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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA

PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

2011
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Este documento foi organizado pelo Grupo de Trabalho Técnico-Científico do Pacto pela
Restauração da Mata Atlântica.

Coordenação: Ricardo Ribeiro Rodrigues.

Membros: Aurélio Padovezi, Fabiano Turini Farah, Ricardo Augusto Gorne Viani, Tiago Egydio
Barreto e Pedro Henrique Santin Brancalion.

Colaboração: Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI),


Associação do Patrimônio Natural (APN/RJ), Associação Mico Leão Dourado, Associação para a
Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (AMANE), Associação Terceira Via, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bio Flora, Biosfera Consultoria Ambiental,
Brasil Florestas, Center for Tropical Research – UCLA, Centro de Pesquisas Ambientais do
Nordeste (CEPAN), Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro
(CEDAE – RJ), Conservação Internacional (CI-BRASIL), Eco Atlântica, Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-
USP), Fibria, Flora Brasil, French National Center for Scientific Research (CNRS), Fundação SOS
Mata Atlântica, Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBA), Instituto Ambiental do Paraná (IAP),
Instituto Amigos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (IA-RBMA), Instituto Bio Atlântica,
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto de
Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF-ES), Instituto de Estudos
Socioambientais do Sul da Bahia (IESB), Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Instituto
Estadual de Florestas (IEF-MG), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do
Espírito Santo (IEMA), Instituto Estadual do Ambiente (INEA – RJ), Instituto Floresta Viva,
Instituto Florestal (IF-SP), Instituto Oikos de Agroecologia, Instituto Socioambiental (ISA),
Instituto Terra (MG), Instituto Terra de Preservação Ambiental (RJ), Klabin, Laboratório de
Ecologia da Paisagem e Conservação (LEPAC/ USP), Mater Natura, Ministério Público da
BAHIA, Natureza Bela, Núcleo de Extensão em Educação e Conservação Ambiental – USP,
Organização de Conservação de Terras do Baixo Sul da Bahia (OCT), Programa da Terra
(PROTER), Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo de Guapiara-SP, Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SEMA-PR), Secretaria de
Estado do Ambiente (SEA-RJ), Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA-SP),
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (SEAMA),
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Sociedade Nordestina
de Ecologia (SNE), Suzano,Taki Ambiental ,The Nature Conservancy (TNC),Vale e WWF-Brasil.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

1. INTRODUÇÃO
A restauração ecológica é o processo de auxiliar a recuperação de um ecossistema que foi
degradado, danificado ou destruído (Society for Ecological Restoration International Science &
Policy Working Group 2004). Numa visão mais abrangente e atual, a restauração ecológica
considera não só aspectos ecológicos, que tratam do restabelecimento da biodiversidade e
dos processos ecológicos nos ecossistemas, mas também aspectos econômicos e sociais
relacionados à restauração (Nair & Rutt 2009, Calmon et al. 2011). Além disso, diante da
importância do gerenciamento adequado das etapas da restauração para garantir seu sucesso
e da necessidade de replicação de experiências bem sucedidas, é fundamental que programas
de restauração utilizem as múltiplas ferramentas existentes de gestão de projetos.

Estes quatro princípios da restauração: ecológico, econômico, social e de gestão de


projetos relacionam-se entre si, formando uma pirâmide, na qual o princípio ecológico
encontra-se no topo (figura 1). Nesse sentido, ações e práticas em um determinado princípio
tem reflexo direto ou indireto nos demais e, consequentemente, no processo de restauração
ecológica.

Figura 1. Relações entre os princípios da restauração ecológica e a integridade dos ecossistemas. Adaptado de Della Sala et
al. (2003).

Dessa forma, entende-se que, embora o objetivo primário da restauração seja ecológico,
o mesmo não se sustenta na prática, sem uma abordagem conjunta dos aspectos sociais,
econômicos e de gestão, que possibilitam transformar métodos e conceitos de ecologia de
restauração em projetos de restauração ecológicos bem sucedidos no campo.

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PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Este documento apresenta os princípios, critérios, indicadores que devem ser


utilizados como guia para o monitoramento dos projetos de restauração ecológica
cadastrados no Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e descreve como estes aspectos
devem ser verificados, mensurados e/ou avaliados ao longo do tempo de desenvolvimento
desses projetos.

Todos os aspectos incluídos nesse protocolo foram discutidos e aprovados em


plenária durante a “Oficina de Monitoramento do Pacto pela Restauração da Mata
Atlântica”, realizada em Campinas, em março de 2011, e que contou com a participação de
mais de 70 representantes de instituições de vários estados do Brasil, entre governos,
empresas, univerisdades e ONGs, todos signatárias do Pacto e que trabalham pela
restauração da Mata Atlântica.

Este protocolo deverá ser testado e aprimorado ao longo dos próximos anos, com sua
utilização rotineira e com contribuições por parte dos diversos membros do Pacto que
adotarão esse protocolo. Diante disso, os preceitos e as indicações propostas pelo
documento devem ser considerados ainda preliminares, uma vez que poderão ser
modificados na medida em que se acumula conhecimento e experiência com a aplicação do
mesmo em campo.

2. ESTRUTURA DO PROTOCOLO
O sistema de avaliação da presente proposta está estruturado nos níveis hierárquicos de
princípio, critério, indicador e verificador descritos abaixo e foram adaptados de protocolos
já existentes de certificação ambiental. Esse esquema fornece uma estrutura coerente e
consistente para alcançar, a cada nível, os valores almejados pela restauração ecológica da
Mata Atlântica.

Princípio (P): Uma regra fundamental. No contexto de restauração ecológica, os


princípios fornecem a estrutura primária para a avaliação de um projeto.

Critério (C): Um item de avaliação ou meio de julgar um princípio. Um critério pode ser
entendido como um princípio de “segunda ordem” que acrescenta
significado e operacionalidade a um princípio, sem que, por si próprio,
constitua uma medida direta de desempenho.

Indicador (I): Indicador é qualquer variável do projeto de restauração ecológica usada


para inferir a condição de um determinado critério. Os indicadores devem
transmitir uma informação e não devem ser confundidos como condições
para satisfazer os critérios.

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Verificador (V): Formas de verificar, mensurar ou avaliar um indicador.

Para facilitar o entendimento desse protocolo e evitar interpretações equivocadas, foi


organizado um glossário com os principais termos técnicos utilizados ao longo do protocolo, o
qual está apresentado no Anexo 1. As palavras incluídas nesse glossário foram escritas em
itálico na primeira vez em que elas apareceram no texto. Para facilitar a coleta de dados, foram
organizadas planilhas de campo para cada um dos indicadores do Protocolo, as quais estão
apresentadas, no final do documento, nos Anexos de 2 a 5.

3. PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS, INDICADORES E


VERIFICADORES PARA O MONITORAMENTO DOS
PROJETOS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
A seguir são apresentados os quatro princípios para o monitoramento da restauração
ecológica e seus respectivos critérios, indicadores e verificadores (tabelas 1-4). É importante
ressaltar que alguns indicadores são verificados em programas de restauração, enquanto
outros, como a maior parte dos indicadores do princípio ecológico, são avaliados em projetos
de restauração.
Conceitualmente, os programas de restauração são definidos, para o propósito deste
protocolo, como “o conjunto de projetos de restauração, com o mesmo objetivo, de uma
instituição ou de um conjunto de instituições parceiras numa determinada região”. Já os
projetos de restauração equivalem a “unidades espaciais em processo de restauração
ecológica, com características homogêneas em relação ao método de restauração
adotado, data de implantação, ao tipo de solo e vegetação, ao histórico da área e à
instituição executora”.

3.1. PRINCIPIO ECOLÓGICO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL (P1)


As atividades de restauração florestal devem restabelecer a diversidade regional de
espécies nativas e os processos ecológicos envolvidos com a sustentabilidade dos
ecossistemas naturais e restaurados.

Tabela 1. Critérios, indicadores e verificadores do Princípio Ecológico da Restauração Florestal.

Item Descrição
Distribuição vertical e horizontal da comunidade
C.1.1. Estrutura vegetal em restauração

Quantidade de indivíduos de menor porte de


I.1.1.1. Densidade de indivíduos de menor porte espécies arbustivas e arbóreas não invasoras
por área

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Item Descrição
V.1.1.1.1. Número de indivíduos de espécies não Contagem de indivíduos de espécies não invasoras por
invasoras por área área, com altura entre 0,5 ≥ H < 1 m

Quantidade de indivíduos de maior porte de espécies


I.1.1.2. Densidade de indivíduo de maior porte
arbustivas e arbóreas não invasoras por área

V.1.1.2.1. Número de indivíduos de espécies não Contagem de indivíduos de espécies não invasoras por
invasoras por área área, com altura ≥ 1 m

Altura estimada do estrato mais alto da vegetação,


I.1.1.3. Altura da vegetação
excluindo os indivíduos emergentes.

