Você está na página 1de 18

3

INTRODUÇÃO

Este relatório tem por finalidade, mostrar os princípios de materiais de


construção, através de ensaios realizados em laboratório. Serão abordadas as
principais características dos agregados graúdos e miúdos.
Dentre os parâmetros avaliados estão a granulometria, massa específica,
massa unitária, umidade e outros, pertinentes a caracterização destes agregados e
a formulação de traços de concreto.
4

1 CARACTERIZAÇÃO DOS AGREGADOS

1.1 GRANULOMETRIA BRITA E AREIA

1.1.1 DEFINIÇÕES

Composição Granulométrica – proporção relativa das massas dos diferentes


tamanhos dos grãos que constituem o agregado, expressa em percentagem.

Percentagem retida – percentagem em massa, em relação à amostra total do


agregado, que fica retida numa determinada peneira, tendo passado pela peneira da
série normal ou intermediária imediatamente superior.

Percentagem retida acumulada – soma das percentagens retidas nas peneiras de


abertura de malha maior e igual a uma determinada peneira.

Curva granulométrica – representação gráfica das percentagens retidas


acumuladas em cada peneira em relação à dimensão da abertura de sua malha. A
percentagem retida acumulada é representada em escala natural (ordenada) e a
abertura da peneira em escala logarítmica (abscissa).

Diâmetro máximo característico – grandeza correspondente à abertura nominal,


em milímetro, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o
agregado apresenta uma percentagem retida acumulada, em massa, igual ou
imediatamente inferior a 5%.

Módulo de finura - soma das percentagens retidas acumuladas em massa de


agregado, em todas as peneiras das série normal, dividida por 100.

1.1.2 OBJETIVO

 Obter a Curva Granulométrica;


 Obter a Diâmetro Máximo Característico;
5

 Obter o Módulo de Finura.


1.1.3 APARELHAGEM

 Balança com resolução de 0,1% da massa da amostra;


 Estufa;
 Bandejas;
 Escova ou pincel;
 Peneiras, tampa e fundo;

1.1.4 METODOLOGIA

 A massa para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado, para


a brita foram utilizados 6.781g e para a areia foram utilizados 1.000g;
 Formar uma amostra;
 Determinar a massa, à temperatura ambiente;
 Colocar a amostra no conjunto de peneiras;
 Promover agitação manual;
 Destacar as peneiras e agitar manualmente até que o material passante seja
inferior a 1% da massa total da amostra ou fração, em 1 minuto de agitação;
 Determinar a massa do material retido em cada peneira.
6

1.1.5 RESULTADO

GRANULOMETRIA
Tipo de Peneiras Massa Massa Massa Retida Massa
Agregado (mm) Retida Retida Acumulado Passante
(g) (%) (%) (%)
19,1 - - - 100
9,52 5282,40 77,90 77,90 22,10
Brita
4,76 1459,90 21,53 99,43 0,57
Fundo 38,70 0,57 100,00 -
Total 6781,00 100,00 177,33 -
Diâmetro máximo característico: 19,1 mm
Módulo de Finura: 1,77
Classificação do Agregado: Brita 1

GRANULOMETRIA
Tipo de Peneiras Massa Massa Massa Retida Massa
Agregado (mm) Retida Retida Acumulado Passante
(g) (%) (%) (%)
2,38 - - - 100,00
1,19 2,00 0,20 0,20 99,80
0,59 0,90 0,09 0,29 99,71
Areia
0,297 119,50 11,95 12,24 87,76
0,149 804,20 80,42 92,66 7,34
Fundo 73,40 7,34 100,00 -
Total 1000,00 100,00 105,39 -
Módulo de Finura: 1,05
Classificação do Agregado: Areia fina
7

CURVA GRANULOMÉTRICA BRITA


100
90
80
70
60
50
40
30
20
10

150m 300m 600m 1,18 2,36 4,75 9,5 19 37,5 75 150mm

CURVA GRANULOMÉTRICA AREIA


100
90
80
70
60
50
40
30
20
10

150m 300m 600m 1,18 2,36 4,75 9,5 19 37,5 75 150mm


8

1.2 MASSA ESPECIFICA (DETERMINÇÃO DA MASSA ESPECIFICA


DO AGREGADO MIUDO POR MEIO DO FRASCO CHAPMAN –
NBR 9776)

1.2.1 DEFINIÇÃO

Massa específica – relação entre a massa do agregado seco e o volume dos


grãos, incluindo os poros impermeáveis

1.2.2 OBJETIVO

 Determinar a massa específica do agregado miúdo;

1.2.3 APARELHAGEM

 Balança com capacidade de 1 kg e resolução de 1g.


