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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Batatais
Claretiano
2016
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação
Educacional Claretiana.
370.15 C21p
ISBN: 978-85-67425-17-7
1ª edição ampliada.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Psicologia da Educação
Versão: dez./2016
Formato: 15x21 cm
Páginas: 234 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O estudo de Psicologia da Educação possibilitará reflexões
e análises sobre o ser humano e sua educação, com base em
conhecimentos científicos e na indicação de algumas especifici-
dades no contexto da Educação.
Na Unidade 1, estudaremos as doutrinas que contribuíram
para a construção da Psicologia Moderna, de maneira que esta-
rão em destaque os principais pensamentos teóricos e as bases
para a Educação contemporânea.
As abordagens teóricas que surgiram após as grandes esco-
las da Psicologia serão estudadas na Unidade 2. Nessa unidade,
conheceremos as contribuições para a Educação das seguintes
teorias: Behaviorismo, Gestalt, Psicanálise e Humanismo.
Já na Unidade 3, realizaremos uma viagem pelas mudanças
observadas e experienciadas na sua própria vida. Algumas delas
você certamente já vivenciou, mas não permaneceram na sua
memória; outras aparecem como "marcos" importantes na sua
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Abordagem Geral
Prof.ª Dra. Tatiana Noronha de Souza
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Chaves da vaguidão–––––––––––––––––––––––––––––––––
Era um bar da moda naquele tempo em Copacabana e eu tomava meu uísque
em companhia de uma amiga. O garçom que nos servia, meu velho conhecido,
a horas tantas se aproximou:
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–Não leve a mal eu sair agora, que está na minha hora, mas o meu colega ali
continuará atendendo o senhor. Ele se afastou, e eu voltei ao meu estado de
vaguidão habitual. Alguns minutos mais tarde, vejo diante de mim alguém que
me cumprimentava cerimoniosamente, com um movimento de cabeça:
–Boa noite, Dr. Sabino.
Era um senhor careca, de óculos, num terno preto de corte meio amigo. Sua
fisionomia me era familiar, e embora não o identificasse assim à primeira vis-
ta, vi logo que devia se tratar de algum advogado ou mesmo desembargador
de minhas relações, do meu tempo de escrivão. Naturalmente disfarcei como
pude o fato de não estar me lembrando de seu nome, e me ergui, estendendo-
-lhe a mão:
–Boa noite, como vai o senhor? Há tanto tempo! Não quer sentar-se um pouco?
Ele vacilou um instante, mas impelido pelo calor de minha acolhida, acabou
aceitando: sentou-se meio constrangido na ponta da cadeira e ali ficou, erecto,
como se fosse erguer-se de um momento para outro. Ao observá-lo assim de
perto, de repente deixei cair o queixo: sai dessa agora, Dr. Sabino! Minha ami-
ga ali do lado, também boquiaberta, devia estar achando que eu ficara maluco.
Pois o meu desembargador não era outro senão o próprio garçom – e meu
velho conhecido! – que nos servira durante toda a noite e que havia apenas
trocado de roupa para sair (SABINO, 1980, p. 143-4).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Ficou claro como a forma como percebemos um estímulo
influencia o nosso comportamento?
Agora, após ter explicado alguns pontos principais da
Gestalt, vamos explicar para você qual a relação dessa abordagem
com a Educação.
Quanto à relação entre a aprendizagem e a Gestalt, os ges-
taltistas acreditam que a aprendizagem não se realiza por ensaio
e erro, mas por insight. Vocês sabem o que é insight?
Acreditamos que quase todos os indivíduos já passaram
por essa experiência do insight, que se refere a um momento em
que ocorre uma ideia abrupta, repentina e no qual compreende-
mos determinado assunto. Não é apenas o insight que faz com
que o indivíduo compreenda ou aprenda, pois a compreensão e
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Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área
de conhecimento dos temas tratados no estudo de Psicologia
da Educação. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos
desta obra:
1) Aprendizagem: mudança relativamente duradoura no
comportamento da pessoa, gerada pela experiência
(direta ou indireta) com o ambiente.
2) Crescimento/Maturação orgânico/física: refere-se ao
amadurecimento biológico do corpo, que possibilita a
relação com o mundo.