V.1.1.3.1. Altura média do estrato mais alto da


vegetação, excluindo indivíduos emergentes Estimativa da altura total do estrato mais alto

I.1.1.4. Estratificação Quantidade de estratos da vegetação.

Estimativa visual do número de estratos do


V.1.1.4.1. Número de estratos componente lenhoso da vegetação considerando
sub-bosque, subdossel, dossel e emergente

I.1.1.5. Cobertura de copas Área coberta pela copa das árvores

V.1.1.5.1. Soma das medidas de copa projetadas Soma das medidas dos trechos da linha amostral
cobertos por copa (m), em relação ao comprimento
no terreno, com base nos comprimentos não
da linha, baseado na soma dos comprimentos não
cobertos por copa. cobertos por copa

I.1.1.6. Área basal Soma das áreas das secções transversais de caules

Soma das medidas das áreas basais das secções


V.1.1.6.1. Soma das medidas das áreas basais de transversais de caules, obtidas a partir das medidas de
indivíduos de espécies não invasoras todas as ramificações das plantas com pelo menos uma
das ramificações com CAP ≥ 15 cm

Cobertura do solo por herbáceas invasoras e herbáceas


I.1.1.7. Herbáceas invasoras e superdominantes
superdominantes

V.1.1.7.1. Percentual de cobertura do solo por herbáceas Estimativa visual do percentual de cobertura do solo
invasoras e superdominantes por herbáceas invasoras e herbáceas superdominantes

Descrição quantitativa e qualitativa das espécies que


C.1.2. Composição de espécies arbustivas e arbóreas
compõem a comunidade vegetal em restauração

Quantidade de espécies e morfoespécies (1) regionais


I.1.2.1. Nº de espécies por projeto de restauração
e (2) não regionais

V.1.2.1.1. Número total de espécies e morfoespécies


Contagem de espécies e morfoespécies regionais
regionais

V.1.2.1.2. Número total de espécies e morfoespécies Contagem de espécies e morfoespécies não regionais
não regionais

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Item Descrição
Distribuição do número de indivíduos entre as
I.1.2.2. Equidade de espécies regionais
espécies regionais

V.1.2.2.1. Valor de equidade Cálculo da equidade

I.1.2.3. Espécies arbóreas invasoras Quantidade de indivíduos de espécies arbóreas


invasoras.

Organização de lista das espécies arbóreas invasoras e


V.1.2.3.1. Composição e densidade de espécies arbóreas respectivas densidades, a partir de registros de espécies
invasoras de levantamentos do Estado ou do mais próximo

3.2 – PRINCÍPIO ECONÔMICO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL (P2)


O pagamento por serviços ambientais, produtos florestais madeireiros e não
madeireiros, a geração de trabalho e renda e a obtenção de vantagens competitivas pela
certificação ambiental, são favoráveis para a consolidação e o sucesso das iniciativas de
restauração ecológica.

Tabela 2. Critérios, indicadores e verificadores do Princípio Econômico da Restauração Florestal.

Item Descrição
C.2.1. O projeto gera trabalho e/ou renda com a
Quantidade de postos de trabalho e valor de
implantação/manutenção da área em processo
investimento do programa/projeto de restauração
de restauração

Postos de trabalhos gerados diretamente pelas


I.2.1.1. Geração de postos de trabalho
atividades de restauração ecológica

Levantamento e registro da lista de empregados


V.2.1.1.1. Número de postos de trabalho direto
pelo projeto

I.2.1.2. Valor de investimento do programa/projeto Montante total de recursos do programa.

Levantamento e registro do orçamento e despesas


V.2.1.2.1. Valor de investimento do programa em serviços realizadas do projeto em outros serviços pessoa jurídica
ou física

Levantamento e registro do orçamento e despesas


V.2.1.2.2. Valor de investimento do programa em insumos realizadas em insumos (adubo, combustível, mudas,
mourões, arame,...)

Levantamento e registro do orçamento e despesas


V.2.1.2.3. Valor de investimento do programa/projeto
realizadas em mão de obra para as atividades de
em mão de obra (contrato direto)
restauração

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Item Descrição

Levantamento e registro do orçamento e despesas


V.2.1.2.4. Valor de investimento do programa/projeto
realizadas em investimento de depreciação conserto
em depreciação de máquinas /equipamentos
de máquinas e equipamentos

V.2.1.2.5. Valor de investimento do programa/projeto Levantamento e registro do orçamento e despesas


em impostos realizadas em taxas e impostos

Levantamento e registro do orçamento e despesas


V.2.1.2.6 . Valor de investimento do programa/projeto
realizadas para gestão do projeto (aluguel de escritório,
em gestão
água, luz, telefone, equipe de coordenação,...)

C.2.2. Geração de bens e serviços com a área em Produtos e processos oriundos das ações de
processo de restauração. restauração florestal que são benéficos à sociedade

Pagamento por serviços ambientais relacionados à


I.2.2.1. Pagamento por serviços ambientais água, biodiversidade, mudança de uso do solo ou
carbono

V.2.2.1.1. Número de contratos de pagamento por Levantamento e registro do número de projetos de


serviços ambientais restauração com contrato de pagamento por serviços
ambientais.

V.2.2.1.2. Montante de recursos recebidos pelo PSA Levantamento e registro do valor transferido por
contratos de PSA

Levantamento e registro do valor de isenção dos


V.2.2.1.3. Incentivo tributário relacionado à área em
tributos a serem aplicados na área em processo de
restauração ecológica
restauração florestal

Pagamento por serviços ambientais relacionados à


I.2.2.2. Pagamento por carbono
fixação e retenção de carbono atmosférico

V.2.2.2.1. Projeto técnico circunstanciado visando Verificação da existência do projeto técnico.


carbono

V.2.2.2.2. Programa de restauração certificado por


Verificação da existência de certificado.
entidade independente do mercado de carbono

V.2.2.2.3. Créditos de carbono gerados Levantamento e registro dos créditos de carbono


emitidos

V.2.2.2.4. Montante de recursos recebidos pela venda Levantamento e registro da existência de contratos
de carbono de venda

O projeto ou parte dele compensará o déficit de


I.2.2.3. Servidão florestal Reserva Legal de propriedades de terceiros

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Item Descrição
V.2.2.2.3.1. Renda obtida na negociação de áreas em
restauração, para compensação de Reserva Legal em Levantamento e registro da renda obtida e Verificação
regime de servidão florestal da existência do contrato de servidão florestal

I.2.2.4. Comercialização de produtos florestais Geração de renda pela comercialização de madeira


madeireiros

V.2.2.4.1. Projeto de floresta produtiva existente e,


Verificação da existência do projeto técnico.
quando necessário, aprovado pelo órgão ambiental

Levantamento e registro do volume comercializado


V. 2.2.4.2. Montante gerado pela comercialização de
bem como dos valores envolvidos;
produtos madeireiros
Verificação da existência de contratos de venda

Geração de renda pela comercialização de produtos


I.2.2.5. Comercialização de produtos florestais não florestais não madeireiros oriundos das áreas em
madeireiros restauração.

V.2.2.5.1. Atividade de exploração de produtos Levantamento e registro de atividade de produtos


florestais não madeireiros na área em processo florestais não madeireiros (semente, mel, extratos,
de restauração folhas, frutos,...)

V.2.2.5.2. Projeto de exploração de produtos florestais Verificação da existência de plano de negócios para
não madeireiros na área em processo de restauração produtos não madeireiros

V.2.2.5.3. Montante gerado pela comercialização de Levantamento e registro do montante de renda gerado
produtos não madeireiros pela comercialização de produtos não madeireiros

Forma como os custos da implantação do projeto


C.2.3. Fonte de recursos para a restauração
de restauração estão sendo cobertos

Levantamento da fonte de recursos que arcará com


I.2.3.1 . Origem do montante de recursos investido no
os custos da implantação e manutenção do projeto
projeto de restauração
de restauração

Levantamento e registro de origem e montante dos


V.2.3.1.1. Origem dos recursos investidos
recursos utilizados para investimento no projeto

3.3 PRINCÍPIO SOCIAL DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL (P3)

As atividades de restauração florestal devem manter ou ampliar o bem estar


socioeconômico das partes interessadas no projeto. Entende-se como partes interessadas no
projeto, todos os colaboradores diretos e indiretos, confrontantes, comunidades
envolvidas/interessadas no projeto.

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Tabela 3. Critérios, indicadores e verificadores do Princípio Social da Restauração Florestal.

