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BRAGANÇA-PA
2019
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa tem como foco principal analisar sobre práticas
metodológicas lúdicas do docente no ensino de química do ensino fundamental dois.
Pesquisar essa temática me instigou, quando em uma das aulas de química no 9º ano de
uma das escolas parceiras do projeto PIBID-Ciências/UFPA Campus Bragança, na qual
eu atuava como bolsista PIBID, um estudante lançou a seguinte pergunta: “professor,
pra que serve a tabela periódica?”. Sendo assim, essa problemática foi meu projeto de
trabalho de conclusão de curso que obteve conceito excelente.
Diante desse propósito, os ensejos que me levaram a pretensão do Curso de
Especialização em Ensino de Ciências – UFPA – IECOS, foi a necessidade cada vez
maior de obter uma formação continuada que vise não apenas à imersão em pesquisas,
mas que assegure e possibilite atuar de forma crítica e profissional, e sobretudo,
utilizando o conhecimento construído de modo a agregar valores a suas atividades,
sejam elas de interesse pessoal ou coletivo.
O ensino-aprendizagem de química, assim como em outras disciplinas: física,
matemática e biologia tem sido um verdadeiro desafio para os professores da área. Para
os estudantes existe certa dificuldade de compreensão dos assuntos de tais disciplinas e
os mesmos dizem que os assuntos são chatos e pouco atrativos (FERREIRA et al,
2012).
Perante os desafios que se estabelece à Educação Básica, faz-se necessário
refletir sobre as ações que podem contribuir com o avanço do ensino, tanto para o
alcance dos objetivos educacionais, quanto para atender às necessidades e os interesses
da comunidade escolar. Nesse aspecto, o ensino de Química apresenta-se como
conhecimento escolar importante para a formação dos alunos em variadas dimensões
(MACENO, 2011).
Para alcançar tais propósitos, as escolas devem buscar a melhor adequação
possível em relação ao ensino dos conteúdos de química para as necessidades dos
alunos e desenvolver mecanismos para sua participação, a fim de possibilitar o respeito
às condições e necessidades de espaço e tempo de aprendizagem introduzindo várias
possibilidades pedagógicas (BRASIL, 2002).
No entanto, de acordo com Oliveira (2004), estudos revelam que o Ensino de
Química é em geral tradicional, centralizando-se na simples memorização e repetição de
nomes, fórmulas e cálculos, totalmente desvinculados do cotidiano e da realidade em
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que os estudantes estão. Dessa maneira, a química torna-se uma disciplina tediosa
fazendo com que os próprios estudantes questionem a causa pelo qual a estão
estudando, pois, o conteúdo apresentado é completamente descontextualizado.
Segundo, Zanon e Palharini (1995), o ensino de química ainda é uma
problemática no âmbito escolar em vários aspectos, seja pela formação deficiente dos
professores de ciências em química, podendo acarretar a ineficiência da formação no
Ensino Fundamental, seja pelos conteúdos que muitas vezes não são desenvolvidos de
forma lúdica ou desconsideram a realidade dos alunos, motivos esses pelos quais os
alunos têm receios da matéria e não sentem interessados por aulas de químicas.
Além dessas dificuldades, Chassot (1992 apud Zanon e Palharini, 1995) aponta e
critica o fato de o conhecimento químico ser fracionados em disciplinas e não permear
toda a área de ciências de 5ª a 8ª séries, se restringindo em um semestre isolado, no final
do Ensino Fundamental, onde em geral se antecipam conteúdo do Ensino Médio.
Ainda Zanon e Palharini (1995), consideram que os estudantes têm dificuldades
em aprender química, nos diversos níveis de ensino, por não perceberem o significado
ou a validade do que estudam. Quando os conteúdos não são aplicados adequadamente,
estes se tornam distantes e difíceis, não despertando o interesse, motivação e
participação dos alunos. Segunda as autoras, ainda é difícil para alguns professores de
química relacionar conteúdos específicos com fatos da vida cotidiana dos alunos, e por
isso muitas vezes os conteúdos de química são resumidos.
Para enfrentar tais dificuldades encontradas por estudantes e professores em
relacionar a química com a prática, Cardoso e Colinvaux (2000) argumentam que a
proximidade da química com o cotidiano faz com que o aluno entenda que está se
encontra, não somente na sala de aula, mas em todos os fatos que o cerca.
De acordo com Macedo, Santos e Tavares (2012) as atividades lúdicas no ensino
de química são um importante instrumento de trabalho. O mediador, no caso o educador
deve apresentar possibilidades na construção do conhecimento, respeitando as diferentes
singularidades. Essas atividades quando bem colocadas oportunizam a interlocução de
conhecimentos, a socialização e o desenvolvimento pessoal, social e cognitivo.
Carvalho (2004) destaca que as atividades lúdicas realizadas em sala de aula
devem contribuir para a construção dos saberes dos alunos. Nesta proposta, o estudante
deixa de ser somente um observador e passar interagir.
A motivação do projeto de pesquisa sobre analise de práticas metodológicas
lúdicas do docente no ensino de química do ensino fundamental surgiu a partir da
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OBJETIVOS
METODOLOGIA
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. 37. ED. Petrópolis,
RJ. Editora vozes, 2010.