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AULA 01 - 08/02/2018
Existem 4 tipos de meio ambiente quanto ao seu aspecto, quais sejam, meio ambiente natural,
artificial, cultural e o do trabalho. Além de todos esses ambientes, existem autores que
defendem a existência de um meio ambiente digital, que assim como os outros, deve ser
equilibrado e preservado.
A CF/88, art. 225, foi a primeira que trouxe proteção do meio ambiente em seu corpo, o que
fez com que surgisse uma diversidade de legislações a respeito da matéria.
Política nacional do meio ambiente lei mais importante anterior, 1981, a CF. Ela possui
instrumentos de defesa do meio ambiente, tais como, licenciamento para exercício de
atividades, estudos de impactos ambientais.
Racismo ambiental – os impactos ambientais são igualitariamente distribuídos? Claro que não,
inclusive, nós que usamos carro, pioramos a situação de quem não usa; Na periferia não possui
saneamento básico;
O racismo ambiental não se relaciona apenas a cor, mas, por exemplo, a vaquejada é uma
manifestação cultural que tem como seus defensores, idealizadores e participantes a elite
política, pois movimenta muita grana. Já as religiões afrodescendentes, desde sempre foram
periferizadas por ser pertencente aos negros. A vaquejada foi matéria de EC, foi declarada
patrimônio cultural e imaterial, enquanto as religiões afro tem que está se afirmando a todo
momento.
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Aula 02 – 15/02/2018
Grupos de 4 pessoas.
Não precisa ter nada escrito.
Qual a importância da Conferência? Foi apenas um pontapé inicial para que os países
começassem a pensar sobre ações efetivas e globais para a proteção do meio
ambiente.
Que o cenário tínhamos no mundo nessa época? Mundo pós-guerra de reconstrução
na Europa; Na América Latina havia a ditadura militar.
Como os países reagiram a esse chamado europeu? A maioria dos países não aderiu
aos ideais defendidos na Conferência de Estocolmo, posto que o sentimento não era
de preservação, mas de desenvolvimento. No Brasil havia o sentimento de guardar o
que era nosso com o fortalecimento das fronteiras, construção de rodovias e ferrovias,
exploração dos recursos naturais.
1992 Contexto vivido no Brasil: em 1981 o Brasil edita uma importante norma de
direito ambiental – Lei da Politica Nacional do Meio Ambiente (PMNA) – primeiro marco
legislativo brasileiro, que está vigente até hoje. Apesar de ter sido editada dentro do
regime militar, já havia um interesse de preservar o meio ambiente por meio de um
aparato administrativo, ou seja, foi criado todo organograma e estrutura da proteção
ambiental no Brasil.
Aconteceu uma segunda conferencia internacional da ONU, A RIO 92, ocorrida no Rio de
janeiro. Na Rio 92 houve uma participação de um maior número de países , bem como de
da sociedade civil organizada (ong e movimentos ambientalistas). Nasceram dois grandes
instrumentos, quais sejam,
1997 Protocolo de Kyoto: Ele dividiu o mundo em dois blocos (países mais
desenvolvidos ou poluidores e países menos desenvolvidos ou menos poluidores),
objetivando a redução da emissão de CO2.
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Aula 03 – 22/02/2018
O direito ambiental é um ramo autônomo, devido a isso ele possui seus próprios
princípios.
Características gerais
Força normativa – negar a força deles é o mesmo que
dizer que há normas constitucionais que não possuem força normativa,
assim também ocorre com os princípios.
Abstratos – dentro de um princípio cabe muita coisa.
Valores essenciais do direito – desenvolvimento
sustentável, cooperação entre os povos. O meio ambiente não possui
fronteiras, por isso deve haver essa cooperação.
Ponderação de valores – para situações em que e preservação do meio ambiente
é colocada na balança com o desenvolvimento.
Não há um rol exaustivo – existem princípios básicos, mas não há uma lista
exaustiva, por isso, existem listas distintas de princípios ambientais, de acordo
com o autor.
Princípios
1. Princípio do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental –
está expresso na CF, quando ela determinou no caput do art. 225 “Todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”. Quando a CF declara
isso, ela diz que o meio ambiente equilibrado é um direito fundamental. É um direito
difuso que inclui a futura geração (intergeracional).
2. Princípio da ubiquidade – O meio ambiente está em todos os lugares, pois ele se
divide em 4, como já vimos.
3. Princípio da cooperação entre os povos – Não adianta apenas um ou uns países
atuarem, protegendo o meio ambiente se os demais não o fizer.
4. Princípio do desenvolvimento sustentável – é um princípio basilar do direito
ambiental. Após 1972 (A Conferência de Estocolmo) se buscou deixar para trás o
antagonismo existente entre desenvolvimento e proteção ambiental, que só
aconteceu em 1992 no Brasil.