Item Descrição
Devem ser dadas às comunidades adjacentes às
C.3.1. Oportunidades de trabalho, treinamento e
áreas de restauração florestal, oportunidades de
outros serviços para as comunidades locais
trabalho, treinamento e outros serviços

I.3.1.1. Contratação de mão de obra Identificação dos critérios utilizados para contratação
de mão de obra

Avaliação, levantamento e registro quantitativo da


V.3.1.1.1. Porcentagem de mão de obra local contratada
origem da mão de obra local contratada

V.3.1.1.2. Proporção de gêneros entre os trabalhadores Levantamento e registro quantitativo do número de


contratados mulheres e homens contratados para o projeto

I.3.1.2. Responsabilidade socioambiental dos envolvidos Iniciativas da instituição responsável pelo projeto de
com as atividades de restauração florestal restauração em capacitar e melhorar as condições de
vida dos trabalhadores

V.3.1.2.1. Evidência de iniciativas que promovam acesso Avaliação, levantamento e registro de iniciativas para
à melhoria educacional e profissional aos envolvidos melhoria educacional e profissional dos trabalhadores
com as atividades de restauração florestal contratados para o projeto

C.3.2. Saúde ocupacional dos trabalhadores de Condições sanitárias, ambientais e de trabalho que
restauração florestal garantam a saúde e bem-estar dos trabalhadores

Cumprimento das exigências existentes na legislação


I.3.2.1. Assegurar os benefícios à saúde do trabalhador
vigente, para que o trabalhador tenha acesso à saúde

V.3.2.1.1. Comprovação de exames médicos Verificação da existência de comprovantes médicos


admissionais, regulares e demissionais pertinentes admissionais, regulares e demissionais
a cada atividade

V.3.2.1.2. Colaboração na divulgação de campanhas


Verificação da existência de divulgação de campanhas
de saúde pública por parte do responsável pelas
de saúde pública
atividades de restauração florestal

V.3.2.1.3. Existência de equipamentos de primeiros Avaliação da existência de equipamentos de primeiros


socorros no local de trabalho socorros no local do trabalho

Responsabilidade do gestor do projeto de restauração em


I.3.2.2. Responsabilidade no cumprimento da legislação
cumprir as exigências existentes na legislação vigente,
que assegure condições sanitárias e ambientais
para que o trabalhador tenha condições sanitárias e
apropriadas
ambientais apropriadas

V.3.2.2.1. Qualidade e quantidade de alimentação e


Avaliação da qualidade da alimentação e dessedentação
água no campo para o exercício das atividades de
dos trabalhadores do campo
restauração

V.3.2.2.2. Qualidade das condições ambientais e Avaliação da qualidade das condições ambientais e
sanitárias do trabalho de campo sanitárias do trabalho de campo

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Item Descrição

C.3.3. Deve haver condições seguras de trabalho A realização das atividades de restauração florestal
não deve trazer riscos aos trabalhadores envolvidos

Responsabilidade do gestor do projeto de restauração


I.3.3.1. Garantir condições de segurança de trabalho em cumprir as exigências existentes na legislação
apropriadas vigente, para que o trabalhador tenha condições de
segurança de trabalho apropriadas

V.3.3.1.1. Existência de máquinas, ferramentas e Avaliação da boa condição de uso de máquinas,


equipamentos em condições de uso, com apropriada ferramentas e equipamentos, com apropriada proteção
proteção para o trabalhador para seu operador

V.3.3.1.2. Existência de equipamento de proteção


individual (EPI) cedidos aos trabalhadores sem ônus, Avaliação da existência de EPI apropriado, cedido aos
quando a atividade assim o exigir trabalhadores sem ônus.

V.3.3.1.3. O uso de EPI é garantido, obrigatório Avaliação da existência de obrigatoriedade e


e monitorado monitoramento sobre o uso de EPI

V.3.3.1.4. Existência de equipamentos de comunicação Avaliação a existência de equipamentos de


no local de trabalho comunicação no local do trabalho

V.3.3.1.5. Existência de treinamento regular de Avaliação, levantamento e registro da existência


primeiros socorros para todos os empregados de treinamentos regulares de primeiros socorros
supervisores. para empregados e supervisores

V.3.3.1.6. Existência de responsável por segurança Verificação da existência de responsável por segurança
do trabalho na área de restauração florestal, quando do trabalho na área de restauração florestal, quando
exigido por Lei exigido por Lei

V.3.3.1.7. O transporte dos trabalhadores deve ser


realizado em veículos apropriados e em condições
Avaliação da qualidade do transporte dos trabalhadores
adequadas, que garantam sua qualidade e a segurança,
de campo
de acordo com a legislação vigente ou acordos
específicos entre as partes

Os trabalhadores devem ter remuneração no


mínimo compatível com a média do mercado
C.3.4. Remuneração dos trabalhadores
da região, de acordo com a atividade produtiva
realizada

I.3.4.1. Remuneração compatível com a atividade Remuneração compatível com a atividade realizada,
produtiva realizada na região respeitando carga horária

Avaliação, levantamento e registro do salário médio


V.3.4.1.1. Porcentagem em relação à média regional
pago ao restaurador (operador braçal)

Trabalho de menores de 14 anos em atividades de


C.3.5. Uso de mão de obra infantil e de jovens
restauração florestal ou de jovens da faixa etária de
aprendizes
aprendizes

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Item Descrição
I.3.5.1. Responsabilidade no cumprimento da
Cumprir as exigências existentes na legislação vigente,
legislação que assegure condições a contratação
para contratação de menores
de jovens aprendizes

Levantamento e registro da listagem dos trabalhadores


V.3.5.1.1. Existência de lista de trabalhadores na faixa
e registro das respectivas idades. Avaliações se existem
etária de aprendizes incluindo descrição de atividades
trabalhadores na faixa etária de aprendiz, neste caso,
e comprovantes de freqüência escolar
levantar comprovante de freqüência escolar

C.3.6. Relação do projeto com a comunidade Impactos positivos e negativos do projeto de


de entorno restauração na comunidade do entorno

I.3.6.1. Impactos sociais do projeto nas comunidades Diagnóstico dos impactos sociais positivos e negativos
de entorno do projeto nas comunidades de entorno

V.3.6.1.1. Existência do diagnóstico da comunidade Verificação da existência do diagnóstico


do estorno

I.3.6.2. Participação de comunidades e atores Comunidades e atores locais têm canais e espaços
locais no planejamento do projeto para participação no planejamento do projeto

V.3.6.2.1. Reuniões com a comunidade e atores locais Verificação e Avaliação de registros e reuniões

Ações que visem compensar a comunidade ou


I.3.6.3. Ações compensatórias dos impactos sociais indivíduos locais que foram de alguma forma
provenientes das atividades de restauração florestal prejudicada pela implantação do projeto de
restauração florestal

Verificação e Avaliação das ações compensatórias


V.3.6.3.1. Proposição de ações compensatórias
ou mitigadoras propostas

Verificação e Avaliação das ações compensatórias


V.3.6.3.1. Implantação de ações compensatórias
ou mitigadores realizadas

Ações que visem à conscientização dos atores sociais


I.3.6.4. O projeto possui ações de educação ambiental envolvidos com relação à importância da conservação
das florestas

V.3.6.4.1. Proposta de ações de educação ambiental Verificação e Avaliação das propostas de EA

V.3.6.4.1. Implantação das ações de educação ambiental Verificação e Avaliação das propostas de EA

Favorecimento da comunidade do entorno por


I.3.6.5. Benefícios indiretos relacionados às atividades
atividades e ações oriundas do projeto, mas
de restauração florestal
não relacionadas à restauração florestal.

V.3.6.5.1. Proposta de ações complementares Verificação e Avaliação das propostas de ações


à restauração complementares

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PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Item Descrição
V.3.6.5.2. Implantação de ações complementares à Verificação e Avaliação das ações complementares
restauração desenvolvidas

O projeto deve possuir uma forma de organização


C.4.1. Planejamento e documentação do processo
de sua execução bem com registro dos resultados

Projeto contendo as informações pertinentes ao


I.4.1.2. Existe um Projeto de Restauração planejamento e execução das diversas etapas do
processo de restauração

Verificação da existência de diagnóstico da área a ser


restaurada contendo minimamente: levantamento
V.4.1.2.1. Existência de diagnóstico socioambiental socioeconômico, histórico de uso e ocupação do solo,
da área a ser restaurada levantamento de entidades governamentais e não
governamentais ligadas ao tema da restauração

Levantamento e registro de arquivos digitais com os


V.4.1.2.2. Delimitação das áreas em restauração bem polígonos, delimitados e georreferenciados, das áreas
como sua caracterização ambiental a serem restauradas, contendo informações sobre uso
do solo

Verificação da existência de lista de espécies nativas


V.4.1.2.3. Lista de espécies indicadas regionais, indicada por levantamento direto ou por
dados secundários da vegetação regional

Verificação da existência de protocolo metodológico


V.4.1.2.4. Protocolo metodológico para tomada de
para escolha da técnica de restauração em função de
decisão da técnica de restauração mais apropriada
cada situação ambiental diagnosticada

V.3.6.5.2. Implantação de ações complementares à Verificação e Avaliação das ações complementares


restauração desenvolvidas

3.4 – PRINCÍPIOS DA GESTÃO DO PROGRAMA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL (P4)

A gestão do programa de restauração florestal visa garantir planejamento, avaliação,


controle e documentação adequados, de forma a se preservar a memória do respectivo
projeto de restauração ecológica. Incluem-se nessa memória, informações sobre uso histórico
da área e metodologia de restauração utilizada, fotografias, custos, etc., que permitam
resgatar as possíveis causas de sucesso ou insucesso da iniciativa.