 Frasco de Chapman.

1.2.4 METODOLOGIA

 Usar 500 g do material seco em estufa (105ºC - 110ºC) até constância de


massa.
 Colocar água no frasco (até a marca de 200 cm³);
 Introduzir 500g de agregado seco;
 Agitar até eliminar as bolhas de ar;
 Efetuar a leitura do nível atingido pela água.
 A massa específica do agregado miúdo é calculada pela seguinte expressão:

M
γ=
V
9

1.2.5 RESULTADO

MASSA EPECIFICA DA AREIA


DETERMINAÇÃO
MS MASSA DE AREIA SECA (g) 500
Lo LEITURA INICIAL (cm³) 200
L LEITURA FINAL (cm³) 391
γ MASSA ESPECIFICA (g/cm³) 2,618
10

1.3 MASSA ESPECÍFICA (DETERMINAÇÃO DA MASSA


ESPECIFICA, MASSA ESPECIFICA APARENTE E ABSORÇÃO
DE AGUA DO AGREGADO GRAUDO – NBR NM 53)

1.3.1 DEFINIÇÃO

Massa específica – relação entre a massa do agregado seco e o volume dos


grãos, incluindo os poros impermeáveis

1.3.2 OBJETIVO

 Determinar a massa específica do agregado graúdo.

1.3.3 APARELHAGEM

 Balança com capacidade mínima para 10 kg e resolução para 1 kg;


 Recipiente para amostra, constituído de um cesto de arame com abertura de
malha igual ou superior a 3,35 mm;
 Tanque de imersão;
 Peneira com abertura nominal com dimensão conforme necessário.

1.3.4 METODOLOGIA

 A massa mínima para ensaio e proporcional a dimensão máxima do


agregado;
 Lavar a amostra e secar até constancia de massa a temperatura de 105ºC –
110ºC e pesar conforme tabela acima;
 Imergir em água a temperatura ambiente por 24h;
 Secar superficialmente a amostra e determinar a massa Ms (agregados
saturados com superfície seca);
 Colocar a amostra em recipiente para a determinação da massa Ma (massa
em água);
11

 Secar até massa constante a 105ºC, deixar esfriar e pesar novamente (m,
agregado seco).
 Os cálculos a serem realizados estão abaixo relacionados:

Massa específica do agregado seco;

M
γ=
Ms−Ma

Massa específica do agregado na condição saturado seca;

Ms
γs=
Ms−Ma
Massa específica aparente do agregado;

M
γa=
M −Ma

Absorção de água.

Ms−M
A= ∗100
M

1.3.5 RESULTADO

MASSA ESPECIFICA E ABSORÇÃO DO AGREGADO GRAUDO


M MASSA DA AMOSTRA SECA (g) 1414
Ms MASSA DA AMOSTRA NA CONDIÇÃO 1433
SATURADA SUPERFICIE SECA (g)
Ma MASSA EM ÁGUA DA AMOSTRA (g) 949
γ MASSA ESPECIFICA (g/ cm³) 2,92
γ s MASSA ESPECIFICA SUP. SECA (g/cm³) 2,96
γa MASSA ESPECÍFICA APARENTE (g/cm³) 3,04
A ABSORÇÃO DE ÁGUA (%) 1,34
12

1.4 MASSA UNITARIA EM ESTADO SOLTO AGREGADO MIÚDO –


NBR 7251

1.4.1 DEFINIÇÃO

Massa no estado solto – relação entre a massa do estado fresco contida em


determinado recipiente e o volume deste.

1.4.2 OBJETIVO

 Determinação da massa unitária do agregado miúdo;

1.4.3 APARELHAGEM

 Recipiente;
 Balança;
 Estufa;
 Concha ou pá;

1.4.4 METODOLOGIA

 Utilizar o dobro do volume do recipiente.


 Determinar a massa do recipiente;
 Encher o recipiente lançando o agregado de uma altura de 10 a 12cm no
topo;
 Alisar a superfície com régua (agregado miúdo) ou regularizar
 Determinar a massa do recipiente cheio com o agregado.
 A massa unitária é calculada pela expressão abaixo:

Mt−Mc
μ=
V
13

1.4.5 RESULTADO

MASSA UNITARIA EM ESTADO SECO E SOLTO DA AREIA


Mc MASSA DO RECIPIENTE (g) 1258
Mt MASSA DO REC. + AMOSTRA (g) 4455
M MASSA DA AMOSTRA (g) 3197
V VOLUME DO RECIPIENTE (cm³) 2029
 MASSA UNITARIA (g/cm³) 1,583
14

1.5 MASSA UNITÁRIA EM ESTADO COMPACTADO AGREGADO


GRAÚDO – NBR NM 45

1.5.1 DEFINIÇÃO

Massa no estado compactado – relação entre a massa do estado fresco


contida em determinado recipiente e o volume deste.

