APRESENTAÇÃO
ANEXOS
I. ESTUDO DE AUTODEPURAÇÃO
II. CONSIDERAÇÕES SOBRE A NITRIFICAÇÃO
III. MODELO DE QUEIMADOR ATMOSFÉRICO
IV. MEMORIAL DESCRITIVO
V. MANUAL DE OPERAÇÃO
VI. DESENHOS
VII. ART
A combinação dos processos biológicos anaeróbios e aeróbios vem sendo utilizada tanto
em pequenas como em grandes comunidades atendendo todos os requisitos ambientais
necessários, com baixo custo operacional, alta eficiência de tratamento e alta
estabilidade do processo.
O esgoto tratado, após desinfecção com cloração, será encaminhado por gravidade para
o Rio Peixe (Classe II). Futuramente o esgoto tratado após desinfecção poderá ser
reaproveitado para irrigação de áreas verdes do município, desde que sejam incluídos
acessórios e equipamentos adequados para esse fim.
IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE:
CNPJ: 45.678.000/0001-83
3.1.1 GRADEAMENTO
O material retido nas grades deve ser removido com freqüência, de modo a evitar
represamento a montante e conseqüente aumento de nível, possibilitando o transbordo
de esgoto bruto.
A remoção deve ser realizada através de um rastelo, de forma manual pelo técnico
responsável pela limpeza. O material removido será depositado em um cesto perfurado,
adaptado no próprio canal, permitindo que o líquido livre retorne ao desarenador e
receba o devido tratamento.
3.1.2 DESARENADOR
Juntamente com os sólidos grosseiros podem existir no esgoto partículas de areia e terra,
principalmente nos períodos chuvosos, que necessitam ser separados. A importância
dessa remoção é evitar que essas partículas agridam principalmente o conjunto moto-
bomba e causem entupimentos nas tubulações e a interferência negativa nos processos
biológicos.
O desarenador é formado por dois canais que operam independentemente, de tal modo
que enquanto um trabalha o outro recebe manutenção e limpeza. A interrupção do fluxo é
realizada por “stop-logs” que são operados manualmente em cada canal.
O medidor Parshall será instalado a jusante da caixa de areia, acoplado a uma régua
graduada para leitura das lâminas de líquido, e respectivas vazões.
Após passar pelas etapas anteriores, o esgoto segue para uma estação elevatória que
vai alimentar o sistema anaeróbio de forma contínua. A elevatória se constitui em uma
caixa, fechada na parte superior por uma tampa removível, cujo objetivo é armazenar o
esgoto para ser transferido, com auxílio de bombas, para a etapa seguinte do sistema, na
qual se inicia o processo biológico do tratamento do esgoto.
Para evitar o acúmulo do esgoto no tanque pulmão, este é construído com inclinação
suficiente no fundo para garantir completo esvaziamento do tanque. O mesmo também é
dotado de cobertura na parte superior para evitar possível exalação de maus odores,
caso sejam produzidos.
− Simplicidade operacional;
− Geração de biogás.
Tubos de PVC transferem o biogás coletado pelos reatores anaeróbios até um sistema
de segurança (selo hídrico), mantendo pressão interna estável e positiva, minimizando
riscos de retorno da chama do queimador para dentro dos reatores anaeróbios. Após o
selo hídrico de segurança, uma válvula corta-chamas também será instalada e
posteriormente o biogás será queimado no Flair existente.
No queimador (Flair) deverá ser mantido chama piloto para garantir completa queima do
biogás.
Após o tratamento anaeróbio promovido nos BAS, o esgoto é transferido para um tanque
denominado tanque de lavagem.
A desinfecção final tem por objetivo a proteção da saúde pública, atendendo aos padrões
de qualidade da legislação vigente quanto aos níveis de coliformes fecais e totais.
Será utilizado o sistema de cloração com o uso de hipoclorito de sódio com solução
comercial de 12%, que em contato com o esgoto tratado gera ácido hipocloroso, forte
agente desinfetante.
Ao final da ETE será instalado outro medidor de vazão Parshall, garantindo assim o
melhor controle de operação da estação.
A fonte principal de produção de lodo dessa estação de tratamento de esgoto provém dos
reatores anaeróbios, devendo ser removido mensalmente em quantidade e concentração
pré-definida, podendo alterar para volumes maiores ou menores que o indicado, de
acordo com os acompanhamentos operacionais do sistema.
Uma vez removido do sistema, o lodo deverá ser acondicionado corretamente e possuir
tratamento específico para desaguamento, com objetivo de diminuir a quantidade de
líquido livre (água). Várias formas e métodos podem ser utilizados para atingir o objetivo
desejado, sendo os mais usualmente utilizados: leito de secagem; centrífugas; filtro
prensa e BAG em geotêxtil tecido.
4.3 PRÉ-TRATAMENTO
4.3.1 GRADEAMENTO
Seleção da grade
Adotada grade média com barras retangulares de 3/8" x 2” (10 x 50,0), com espaçamento
de a = 25 mm e inclinação de 45º.
Condições de escoamento na grade:
A velocidade de passagem na grade será de 0,60 m/s.