3) Desenvolvimento humano: é o processo por meio do
qual a Psicologia procura compreender a integralidade
do homem, desde o seu nascimento até a terceira ida-
de, incluindo o seu grau de estabilidade.
4) Hereditariedade: refere-se à carga genética que estabe-
lece o potencial de desenvolvimento de cada indivíduo.
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Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas ques-
tões autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais
podem ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas
dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de Psicologia da Educação
pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim,
mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tra-
tado, você estará se preparando para a avaliação final, que será
dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você
testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para
a sua prática profissional.
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Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as apre-
sentadas no item Orientações para o estudo da unidade.
Dicas (motivacionais)
O estudo desta obra convida você a olhar, de forma mais
apurada, a Educação como processo de emancipação do ser hu-
mano. É importante que você se atente às explicações teóricas,
práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunica-
ção, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois,
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa,
permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprenden-
do a ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Obser-
var é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, A. M. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva,
2002.
DAVIS, C. Piaget ou Vygotsky: uma falsa questão. Revista Viver: Mente e Cérebro,
Coleção Memória da Pedagogia, São Paulo, Segmento-Duetto, n. 2, p. 38, 2005.
SABINO, F. Chaves da vaguidão. In: A falta que ela me faz. 4. ed. Rio de Janeiro: Record,
1980.
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UNIDADE 1
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA
PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
1. OBJETIVOS
• Reconhecer as diferenças entre os conhecimentos do senso comum e da
Psicologia Científica.
• Conhecer as doutrinas que contribuíram para a construção da Psicologia
Moderna.
• Relacionar os diversos pensamentos teóricos aos contextos da época.
• Relacionar a Psicologia Moderna às bases para a Educação contemporânea.
2. CONTEÚDOS
• Senso comum e Psicologia Científica.
• Estruturalismo.
• Funcionalismo.
• Associacionismo.
1) Você já ouviu aquele ditado popular: "De médico e de louco todo mundo
tem um pouco?". Poderíamos estender esse ditado para outras áreas, in-
cluindo a Psicologia. Reflita sobre a seguinte situação: você já entrou em
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UNIDADE 1 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
uma loja para saber somente o valor de um objeto, e, quando menos espe-
rava, o vendedor conseguiu vender-lhe o tal objeto? Então, você comenta
sobre o poder de persuasão do vendedor. E aquele amigo que o procura
para conversar sobre conflitos pessoais e diz que você "tem psicologia" para
escutá-lo, o que acha? Para você, essa é uma Psicologia Científica? Por quê?
5) Com relação ao senso comum, o que você pensa sobre esse conhecimento
depois do que estudou até aqui? Qual é a importância dele e quais críticas
você pode fazer?
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UNIDADE 1 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
10) Antes de iniciar os estudos desta unidade, pode ser interessante conhecer
um pouco da biografia de René Descartes. Para saber mais, acesse o site
indicado.
René Descartes (1596-1650)
Filósofo e matemático, nasceu em La Haye, conhecida, desde 1802, por
"La Haye-Descartes", na Touraine, cerca de 300 quilômetros a sudoeste de
Paris, em 31 de março de 1596, e veio a falecer em Estocolmo, Suécia, a
11 de fevereiro de 1650. Pertenceu a uma família de posses, dedicada ao
comércio, ao direito e à medicina. O pai, Joachim Descartes, advogado e
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UNIDADE 1 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
11) Pesquise na internet sobre o caso Phineas Gage ou, se preferir, veja o
site disponível em: <http://www.cerebromente.org.br/n02/historia/
phineas_p.htm>. Acesso em: 12 abr. 2012.
12) O que você acha de uma sociedade que passa a utilizar-se de testes para
selecionar os mais aptos para determinadas funções? Como ficam aqueles
indivíduos que não são classificados nos testes?
13) Você imagina que unidades elementares seriam essas? Será que esse pri-
meiro momento da Psicologia contribuiu para os conhecimentos que te-
mos atualmente em termos de ensino e aprendizagem?
14) Depois de conhecer o início dos estudos da Psicologia, reflita sobre as po-
sições de Titchener em relação ao papel da mulher em seu meio: como
você vê essa parte da história?
