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ME ENGANA QUE EU GOSTO É O NOVO LIVRO DE LUCIANO PIRES

O autor Luciano Pires, dando continuidade ao seu trabalho de "Fitness


Intelectual" lança seu sétimo livro, ME ENGANA QUE EU GOSTO, no qual
trata do cenário político brasileiro nos últimos 4 anos.

Já na abertura o autor, nascido em Bauru - SP, dá ideia do que o inspirou


a lançar o livro: "Sou da geração de 1956, e fui estudar na capital aos 19
anos de idade.(...) Fui para as ruas gritar 'abaixo a repressão'! Eu sonhava
com um Brasil livre, justo, com educação, saúde, trabalho digno para
todos. Imaginava que quando nossa geração chegasse ao poder, tirando
da frente aqueles velhos que não compreendiam a voz das ruas, teríamos
o país que queríamos. E foi assim que eu cresci. Mas algo deu errado."

Nas 192 páginas do livro Luciano Pires aborda em especial as técnicas e


ferramentas que os profissionais da política, escudados por seus
marketeiros, usam para convencer as pessoas a agir conforme os
interesses dos grupos políticos e ideológicos em atuação na sociedade.
Temas como eleições, manifestações populares, debates, mensalão,
corrupção e outros que ocupam os espaços da imprensa nos últimos anos
estão presentes no livro através de textos curtos, leves, objetivos e bem
humorados.

Os textos que compõem o livro são uma combinação de crônicas


publicadas pelo autor no Portal Café Brasil desde 2012 e textos novos
especialmente elaborados para o livro. O autor diz: "Mesmo as pessoas
que já leram os textos vão se surpreender, pois a seleção de temas e o
encadeamento dão uma nova perspectiva sobre os assuntos tratados."

Perguntado sobre o viés político da obra, Luciano Pires diz: "No espectro
político, se ainda é possível usar esses conceitos, estou muito mais
próximo de uma posição liberal/conservadora do que do progressismo de
esquerda. Não tenho ligação com nenhum partido político, escrevo como
um dos brasileiro que grita 'basta!'"

Repleto de provocações o livro agradará quem está enfastiado com o


discurso progressista que toma conta do cenário jornalístico e cultural
brasileiro desde sempre. E com certeza atrairá a ira dos que defendem as
posições mais à esquerda. "Já sei que o livro será chamado de coxinha,
fascista e aqueles rótulos que andam em voga" diz o autor,
complementando "mas a discussão é necessária e a indignação tem que
ser explicitada em todos os níveis. Ou permaneceremos na zona do
conforto, assistindo bandos organizados tomando conta do país."

Luciano define assim seu posicionamento: "Acredito que a sociedade não


pode viver fora da lei. Que a ordem é o melhor clima possível para o
respeito aos direitos individuais e coletivos. Que os fins não justificam os
meios. Que a anarquia, o desrespeito à autoridade constituída e a
promoção da indisciplina social não são demonstrações de espírito
democrático. Que o governo não deve se intrometer na vida das pessoas,
a não ser na regulamentação de algumas atividades que precisam de um
balizamento. Acredito na iniciativa individual, nas privatizações, na
democracia representativa, na propriedade privada. Acredito que toda
violação da ordem jurídica é um ataque aos ideais democráticos. Acredito
na primazia da lei sobre a vontade das pessoas ou os interesses de
grupos. Abomino a pregação ideológica nas escolas, a militância partidária
na imprensa e a intolerância aos que pensam diferente. Acredito na
liberdade individual. Acredito em não fazer aos outros o que não quero que
façam a mim. Acredito no respeito às opiniões e no direito das pessoas
fazerem suas escolhas pessoais. Resumindo: quero um mundo melhor,
igualzinho a você. Talvez divirjamos sobre a forma de chegar lá, e isso
deve ser discutido. Mas no final, queremos o mesmo."

O livro, edição conjunta do Café Brasil Editorial com a Reino Editorial já


está em pré-lançamento no www.portalcafebrasil.com.br na versão
impressa. A versão em ebook será lançada em sequência.

