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Referencia Bibliográfica:
Piaget dedicou boa parte de sua vida aos estudos sobre como se dá o
conhecimento no indivíduo desde seu nascimento. Compreende o desenvolvimento como
busca por um conhecimento constante. As crianças possuem um papel ativo na
construção do seu conhecimento e que resulta de vários estágios em que elas passam
para obter esse conhecimento. Por meio desse pensamento construtivista, o Piaget nos
explica que o desenvolvimento cognitivo que é a base da aprendizagem, se dá por
assimilação, incorporação do mundo exterior às estruturas que já temos, sem alterá-las, e
por acomodação, reajustar as estruturas já existentes, ou criar estruturas, transformando-
as, resultando em uma mudança cognitiva.
Como embasamento teórico para a realização dessa experiência, buscamos utilizar duas
atividades sobre a conservação de quantidades. O conceito de conservação é o mais
importante para a fase pré-operacional. “Conservação (…) conceito de que a quantidade
de uma matéria permanece a mesma independente de quaisquer mudanças em uma
dimensão irrelevante.” (WADSWORTH, 1997, p.80). É normal uma criança no período
pré-operacional não ter a noção de conservação em certos níveis. O nível é medido
através de tipos de estruturas lógico-matemáticas que já tenham sido desenvolvidas pela
criança, naturalmente elas vão adquirindo isso com o tempo. Basicamente ao final desse
período as crianças vão alcançando certas estruturas de conservação. Essa passagem da
não-conservação para a conservação é um processo gradual e que é provocado pela
reconstrução de esquemas já formulados pelas crianças. “De acordo com Piaget, as
estruturas de conservação não podem ser induzidas pela instrução direta (ensino) ou
pelas técnicas reforçadoras. A experiência ativa é a chave.” (WADSWORTH, 1997, p.81
grifo nosso). Como material para nossa experiência usaremos o texto sobre a
conservação de números e líquidos.