantes e cafés), temos a
Porque somos uma empresa portuguesa com SUMOL+COMPAL TV cujos episódios são
um excelente projeto de crescimento compostos por um misto de ações de forma-
sustentado, baseado em três pilares: inova-
"Crise é uma ção ou de mera informação comercial e de
ção, internacionalização e desenvolvimento palavra muito marketing.
do talento das nossas pessoas. Porque esta- usada hoje em
mos no grande consumo, o que é interessan- dia, mas aqui não ACHA QUE A GESTÃO RH ESTÁ A
te para muitos profissionais. Porque somos usamos muito o MUDAR NO NOSSO PAÍS?
uma empresa de marcas e porque temos termo" A gestão de Recursos Humanos está a mu-
dar em todo o mundo. Hoje em dia a gestão
do talento e o seu desenvolvimento é uma
necessidade real das empresas que veem as
suas pessoas como fator de diferenciação.
Daí a cada vez maior ligação entre a estra-
tégia da empresa e do negócio e a estratégia
de Recursos Humanos. Quando não há ali-
nhamento, está-se a perder uma oportunida-
de com prejuízos para as pessoas e para a
organização. Creio que esta consciência tem
vindo a ganhar peso no nosso país e que será
reforçada nos próximos anos. É provável
que eventuais alterações na legislação laboral
possam despoletar outras mudanças que, de
momento, são difíceis de prever.
58 Pessoalsetembro 2011
reunir os recursos certos - pessoas e materiais
- para implementar os programas e processos
que façam a diferença.
Outside
SABEMOS QUE TEM COMO 'HOBBIES' VIAJAR E FO-
O TEMA DA CRISE TEM SIDO RECOR- TOGRAFAR SÃO DOIS PASSATEMPOS QUE SE
RENTE NOS ÚLTIMOS TEMPOS. COMO É CONCILIAM NA PERFEIÇÃO. QUAL FOI A
QUE AS COISAS SE PASSARAM NA SUA VIAGEM PREFERIDA? E QUAL A FO-
SUMOL+COMPAL? TEVE IMPLICAÇÃO NA TOGRAFIA QUE MAIS TEM ORGULHO?
GESTÃO DE PESSOAS? A paixão pelas viagens e pela fotografia já é
Crise é realmente uma palavra muito usada antiga e, como diz, são perfeitamente conciliá-
hoje em dia. Sabemos que os próximos anos veis. A viagem de que mais gostei foi ao Quénia,
não serão fáceis e que temos desafios muito com uma semana passada na savana de Masai
exigentes pela frente mas, muito hones- Mara e outra semana na praia, perto de Mom-
tamente, na SUMOL+COMPAL não baça. Foi uma experiência única que gostaria de
usamos muito o termo. A empresa tem repetir. Naquela savana é fácil apercebermo-nos
procurado, e felizmente conseguido, do quão pequenos somos e do que é a vida em
encontrar soluções que permitam continuar a perfeita harmonia com a natureza e ao ritmo do
desenvolver o nosso negócio. O facto da movimento do sol. Fotografias de que gosto,
economia portuguesa estar a passar por tenho muitas. Orgulho-me particularmente de
momentos mais complicados não tem uma tirada a um leão em Masai Mara e uma ou-
impedido que continuemos a investir e a tra, numa pequena povoação perto de Lamego,
crescer fora de Portugal. É evidente que em que julgo ter captado, na cara e atitude de uma senhora à janela o sentimento de
temos vindo a implementar algumas medidas solidão e da "vida a passar".
de contenção de despesas mas isso não tem
tido implicações negativas alargadas na UMA PAISAGEM DE CORTAR A RESPIRAÇÃO?
gestão das nossas pessoas. A tal savana de Masai Mara foi a que mais me marcou. Mas também a visita ao parque de
vulcões no Haway e a experiência de ver a lava a cair incandescente no Oceano, ao início
COMO FAZ A GESTÃO DE TEMPO PROFIS- da noite, ficou bem registada na minha memória.
SIONAL COM O TEMPO FAMILIAR?