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Tabela 4. Critérios, indicadores e verificadores do Princípio de Gestão da Restauração Florestal.

Item Descrição
O projeto deve possuir uma forma de organização de
C.4.1. Planejamento e documentação do processo
sua execução bem com registro dos resultados

Projeto contendo as informações pertinentes ao


I.4.1.2. Existe um Projeto de Restauração planejamento e execução das diversas etapas do
processo de restauração

Verificação da existência de diagnóstico da área a ser


restaurada contendo minimamente: levantamento
V.4.1.2.1. Existência de diagnóstico socioambiental socioeconômico, histórico de uso e ocupação do solo,
da área a ser restaurada levantamento de entidades governamentais e não
governamentais ligadas ao tema da restauração

Levantamento e registro de arquivos digitais com os


V.4.1.2.2. Delimitação das áreas em restauração bem polígonos, delimitados e georreferenciados, das áreas
como sua caracterização ambiental a serem restauradas, contendo informações sobre uso
do solo

Verificação da existência de lista de espécies nativas


V.4.1.2.3. Lista de espécies indicadas regionais, indicada por levantamento direto ou por
dados secundários da vegetação regional

Verificação da existência de protocolo metodológico


V.4.1.2.4. Protocolo metodológico para tomada de
para escolha da técnica de restauração em função de
decisão da técnica de restauração mais apropriada
cada situação ambiental diagnosticada

Verificação e Avaliação se consta no projeto de


V.4.1.2.5. Orçamento do projeto restauração o orçamento que contemple cada
suas atividades

Verificação da existência de cronograma de execução


V.4.1.2.6. Cronograma de execução física
do projeto

Documentação de cada etapa e atividade das ações


I.4.1.3. Existem registros de execução
de restauração

Verificação da existência de registro de datas das


V.4.1.3.1. Registro de acompanhamento do projeto
intervenções realizadas

Levantamento e registro de lista de espécies utilizadas


V.4.1.3.2. Lista de espécies utilizadas na restauração (anotar quantidade por espécie e número
de espécies)

V.4.1.1.3. Origem do propágulo para restauração mudas/ Levantamento e registro da origem dos propágulos
sementes/ topsoil/galharia utilizados

Verificação da existência de registro audiovisual da área


V.4.1.3.4. Registro audiovisual em processo de restauração, em diferentes momentos de
escala temporal

14
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Item Descrição

Verificação da existência de registro documentado dos


V.4.1.3.5. Registro de despesas
custos de cada etapa do projeto

Levantamento e registro da documentação do


V.4.1.3.6. Controle de produtividade rendimento operacional das atividades
desenvolvidas ao longo da restauração

C.4.2. A parceria com o proprietário do imóvel Documentação do aceite do proprietário do


rural está formalizada para executar as imóvel rural em participar do projeto de
atividades de restauração florestal restauração

Entendimento mútuo entre o executor do projeto


I.4.2.1. Existe acordo de parceria com o proprietário
de restauração e o proprietário do imóvel rural

V.4.2.1.1. Termo de compromisso para o


Verificação da existência de acordo documentada
desenvolvimento do projeto entre o proprietário
com o proprietário do imóvel rural
e o executor do projeto

V.4.2.1.2. Documento de comprovação de vínculo


Verificação de documento de comprovação de
do imóvel rural com o proprietário referido no
vínculo entre o proprietário com o imóvel rural
termo de compromisso

C.4.3. A equipe executora está habilitada e Capacidade técnica da equipe envolvida na


capacitada para executar as atividades planejadas execução do projeto de restauração florestal

Habilitação do responsável técnico do projeto


I.4.3.1. Responsável técnico está habilitado
de restauração

V.4.3.1.1. Comprovação da habilitação profissional do Verificação de documentos comprobatórios da


responsável técnico para a execução da atividade habilitação dos técnicos do projeto

Equipe técnica apta para desenvolvimento das


I.4.3.2. Equipe técnica está capacitada
atividades planejadas

Avaliação da adequação do currículo da equipe ou


V.4.3.2.1. Experiência profissional da equipe para
histórico de atuação na área com as atividades
a execução da atividade
previstas e/ou executadas pelo projeto

Sistema de registro e acompanhamento das


C.4.4. Existe sistema de monitoramento ações e resultados do projeto de restauração

Plano de acompanhamento e avaliação das áreas em


I.4.4.1. Plano de acompanhamento próprio.
restauração próprio

V.4.4.1.1. Existência de Plano de Acompanhamento e Verificação da existência do Plano de Acompanhamento


Avaliação e Avaliação das áreas em restauração

V.4.4.1.2. Aplicação Plano de Acompanhamento e


Verificação da existência de relatórios específicos
Avaliação

15
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Item Descrição
C.4.5. Existe comunicação fluida no projeto com Diálogo entre os atores envolvidos no projeto de
os atores envolvidos restauração florestal

I.4.5.1. O fluxo de informação entre a equipe gestora Articulação comunicativa entre a equipe gestora e
e executora é claro e funcional a executora

V.4.5.1.1. Existência de recomendações dos gestores Verificação da existência de registros e/ou relatos da
aos executores do projeto comunicação entre gestores e executores

V.4.5.1.2. Existência de comunicação das dificuldades Verificação da existência de registros ou relatos da


encontradas pelos executores aos gestores comunicação entre executores e gestores

I.4.5.2. Existe um bom fluxo de informação externo Existe uma boa comunicação do projeto com demais
atores sociais interessados

V.4.5.2.1. Existência de registro de comunicação com Verificação da existência de registros de reuniões,


a comunidade do entorno atividade de mobilização, material de divulgação

Verificação da existência de registros de publicações


V.4.5.2.2. Existência de registro de comunicação
em periódicos científicos, participação em eventos
científica
científicos

V.4.5.2.3. Existência de registro de comunicação Verificação da existência de inserção do projeto em


com a mídia meios de comunicação em massa

V.4.5.2.4. Existência de registro de comunicação com o Verificação da existência de registros de comunicação


Pacto MA com o Pacto MA

C.4.6. O projeto promove inovação metodológica Melhoria metodológica da prática da restauração


em restauração florestal

Existência de inovação metodológica ou tecnológica


I.4.6.1. Inovação metodológica sistematizada não descrita no referencial teórico do
Pacto

V.4.6.1.1. Existência de Descrição metodológica da Levantamento e registro da existência da descrição e


inovação e experimentação em campo dos experimentos e se essa descrição já foi comunicada
ao Pacto MA

C.4.7. Existe análise de viabilidade econômica de Somente nos casos onde o projeto de restauração
projeto com caráter de aproveitamento econômico ecológica contemplar algum objetivo econômico

I.4.7.1. Existe análise de viabilidade econômica do Balanço dos custos de implantação e manutenção do
projeto projeto com relação ao retorno financeiro do mesmo

V.4.7.1.1. Existência do estudo de viabilidade Verificação da existência do estudo de análise


econômica do projeto viabilidade econômica do projeto

16
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

4. MÉTODOS
4.1. PRINCÍPIO ECOLÓGICO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL
4.1.1. AMOSTRAGEM

O monitoramento do critério ecológico do projeto de restauração florestal deverá ser iniciado


aos 12 meses pós-implantação do projeto, e terá novos monitoramentos aos 2 anos, 3 anos e 5
anos. Após esse período, o monitoramente deverá ser repetido a cada 5 anos (10, 15, 20...) ou
até quando todos os indicadores atingirem os valores mínimos de referência. Os valores
mínimos de referência serão definidos futuramente, particularizados para cada região
ecológica da Mata Atlântica, usando os resultados obtidos ao longo do tempo com a aplicação
repetida desse Protocolo de Monitoramento. Esses resultados serão discutidos com todos os
gestores e executores de projetos de cada região ecológica, vinculados ao Pacto. Em cada
projeto de restauração, a avaliação ecológica será realizada em parcelas amostrais em número
variável de acordo com o tamanho da área total do projeto (Tabela 1).

