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PANORAMA ENERGÉTICO

AULAS DE ATUALIDADES
IDEG
Prof.: PRISCILLA NEGREIROS
(prinegreiros@hotmail.com)
INTRODUÇÃO

 Duas questões fundamentais caracterizam o


atual contexto energético e sua evolução
futura:
 SEGURANÇA ENERGÉTICA
 assegurar o acesso ao suprimento externo adicional que é
essencial para suas necessidades nacionais;
 reduzir a necessidade de acesso a suprimentos externos

 MUDANÇAS CLIMÁTICAS
 Objetivo mundial estabelecido durante a COP 15:
controlar o nível de emissões de gases de efeito estufa no
sentido de evitar o aumento da temperatura em mais de 2º
Celsius neste século.
BRASIL
Matriz energética
MATRIZ ENERGÉTICA
BRASILEIRA
TIPO DE 2014 2015 (%)
ENERGIA (%)
NÃO- 60,6 % 61,5 %
RENOVÁVEL
Petróleo e 39,8 39,6
Derivados
Gás Natural 13,7 14,6
Carvão Mineral 5,8 6,0
Urânio 1,3 1,3
RENOVÁVEL 39,4 % 38,5 %
Hidráulica 11,4 10,4
Lenha e Carvão 7,8 7,5
Vegetal
Derivados 15,8 15,6
Cana-de-Açúcar
Outros 4,4 4,8
http://www.mme.gov.br/documents/10584/1143612/01+-
+Boletim+Mensal+de+Energia+(Dezembro+2014)+(PDF)/45c66e8
8-fcf1-40ed-a23c-
25d118ae634f;jsessionid=4F311EA191911C3E63D23CAEC0EF05
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PARTICIPAÇÃO DE RENOVÁVEIS NA MATRIZ
ENERGÉTICA


VARIAÇÃO: MATRIZ ENERGÉTICA
ENERGIA ELÉTRICA
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
TIPO DE 2015 (%) 2014(%)
ENERGIA
NÃO-RENOVÁVEL 29,9% 25,5 %

Petróleo e 4,8% 5,7%


Derivados
Gás Natural 12,9% 13%
Carvão Mineral 4,5% 4,3%
Urânio 2,7% 2,5%
RENOVÁVEL 72,5 % 74,5%
Hidráulica 62% 65,1%
Biomassa 7% 7,4%
Eólica 3,5% 2%
PARTICIPAÇÃO DE RENOVÁVEIS NA MATRIZ
ELÉTRICA

 Avanço da participação de renováveis na


matriz elétrica, devido à queda da geração
térmica a derivados de petróleo e ao
incremento das gerações a biomassa e eólica,
apesar da redução da oferta hidráulica
VARIAÇÃO: MATRIZ ELÉTRICA
CONSUMO
VARIAÇÃO: CONSUMO
PANORAMA ENERGÉTICO 2015 - OFERTA
Energia total
 Oferta interna: redução de 2,1% (em relação a
2014).
 Oferta interna de petróleo e derivado – superávit em exp e
imp dessas fontes.
 Enfraquecimento da atividade econômica – PIB: 3,8%

Energia elétrica
 Oferta interna: redução em 1,3% (em relação a
2014).
 Condições hidrológicas desfavoráveis;
 Avanço na participação de renováveis 74,6% para
75,5%
 Crescimento de biomassa e eólica (77% de crescimento de
geração de energia => passou a nuclear)
PANORAMA ENERGÉTICO - CONSUMO
Energia total
 Consumo interno: redução de 1,9% (em relação
a 2014).
 Queda do setor industrial e transportes;
 Queda da demanda por gasolina // aumento
 Redução de vendas de automóvel.
TEMAS ATUALIDADE
A BAIXA NOS PREÇOS DO PETRÓLEO – E
O GOLFO?
 O que é ?
 Junho/14: barril US$115
 25/2/15: US$60
 11/9: US$ 49
 OPEP (40% do mercado) – 1/3 da produção é da Arábia Saudita

 Porque os preços estão caindo?


 Oferta x Demanda => alta oferta / baixa demanda
 Menor demanda de petróleo => baixa economia, fontes alternativas e mais
rentáveis
 Produção de xisto nos EUA – importa menos
 O Golfo poderia baixar a produção => MAS isso seria benéfico para
“inimigos” como IRÃ e RÚSSIA
 Arábia Saudita - $900 bilhões em reservas // Custa em média $5-6 por barril

 Como influencia na economia da região?


 EUA – alto custo do xisto
 Irã (Síria) e Rússia – economia baseada em petróleo
GÁS DE XISTO

O que é ?
 “Shale gas" (gás extraído de
folhelho)
 O gás, também conhecido
como folhelho, fica
armazenado entre rochas no
subsolo, geralmente a mais
de mil metros de
profundidade

Extração do Gás de
Xisto: Como?
 Técnica de fraturamento
hidráulico de rochas
subterrâneas, com utilização
de água, área e produtos
químicos.
 Temor: contaminação de
lençóis freáticos.
http://www.eia.gov/forecasts/aeo/pdf/0383(2
015).pdf
SHALE GAS – NOS EUA
PANORAMA :
2010
- Criação de 600,000 jobs
in 2010.
- Baixa da demanda
externa por petróleo.
- Perspectiva de auto-
suficiência energética

ATUALMENTE:
- Baixa dos preços do
petróleo
- Diminuição dos lucros
das empresas que
exploram gás de xisto.