Infelizmente, mal. Geralmente, chego bastan- QUAL É O SEU LEMA DE VIDA?
te cedo ao escritório e não saio cedo. Desta Não tenho propriamente um lema de vida, mas considero que um sorriso vale imenso e não
prática resulta que o tempo passado com a custa nada a dar. Na SUMOL+COMPAL sou conhecido por pedir sorrisos em troca de
família quase se reduz aos fins de semana. sorrisos. É algo de contagiante que predispõe bem um grupo de pessoas.
Tenho procurado, às vezes sem muito suces-
so, não levar trabalho para casa ao fim de UM LIVRO INESQUECÍVEL?
semana exatamente para poder estar com a Gosto muito de ler e poderia citar alguns títulos de livros de que gostei muito. Mas
família e os amigos, ou simplesmente para vou-lhe referir um que me marcou na adolescência "As três Sereias " , de Irving Walla-
relaxar. Procuro que as minhas equipas o fa- ce. E refiro-o pela mensagem que transmite do profundo respeito que devemos ter
çam bem e incito que façam horários com- pelos outros e pelas diferenças culturais, religiosas, rácicas, de hábitos e ou de com -
patíveis com as necessidades das respetivas portamentos que possam ter. Na altura marcou-me e já por várias vezes disse a mim
famílias mas, neste aspeto, tenho consciência mesmo que, um dia destes, o hei de voltar a ler.
que lhes dou um mau exemplo.
A FELICIDADE É O QUÊ?
O QUE O MOTIVA NO SEU DIA A DIA? A felicidade é, acima de tudo, estarmos bem connosco e com os outros. É beijar alguém de
Sabe, sempre gostei de trabalhar. E continuo quem se gosta. É abraçar alguém que precisa de apoio. É rirmo-nos com os amigos. É gritar
a gostar. Se calhar, devido às minhas origens de alegria. É pular de satisfação.
de marketing e vendas, julgo ter uma boa
capacidade de automotivação o que faz com QUE SONHO GOSTARIA UM DIA DE REALIZAR?
que ultrapasse com relativa facilidade aqueles Tenho um sonho de poder contribuir para a construção de raiz de uma escola ou de
momentos em que as coisas não nos correm uma universidade em Timor Leste, com ensino em português. Foi uma ideia que me
como mais desejamos. Motiva-me o querer surgiu aquando da independência de Timor Leste e que ainda não me saiu da
fazer bem e fazer melhor que no dia anterior. cabeça. É algo que adoraria poder tomar realidade. Se um dia me sair o Euromilhões,
Motiva-me o aprender algo de novo, a cada estará mais perto de se tornar realidade...
dia. Motiva-me o passar algo da minha
experiência aos meus colegas mais jovens e UM LIVRO QUE RECOMENDA AOS NOSSOS GESTORES RH?
também aprender com a sua "irreverência" Não corro o risco de fazer essa recomendação, sob pena de me estar a esquecer de
profissional. um ainda mais relevante do que aquele que pudesse referir.
Pessoalsetembro2011
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ANÁLISE JURÍDICA
A tecnologia regulada
ao serviço da gestão RH
C. SRSAdvogados
Nesta "Era da Informação " em que nos encontramos, as Os processos de controlo informático
novas tecnologias vieram permitir ao empregador uma
das comunicações e do cibermundo,
monitorização quase instantânea e constante das
comunicações, telefónicas ou eletrónicas, efetuadas pelos
"à distância" e quase que por mero
seus trabalhadores, bem como da utilização que estes dão premir de um botão, elevam-se à
à Internet enquanto no local e durante o horário de trabalho categoria de ferramenta essencial de
e, em regra, com recurso aos meios disponibilizados pelo Gestão de Recursos Humanos
empregador.
Dificilmente se poderá negar que a entidade empregadora trónico". Não obstante, tal não impede o empregador de
tem o direito de avaliar a forma como os trabalhadores "estabelecer regras de utilização dos meios de comunicação
" ocupam" o seu horário de trabalho, não só para assegurar a na empresa, nomeadamente do correio eletrónico " (artigo
efetiva execução das suas funções, o uso eficiente e a se- 22.°), o que, a ocorrer, deverá ser por intermédio de regula-
gurança dos sistemas informáticos - assegurando, em última mento interno (artigo 99. °) precedido de parecer da Comissão
instância, a competitividade e sobrevivência da empresa -, de Trabalhadores, caso exista, e devidamente depositado na
mas também para evitar que os ditos trabalhadores, através ACT - Autoridade para as Condições no Trabalho.
