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3 UNIDADE 1 - Introdução
5 UNIDADE 2 - Ergonomia
9 UNIDADE 3 - Noções de Fisiologia do Trabalho
10 3.1 Capacidade de trabalho físico, idade e fadiga
SUMÁRIO
15 4.2 Biomecânica
15 4.3 Antropometria
UNIDADE 1 - Introdução
ocupacionais, demonstram que o traba- assunto e sanar possíveis lacunas que vie-
lho exigido, frequentemente está sendo rem a surgir.
realizado acima dos limites de segurança
Desejamos bons estudos a todos!
ou inadequadas. Tais situações resultam,
na maioria dos casos, em ações jurídicas e
processos movidos de maneira reativa e
compulsória, visando o reconhecimento e
a indenização monetária. Essas situações
poderiam ser prevenidas por meio de práti-
cas seguras e efetivas de prevenção, atra-
vés da ergonomia.
UNIDADE 2 - Ergonomia
Desse modo, podemos inferir que uma As reações aeróbias podem manter-se
das primeiras perguntas que toda pes- por um tempo determinado, entretanto
soa deve realizar estaria encaminhada a esteja disponível o oxigênio e os nutrien-
conhecer, “como é obtida a energia pelo tes necessários, mais se predominam as
corpo humano para a realização de um reações anaeróbias, o trabalho somente
trabalho físico?” Em estado de repouso, o pode continuar durante um tempo relati-
metabolismo do indivíduo é ligeiramente vamente curto, pois a elevada concentra-
superior ao metabolismo basal. Neste caso ção de ácido láctico impede a continuação
é bom lembrar que o metabolismo basal das contrações (BATIZ, 2003).
varia dependendo do sexo, ou seja, para as
Sabe-se que para um trabalho ligeiro ou
mulheres este metabolismo seria de 40,6
moderado se produz uma quantidade de
w/m2 e para os homens de 42,9 w/m2 (BA-
oxigênio aos músculos o qual é suficiente
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para a realização desse tipo de trabalho. das extremidades, pois a capacidade má-
Neste caso se sabe que a concentração de xima para realizar um trabalho na prática
ácido láctico aumenta, mais isso não im- pode ser muito menor se se consideram
pede que o trabalho possa ser realizado atividades onde somente encontra-se em
por um período de tempo relativamente contração um número pequeno de múscu-
cumprido. Tal como foi dito anteriormen- los (SANTOS, 2000).
te, na medida que aumenta a intensidade
Por outra parte, em trabalhos onde são
de trabalho, o organismo humano precisa
utilizados grandes grupos musculares,
de maior consumo de oxigênio, já que a
como por exemplo, carregamento de car-
quantidade deste aos músculos é insufi-
gas, trabalhos agrícolas, entre outros, é
ciente, portanto, neste caso, tornam cada
impossível que o indivíduo realize seu tra-
vez mais importante as reações anaeróbia
balho com uma intensidade tal que precise
(SANTOS, 2000).
que seu consumo de oxigênio seja o má-
O organismo humano possui reservas ximo, pelo que é recomendado que o limi-
normais de ATP, fosfato de creatina e ácido te admissível seja de uma intensidade de
láctico que são utilizadas quando da reali- 30% de volume máximo de oxigênio.
zação de um trabalho, as quais devem ser
Os músculos, ossos e juntas formam di-
restabelecidas através dos mecanismos
versas alavancas no corpo, semelhantes
oxidativos que continuam desenvolvendo-
as alavancas mecânicas. Para cada movi-
-se quando o trabalho seja terminado (BA-
mento, há pelo menos dois músculos que
TIZ, 2003).
trabalham antagonicamente: quando um
se contrai, o outro se distende, por exem-
3.1 Capacidade de trabalho plo: ao dobrar o braço sobre o cotovelo, há
físico, idade e fadiga uma contração de bíceps e uma distensão
A capacidade de trabalho físico (CTF), do tríceps.
também conhecida como potência aeró- Os músculos podem funcionar de forma
bia máxima, é o máximo caudal de oxigê- mais ou menos complexa, fazendo parte
nio que um indivíduo é capaz de inspirar, de um conjunto mais amplo, permitindo vá-
combinar com o sangue em seus pulmões e rias combinações de movimentos, como as
transportar por meio do sangue às células contrações associadas a movimentos rota-
que se contraem. Sabe-se que um indiví- cionais (SANTOS, 2000).