Tabela 1. Número de parcelas a serem usadas. Protocolo de monitoramento para projetos de restauração ecológica para o
Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.

Área do projeto (ha) = A Nº parcelas amostrais

A ≤ 0,5 Desprezar projeto para fins de monitoramento

0,5 < A ≤ 1 5

A>1 5 + (1 por hectare adicional)*

*sem definição, nesse momento, de um número máximo de parcelas amostrais. Vale destacar
que estão sendo avaliados em campo, pelo próprio PACTO, experimentos tentando
estabelecer números máximos de parcelas amostrais, de forma que esse número represente a
realidade de todos os projetos de restauração ecológica monitorados.

O executor do projeto irá decidir se a localização das parcelas amostrais será fixa
(parcelas permanentes) ou variável, de acordo com os objetivos gerais do monitoramento.
Recomenda-se, no entanto, que uma porcentagem das parcelas seja fixa, e neste caso, as
parcelas devem ter marcos georeferenciados, indicadores no terreno, como, por exemplo,
estacas de eucalipto tratado, nos vértices da parcelas permanentes. É importante também
registrar, no relatório de monitoramento, se houve alocação de parcelas fixas ou não e quais
seriam estas parcelas.

17
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

As parcelas devem estar distribuídas as mais aleatórias possíveis na área a ser


monitorada, evitando-se, ao máximo, o agrupamento de parcelas. Para cada projeto deverá ser
apresentado um croqui de distribuição das parcelas no campo, representando essa
distribuição, e cada parcela deverá ter suas coordenadas geográficas e o sentido de sua
orientação no campo devidamente coletados com GPS manual. As coordenadas deverão ser
anotadas no formato UTM e com datumSAD69.

Cada parcela terá o comprimento de 25 m, definido por uma trena, e largura de 4 m (Figura 2).
A partir do ponto inicial, a parcela terá seu comprimento orientado para uma posição
padronizada, de modo diagonal às linhas de plantio, se elas existirem, cruzando pelo menos
três linhas. Na parcela serão anotadas as informações dos indivíduos que se enquadrarem no
critério de amostragem.
4m

Trena
25 m

Figura 2. Vista superior de uma unidade amostral para monitoramento da restauração florestal. Protocolo de monitoramento
para projetos de restauração florestal para o Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.

18
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Recomenda-se que, para cada nova espécie amostrada, uma amostra botânica (ramo
com até 30 cm de comprimento) seja coletada usando tesoura de poda, e herborizada (seca em
estufa) após seu retorno do campo, para posterior identificação botânica.

Nas parcelas será determinada a altura total da restauração, considerando o ponto mais
alto (folha mais alta ou gema apical, o que for mais alto) do dossel. Em seguida, será realizada a
contagem do número de estratos de espécies arbustivas e arbóreas, considerando os níveis: (1)
sub-bosque, (2) subdossel, (3) dossel e (4) emergentes (Anexo 3).

Em três subparcelas com dimensão (2x2 m), será realizada a estimativa da cobertura de
herbáceas invasoras e herbáceas superdominantes. Essas subparcelas serão localizadas no
início, meio e final da parcela, alternadamente à esquerda e à direita da trena.

A cobertura de espécies arbustivas e arbóreas será estimada tendo como base a soma
dos trechos da trena não cobertos por copa, em relação ao comprimento total da trena (Figura 3).

Figura 3. Esquema de estimativa da cobertura de copas. Protocolo de monitoramento para projetos de restauração ecológica
para o Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.

Considerando cada parcela amostrada, será realizada uma avaliação do solo,


observando a presença de limitações à regeneração, como afloramento de cascalho,
encharcamento, presença de sulcos de erosão, etc., em porcentagem do terreno afetado.
Ataques de insetos herbívoros às mudas ou aos regenerantes serão anotados em relação
também à parcela e não para cada indivíduo amostrado, estimando a porcentagem de plantas
com danos severos na respectiva parcela amostral.

19
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Será observado e anotado se a área em restauração está espacialmente conectada com


remanescentes de floresta nativa no seu entorno, qual a distância até esse fragmento, bem
como a qualidade do remanescente quanto ao grau de perturbação. Paralelamente, também
deverá ser anotado qual o uso predominante dos solos do entorno da restauração (ex.:
pastagem, cultura agrícola ou florestal etc., descrevendo o tipo de cultura).

4.1.2. ANÁLISE DE DADOS


As espécies botânicas não identificadas em campo, cujas amostras botânicas foram
coletadas, deverão ser identificadas em consultas a herbários regionais e ou com uso de
literatura especializada. Para possibilitar essa identificação, deverão ser incentivadas
parcerias com Universidades ou Centros de Pesquisa regionais.

A medida de CAP de cada ramo será convertida para uma área de secção transversal de
caule, e posteriormente, as áreas de um indivíduo serão somadas, formando a área basal
individual. Para cada parcela amostral serão contabilizados ou categorizados:
2 -1
(a) áreas basais individuais, totalizando a área basal da parcela (m .ha );
-1
(b) número de indivíduos, obtendo-se a densidade total de indivíduos (ind.ha );
(c) número de indivíduos, obtendo-se a densidade de indivíduos (ind.ha-1) com altura entre 0,5 ≥ H < 1 m;

(d) número de indivíduos, obtendo-se a densidade de indivíduos (ind.ha-1) com altura > 1 m;

(e) altura média do dossel (m);


(f) número médio de estratos (1 a 4);
(g) cobertura de espécies arbustivas e arbóreas(%) média;
(h) percentual médio de área coberta por herbáceas invasoras e superdominantes
(i) existência ou não de limitações no substrato (solo), considerando aspectos como
profundidade do solo e presença de afloramentos, grau de umidade e ocorrência de solo
encharcado, sulcos de erosão, compactação do solo, etc.
(j) percentual de plantas severamente atacadas por insetos herbívoros (estimativa visual para a
parcela);

Para os itens a, b, c, d, os dados serão separados e analisados por grupos de espécies,


sendo (1) regionais e (2) não regionais.

20
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Para a determinação da origem fitogeográfica das espécies, importante para a


determinação da riqueza de espécies nativas regionais, deverá ser observada a ocorrência
natural dessas espécies em formações vegetacionais da região do projeto. Para tanto deverá
ser utilizada bibliografia adequada, devidamente citada no relatório, sobre a ocorrência de
espécies vegetais em remanescentes naturais da região. Com base na listagem de espécies
amostradas nas parcelas, o projeto será qualificado também pela presença ou ausência de
espécies arbustivo-arbóreas invasoras (listas oficiais de espécies invasoras do Estado ou dos
Estados mais próximos), considerando tanto indivíduos plantados/semeados quanto
regenerantes.
Para cada projeto serão calculados o número de espécies regionais (soma das espécies
encontradas em cada parcela) e a diversidade e a equidade correspondente.

4.2. PRINCÍPIOS ECONÔMICO, ECOLÓGICO E DE GESTÃO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL

4.2.1. UNIVERSO AMOSTRAL

O universo amostral para a avaliação dos princípios Econômico, Ecológica e de Gestão


são “programas de restauração” definidos, para o propósito deste protocolo, como “o
conjunto de projetos de restauração, com o mesmo objetivo, de uma instituição ou de um
conjunto de instituições parceiras numa determinada região”.

Nesta perspectiva o levantamento de dados não deverá se ater a situações isoladas a


menos que, obviamente, sejam muito expressivas e de alta relevância. A descrição dos
verificadores, portanto, não deverá se prender situações pontuais de projetos de restauração,
mas sim considerar todas as situações desses projetos, considerando o programa como um
todo.

4.2.2. COLETA DE DADOS

Os procedimentos metodológicos indicados para coleta de dados dos verificadores dos


princípios Econômico, Ecológica e de Gestão são: entrevistas semi-estruturadas, observação
participante e análise documental (Haguette, 2001).

A entrevista semi-estruturada é o procedimento técnico que se desenvolve a partir de


um roteiro básico. Sua característica marcante é uma grande flexibilidade na condução do
dialogo com o interlocutor, não exigindo assim a imposição de uma ordem rígida na
apresentação das questões (Haguette, 2001). Visando extrair o máximo de informações das

21
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

entrevistas e assegurar coerência, o levantamento de informações para avaliação


verificadora dos princípios Econômico, Ecológico e de Gestão da restauração florestal devem
adotar como roteiro os anexos 4, 5 e 6 para auxiliar na condução da conversação em direção aos
temas propostos.