15) Veja mais informações sobre John Dewey no site disponível em: <http://
www.curriculosemfronteiras.org/classicos/teiapple.pdf>. Acesso em: 12
abr. 2012.
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UNIDADE 1 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Conhecer a história ajuda-nos a evitar os erros do passado e a
prever o futuro, mas seu maior valor está em permitir-nos com-
preender o presente. Contribui também para que nos imunize-
mos contra a crença de que o presente tem problemas insupe-
ráveis, em relação ao passado. Cada era tem seus problemas.
O conhecimento da história coloca os fatos da atualidade numa
perspectiva melhor (James Goodwin).
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UNIDADE 1 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS
7. ESTRUTURALISMO
Segundo Bock (2002), o Estruturalismo, assim como o Fun-
cionalismo, baseia-se no estudo da consciência. Entretanto, di-
ferentemente do Funcionalismo, estuda os aspectos estruturais
do sistema nervoso central. Para realizar seus estudos, utiliza os
métodos ligados ao introspeccionismo e os experimentais, ado-
tados em laboratórios.
De acordo com o que vimos anteriormente, Titchener,
fundador da escola estruturalista, por influência dos estudos de
anatomia cerebral da época, comparava o psicólogo ao anato-
mista, que organizava seus estudos sobre o corpo nas estruturas
do qual é composto. Assim, o psicólogo deveria analisar a mente
humana com base nas unidades elementares que a compõem.
Essas unidades elementares correspondem aos elementos bási-
cos da consciência, subdivididos em: estados de sensação, ima-
gens e estados afetivos.
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8. FUNCIONALISMO
Essa escola foi considerada a primeira sistematização, ge-
nuinamente norte-americana, de conhecimentos da Psicologia.
O movimento social estava voltado para o pragmatismo, que
foi exigido também dos cientistas. Por isso, houve a importante
busca pelas respostas para as perguntas: (1) o que fazem os ho-
mens? (2) por que o fazem? Para isso, James apontava a necessi-
dade da compreensão da consciência e seu funcionamento, em
função de usá-la para adaptar-se ao meio (BOCK, 2002).
Já no decorrer de 1930, os estudiosos faziam comparações
entre a inteligência humana e a animal, levantando hipóteses,
de maneira que, com esse estudo, se deu origem à Psicologia
comparativa.
A sociedade norte-americana, então, embasada no prag-
matismo decorrente dos efeitos da Revolução Industrial, da pro-
dução em massa e do capitalismo, exigia de seus cientistas uma
visão pragmática, ocorrendo da mesma forma com a Ciência
psicológica.
Como vimos, o Estruturalismo compreendia uma tradição,
na qual se perguntava: o que é a consciência?
Sob a influência da teoria da evolução de Darwin, que foi um
estímulo para o surgimento da Psicologia animal e, consequente-
mente, para a evolução dessa corrente, os funcionalistas, nessa
escola, iam mais além e questionavam: para que é a consciência?
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9. ASSOCIACIONISMO
A escola associacionista teve seu início na Inglaterra com
os empiristas britânicos. A associação de ideias era vista como
uma força que controlava os eventos mentais, embora ainda não
levasse esse nome. A aprendizagem se dava por associação de
ideias, das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender
um conteúdo complexo, seria necessário que a pessoa aprendes-
se ideias mais simples associadas àquele conteúdo (BOCK, 2002).
Assim, o primeiro pensamento funcionalista surgiu na Uni-
versidade de Chicago, isto é, o Funcionalismo de William James,
o qual já estudamos.
Um segundo pensamento foi formado por Robert
Woodwoorth, na Universidade de Columbia. Também dessa
universidade saíram outros dois psicólogos funcionalistas;
um deles, de maior significância para o objetivo deste estudo,
foi E. L. Thorndike (1874-1949), cujas investigações sobre a
aprendizagem animal fortaleceram a tendência funcionalista à
maior objetividade.
Vejamos a seguir um texto de Schultz e Schultz (2006).