Eficiência da grade
a = 2,5 cm
t = 1,0 cm
E = a / (t + a)
E = 71%
Au = Qmáx / vmáx
Au = 0,07 m2
S = Au / E
2
S = 0,10 m
h = 0,32
b=S/h
b = 0,31 m
Quantidade de barras
N = b / (t + a)
N = 9 barras
Ne = 8 espaçamentos de 25 mm
4.3.2 DESARENADOR
Largura do canal
Comprimento do canal
L = 25 x hmáx = 7,91 m
Nota:
De acordo com as vazões calculadas, a calha Parshall indicada é a de 3”, tendo como
faixa de medição de 0,85 l/s a 53,8 l/s, atendendo as vazões mínima de 8,57 l/s e a
máxima de 41,43 l/s.
Calha Parshall W = 3”
Parâmetros do projeto
Velocidade de passagem nas grades (v), deverá ficar entre 0,40 m/s e 0,75m/s,
adotando-se 0,60 m/s.
Manter velocidade no desarenador em 0,30 m/s. (variação mínima de 20% - 0,24 a 0,36
m/s).
Cálculo do rebaixo z
z = 0,08 m = 8,0 cm
Vazão
Vazão média 27,30 L/s
Vazão mínima 8,57 L/s
Vazão máxima (horária do dia de maior vazão) 41,43 L/s
Grade
Eficiência da grade 71 %
Espaçamento entre as barras 2,5 cm
Espessura das barras 1,0 cm
Número de barras na grade (N) 9
Número de espaçamento na grade (Ne) 8
Velocidade máxima do esgoto através da grade (Vmg < 1,20 m/s) 0,6 m/s
Velocidade máxima do canal 0,43 m/s
Velocidade mínima do canal (Vmic ≥ 0,40 m/s) 0,43 m/s
Velocidade média do canal 0,40 m/s
Largura do canal 0,31 m
Altura máxima Y 0,32 m
Área útil 0,069 m²
Área da seção do canal da grade 0,10 m²
Perda de carga com grade livre 0,013 m
Perda de carga com grade 50% obstruída 0,091 m
Volume de material retido diariamente 94 L/d
Caixa de areia
Seção transversal 0,14 m²
Largura (mínimo = 0,30 m para limpeza manual e 0,20 m para mecanizada) 0,44 m
Comprimento 7,91 m
Profundidade do depósito de areia da caixa de areia (mínimo: 0,20 m) 0,30 m
Taxa de escoamento superficial (entre 600 e 1.300) 1.037 m³/m².d
Velocidade horizontal (adotada faixa recomendável 0,15 a 0,30 m/s) 0,3 m/s
Verificação da velocidade horizontal para vazão mínima 0,3 m/s
Verificação da velocidade horizontal para vazão média 0,3 m/s
Verificação da velocidade horizontal para vazão máxima 0,3 m/s
Taxa de areia no esgoto bruto 0,04 L/m³
Produção diária de areia 0,09 m³/dia
Altura da areia acumulada diariamente no depósito da caixa de areia 0,03 m
Intervalo entre as limpezas 11 dias
Calha Parshall
Garganta 3 polegadas
LEGENDAS E FÓRMULAS
Eficiência da grade
E = espe b espe b - espessura das barras (m)
espe b + espa b espa b - espaçamento entre as barras (m)
Velocidade na
grade
Vg = Q máx Q máx - Vazão máxima horária do dia de maior (m³/s)
Y máx . B . E Y máx - altura máxima do canal da grade (m)
B - largura do canal da grade (m)
E - eficiência
50% obstruída
ho = ((2.Vg²) - Vc²) . 1,4286 Vg - Velocidade na grade (m/s)
19,62 Vc - Velocidade no canal da grade (m/s)
Seção transversal da caixa de areia
A = Q máx Q máx - Vazão máxima horária do dia de maior (m³/s)
Vel. Cx Vel. Cx - Velocidade horizontal (m/s)
Comprimento da caixa de
areia
L = 25 . Y máx. Y máx - altura máxima do canal da grade (m)
Taxa de escoamento
superficial
Tes = Q máx. Q máx - Vazão máxima horária do dia de maior (m³/d)
Bcx . L Bcx - Largura da caixa de areia
L - Comprimento da caixa de areia
3
Volume útil do poço de sucção da elevatória (m )
Vazão média = 98,28 m³/h, adotada para a seleção da bomba = 100 m³/h
Serão instaladas quatro bombas com capacidade para 25m³/h, sendo uma bomba para
cada reator UASB, comandadas por rele cíclicos.
Volume do poço
Vpoço = 10,20 m³
H = 4,2 m
V=AxH
A = 2,43 m²
Aadotada = 2,50 m²
A = π x R²
− Temperatura média = T = 20 °C
N=4
L0 = S0 x Qmédia
L0 = 1415,23 Kg DQO/dia
Adotando-se 4 módulos UASB, a carga orgânica será de 353,88 Kg DQO/ dia por
módulo.
