PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA
BÁSICAS
Campinas, 2019
CARINA ARAÚJO COSTA
Campinas, 2019
1.1 História da Confeitaria Básica Francesa
1
CORÓ, Giana Cristina. A Sobremesa Francesa Dos Anos 1950 Aos Anos 2000: Evolução, Consumo E
Patrimônio. Revista História: Questões & Debates, Curitibam n. 54 p. 193-226, jan./jun. 2011. Editora
UFPR. Página 200
suas obras; conhecido como confeiteiros dos reis. Carême realizou grandes
transformações em sua época, como excelentes receitas e a caprichos nos detalhes.
Pioneiro ele atribuiu tamanha importância ao valor decorativo dos pratos quanto às suas
qualidades gustativas, se tornou um mestre absoluto da confeitaria ornamental.
O século XIX foi o século da criatividade, das grandes criações, e acima de tudo,
o florescimento da pâtisserie francesa, por volta dos anos 1890, os padeiros parisienses
criam o tão popular paris-brest, assim com, o grande chef francês cria a tradicional
sobremesa pêche melba: Auguste Escoffie. O século XX tem como sua marca a
inspiração e de inovações, a melhoria qualitativa e de produtividade das produções. A
melhora das técnicas do quente e do frio permitiram um aumento e progresso no na
higienização e da estética; da mesma forma, a mecanização do processo foi um aspecto
que contribuiu em grande parte nessa produção.
As mudanças tecnológicas aparecem com força a partir dos anos 50, uma
infinidade de tecnologia ocupa as cozinhas: câmaras frias, vitrines refrigeradas, freezers,
batedeiras, fornos elétricos, laminadoras. As inovações também são presentas nos novos
materiais como o plástico, o celofane, as caixinhas de alumínio, sacos descartáveis. O
cuidado com a higiene torna-se cada vez mais evidente e rigoroso com a criação de
normas.
2. Preparações de Base
Cuisson du sucre:
Fondant,
Caramel
Praliné
Nougatine
Les Meringues:
Française
Italienne
Suissep
Les Pâtes:
Séches:
o Patê Sucrée
o Pâte sablée
o pâte brisée/ à foncer
o Pâte feuilletée
Molles:
o Pâte a choux
o Pâte a crepes.
Les Crèmes:
Pâtissiére:
o Chiboust
o Mousseline
o Légère
o Frangipane
Custards
o Anglaise
Anglaise:
o Bavaroise
o Brûlée
o Caramel
o Sabayon
o Au beurre
Fouettée:
o Chantilly
Pâte à génoise
Páte à dacquoise
Pâte biscuit joconde simples e decorado
Pâte à biscuit á la cuillère
Pâte à biscuit décor
Páte à biscuit pour büche
Les Ganaches
Les Couli
Les Sauces:
Chocolat
Caramel
2.1 Merengues
o 2.1.1 Merengue
Um merengue deve ser feito de claras de ovos e açúcar batidos juntos para que
se incorpore ar e forme picos macios ou firmes. As claras de ovos batidas podem
aumentar em até 8 vezes seu volume, isto é possível graças à associação de algumas
proteínas derivadas da albumina.
Existem três tipos de merengue, são: merengue francês, conhecido como suspiro,
merengue suíço e o merengue Italiano. Esses merengues são elaborados com a mesma
matéria-prima, só diferenciando no modo de preparo e utilização.
É um merengue cru, seu preparo é a partir de claras batidas com partes iguais de
açúcar cristal e de confeiteiro. As claras devem estar em temperatura ambiente para que
aumentem de volume. Inicia-se com a bateção das claras de modo lento, depois
aumenta-se a velocidade, para obter um merengue bem espumoso. A adição de açúcar
cristal de ser gradual e em forma de chuva, o de confeiteiro, deve-se aumentar a
velocidade até o mistura encorpar. O ponto do merengue pode ser visto quando se forma
bico no batedor de arame. Os suspiros são assados em vários formatos, usando o saco de
confeitar. No forno a temperatura deve ser olhada com cuidado, baixa entre 90°C a
130°C, por 2 a 3 horas dependendo do tamanho. Sua coloração de tons clarinhos por
fora e secos por dentro.
Merengue suíço
É uma preparação de claras batidas em ponto de neve com uma calda de açúcar em
ponto de bala mole, batida em velocidade máxima até esfriar. Uma calda de açúcar com
água até atingir 115ºC para estabilizar o merengue. As claras são batidas na batedeira e
essa calda é derramada pouco a pouco sobre elas, depois disso o merengue é batido até
esfriar completamente e ter uma textura consistente. Esse merengue é o único que pode
ser armazenado por algumas horas.
A massa deve ser assada antes de colocar o recheio. A escolha para sua
utilização varia de acordo com o resultado desejado e o upo de produção. Visando a
harmonização dos sabores: os recheios mais doces pedem massas menos doces, mais
neutras, como a Sablée. Recheios de frutas ou recheios mais ácidos pedem massas mais
doces como a Sucrée. Há as massas consideradas neutras: Pate Brisée, Sucrée e Sablée.