A observação participante é um processo no qual a presença do observador numa


situação social é mantida para fins de investigação científica (Cicourel, 1969), neste caso para
melhor interpretação de uma informação qualitativa, facilitando sua avaliação. A observação
participante é um importante complemento das entrevistas, pois incorporam os parâmetros
atitude, comportamento e decisão, permitindo uma melhor compreensão entre o discurso e a
atitude.
A análise documental consiste em levantar, analisar e extrair informações de
documentos reconhecidamente oficiais tais como: contratos, ofícios, registros e projetos,
relatórios, orçamentos e documentos contábeis.
Os dados devem ser coletados em resposta aos verificadores descritos nas tabelas dos
respectivos princípios Econômico, Social e de Gestão (itens 3.2; 3.3 e 3.4). Para cada
verificador existe uma descrição textual que tem por objetivo esclarecer qual dado e como
deve ser coletado. Nesta “descrição” dos verificadores existem basicamente 3 ações
propostas: a) Verificação; b) Levantamento e Registro; c) Avaliação. A tabela abaixo apresenta
uma relação entre estas ações propostas com as metodologias recomendadas para o seu
levantamento;

Tabela 2. Ações propostas na descrição dos verificadores dos princípios Econômico, Social e de gestão, tipo de dado
armazenado e respectiva metodologia para sua coleta.

Ação Proposta na Metodologias


Tipo de dado a ser
descrição do Verificador recomendadas para
armazenado
coleta dos dados
1. Entrevista semi-
estruturada;
Verificação Sim ou Não 2. Análise documental;
3. Observação participativa;
Sim ou Não
1.Análise documental;
Quantitativo: dados
Levantamento e Registro 2. Entrevista Semi-
numéricos, valores, listas e
Estruturada;
registros
1.Observação participativa;
Sim ou Não;
2.Entrevista semi-
Avaliação Qualitativo: informações,
estruturada;
inferências e observações
3. Análise documental;

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

4.2.3. ANÁLISE DOS DADOS


Os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem. Embora difiram quanto à forma
e à ênfase, estes métodos se complementam na interpretação dos dados e constituição da
informação. Os métodos qualitativos trazem como contribuição uma mistura de procedimentos
de cunho racional e intuitivos capazes de contribuir para a melhor compreensão do fenômeno
(POPE e MAYS, 1995). Jick (1979, p. 602) chama a combinação de métodos quantitativos e
qualitativos de “triangulação”, sendo essa a combinação que deve ser buscada na avaliação
dos verificadores dos princípios Econômico, Social e de Gestão.
A triangulação pode estabelecer ligações entre descobertas obtidas por diferentes
fontes, ilustrá-las e torná-las mais compreensíveis.
Idealmente a análise deve ser “triangulada” através de diferentes fontes e métodos de
levantamento. Esta forma de análise só é possível pela sistematização conjunta das entrevistas
semi-estruturadas, observação participante e análise documental.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

5. REFERÊNCIAS:
CALMON, M., BRANCALION, P.H.S.; PAESE, A., ARONSON, J.; CASTRO, P.; SILVA, S.C.;
RODRIGUES, R.R. 2011. emerging threats and opportunities for large-scale ecological
restoration in the Atlantic Forest of Brazil. RestorationEcology, v. 19, p. 154-158.

CICOUREL, A. “Teoria e Método em Pesquisa de Campo” in A. Z. Guimarães (org.)


DesvendandoMáscarasSociais. Capítulo II do livro Method and Meassuramntet in Sociology.
Nova Iorque: The Free Press. 1969.

DELLASALA, D.A.; MARTIN, A.; SPIVAK, R.; SCHULKE, T.; BIRD, B.; CRILEY, M.; DAALEN, C.;
KREILICK, J.; BROWN, R.; APLET, G. 2003. A Citizen's Call for Ecological Forest Restoration:
Forest Restoration Principles and Criteria. Ecological Restoration, v. 21, p.14-23.

DUFFY, MARY E., Methodological Triangulation; a vehicle for merging quantitative and
qualitative research methods, in Journal of Nursing Scholarship, 19 (3), 1987, pp 130-133.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias Qualitativas na Sociologia.. Editora Vozes. Petrópolis – RJ. 8ª


Edição. 2001.

JICK, TODD. D., Mixing qualitative and quantitative methods: triangulation in action, In
Administrative Science Quarterly, vol. 24, no 4, December 1979, pp. 130-133.

MAGURRAN, A. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton Univ. Press, 179 p.
NAIR, C.T.S.; RUTT, R. 2009. Creating forestry jobs to boost the economy and build a green future.
Unasylva 233, v. 60, p. 3-10.

POPE, CATHERINE; MAYS, NICK., REACHING the parts other methods cannot reach: an
introduction to qualitative methods in health and health service research, In British Medical
Journal, no 311, 1995, pp. 42-45.

SILVA-MATTOS, D.M.; PIVELLO,V.R. 2009. O impacto das plantas invasoras nos recursos naturais
de ambientes terrestres - alguns casos brasileiros. Ciência e Cultura, v. 61, p. 27-30.

Society for Ecological Restoration International Science & Policy Working Group. 2004. The SER
International Primer on Ecological Restoration. www.ser.org & Tucson: Society for Ecological
Restoration International.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXOS

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 1
Glossário dos termos usados no Princípio Ecológico
A seguir é feita uma definição simples e direta de alguns termos usados nesse protocolo,
especificamente para o princípio ecológico, cuja definição é importante para aplicação dessa
metodologia de monitoramento de áreas restauradas.
Altura: Medida vertical do solo até o ponto mais alto de uma planta (folha mais alta ou gema
apical, o que for mais alto), expressa em metros. Pode ser medida com trena ou vara graduada.
Para estimativa da altura da restauração, é efetuada uma medida de altura em cada
subparcelaamostral, estimando-se a medida da copa mais alta verticalmente projetada na
subparcela.

Área basal: Soma das áreas das secções transversais dos caules de uma planta em
determinada altura a partir do solo, padronizada em 1,3 m (“altura do peito”). Para sua
estimativa, inicialmente é tomada a medida de circunferência (C) do caule com trena, ou então
o diâmetro (D) com paquímetro. A circunferência é convertida para raio (r) e posteriormente
para área (A), por meio das fórmulas:

r=D/2; r=C/2p; A=pr2

Espécies invasoras: “espécie exótica em ecossistema natural ou antrópico, que desenvolve


altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão” (Silva-Mattos & Pivello, 2009). Em termos
gerais, são espécies prejudiciais à restauração ecológica por deslocar as espécies nativas, por
competição, ou restringir o recrutamento dessas. No caso de herbáceas invasoras, incluem-se
principalmente a samambaia Pteridium spp., as gramíneas braquiárias (Urochloa spp.), o
capim-gordura (Melinis minutiflora), o capim-colonião (Panicum maximum), e outras
gramíneas africanas forrageiras. Para certificar-se se uma espécie é invasora, consulte listas
oficiais de espécies invasoras do Estado ou dos Estados mais próximos. Futuramente, o Pacto
elaborará com a ajuda de especialistas uma lista de espécies vegetais invasoras para cada
região da Mata Atlântica.
Espécies não regionais: Espécies que não ocorrem naturalmente nos remanescentes de
vegetação nativa de uma dada região, tendo sido introduzidas direta ou indiretamente pelo
homem. Incluem-se nessa categoria, espécies nativas da Mata Atlântica que não ocorrem nos
remanescentes de vegetação nativa da região onde o monitoramento está sendo executado.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Espécies regionais: Espécies que ocorrem naturalmente nos remanescentes de vegetação


nativa de uma dada região, sem terem sido ali introduzidas pelo homem.
Espécies superdominantes: Espécies nativas que se comportam como invasoras, mediante
desequilíbrio ambiental (Silva-Mattos & Pivello, 2009). No caso de herbáceas
superdominantes, os principais exemplos em áreas em restauração são as gramíneas capim-
rabo-de-burro (Andropogon spp.), capim-sapê (Imperata brasiliensis) e outras gramíneas
nativas das américas. Futuramente, o Pacto elaborará, com a ajuda de especialistas, uma lista
dessas espécies herbáceas superdominantes que trazem problemas à restauração da Mata
Atlântica.

Estrato: Camada de vegetação diferenciada na floresta (ver detalhes no anexo 3).


Indivíduos emergentes: árvores que se sobressaem acima dossel, com altura superior às das
árvores que compõem esse estrato (ver anexo 2).
Monitoramento: observação e registro regular das atividades de um projeto ou programa,
para verificar se seus objetivos estão sendo atingidos nos prazos esperados. Na restauração
ecológica, consiste na aplicação de indicadores para verificar se os objetivos e metas em cada
etapa da restauração estão sendo atingidos. O monitoramento deve apontar a necessidade ou
não de manejo adaptativo.
Morfoespécie: espécie não identificada taxonomicamente, mas que, com base em sua
morfologia, se diferencia outras espécies não identificadas. Em algumas situações, a
dificuldade de identificação de algumas famílias, como Myrtaceae, Lauraceae, etc.,
principalmente na fase de juvenil, faz com que espécies nativas sejam diferenciadas como
morfoespécie, sem que se chegue a uma identificação precisa.
Número de espécies: Também chamado de riqueza, é obtida pela contagem de espécies no
conjunto de amostras de um projeto. Os indivíduos eventualmente não identificados podem ser
agrupados em morfoespécies com características morfológicas em comum.