TDH = 8,0 h
V = Qmédia x TDH
V = 196,56 m³
H = 4,5 m
A = Vu / H
A = 43,69 m²
A = π x R²
R = 3,72
Rcorrigido = 3,82 m
Af = π x R²
Hfinal = 7,0 m
AT = N x A
AT = 183,36 m²
VT = AT x H
VT = 825,12 m³
TDH = VT / Qmédia
TDH = 8,39 h
CHV = Qmédia / VT
Para Qmédia
V = 0,54 m/h
Para Qmáx
V = 37,29 / 45,84
V = 0,81 m/h
Velocidade ascencional
Vazão Afluente
(m/h)
Vazão média 0,5 – 0,7
Sistema de distribuição
R = (A / π)1/2
R = (0,80)
Adota-se 1,0 m, portanto R = 1,0 (área = 3,14), sendo um total de 22 distribuidores com
raio de 1,0 m.
-0,50
EDBO = 100 x (1 – 0,70 x TDH )
EDBO = 75,25 %
Parâmetros operacionais
N° de módulos = 4 unidades
Dimensionamento do BAS
Volume do BAS
V = Q x TDH
V = 49,14 m³ de leito
V=AxH
A = 24,57 m²
Como a unidade BAS, possui em seu centro um decantador de lodo com diâmetro de
0,95m, será necessário calcular a área necessária por módulo.
A = 24,57 + (π x r²)
A = 25,28 m²
A = π x r²
C=2πr
C = 17,83 m
C=2πr
r = 2,86 m
Q = 27,3 x 3,6 / 4
Q = 24,57 m³/h
A = At – Ad
A = 24,987 m²
VL = AL x HL
VL = 49,97 m³
TDH = VL / Qmódulo
Va = Qmódulo / Aleito
Va = 0,983 m/h
H = 3,6 m
A carga de DBO efluente do UASB, será o afluente do BAS, portanto podemos calcular a
carga de DBO que será aplicada no BAS.
COV = LoBAS / VL
Vazão de ar (Nm³ar/dia)
Plodo = Y x DQOaplicada
Plodo total = Plodo (UASB) + Plodo (BAS) -0,20 x Plodo volátil (BAS)
Parâmetros de projeto:
Profundidade = 2 m (adotado)
Calculo do Volume
Vol = 88,47 m³
Calculo da Área
Área = 29,49 m²
Q = 17616 m³/dia
V = 122,30 m³
Altura adotada 3m
ATL = 40,80 m²
Adota-se A = 41 m²
R = (A / π)1/2
R = 3,61 m
Adota-se 3,60 m
Desinfecção
A desinfecção será efetuada com o uso de hipoclorito de sódio, que em contato com o
esgoto tratado gera ácido hipocloroso, forte agente desinfetante. O sistema de dosagem
atenderá a vazão máxima de final de plano (ano 2.023), de até 27,30 l/s, resultando em
2.359,20 m³/dia.
Sistema de Dosagem
− Número de chicanas = 6;
Para atingir 8 ppm, torna-se necessário dosar aproximadamente 220 l/dia de hipoclorito
de sódio (18 Kg de cloro ativo/dia) , considerando uma vazão média de 27,30 l/s.
V = M / (d x 1000 x C)
V = 8,52 m³/dia
V’ = V x ciclo
V’ = 213 m³
A = V’ / área de secagem
A = 710 m²
Tx = M / A
Tx = 12,23 kg SST/m².dia
Dimensões do leito
A área total do leito de secagem foi subdividida em duas câmaras, cada uma com a área
de 355 m². Portanto, cada câmara deverá ter dimensões de 17,80 x 2,20 m.
a) Uma camada de areia com espessura de 10 cm, com diâmetro efetivo de 0,7 mm e
coeficiente de uniformidade igual a 3;
b) Sob a camada de areia, três camadas de brita, sendo a inferior de brita 4 (camada
suporte), a intermediárias de brita 3 e 4 com espessura de 25 cm e a superior de brita
1 e 2 com espessura de 12 cm;
c) Sobre a camada de areia devem ser colocados tijolos recozidos, com juntas de 2 cm
tomadas com areia da mesma granulometria da usada na camada de areia.
A altura livre das paredes de secagem, acima da camada de areia, deve ser de 1,0 m.
Para o dimensionamento do tanque pulmão foi estipulado que o tanque deva suportar
uma vazão media de final de plano pelo período de 8 horas. Esse tempo deve ser o
equivalente ao tempo de manutenção de qualquer uma das unidades da ETE.
Esta unidade deverá ser revestida com uma manta impermeável, impedindo a percolação
do esgoto pelo solo.
Tempo de parada t = 8h
V = Qmax x t
V = 1193,20 m³
Adota-se 1200,00 m³
Estabelecendo a altura do tanque pulmão (h) como sendo 3,40 m, a área calculada será:
Área = V / h
A = 352,94 m²
Aadotada = 360 m²
B = 10,30 m
L = 10,30 m
H=V/A
H = 1200 / 360
Dimensões finais:
C = 10,30 m
L = 10,30 m
H = 3,60 m
ESTUDO DE AUTODEPURAÇÃO
MEMORIAL DESCRITIVO
MANUAL DE OPERAÇÃO
DESENHOS
ART