Robert Woodwoorth–––––––––––––––––––––––––––––––––
Robert Woodworth desenvolveu seus estudos com base nos achados de John
Dewey e William James. Para ele o organismo poderia ser estudado de forma
objetiva, diante da análise do estímulo externo e da resposta dada por ele.
No entanto, as mudanças decorrentes no interior do organismo só podem ser
observadas por meio do método de introspecção. Isso mostra que, para esse
estudioso, a introspecção era uma ferramenta poderosa na psicologia, tanto
quanto o experimento e a observação dos fatos. Esse teórico interessou-se
pelos fatores causais e pelas motivações que interferem no sentimento e no
comportamento.
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Thorndike––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Thorndike estudou sob orientação de William James em Harvard, e interessou-se
em investigar sobre a aprendizagem. Como não podia usar crianças como sujeitos
de pesquisas, optou por utilizar pintinhos. Entretanto, logo desistiu, em decorrên-
cia de algumas fatalidades ocorridas em sua vida pessoal, seguindo, então, para
Nova York com dois pintinhos bem treinados. Foi convidado para a Universidade
de Columbia e lá utilizou em seus trabalhos de investigação gatos e cachorros.
Nessa universidade, foi professor e estudou problemas de aprendizagem nos se-
res humanos adaptando técnicas de pesquisa em crianças e jovens. Passou a
dedicar-se à psicologia educacional e aos testes mentais (PSICOLOUCOS, 2012).
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Como você viu, a tendência à maior objetividade levava
Thorndike a não interpretar a aprendizagem do ponto de vista
subjetivo, e sim em termos de conexões reais entre estímulo e
resposta. Ele não admitia nenhuma referência à consciência ou
aos processos mentais.
Pela primeira vez, a associação de ideias foi chamada por
Thorndike de "conexionismo". Assim, essa escola passou a ser
conhecida como associacionista ou conexionista, cujo maior re-
presentante foi Thorndike.
Vejamos o texto a seguir sobre o associacionismo.
O associacionismo caracterizava-se como uma doutrina que
compreendia que a mente pode ser entendida como um com-
plexo de idéias relacionadas entre si por força das associações
que existem entre elas (GOODWIN, 2005, p. 237).
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11. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comen-
tar as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida
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3) Você saberia explicar como foi o movimento inicial que criou a Psicologia
como Ciência?
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Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) Senso comum.
2) Psicologia Científica.
4) Respostas:
a) Associacionismo.
b) Estruturalismo.
c) Funcionalismo.
12. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, desenvolvemos um tema muito discutido
na Ciência: o senso comum e o conhecimento científico.
Tão importantes quanto a compreensão do conhecimento
científico são as questões que embasaram a Psicologia Científica
em seu início, de maneira que, para isso, é primordial que se faça
a diferenciação entre os conhecimentos que permeiam a socie-
dade, a sua história, seus métodos e seus fundamentos.
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13. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
COSTA, S. Características do senso comum ou conhecimento vulgar. Disponível em:
<http://pt.shvoong.com/social-sciences/1729891-cracteristicas-senso-comum-ou-
conhecimento/>. Acesso em: 12 abr. 2012.
FRANCELIN, M. M. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias
e paradoxos. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=s0100-19652004000300004&lng=en&nrm=iso.doi: 10.1590/s0100-
19652004000300004>. Acesso em: 12 abr. 2012.
PEREIRA, A. L. F. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde.
Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(5): 1527-1534, set.-out., 2003. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n5/17825.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2012.
ROCHA, M. L. João Guimarães Rosa: quando tudo aconteceu... Disponível em: <http://
www.vidaslusofonas.pt/joao_guimaraes_rosa.htm>. Acesso em: 12 abr. 2012.
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14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 18 ed. São Paulo:
Brasiliense, 1993.
ARAÚJO, S. F. Psicologia e neurociência: uma avaliação da perspectiva materialista no
estudo dos fenômenos mentais. Juiz de Fora: Ed. da UFJF, 2003.
BOCK, A. M. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva,
2002.
GOODWIN, C. J. História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix, 2005.
JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (Orgs.). História da psicologia.
Rio de Janeiro: Nau, 2007.
SALVADOR, C. C. et al. Psicologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Thompson,
2006.
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