duo alcançou sua potência aeróbia máxima
quando os incrementos da carga não pro- A fadiga é frequentemente apontada
vocam aumento do consumo de oxigênio e como causa imediata de graves aciden-
quando a concentração de lactado em san- tes de trabalho, em especial no setor dos
gue é de 8-9 milimoles/litro (BATIZ, 2003). transportes, onde para além do motorista
outras pessoas sofrem as consequências
É importante esclarecer que na defini- dos desastres. O Verão e as épocas festi-
ção dita anteriormente somente se cor- vas são tempos particularmente propícios
responde com a definição comum de ca- a situações de trabalho excessivo, horá-
pacidade de trabalho, quando na atividade rios desregulados e ausência de repouso
se empregam grupos musculares grandes
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ergométrica ou um degrau, fazendo uso suas atitudes para o tipo de trabalho e es-
da relação entre o ritmo cardíaco e a carga tabelecer períodos de trabalho e descan-
de trabalho. Na medida em que aumenta a so adequados. Ao mesmo tempo, pode-se
carga de trabalho, aumenta o ritmo cardí- determinar os requerimentos alimentícios
aco. do trabalhador evitando tanto sua insu-
ficiência em trabalhos pesados como seu
A prova consiste em colocar um indi-
excesso em trabalhos sedentários, ambos
víduo pedalando em uma bicicleta ergo-
prejudiciais para a saúde (BATIZ, 2003).
métrica a uma carga e durante um tempo
determinado; nesse período de trabalho O consumo de energia em determinado
deve-se medir os valores de ritmo cardía- tipo de atividade pode variar segundo a
co em intervalos de tempo determinado, maneira de realizá-lo e a postura que ado-
fazendo um regime de trabalho-descanso tem os trabalhadores, pelo que o gasto
que permita avaliar o comportamento do energético pode ser um critério adequado
indivíduo que pode ser de 6 minutos de de comparação entre vários métodos de
trabalho e 4 minutos de descanso. trabalho, com o objetivo de otimizar a efi-
ciência do trabalhador desde o ponto de
Durante esse tempo, o pesquisador po-
vista biológico.
derá comprovar como vai aumentando o
ritmo cardíaco na medida em que passa o Os limites do trabalho variam segun-
tempo de trabalho e como vai diminuindo do autores, mas parece conveniente que
quando está no período de descanso até o gasto energético não exceda a 30% da
alcançar um valor que está perto das con- capacidade de trabalho físico ou potência
dições inicias, ou seja, antes de começar o aeróbia máxima do trabalhador naqueles
trabalho ou condições de repouso. Desta trabalhos onde se utilizam grandes grupos
forma, sugere-se variar, como um mesmo musculares (BATIZ, 2003).
regime de trabalho, a carga até alcançar 3
Este critério é insuficiente quando o tra-
valores diferentes.
balho supõe atividade de poucos músculos
ou com um componente estático grande,
3.3 Importância do gasto em cujo caso os músculos podem ser so-
energético brecarregados sem que o gasto energético
Os seres humanos não são utilizados na seja grande.
atualidade como recurso energético, como
Dentre os métodos para a avalia-
o foram em séculos passados, mas algu-
ção do gasto energético temos:
mas ocupações ainda exigem de um esfor-
ço físico considerável, em outros momen- 1. Medir o alimento consumido, durante
tos um esforço ou ainda como acumulação períodos relativamente largos, registran-
de esforços durante o trabalho. do ao mesmo tempo o peso corporal do su-
jeito.
A medição do gasto energético durante
o trabalho tem importância prática, pois Com o conteúdo energético dos alimen-
comparando-o com a capacidade de tra- tos pode-se determinar com bastante exa-
balho física do indivíduo pode-se avaliar tidão, por exemplo, se o peso corporal se
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Como vimos, ergonomia, antes de mais será muito requerida num futuro próximo.
nada, é uma atitude profissional que se
agrega à prática de uma profissão defini-
da. Neste sentido, é possível falar de um
médico ergonomista, de um psicólogo er-
gonomista, de um designer ergonomista e
assim por diante. Esta atitude profissional
advém da própria definição estabelecida
pela Associação Brasileira de Ergonomia,
com base num debate mundial: A Ergono-
mia objetiva modificar os sistemas de tra-
balho para adequar a atividade nele exis-
tentes às características, habilidades e
limitações das pessoas com vistas ao seu
desempenho eficiente, confortável e se-
guro (ABERGO, 2000).