dos meios disponibilizados pelo empregador, cometam atos
ilícitos, divulguem segredos do negócio ou, muito simples- IMPORTÂNCIA, PORÉM INSUFICIÊNCIA, DO REGULAMENTO
mente, assediem os seus colegas de trabalho ou comprome- INTERNO
tam o seu desempenho profissional. Efetivamente, não será defensável a monitorização sem uma
Desta forma, os processos de controlo informático das co- política interna equilibrada, transparente e conhecida do uni-
municações e do cibermundo, "à distância" e quase que por verso de trabalhadores, que estabeleça expressamente, e
mero premir de um botão, elevam-se à categoria de ferramenta desde logo, (i) se os trabalhadores poderão, ou não, utilizar
essencial de Gestão de Recursos Humanos. para fins pessoais os meios disponibilizados pela entidade
empregadora, (ii) em caso afirmativo, em que termos, (iii) em
A REGULAÇÃO " GENERALISTA " NO CÓDIGO DO que circunstâncias e de que forma poderá o empregador
TRABALHO avaliar o cumprimento das regras assim estabelecidas e (iv) as
Mas este controlo sempre deverá atender a uma importante consequências do incumprimento daquelas determinações.
ponderação dos direitos "em jogo", a saber, os já citados direitos Mas saberá a entidade empregadora, quando confrontada com
do empregador versus os direitos constitucionalmente a necessidade ou intenção de proceder ao efetivo controlo das
consagrados dos trabalhadores à sua privacidade e sigilo de comunicações dos seus trabalhadores ou do acesso que os
correspondência, devendo igualmente cumprir as normas legais mesmos fazem à Internet, que essa monitorização, e a
aplicáveis na matéria. eventual recolha de dados daí decorrente, está amplamente
É assim que o Código do Trabalho estabelece que " o traba- regulada, não sendo a sua atuação legitimada pela mera exis-
lhador goza do direito de reserva e confidencialidade relati- tência de um regulamento interno sobre a matéria?
vamente ao conteúdo das mensagens de natureza pessoal e É que o controlo e eventual recolha de informação no âmbito
acesso a informação de caráter não profissional que envie, de um processo de monitorização de comunicações e/ou
receba ou consulte, nomeadamente através do correio ele- acessos à Internet consubstancia um "tratamento de dados
pessoais ", submetendo-se, pois, e em concomitância com o
60 Pessoalsetembro2011
Código do Trabalho, aos normativos da Lei n.° 67/98, de 26 de zar pela entidade empregadora, devendo ser efetuado na
outubro, e aos Princípios sobre a Privacidade no Local de presença do trabalhador visado e, de preferência, na pre-
Trabalho emanados pela CNPD - Comissão Nacional de sença de um representante da comissão de trabalhadores. O
Proteção de Dados. acesso deve limitar-se à visualização dos endereços dos
destinatários, o assunto, a data e hora do envio, podendo o
DIRETRIZES PRÁTICAS ESSENCIAIS trabalhador - se for o caso - especificar a existência de
Como 'guideline ' genérica, a entidade empregadora deverá alguns e-mails de natureza privada e que não pretende que
cuidar para que o controlo efetuado seja efetivamente ne- sejam lidos pela entidade empregadora (caso em que a enti-
cessário, pertinente e proporcional, devendo sempre privile- dade empregadora deve abster-se de consultar o conteúdo
giar os métodos generalistas de controlo por oposição aos do e-mail);
processos individualizados os quais, sob pena de poderem O controlo do tempo de acesso diário à Internet e aos sites
ser considerados persecutórios, apenas deverão ser adota- especificamente consultados por cada trabalhador só deve ser
dos em última instância. realizado em circunstâncias excecionais; e
Dentre os referidos princípios já cristalizados pela CNPD, e Em caso algum a entidade empregadora terá legitimidade
numa ponderação cuidada entre os interesses da empresa e os para "escutar" as conversa telefónicas dos trabalhadores ou a
dos trabalhadores, são de salientar, pela sua importância, as proceder ao escrutínio persecutório dos sites acedidos pelo
seguintes orientações: trabalhador.