EUA:
 Ambiente regulatório mais ágil e uma regulação ambiental menos restritiva.
 Subsolo do país pertence aos proprietários das terras e não à União (Brasil).
 O país se tornará um exportador de gás natural em 2017 (EIA)
 Preocupação: que os preços voltem a aumentar em caso de exportação de gás
pelos EUA
BRASIL:
 Nov/2013: primeiro leilão de blocos exploratórios voltado para
áreas com potencial para gás natural.
 Gás produzido on-shore.
 Há um projeto da Câmara que visa a impedir a prospecção desse
tipo de gás por 5 anos até que se conheça os malefícios possíveis
aos lençóis freáticos.
ENERGIAS RENOVÁVEIS
TRANSIÇÃO CHINESA PARA MATRIZ
RENOVÁVEL

 Ajustamento do projeto energético futuro do país à lógica do


desenvolvimento sustentável
 Matriz energética atual muito poluidora
 Maior investimento mundial em fontes renováveis.
Porque?
 Reduzir os impactos ambientais locais da produção de energia
(poluição);
 Implantar uma forte indústria de bens de capital de energias limpas;
 Aumentar a segurança energética através da produção interna de
energia. S
 Satisfação internacional através da sinalização de que a
China – maior emissor de CO2 do mundo – está disposta a fazer
alguma coisa em relação a este tema.
CHINA: COMO?
 Ampliação da nuclear
 2012 e 2013: passou de 15 reatores a 17; com 32
reatores em construção, o que representa hoje a
maior produção no mundo.
 Possibilidade de substituta para o grande uso do
carvão.
 Introdução dos renováveis
 Hidrelétrica de Três Gargantas→ É o maior produtor
hidrelétrico do mundo, tendo triplicado essa produção
nos últimos 10 anos.
 3ª maior produtora de etanol
 Maior produtora de painéis para energia solar
 Maior manufaturadora de produtos fotovoltaicos.
ENERGIA SOLAR NO BRASIL: NOVA
FRONTEIRA
 “Chegou a hora” (Eduardo Coutinho – BNDES
2014)
 Energia que mais cresce no mundo – 30% ano
 Chineses lideram o mercado
 70% do equipamento é chinês
 Alemanha: 1/3 da capacidade de geração de energia está lá.

 OUT/2014: 1º Leilão de Energia de Reserva


 investimentos da ordem de R$ 7,1 bilhões
 construção de 31 empreendimentos de energia solar
 Os empreendimentos de energia solar terão capacidade
instalada total de 889,6 MW
 Estados do Rio Grande do Norte e São Paulo foram
destaque na oferta de projetos de energia solar.
ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
 A energia eólica vem aumentando nos últimos anos sua participação no
contexto energético brasileiro.
 Complementação da energia hidrelétrica.
 Participação na matriz elétrica brasileira: 20 MW para aproximadamente
1.180MW.

Porque o aumento?
 Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica)
 Leilões de compra e venda deste tipo de energia.
 2014: 31 empreendimentos de energia eólica;
 Rio Grande Norte e Bahia - destaque
Onde?
 59 parques eólicos atualmente em operação = CONSTRUÇÃO DE NOVAS
NO SUL DO TOCANTINS
 A região que se destaca em potencial eólico é a Nordeste:
 Centro Brasileiro de Energia Eólica: área tem uma das melhores jazidas do
mundo,
 boa velocidade de vento, baixa turbulência e uniformidade.
 Em segundo lugar está a região SUDESTE.
 Só entre 2011 e 2012, o crescimento foi de 87%
PERSPECTIVAS ENERGÉTICAS MUNDO

 A demanda mundial de energia irá elevar-se em


1/3 até 2035.
 Oriente Médio: região ainda é a principal em
que se pode achar petróleo barato;
 a importância do Oriente Médio para o fornecimento
de petróleo será retomada a partir de 2020 – uma
importância no fornecimento de longo prazo.
 A China irá ultrapassar os Estados Unidos por
volta de 2035 como o maior consumidor de
petróleo do mundo. Atualmente, a China já ocupa o
posto de país que mais importa petróleo. A Ásia ainda
lidera o consumo de energia, mas China deve ter um
papel menos importante do que aquele da Índia e do
sudeste asiático no consumo, a partir de 2020.

World Energy Outlook – 2013:


BIBLIOGRAFIA
MRE:
www.itamaraty.gov.br
https://www.youtube.com/user/MREBRASIL
http://diplomaciapublica.itamaraty.gov.br/

http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=576

JORNAIS:
http://www.estadao.com.br/
http://www.valor.com.br/
http://www.folha.uol.com.br/

http://economist.com/
http://www.lemonde.fr/
http://brasil.elpais.com/
http://www.bbc.co.uk/portuguese

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