A sucrée (açucarado) é uma massa doce, das três é a com uma quantidade mais
elevada de açúcar. A sablée, apesar de ter açúcar, também é mais suave aceitando, por
exemplo, recheios mais doces e com frutas. A estabilidade das não difere muito das
outras, pois ambas recebem a mesma quantidade de farinha, manteiga. Utilizada para ir
ao forno com um recheio.
A Pâte Brisée para os franceses, a Massa “Quebradiça” para os portugueses e a
Massa “Podre” é de origem francesa. Com textura arenosa e quebrada, a massa é
utilizada para confecção frequentemente de empadas e tortas salgadas. Considerada
como massa média devido à proporção de farinha e de manteiga utilizada no preparo.
A base da terceira é a sablée (em francês significa arenoso) que pode ter uma
textura tenra ou crocante, é doce e serve para torta aberta e biscoitos. Sua fórmula
clássica seria 100% de farinha, 60% de manteiga e 40% de açúcar. Também pode levar
fermento (fica mais leve) e a adição de farinha de amêndoas e fava de baunilha para dar
mais sabor.
Creme pâtisserie
é uma das preparações mais utilizadas em confeitaria, utilizados em diversas
preparações como base. É elaborado a partir de uma mistura de leite, açúcar,
gemas, farinha de trigo ou amido de milho e aromatizante, cozido no fogo para
engrossar por 2 a 3 minutos a partir da ebulição. É utilizado frio e batido como
recheio. Esse creme não pode ser congelado porque ao voltar à temperatura de
consumo perde sua textura.
Receita
Ingredientes:
Leite 100 ml
Amido de milho 8g
Manteiga 5g
Açúcar 10g
Gemas peneiradas 20 g
Essência de baunilha Quanto baste
Bater metade do leite, o amido, metade do açúcar e as gemas.
1. Levar para ferver o restante do leite com a outra metade do açúcar
Juntar com a mistura anterior e levar ao fogo mexendo até engrossar.
Cozinhar por 10 minutos;
2. Retirar do fogo, amornar e acrescentar a essência de baunilha.
Reservar coberto com um filme plástico
Creme Mousseline
É uma elaboração derivada do creme de confeiteiro de confeiteiro,
manteiga e baunilha. A proporção é de 1:1/3, podendo ser acrescentado de
outros ingredientes como chocolate e pasta de praliné. Muito utilizado em
recheios e decorações de bolos, recheio de bombas e variações ou bases de
sobremesas.
Creme légère
É preparado a partir de uma mistura de creme a partir da mistura do
creme de confeiteiro e creme de leite batido e um aromatizante. É utilizado
como recheios de massas, bolos ou decoração e acompanhamento de
sobremesas.
Creme Chisboust
O creme Chiboust é um também inicia do creme de confeiteiro,
adicionado uma parte desse creme à mistura e mais metade de merengue
Italiano, gelatina, amido de milho ou farinha de trigo em pequena proporção,
extrato de baunilha, licores ou raspas de laranja. Usado como recheios e seu uso
é imediato por causa da gelatina.
Creme Anglaise
Seus ingredientes são creme de leite, leite, açúcar, gemas e baunilha.
Uma textura aveludada e muito dedicada. É uma preparação feita a partir da
mistura de leite, açúcar e gemas, onde esse creme é cozido até 85°C, deixando o
creme espesso. Esse creme serve para acompanhamento de sobremesas e bolos,
amplamente utilizado como base para fabricação de sobremesas como bavarois
e sorvetes, e outros cremes como creme de manteiga. Também pode ser utilizado
como molho para sobremesas; se seu sabor pode variar se adicionado aromas e
sabores como baunilha, café, licores assim alterando seu sabor.
Creme Sabayon
É uma preparação aerada composta de gemas, açúcar e um líquido,
batidos em banho-maria. De textura muito leve e delicada. É servido em taças
para acompanhamento de tortas, sobremesas, frutas ou na composição de
mousses e recheios.
Creme au beurre
Creme de manteiga, uma preparação leve. A manteiga deve ser
incorporada a um merengue. O creme depois de batido deverá ter um aspecto
liso, homogêneo e untuoso.
Também pode ser usado como glacê, espalhar sobre o bolo assim que ficar
pronto. Para ser utilizado com saco de confeitar, levar o ganache à geladeira, para até
atingir uma consistência de uma trufa, outra maneira é bater na batedeira, deixando-o
mais claro e fofo. Para acelerar o processo de resfriamento não coloque o ganache no
freezer, nem para sua conservação, pois pode ficar todo embolotado e perdendo seu
brilho. A conservação do ganache em média é de 2 a 4 dias, em refrigeração.
2.7 Les Coulis
CORÓ, Giana Cristina. A Sobremesa Francesa Dos Anos 1950 Aos Anos 2000:
Evolução, Consumo E Patrimônio. Revista História: Questões & Debates, Curitibam n.
54 p. 193-226, jan./jun. 2011. Editora UFPR Disponível em <
https://revistas.ufpr.br/historia/article/viewFile/25745/17199 > acessado em 20 de abril
e 2019.
TREUILLE, Eric; WRIGHT, Jeni. Le Cordon: técnicas culinárias. Editora Marco Zero
2 º edição, São Paulo. Página 259. Disponível <
https://pt.slideshare.net/terezaraquelenfermagem/le-cordon-bleu-todas-as-tcnicas-
culinrias-39096645 > acessado em 20 de abril de 2019