O facto de a entidade empregadora, no seu regulamento
interno, proibir ou limitar a utilização do e-mail, telefone ou VALIDAÇÃO ÚLTIMA DA FERRAMENTA DE CONTROLO PELA
Internet para fins privados não lhe dá o direito de abrir, CNPD
automaticamente, o e-mail dirigido ao e/ou remetido pelo Cumpre referir que a legitimidade do acesso e tratamento dos
trabalhador; dados pessoais dos trabalhadores, decorrentes do tipo de
controlo aqui analisado, está ainda dependente da corres-
A entidade empregadora deve escolher metodologias de
pondente notificação pelo empregador à CNPD.
controlo não intrusivas, sendo proibido o acesso indevido a
A omissão desta notificação consubstancia um comportamento
comunicações, a utilização de qualquer dispositivo de escuta,
ilícito sancionado nos termos da Lei.
armazenamento, interceção e vigilância de comunicações pela
entidade empregadora;
A entidade empregadora não deve fazer um controlo
permanente e sistemático do e-mail dos trabalhadores e do Nota
acesso à Internet devendo, outrossim, ser pontual e não in-
Enquanto ferramenta de gestão, o registo e eventual
dividualizado;
utilização, pelo empregador, de informação pessoal dos
O controlo dos e-mails - a realizar preferencialmente de trabalhadores, na sequência do controlo das suas
forma aleatória - deve ter em vista, essencialmente, garantir a comunicações e do uso que os mesmos dão à Internet,
segurança do sistema e a sua performance; dependerá, para além do cumprimento das regras do Código
O acesso ao e-mail deverá ser o último recurso a utili do Trabalho, da prévia notificação à CNPD.
Pessoalsetembro2011
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AO ALMOÇO COM...
Criatividade e inovação
em tempo de mudança
Os tempos são de mudança e os
novos caminhos têm de ser
percorridos de uma forma criativa
e inovadora. David Sanglas,
diretor-geral da Adecco Portugal, e
Ana Gomes, DRH da Nestlé
Portugal, dizem-nos como.
por: Duarte Albuquerque Carreira
fotos: Design e Forma
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para um próximo passo, o processo é mais complexo. É fundamental que
e isto exige aos líderes que façam a gestão de
uma forma diferente. Gerir pessoas também as organizações entrem numa fase de abertura, com os líderes a gerirem as
de uma forma diferente, deixando que a pessoas de uma forma diferente, deixando que a criatividade apareça no
criatividade entre nas organizações de um dia a dia, e minimizar as ideias que naquele momento poderão não ser
modo espontâneo. adequadas mas que num futuro se ajustarão a outras necessidades. E
incentivar, uma ideia criativa pode não ter sucesso agora mas pode ter
COMO É QUE SE DEIXA A CRIATIVIDADE sucesso num futuro mais próximo, muitas vezes, culturas organizacionais
ENTRAR NAS EMPRESAS? que não têm abertura à mudança têm tendência para "bloquear" as ideias,
AG Através de uma cultura de abertura para logo numa fase inicial. Não desistir à primeira, hoje não dá, amanhã acor-
a mudança. Se for uma empresa muito daremos com outra energia para continuar se sentirmos que há espaço e
formal, em que a mudança é vista como uma abertura para tentar novamente. Portanto, fazer as coisas de forma dife-
rutura e não como uma fase de construção rente exige sempre competências e formas de pensar diferentes e líderes
com competências e estilos de gestão diferente.
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AO ALMOÇO COM...
laboradores num processo de mudança. Toda a reinventar as nossas empresas. Isso também
melhoria contínua requer também que haja uma
base que apoie a mudança e ela é, neste caso, o
coaching que os `managers' podem pro-
porcionar aos seus colaboradores. O coaching
para estar perto deles, ajudá-los no processo de
mudança, de decisão na implementação da
melhoria contínua em toda a cadeia de valor. O
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65
wELLNESS & pLACES
DU.STATIC
Concebida pela Universidade Hongik, a Du.Static combina a
eficiência de um espanador de pó normal com a funcio-
COMO É VIAJAR NO MUNDO INTEIRO EM UM nalidade de um purificador de ar. Esta nova "varinha má-
MINUTO? gica" utiliza a eletricidade estática para atrair as partículas
Rick, Tim e Andrew, três caras comuns, decidiram fazer de pó. Só é preciso aproximar a varinha dos móveis, sem
uma viagem bem longa: 11 países em 44 dias. 18 voos e tocar, para o pó ser atraído como num passe de mágica. O
38 mil milhas depois, eles criaram três vídeos de um ventilador da unidade retem o pó e solta ar fresco da outra
minuto mostrando como é a vida ao redor do mundo. Eles extremidade, enquanto uma luz LED nos mantém infor-
filmaram tudo o que podiam com duas câmaras e mados dos detritos ambientais que vamos limpando: sinal
acabaram com uma coleção mais de um 'terabyte' de vermelho para 'poluído' e azul para ar 'puro o suficiente'.