1.5.2 OBJETIVO

 Determinar a massa unitária do agregado graúdo.

1.5.3 APARELHAGEM

 Recipiente;
 Balança;
 Estufa;
 Concha ou pá;
 Haste de Adensamento.

1.5.4 METODOLOGIA

 Usar o dobro do volume do recipiente;


 Determinar a massa do recipiente;
 Encher o recipiente com agregado até 1/3 de sua capacidade, nivelar a
superfície e adensar mediante 25 golpes da haste de adensamento;
 Continuar o enchimento do recipiente até completar 2/3 de sua capacidade,
nivelar a superfície e adensar (25 golpes);
 Encher totalmente o recipiente, nivelar e adensar (25 golpes);
 Determinar a massa do recipiente com o agregado.
 A massa unitária utilizará a expressão abaixo para seu cálculo.
15

Mt−Mc
μ=
V
1.5.5 RESULTADO

MASSA UNITARIA EM ESTADO COMPACTADO DA BRITA


Mc MASSA DO RECIPIENTE (g) 2474
Mt MASSA DO REC. + AMOSTRA (g) 12605
M MASSA DA AMOSTRA (g) 10131
V VOLUME DO RECIPIENTE (cm³) 6185
 MASSA UNITARIA (g/cm³) 1,638
16

1.6 UMIDADE DO AGREGADO MIÚDO POR SECAGEM EM ESTUFA

1.6.1 DEFINIÇÃO

Umidade – relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca.

1.6.2 OBJETIVO

 Determinar a umidade presente no agregado miúdo.

1.6.3 APARELHAGEM

 Recipientes;
 Estufa
 Concha ou pá;

1.6.4 METODOLOGIA

 Utilizar uma amostra qualquer de agregado;


 Secar o agregado em estufa por 8 horas e pesar a amostra;
 Adicionar 5% de sua massa em água (25ml) e pesar a amostra.
 Para calcular a umidade utiliza-se a expressão abaixo:
( M h−T )−( M s−T )
h= ∗100
Msl

1.6.5 RESULTADO

UMIDADE DA AREIA
RECIPIENTE Cáps.2 Cáps.27
1
Mh MASSA DA AMOSTRA ÚMIDA (g) 91,10 103,84
Ms MASSA DA AMOSTRA SECA(g) 87,83 100,45
T Tara da Cápsula 33,23 27,43
H Água (g) 3,27 3,39
17

Msl MASSA DA AMOSTRA SECA LÍQUIDA (g) 54,60 73,02


h UMIDADE (%) 5,99 4,64
MÉDIA(%) 5,32
1.7 UMIDADE DO AGREGADO MIÚDO PELO MÉTODO DO
APARELHO SPEED

1.7.1 DEFINIÇÃO

Umidade – relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca,
expressa em %.

1.7.2 OBJETIVO

 Determinar a umidade do agregado miúdo.

1.7.3 APARELHAGEM

 Speed;
 Ampolas com cerca de 6,5g de carbureto de cálcio (CaC 2).

1.7.4 METODOLOGIA

 Preparar uma amostra com 500 g de areia, adicionando 5% de sua massa em


água;
 Coletar 12 g desta amostra umedecida;
 Colocar a amostra na câmara do aparelho;
 Introduzir duas esferas de aço e a ampola de carbureto;
 Agitar o aparelho;
 Efetuar a leitura da pressão manométrica;
 Verificar tabela de aferição própria do aparelho;
18

1.7.5 RESULTADO

UMIDADE DA AREIA
M MASSA DA AMOSTRA SECA (g) 500,00
H Água (g) 25,00
Mh MASSA DA AMOSTRA ÚMIDA UTILIZADA (g) 12,00
h1 LEITURA DO MANÔMETRO 10,2
h UMIDADE TABELA DE AFERIÇÃO(%) 5,1%

Segundo a tabela de aferição, pela quantidade de 12g, o resultado obtido na


leitura do aparelho deve ser dividido por 2.
19

CONCLUSÃO

A elaboração desses ensaios permitiu o contato direto com materiais básicos


utilizados na construção civil e, a determinação de resultados que servem de
avaliação de qualidade, como também a determinação de dados que serão
utilizados tanto na elaboração de traços de argamassas, quanto de concreto.
20

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GOMES, A. O..Materiais de Construção II: “Caderno de Aulas Práticas”.


Universidade Federal da Bahia, Escola Politécnica. Salvador/BA. 2008.

Você também pode gostar