Projeto de restauração: unidade em restauração com características homogêneas em relação


ao método adotado, ano de implantação, tipo de solo e tipo de vegetação a ser restaurada.

Programa de restauração: conjunto de projetos de restauração de uma instituição ou de um


conjunto de instituições parceiras numa determinada região.

Restauração florestal: refere-se à restauração ecológica de ecossistemas florestais.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 2

Modelo de planilha de campo para anotação dos dados durante avaliação do princípio
ecológico.

Protocolo de monitoramento para projetos de restauração ecológica para o Pacto para a


Restauração da Mata Atlântica, 2011.

Informações gerais

Data implantação Área em Data Tipo Zona


Nome Cód. Coordenadas
do projeto restauração monito- Parcela parc.
fazenda Matrícula UTM UTM SAD69
(ha) ramento

Sítio do 1/04
001/200 1/12/2006 20 1 fixa 23 K 417507 7459949
Pica-Pau 2011

Outros dados descritivos do projeto

Substrato como barreira


ecológica Herbivoria Uso do solo no entorno

Solo raso Ataque intenso Cana-de-açúcar 100%

Dados das subparcelas

Altura da restauração N. de Cobertura de herbáceas invasoras Observações


Subparcela nº foto
(cm) estratos e superabundantes (%)

1 400 2 25 48 Foto: solo muito raso


Foto: cobertura por
2 200 2 75 49 herbáceas invasoras

Levantamento dos indivíduos da parcela

Código Classe
Indivíduo Plantado Espécie de CAP (cm) nº foto Observações
espécie
altura¹

1 1 Crotonfloribundus 88 2 20,5 - -
-- Palmito: ameaçada
2 1 Euterpeedulis 47 1 (< 15) 50 de extinção
-- Foto: aspecto da planta.
3 Indet. folha composta 100 2 (< 15) 51 Coleta botânica (n. 100)

¹Classe de altura: 1: 0,5 ≥ H < 1 m; 2: H ≥ 1 m.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 3

} 4. EMERGENTE

} 3. DOSSEL

S1 } 2. SUBDOSSEL ALTURA
TOTAL

} 1- SUBBOSQUE

} 2. DOSSEL

ALTURA

}
S1 TOTAL

1. SUBBOSQUE

S2
} ALTURA
TOTAL 2

S1 } REGENERANTES ALTURA
TOTAL 1

S1
} 1. DOSSEL

ALTURA
TOTAL

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 4

Modelo de planilha de campo para anotação dos dados durante avaliação


do princípio Econômico.
Obs.: QTDE = quantidade. Protocolo de monitoramento para projetos de restauração ecológica
para o Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.

Princípio Econômico da Restauração Florestal – Planilha de campo

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

C.2.1. O projeto gera trabalho e/ou renda com a implantação/manutenção


da área em processo de restauração

I.2.1.1. Geração de postos de trabalho. Diretamente pelas atividades de


restauração.

V.2.1.1.1. Levantamento e registro da lista de empregados pelo projeto.

Descrição dos Documentos Consultados

I.2.1.2. Valor de investimento (montante total de recursos) do


programa/projeto.

V.2.1.2.1. Valor de investimento do programa (montante total de recursos)


utilizados para a execução de serviços.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.1.2.2. Levantamento e registro do orçamento e despesas realizadas do


projeto em outros serviços pessoa jurídica ou física.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.1.2.3. Levantamento e registro do orçamento e despesas realizadas em


mão de obra para as atividades de restauração.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.1.2.4. Levantamento e registro do orçamento e despesas realizadas em


investimento de depreciação conserto de máquinas e equipamentos.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.1.2.5. Levantamento e registro do orçamento e despesas realizadas em


taxas e impostos.

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PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.1.2.6. Levantamento e registro do orçamento e despesas realizadas para


gestão do projeto (aluguel de escritório, água, luz, telefone, equipe de
coordenação,...).

Descrição dos Documentos Consultados

C.2.2. Geração de bens e serviços com a área em processo de restauração

I.2.2.1. Pagamento por serviços ambientais relacionados a

( ) água ( ) biodiversidade

( ) mudança de uso do solo ( ) carbono

V.2.2.1.1. Levantamento e registro do número de projetos de restauração com


contrato de pagamento por serviços ambientais.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.2.1.2. Levantamento e registro do valor transferido por contratos de PSA.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.2.1.3. Levantamento e registro do valor de isenção dos tributos a serem


aplicados na área em processo de restauração florestal.

Descrição dos Documentos Consultados

I.2.2.2. Pagamento por serviços ambientais relacionados à fixação e retenção de carbono atmosférico.

V.2.2.2.1. Verificação da existência do projeto técnico.

V.2.2.2.2. Verificação da existência de certificado.

V.2.2.2.3. Levantamento e registro dos créditos de carbono emitidos.

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.2.2.4. Levantamento e registro da existência de contratos de venda

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.2.3.1. Levantamento e registro da redá obtida e Verificação da existência


do contrato de servidão florestal.

Descrição dos Documentos Consultados

31
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

I.2.2.4. Geração de renda pela comercialização de madeira e produtos florestais madeireiros

V.2.2.4.1. Verificação da existência do projeto técnico.

V.2.2.4.2. Levantamento e registro do volume comercializado bem como dos


valores envolvidos Verificação da existência de contratos de venda.

Descrição dos Documentos Consultados

I.2.2.5. Geração de renda pela comercialização de produtos florestais não madeireiros oriundos das áreas em
restauração

V.2.2.5.1. Levantamento e registro de atividade de produtos florestais não


madeireiros (semente, mel, extratos, folhas, frutos,...)

Descrição dos Documentos Consultados

V.2.2.5.2. Verificação da existência de plano de negócios para produtos não


madeireiros.

V.2.2.5.3. Levantamento e registro do montante de renda gerado pela


comercialização de produtos não madeireiros.

Descrição dos Documentos Consultados

C.2.3. Fonte de recursos para a restauração

I.2.3.1 – Origem do montante de recursos investido no projeto de restauração

V.2.3.1.1 – Levantamento e registro do origem e montante dos recursos


utilizados para investimento no projeto

Descrição dos Documentos Consultados

32
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 5
Modelo de planilha de campo para anotação dos dados durante avaliação
do princípio Social.

Obs.: QTDE = quantidade. Protocolo de monitoramento para projetos de restauração


ecológica para o Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.
Princípio Social da Restauração Florestal – Planilha de campo
QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

C.3.1. Oportunidades de trabalho, treinamento e outros serviços para as comunidades locais.

I.3.1.1. Critérios do responsável pelo projeto de restauração para contratação de mão de obra.

V.3.1.1.1. Avaliação, levantamento e registro quantitativo da origem da mão


de obra local contratada.

Descrição dos Documentos Consultados

Avaliação

V.3.1.1.2. Levantamento e registro quantitativo do número de mulheres e


homens contratados para o projeto.

Descrição dos Documentos Consultados

I.3.1.2. Responsabilidade socioambiental dos envolvidos com as atividades de restauração florestal. Iniciativas da
instituição responsável pelo projeto de restauração em capacitar e melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

V.3.1.2.1. Avaliação, levantamento e registro de iniciativas para melhoria


educacional e profissional dos trabalhadores contratados para o projeto.

Descrição dos Documentos Consultados

Avaliação

C.3.2. Saúde ocupacional dos trabalhadores de restauração florestal.

I.3.2.1. Assegurar os benefícios à saúde do trabalhador. Cumprimento das exigências existentes na legislação
vigente, para que o trabalhador tenha acesso à saúde.

V.3.2.1.1. Verificação da existência de comprovantes médicos admissionais,


regulares e demissionais.

V.3.2.1.2. Verificação da existência de divulgação de campanhas de saúde


pública.

V.3.2.1.3. Avaliação da existência de equipamentos de primeiros socorros no


local do trabalho.

Avaliação

33
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

I.3.2.2. Responsabilidade do responsável pelo projeto de restauração em cumprir as exigências existentes na


legislação vigente, para que o trabalhador tenha condições sanitárias e ambientais apropriadas.

V.3.2.2.1. Avaliação da qualidade da alimentação e dessedentação dos


trabalhadores do campo.