gravações para cortar, mixar e criar uma incrível mistura
de cada lugar onde eles estiveram. Eles dividiram a
viagem em três partes: 'Move' , que os mostra a passear
pelos países, 'Eat', que obviamente regista as melhores
comidas encontradas e 'Learn' , com algumas das coisas
mais incríveis que eles aprenderam no caminho. Três ví-
deos. Um minuto em cada. Veja todos. Duvidamos que
não vá sorrir. (Youtube: STA Travel Australia)
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VIAGENS
Sarili Lodge
Para os amantes da natureza
texto: Manuela Silva Dias fotos: Manuela Silva Dias e Shamwari Game Reserve
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va-se cada vez mais, olhando-nos fi- Avistámos duas chitas perto de uma
xamente. As crias continuavam como enorme e imponente árvore baobá,
se nada fosse, mas sempre de olho na que em África é considerada a árvore
mãe. A proximidade foi tanta que deu da vida. Os seus frutos – marula – são
para ver todos os seus detalhes... Che- utilizados para fazer um licor muito
gou altura de partimos, pois o jipe era conhecido – Amarula. Aproximamo-
aberto e não queríamos sarilhos. nos para apreciar a graciosidade da-
O chilrear dos inúmeros pássaros queles felinos.
davam-nos os bons dias e, à medida O rei da selva ficou para o safari da
que o dia nascia, avistávamos os pro- tarde. Regressámos ao nosso lodge,
prietários daquelas terras a perder de felizes com o que tínhamos visto.
vista. O castanho dos cerca de vinte Eram 10 horas da manhã e esperava-
elefantes contrastando com o verde nos um verdadeiro e delicioso pequeno-
da mata não podia ser mais bonito. almoço. Quando nos sentámos, depará-
As zebras passeavam, os macacos mo-nos com os inúmeros elefantes que
brincavam aproximando-se curiosos, tínhamos visto de manhã. Decidiram
os rinocerontes, os búfalos, os kudus, presentear o nosso pequeno-almoço
um inúmero desfile de animais, no com aquela paisagem. Em fila indiana lá
seu habitat natural, com as cores das estava a manada como que se de um
diversas flores, compunham aquela quadro se tratasse. E ali ficámos mais
maravilhosa paisagem – a natureza uma vez, em silêncio, a deliciarmo-nos
selvagem de África! com aquele quadro com vida.
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VIAGENS
Depois daquele momento, fomos
descobrir a “nossa casa”. O lodge
Sarili é um perfeito retiro para amigos
e famílias. Tem cinco luxuosos
quartos, todos com vista para as
vastas planícies e para o rio
Bushmans, uma piscina, uma sala de
jantar e uma sala de estar, com uma
varanda comum. A casa ideal – mais
acolhedora não podia ser.
Durante a tarde partimos para outro
safari, onde desta vez conseguimos ver
os felinos mais desejados. O leopardo,
sempre muito difícil de encontrar, ti-
vemos a sorte de o ver, mas não muito
perto, não gosta da presença humana e
tem tendência a esconder-se.
Contactos
Os leões nem sequer se afastaram, confiado. Entre os arbustos, não para-
tendo em conta que aquele é o ter- va de olhar para nós, com um olhar
ritório deles. Confesso que um dos penetrante, ora deitava a cabeça e
leões estava com um ar muito des- fechava os olhos, ora levantava a ca-
Morada: Campo Grande, nº 220 B beça em segundos e olhava, olhava,
1700-094 Lisboa - Portugal sempre com um ar desconfiado... Es-
Tel: +351 21 781 74 70 Fax: +351 21 781 74 79 tava a ver quando é que num ápice
E-mail: travel@across.pt chegava até nós... Por instantes temi
www.across.pt que acontecesse.