O desenvolvimento sustentável se tornou pauta nas ações privadas e públicas.
5. Princípio da participação – Se relaciona com o princípio da cooperação, no entanto
aqui o alcance é interno, nacional. É dever do poder público e de toda coletividade a
proteção ao meio ambiente.
6. Princípio da informação ambiental – é importantíssima a informação ambiental para
que se possa progredir em matéria de preservação. Esse princípio anda de mãos dadas
com o da publicidade, de maneira, por exemplo, um procedimento de licenciamento
deve estar disponível a todos quantos queiram ter acesso à informação.
Etiquetamento de produtos – Os processos de informação ambiental passam pelo
etiquetamento de produtos, pois é importante sabermos a composição do que
estamos consumindo.
7. Princípio da educação ambiental – Está presente na CF, que determinou a criação de
uma política nacional de educação ambiental. Nas escolas estão sendo ensinados
princípios de preservação do meio ambiente. Temos ainda a semana socioambiental
que é uma derivação dessa educação ambiental.
Tem também aquela carga horária obrigatória de direito ambiental .
8. Princípio do poluidor pagador – Aquele que causa um dano ambiental tem
que responder pelo dano causado. Aqui o poluidor está no sentido genérico. Esse
princípio está relacionado as atividades que causam dano e passam a ser ilícitas.
Existem empresas que desenvolvem atividades que podem causar danos, por isso, elas
apoiam a cultura, pois é um meio de conseguir incentivos para a redução da dívida
ambiental do dano que já é inerente a sua atividade empresarial.
Esse princípio é mais direcionado as atividades que causam dano ambiental, ou seja,
uma atividade que supera o nível que é permitido.
Externalidades negativas - é o repasse à sociedade do dano causado ao meio
ambiente, por exemplo, um rio poluído. A empresas que causam danos devem
internalizar as externalidades, ou seja, elas devem pagar pelo dano que foi causado,
bem como evitar que os efeitos negativos toquem a sociedade.
Efeito corretivo – pagar pelo dano causado
Efeito preventivo – prevenir que o dano ocorra
9. Princípio do usuário pagador – está relacionada à atividade de consumo. O usuário
será penalizado se o seu consumo não é sustentável. Esse princípio já vem sendo
aplicado em diversos produtos e políticas de Estado, por exemplo, o cigarro possui
uma matéria prima barata, mas com altas alíquotas de impostos sobre o produto para
desestimular o consumo.
A ação é lícita, mas ele tem que ser responsável pelo seu consumo. Quem usa o
chuveiro elétrico, paga mais caro pela conta de energia.
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Aula 04 – 27/02/2018
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Aula 05 - 01/03/2018
Definições
Conceito da CF/88 – no caput do art. 225 a CF não define, mas diz que o meio
ambiente equilibrado é
Conceito do STF - O STF, na ADIN 3540, também entende o meio ambiente no seu
aspecto macro.
Hoje não há dúvida de que o que o direito ambiental tutela são todos esses 4 aspectos.
Fontes
Formais – legislação...
Materiais – usos e costumes nacionais e internacionais
Com essa merda toda ela quis, mais uma vez, diferenciar micro (biocentrismo)
e macro (ecocentrismo), e que houve uma virada de preocupação do
antropocentrismo para o ecocentrismo.
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Aula 06 - 08/03/2018
Constituição
Art. 225
Art. 170, VI
VI – o meio ambiente é princípio orientador da ordem econômica social, por isso está
autorizado, pela Constituição, tratar de maneira diferente alguns processos de elaboração,
produtos e serviços.
Mas de que maneira isso será feito?? Por meio de incentivos fiscais, ou seja, dando, retirando
ou aumentando os incentivos.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
Esses são exemplos de alguns artigos que tratam da matéria ambiental, mas que não estão no
capítulo que trata do meio ambiente.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Esse inciso é muito importante, pois a CF tutela a biodiversidade e exige isso do poder público,
por isso, após a Rio 92 foi editada a convenção para a proteção da biodiversidade, bem como a
Lei de biossegurança, que está relacionada a bioética.
Exs: parques nacionais, reservas ecológicas, monumentos naturais, refúgios de vida silvestre.
A unidade de conservação é criada de qualquer forma, mas a alteração ou supressão há um
processo mais dificultoso, conforme estabelece o inciso III.
Para instalação de uma obra que seja potencialmente degradadora, tem que haver o estudo
de impacto ambiental, por meio de licenciamento. Por fim, tem que haver a publicização.
Está conectado com o artigo 170 da CF. O poder público tem que estar vigilante a isto,
vigilando por meio de normas técnicas, que são editadas pelo CONAMA.
Vimos que o princípio da educação ambiental obriga que seja inserida desde a educação básica
a superior a conscientização da preservação do meio ambiente.
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 96, de 2017)