AUTOR: Luciano Pires

Luciano Pires é um brasileiro que, embora tivesse como objetivo ser um


cartunista, foi por 26 anos executivo de marketing de uma grande
multinacional de autopeças, com experiência de trabalho no Brasil,
América do Sul e Estados Unidos. Escreveu e publicou seis livros, entre
eles O Meu Everest, Brasileiros Pocotó, Nóis…qui invertemo as coisa e o
Diário de Um Líder. Cartunista premiado, tornou-se colunista de vários
sites, revistas e jornais, além de estar à frente do programa Café Brasil na
rádio Mundial FM (95,7 FM) em São Paulo. O Café Brasil transformou-se
em 2006 num dos mais importantes podcasts produzidos no Brasil.

Em 2008 passou a se dedicar exclusivamente ao Café Brasil Editorial que


ele chama de FERTILIZADORA CULTURAL. A partir do conteúdo de seus
textos, Luciano transformou-se num dos grandes palestrantes brasileiros,
que marca suas apresentações pelo bom humor, ideias provocativas e
irreverentes.

Serviço:

Título: ME ENGANA QUE EU GOSTO

Edição: Café Brasil Editorial e Reino Editorial

Nr. Páginas: 192

Formato: 14 x 21

ENTREVISTA COM O AUTOR

O que o motivou a escrever esse livro?

Uma constatação interessante. Quarenta anos atrás, entre 1975 e 1977 eu


estava nas ruas, no vigor de meus vinte e poucos anos, com cartazes nas
mãos, correndo do Coronel Erasmo Dias e gritando "abaixo a repressão" e
pela volta do irmão do Henfil. Eu era um dos garotos que sonhava com
uma mudança no país. E hoje, depois que aquela geração que estava nas
ruas assumiu o poder, vejo que aqueles sonhos não se concretizaram. E
me pergunto o que terá acontecido. Um dos objetivos desse livro é refletir
sobre esse insucesso.

E a que conclusão você chegou?


De que os jovens cresceram, começaram a trabalhar, tiveram filhos e
descobriram que para mudar as coisas não basta fazer barulho. E ao
entrar no sistema, se acomodaram e passaram a agir como Belchior
cantava naquela época: "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos
pais.". E os políticos que representavam aqueles sonhos, ao tomar o
poder, revelaram-se iguais ou piores que os que combatiam. Ver Lula
abraçado a Paulo Maluf, José Sarney e Collor é a síntese dessa condição.

No livro você escreve bastante sobre as técnicas usadas para


convencer as pessoas, não é?

Sim. Falo da engenharia social, da janela de Overton, das mentiras


elaboradas, dos argumentos emocionais e mais algumas coisas. Não faço
análises técnicas nem profundas, na verdade apenas comento os
acontecimentos e mostro como é que uma ação coordenada que aos
poucos vai fazendo a cabeça das pessoas que, sem perceber, passam a
trabalhar contra seus próprios interesses, inebriadas pela ideia daquele
mundo melhor que nunca chega.

Essa sua posição me parece alinhada à onda de escritores de direita


que surgiu nos últimos anos...

Bem, acho que essa classificação de "direita e esquerda" está


ultrapassada. Ela não abrange mais os posicionamentos que encontramos
na sociedade. Se você quiser me classificar, diga que tenho ideias liberais,
que sou contra o estado onipresente e que quero liberdade de mercado.

Você dedica o livro a todo brasileiro que ainda é capaz de se indignar.


Fale sobre isso.

É simples. As mudanças que queremos não virão "de cima" e de graça. A


voz do povo nas ruas é que será o catalisador das mudanças. E quem está
de braços cruzados, conformado ou no mimimi não colabora com nada,
pelo contrário, ajuda a manter tudo como está. O negócio é o seguinte:
por menos que a mobilização dos indignados dê em alguma coisa, essa
sequência de iniciativas que estamos assistindo nos últimos meses está
tirando a paz dos que tranquilamente pintavam e bordavam com a coisa
pública. Está tirando o foco dos que estavam confortavelmente aboletados
no poder, está drenando suas forças, abrindo frentes de combate,
derrubando argumentos, explicitando mentiras, educando as pessoas e,
principalmente, motivando para que mais gente, inclusive políticos, se
engaje na luta pela moralidade. E os de sempre que continuam com a
chorumela do “vai dar em nada” não perceberam que acabou a
indiferença. Acabou a indiferença. O Brasil está mudando.

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