Quanto às leoas, andavam de um lado
para o outro com um ar amigável, as
crias, essas, dormiam a sesta, todas em
cima umas das outras, com um ar
ternurento.
Quando o sol começou a querer-se pôr,
parámos o jipe num cume e saímos.
Uma sensação de liberdade tomou
conta de nós, apetecia correr por aquele
maravilhoso pedaço de terra... O que
não seria muito sensato. Simon Grant,
o nosso querido ranger, preparou-nos
um lanche. No capot do jipe montou a
mesa com aperitivos, chá, gin, colas,
sumos. Ali ficámos a apreciar o pôr do
sol, em sintonia com a terra mãe.
Depois de um magnífico pôr do sol
africano, o céu começou a escurecer,
ficando de repente cinzento muito
escuro, pingas a cair tornaram-se
rapidamente em chuva forte. Altura
exata para regressarmos ao nosso
‘lodge’. Como o jipe era aberto,
ficámos molhados rapidamente e o
caminho de regresso foi tipo rali.
Simon só nos disse: “Segurem-se
bem!”. E assim foi, entre altos e bai-
xos, na escuridão da mata misturada
com o cheiro inconfundível da terra
molhada em África, chegámos sãos e
salvos.
Dias que vão ficar na memória de quem
lá esteve. Esta é a derradeira aventura
Africana aliada ao esforço de
conservação em nome do turismo
responsável. Sem dúvida, um lugar a
conhecer e guardar no coração.
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holmesplocept
DG
H2LMES
PLACE
Health Clubs
ONE LIFE.
LIVE IT WELL.
Zensotions Hidroginóstica
O PRINCÍPIO COMEÇA NO FIM
Simplesmente Álvaro
©deF
72 Pessoalsetembro2011
I6° Encontro Nacional de Formadores & Coaches
APG
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teach • experience
18 e 19 de Outubro de 2011
Auditório da Universidade Lusíada de Lisboa learn
Dê um passo à frente na sua especialização! Ganhe novas ideias para aumentar a
produtividade e o compromisso dos seus
clientes, parceiros e colaboradores.
Experimente ultrapassar os níveis de
aprendizagem da sua própria organização.
18 de Outubro a formação
Vantagens e Desafios das Redes Sociais Luisa Antônio, CEGOC Ana Neves, Knowman Ricardo
Andorinha. MBU Intellgence Joel Serrano, JS Informática Comentadora: Fernanda Freitas,
RTP2' Moderadora: Adelina Sequeira, Núcleo de Formadores & Coaches da APG
Apresentação de casos de elearning e web 2.0 Alfredo Soeiro, Projecto Virqual — Universidade do Porto'
Ana Dias, TecMinho Paulo Simões, Força Aérea Portuguesa Rui Brandão, Universidade EDP
Comentador: Fernando Ramos. Universidade de Aveiro Moderador: Etelberto Costa, Núcleo de
Formadores & Coaches da APG
Novas Formações: casos do que de melhor está a acontecer em Portugal Paula Tomas,
PT Consultores Maria do Carmo Bessa, Sensus RH Alexandre Real. SFORI Comentador: Luis Bento. EPUL
Moderador: Fernando Reis. Núcleo de Formadores & Coaches da APG
Conclusões dos trás painéis Relatores: Adelina Sequeira. Etelberto Costa e Fernando Reis
19 de Outubro o coaching
Usando o Coaching para construir resiliéncia. O poder da surpresa Dinâmica loão Catalão, YouUP
Usando a psicologia positiva para criar mudança Dinâmica Ana Ponom, YouUp
www.apg.pt
Criando uma cultura de Coaching. Caso das Chefias Intermédias Dinâmica Maria do Carmo Bessa. Sensus
global@apg.pt RH
tel.: 21 358 09 12 Painel de encerramento Moderador: Manuel Peixoto. Núcleo de Formadores & Coaches da APG
a confirmar
Orzanaação Paz-tetos
APoos
Mais do que uma cara, uma postura ou um currículo, sabemos as características e particularidades que
estão por detrás de cada nome. A KELLY SERVICES sabe isso e muito mais. Sabe do que uns precisam e
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