Define-se como máxima a força que Nesta área também estuda-se o que de-
pode ser desenvolvida por uma máxima corre de uma jornada de um trabalhador na
contração muscular. Segundo as condições posição sentada.
desta contração máxima, distinguimos
uma capacidade máxima de força estática 4.3 Antropometria
e uma de força dinâmica. Na força estáti- A terceira grande área, utiliza-se da
ca existe um equilíbrio entre as forças in- antropometria para medir as dimensões
ternas e externas, enquanto na dinâmica humanas e seus ângulos de conforto e
prevalece a força interna (quando vence desconforto, e, com base nestes dados,
a resistência ao movimento e o trabalho é planejam-se postos de trabalho confortá-
positivo) ou a força externa (quando se é veis e ergonomicamente adequados aos
vencido pela resistência e o trabalho é ne- empregados. A ergonomia tenta planejar
gativo). postos que atendam à 90% da população,
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sendo muito importante para isso o conhe- extensores do dorso; o trabalho com os
cimento do padrão antropométrico popu- braços esticados provocam dores nos om-
lacional. bros e braços; o assento muito alto causa
dores na parte inferior das pernas, joelhos
Aqui temos: e pés; e caso o assento seja muito baixo,
Antropometria estática – refere-se as dores se localizam no dorso e pescoço
a medidas gerais de segmentos corporais, (IIDA, 1993).
estando o indivíduo em posição estática;
O trabalho estático em pé é extrema-
Antropometria dinâmica – refere- mente fatigante e exige muito da muscu-
-se aos pequenos movimentos realizados latura envolvida para manter a postura,
pelos segmentos corporais nos três planos além de haver uma tendência em curvar o
de secções anatômicas; dorso para frente o que provoca dores no
pescoço e coluna. Além disso, esta postura
Antropometria funcional – refere- provoca dores nos pés e pernas contribuin-
-se a análise dos movimentos específicos do bastante para o surgimento de varizes.
de uma atividade considerando os três pla-
nos de secção e delimitações anatômicas Portanto, a elaboração de um posto de
em um posto de trabalho. trabalho direcionado para oferecer maior
produtividade da máquina e do homem
Muitas vezes afastadas para segundo respeitando a interação entre eles e o meio
plano, as condições em que o trabalho de- ambiente minimizam a necessidade de fu-
corre são um ponto-chave para um bom turas correções e a sua complexidade. En-
rendimento no trabalho e para índices de tretanto, estas correções são inevitáveis,
satisfação e motivação elevados por parte pois um posto de trabalho é algo que deve
do operador. estar constantemente se adaptando ao
As principais causas de stress relaciona- funcionário que nele opera. Porém, um fa-
das com o envolvimento físico dos postos tor importante a ser considerado é a bar-
de trabalho decorrem de deficientes con- reira que tais medidas têm que transpor
dições ao nível da iluminação, da tempera- pois, em muitos casos, os investimentos
tura/umidade, do ruído, das vibrações e da feitos em máquinas e equipamentos no
ventilação. antigo posto de trabalho inviabilizam uma
correção do mesmo.
4.4 Dimensionamento dos
Iluminação
postos de trabalho e limita-
O trabalho da grande maioria das pesso-
ções sensoriais as depende da visão e da luz que permite
Um posto de trabalho mau dimensiona- essa visão. A iluminação no posto de tra-
do obriga o operário a trabalhar com postu- balho é complexa devido a três fatores: o
ra inadequada que fatalmente irá provocar tipo de tarefa a realizar, os contrastes que
dores incômodas que afetam seu desem- se estabelecem e o tipo de superfícies que
penho. Sendo assim, um assento sem en- compõem o posto.