Avaliação

V.3.2.2.2. Avaliação da qualidade das condições ambientais e sanitárias do


trabalho de campo.

Avaliação

C.3.3. Deve haver condições seguras de trabalho.

I.3.3.1. Responsabilidade do responsável pelo projeto de restauração em cumprir as exigências existentes na


legislação vigente, para que o trabalhador tenha condições de segurança de trabalho apropriadas.

V.3.3.1.1. Avaliação da boa condição de uso de máquinas, ferramentas e


equipamentos, com apropriada proteção para seu operador.

Avaliação

V.3.3.1.2. Avaliação da existência de EPI apropriado, cedido aos trabalhadores


sem ônus.

Avaliação

V.3.3.1.3. Avaliação da existência de obrigatoriedade e monitoramento sobre


o uso de EPI.

Avaliação

V.3.3.1.4. Avaliação a existência de equipamentos de comunicação no local do


trabalho.

Avaliação

V.3.3.1.5. Avaliação, levantamento e registro da existência de treinamentos


regulares de primeiros socorros para empregados e supervisores.

Descrição dos Documentos Consultados

Avaliação

V.3.3.1.6. Verificação da existência de responsável por segurança do trabalho


na área de restauração florestal, quando exigido por Lei.

34
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

V.3.3.1.7. Avaliação da qualidade do transporte dos trabalhadores de campo.

Avaliação

C.3.4. Remuneração dos trabalhadores.

I.3.4.1. Remuneração compatível com a atividade realizada, respeitando carga horária trabalhada.

Descrição dos Documentos Consultados

Avaliação

C.3.5. Uso de mão de obra infantil e de jovens aprendizes.

I.3.5.1. Responsabilidade no cumprimento da legislação que assegure condições a contratação de jovens aprendizes.

V.3.5.1.1. Levantamento e registro da listagem dos trabalhadores e registro das


respectivas idades. Avaliação se existem trabalhadores na faixa etária de
aprendiz, neste caso, levantar comprovante de freqüência escolar.

Descrição dos Documentos Consultados

Avaliação

C.3.6. Boa relação do projeto com a comunidade de entorno

I.3.6.1. Diagnóstico dos impactos sociais positivos e negativos do projeto nas comunidades de entorno.

V.3.6.1.1. Verificação da existência do diagnóstico.

I.3.6.2. Comunidades e atores locais têm canais e espaços para participação no planejamento do projeto.

V.3.6.2.1. Verificação e Avaliação das ações compensatórias ou mitigadoras


propostas.

Avaliação

I. 3.6.3. Ações compensatórias dos impactos sociais provenientes das atividades de restauração florestal.

V.3.6.3.1. Verificação e Avaliação das ações compensatórias ou mitigadoras


propostas.

Avaliação

V.3.6.3.2. Verificação e Avaliação das ações compensatórias ou mitigadores


realizadas.

35
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)
Avaliação

I.3.6.4. O projeto possui ações de educação ambiental.

V.3.6.4.1. Verificação e Avaliação das proposta de EA.

Avaliação

V.3.6.4.2. Verificação e Avaliação das proposta de EA.

Avaliação

I.3.6.5. Benefícios indiretos relacionados às atividades de restauração florestal.

V.3.6.5.1. Verificação e Avaliação das propostas de ações complementares.

Avaliação

V.3.6.5.2. Verificação e Avaliação das ações complementares desenvolvidas.

36
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

ANEXO 6
Modelo de planilha de campo para anotação dos dados durante avaliação
do princípio Gestão.

Obs.: Qualif. = qualificação. Protocolo de monitoramento para projetos de restauração


ecológica para o Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, 2011.
Princípio da Gestão do Programa de Restauração Florestal – Planilha de campo

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

C.4.1. O projeto deve possuir uma forma de organização de sua execução bem com registro dos resultados

I.4.1.2. Projeto contendo as informações pertinentes ao planejamento e execução das diversas etapas do processo
de restauração.

V.4.1.2.1. Verificação da existência de diagnóstico da área a ser restaurada


contendo minimamente: levantamento socioeconômico, histórico de uso e
ocupação do solo, levantamento de entidades governamentais e não
governamentais ligadas ao tema da restauração.

V.4.1.2.2. Levantamento e registro de arquivos digitais com os polígonos,


delimitados e georreferenciados, das áreas a serem restauradas, contendo
informações sobre uso do solo.

Descrição dos Documentos Consultados

V.4.1.2.3. Verificação da existência de lista de espécies nativas regionais,


indicada por levantamento direto ou por dados secundários da vegetação
regional.

V.4.1.2.4. Verificação da existência de protocolo metodológico para escolha


da técnica de restauração em função de cada situação ambiental diagnosticada.

V.4.1.2.5. Verificação e Avaliação se consta no projeto de restauração o


orçamento que contemple cada suas atividades.

Avaliação

V.4.1.2.6. Verificação da existência de cronograma de execução do projeto.

I.4.1.3. Registro de execução. Documentação de cada etapa e atividade das ações de restauração.

V.4.1.3.1. Verificação da existência de registro de datas das intervenções


realizadas.

37
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)

V.4.1.3.2. Levantamento e registro de lista de espécies utilizadas na restauração


(anotar quantidade por espécie e número de espécies)

Descrição dos Documentos Consultados

V.4.1.1.3. Levantamento e registro da origem dos propágulos utilizados.

Descrição dos Documentos Consultados

V.4.1.3.4. Verificação da existência de registro audiovisual da área em processo


de restauração, em diferentes momentos de escala temporal.

V.4.1.3.5. Verificação da existência de registro documentado dos custos de


cada etapa do projeto.

V.4.1.3.6. Levantamento e registro da documentação do rendimento operacional


das atividades desenvolvidas ao longo da restauração e registrar tais controles
de produtividade.

Descrição dos Documentos Consultados

C.4.2. Formalização da parceria com o proprietário da terra

I.4.2.1. Acordo de parceria com o proprietário. Entendimento mútuo entre o executor do projeto de restauração e o
proprietário da terra.

V.4.2.1.1. Verificação da existência de acordo documentado com o proprietário


do imóvel rural.

V.4.2.1.2. Verificação de documento de comprovação de vínculo entre o


proprietário com o imóvel rural

C.4.3. Habilitação e capacitação da equipe executora

I.4.3.1. Responsável técnico habilitado. Habilitação do responsável técnico do projeto de restauração.

V.4.3.1.1. Verificação de documentos comprobatórios da habilitação dos


técnicos do projeto.

I.4.3.2. Equipe técnica capacitada. Equipe técnica apta para desenvolvimento das atividades planejadas.

V.4.3.2.1. Avaliação da adequação do currículo da equipe ou histórico de


atuação na área com as atividades previstas e/ou executadas pelo projeto.

Avaliação

C.4.4. Sistema de monitoramento

38
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

QTDE
Item Sim Não N.A (valores)
I.4.4.1. Plano de acompanhamento. Protocolo de monitoramento próprio.

V.4.4.1.1. Verificação da existência do Plano de Acompanhamento e Avaliação


das áreas em restauração.

V.4.4.1.2. Verificação da existência de relatórios específicos.

C.4.5. Comunicação

I.4.5.1. Fluxo de informação entre a equipe gestora e executora. Articulação comunicativa entre a equipe gestora e a
executora.

V.4.5.1.1. Verificação da existência de registros e/ou relatos da comunicação


entre gestores e executores.

V.4.5.1.2. Verificação da existência de registros ou relatos da comunicação entre


executores e gestores.

I.4.5.2. Fluxo de informação externo. Comunicação do projeto com demais atores sociais interessados.

V.4.5.2.1. Verificação da existência de registros de reuniões, atividade de


mobilização, material de divulgação.

V.4.5.2.2. Verificação da existência de registros de publicações em periódicos


científicos, participação em eventos científicos.

V.4.5.2.3. Verificação da existência de inserção do projeto em meios de


comunicação em massa

V.4.5.2.4. Verificação da existência de registros de comunicação com o


Pacto MA

C.4.6. O projeto promove Inovação metodológica em restauração

I.4.6.1. Existência de inovação metodológica ou tecnológica sistematizada não descrita no referencial teórico do Pacto

V.4.6.1.1. Verificação da existência da descrição e dos experimentos e se essa


descrição já foi comunicada ao Pacto MA.

C.4.7. Análise de viabilidade econômica de projeto com caráter de aproveitamento econômico. Somente nos
casos onde o projeto de restauração tiver objetivo econômico

I.4.7.1. Análise de viabilidade econômica do projeto.

V.4.7.1.1. Verificação da existência do estudo de análise viabilidade econômica


do projeto

39
PROTOCOLO DE MONITORAMENTO PARA
PROGRAMAS / PROJETOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Iniciativa:

Realização:

Apoio:

Patrocínio:

40

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