costo pode provocar dores nos músculos
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REFERÊNCIAS
ANEXOS
d) aspectos psicossociais do trabalho; 7.1.2. Para os subitens 2.1 “h”; 2.2 “c” e “d”;
2.3 “a” e “b”; 3.1 e alíneas; 4.1 e alíneas; 5.1;
e) agravos à saúde mais encontrados en-
5.2; e 6.3, prazo de cento e oitenta dias. (alte-
tre operadores de checkout.
rado pela Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho
6.2.1. Cada trabalhador deve receber trei- de 2007)
namento com duração mínima de duas horas,
7.1.3. Para Subitens 2.1 “e” e “f”; 3.3 “a”, “b”
até o trigésimo dia da data da sua admissão,
e “c”; 3.3.1; 6.1; 6.2 e alíneas; 6.2.1; 6.4; 6.5 e
com reciclagem anual e com duração mínima
6.6, prazo de um ano. (alterado pela Portaria
de duas horas, ministrados durante sua jor-
SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007)
nada de trabalho.
7.1.4. Para os subitens 2.1 “a”, “b”, “c”, “d”,
6.3. Os trabalhadores devem ser informa-
“g” e “i”; 2.2 “a” e “b”; 2.3 “c”; 2.4 e 3.4 e alíne-
dos com antecedência sobre mudanças que
as, prazos conforme o seguinte cronograma:
venham a ocorrer no processo de trabalho.
a) Janeiro de 2008 – todas as lojas novas
6.4. O treinamento deve incluir, obrigato-
ou que forem submetidas a reformas;
riamente, a disponibilização de material di-
dático com os tópicos mencionados no item b) Até julho de 2009 – 15% das lojas;
6.2 e alíneas.
c) Até dezembro de 2009 – 35% das lojas;
6.5. A forma do treinamento (contínuo ou
d) Até dezembro de 2010 – 65% das lojas;
intermitente, presencial ou à distância, por
palestras, cursos ou audiovisual) fica a crité- e) Até dezembro de 2011 – todas as lojas.
rio de cada empresa.
de proteção contra choques acústicos e ruí- trada no INMETRO, observando o nível de ru-
dos indesejáveis de alta intensidade, garan- ído aceitável para efeito de conforto de até
tindo o entendimento das mensagens. 65 dB(A) e a curva de avaliação de ruído (NC)
de valor não superior a 60 dB;
3.2. O empregador deve garantir o corre-
to funcionamento e a manutenção contínua b) índice de temperatura efetiva entre
dos equipamentos de comunicação, incluin- 20ºC e 23ºC;
do os conjuntos de head-sets, utilizando
c) velocidade do ar não superior a 0,75
pessoal técnico familiarizado com as reco-
m/s;
mendações dos fabricantes.
d) umidade relativa do ar não inferior a
3.3. Os monitores de vídeo devem pro-
40% (quarenta por cento).
porcionar corretos ângulos de visão e ser
posicionados frontalmente ao operador, 4.2.1. Devem ser implementados projetos
devendo ser dotados de regulagem que per- adequados de climatização dos ambientes
mita o correto ajuste da tela à iluminação do de trabalho que permitam distribuição ho-
ambiente, protegendo o trabalhador contra mogênea das temperaturas e fluxos de ar
reflexos indesejáveis. utilizando, se necessário, controles locais e/
ou setorizados da temperatura, velocidade e
3.4. Toda introdução de novos métodos
direção dos fluxos.
ou dispositivos tecnológicos que traga al-
terações sobre os modos operatórios dos 4.2.2. As empresas podem instalar higrô-
trabalhadores deve ser alvo de análise er- metros ou outros equipamentos que permi-
gonômica prévia, prevendo-se períodos e tam ao trabalhador acompanhar a tempera-
procedimentos adequados de capacitação e tura efetiva e a umidade do ar do ambiente
adaptação. de trabalho.
4. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO 4.3. Para a prevenção da chamada “síndro-
me do edifício doente”, devem ser atendidos:
4.1. Os locais de trabalho devem ser do-
tados de condições acústicas adequadas à a) o Regulamento Técnico do Ministério da
comunicação telefônica, adotando-se medi- Saúde sobre “Qualidade do Ar de Interiores
das tais como o arranjo físico geral e dos pos- em Ambientes Climatizados”, com redação
tos de trabalho, pisos e paredes, isolamento da Portaria MS nº 3.523, de 28 de agosto de
acústico do ruído externo, tamanho, forma, 1998 ou outra que a venha substituir;
revestimento e distribuição das divisórias
b) os Padrões Referenciais de Qualidade
entre os postos, com o fim de atender o dis-
do Ar Interior em ambientes climatizados ar-
posto no item 17.5.2, alínea “a” da NR-17.
tificialmente de uso público e coletivo, com
4.2. Os ambientes de trabalho devem redação dada pela Resolução RE nº 9, de 16
atender ao disposto no subitem 17.5.2 da NR- de janeiro de 2003, da ANVISA – Agência Na-
17, obedecendo-se, no mínimo, aos seguin- cional de
tes parâmetros:
Vigilância Sanitária, ou outra que a venha
a) níveis de ruído de acordo com o estabe- substituir, à exceção dos parâmetros físicos
lecido na NBR 10152, norma brasileira regis- de temperatura e umidade definidos no item
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vistas neste Anexo, respeitado o limite de 5.4.4. As pausas para descanso devem ser
36 (trinta e seis) horas semanais de tempo consignadas em registro impresso ou eletrô-
efetivo em atividade de nico.
rios, onde estejam disponíveis assentos, fa- potável fornecida gratuitamente aos opera-
cilidades de água potável, instalações sani- dores.
tárias e lixeiras com tampa.
8.3. A notificação das doenças profissio-
8. PROGRAMAS DE SAÚDE OCUPACIONAL nais e das produzidas em virtude das condi-
E DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ções especiais de trabalho, comprovadas ou
objeto de suspeita, será obrigatória por meio
8.1. O Programa de Controle Médico de
da emissão de Comunicação de Acidente de
Saúde Ocupacional - PCMSO, além de aten-
Trabalho, na forma do Artigo 169 da CLT e da
der à Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7),
legislação vigente da Previdência Social.
deve necessariamente reconhecer e regis-
trar os riscos identificados na análise ergo- 8.4. As análises ergonômicas do trabalho
nômica. devem contemplar, no mínimo, para atender
à NR-17:
8.1.1. O empregador deverá fornecer có-
pia dos Atestados de Saúde Ocupacional e a) descrição das características dos pos-
cópia dos resultados dos demais exames. tos de trabalho no que se refere ao mobili-
ário, utensílios, ferramentas, espaço físico
8.2. O empregador deve implementar um
para a execução do trabalho e condições de
programa de vigilância epidemiológica para
posicionamento e movimentação de seg-
detecção precoce de casos de doenças rela-
mentos corporais;
cionadas ao trabalho comprovadas ou obje-
to de suspeita, que inclua procedimentos de b) avaliação da organização do trabalho
vigilância passiva (processando a demanda demonstrando:
espontânea de trabalhadores que procu-
1. trabalho real e trabalho prescrito;
rem serviços médicos) e procedimentos de
vigilância ativa, por intermédio de exames 2. descrição da produção em relação ao
médicos dirigidos que incluam, além dos tempo alocado para as tarefas;
exames obrigatórios por norma, coleta de
3. variações diárias, semanais e mensais
dados sobre sintomas referentes aos apa-
da carga de atendimento, incluindo varia-
relhos psíquico, osteomuscular, vocal, visual
ções sazonais e intercorrências técnico-ope-
e auditivo, analisados e apresentados com a
racionais mais frequentes;
utilização de ferramentas estatísticas e epi-
demiológicas. 4. número de ciclos de trabalho e sua des-
crição, incluindo trabalho em turnos e traba-
8.2.1. No sentido de promover a saúde vo-
lho noturno;
cal dos trabalhadores, os empregadores de-
vem implementar, entre outras medidas: 5. ocorrência de pausas interciclos;
a) modelos de diálogos que favoreçam mi- 6. explicitação das normas de produção,
cropausas e evitem carga vocal intensiva do das exigências de tempo, da determinação
operador; do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho
e do conteúdo das tarefas executadas;
b) redução do ruído de fundo;
7. histórico mensal de horas extras reali-
c) estímulo à ingestão frequente de água
zadas em cada ano;
42
25%