DIREITO ELEITORAL  CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E CAUSAS As condições de elegibilidade são

DE INELEGIBILIDADE pressupostos para o registro de candidatura.
Sem elas, a Justiça Eleitoral não poderá deferir
o pedido de registro, negando assim possa o
nacional obter a elegibilidade
 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

Capacidade eleitoral = capacidade para o CF. Art. 14. § 3º São condições de

exercício dos direitos políticos
 Ativa: capacidade do cidadão de participar,
como eleitor, de eleições e consultas
populares, bem como propor Ação Popular e
Iniciativa popular de leis.
 Passiva: capacidade que o cidadão tem de
ser votado,, pleiteando mandatos políticos.
elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasilleira;
II - o pleno exercício dos
s direitos políticos;
III - o alistamento eleitorral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

 ELEGIBILIDADE V - a filiação partidária; Regulamento

A elegibilidade é o direito subjetivo público de VI - a idade mínima de:

o cidadão concorrer às eleições para cargos
públicos. Não é apenas o direito de ser votado, a) trinta e cinco anos para Presidente e
mas também o direito de praticar atos de Vice-Presidente da Repúública e Senador;
campanha, angariando em seu nome os votos
dos eleitores. A elegibilidade, assim, é um b) trinta anos para Go
overnador e Vice-
direito
eito cívico, não pertencente a todos os Governador de Estado e do Distrito
nacionais, concedido pelo ordenamento jurídico Federal;
para aqueles que cumpram determinados
pressupostos estabelecidos, sem os quais ela c) vinte e um anos para Deputado
não surgirá na sua esfera jurídica Federal, Deputado Esta adual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
 APLICAÇÃO DA TEORIA CLÁSSICA
d) dezoito anos para Verreador.
Segundo a Teoria Clássica, tem elegibilidade
(capacidade eleitoral passiva) aquele que § 4º São inelegíveis oss inalistáveis e os
reúne as condições fixadas na lei (aspecto analfabetos.
positivo) e não incorre em causas de
inelegibilidade. 1. Nacionalidade brasileiira: nato ou
naturalizado. CF. Art. 14. § 3º, I

TEORIA CLÁSSICA - Brasileiros natos e naturalizzados

ELEGIBILIDADE - Portugueses equiparados s ao brasileiro

naturalizado (e não de bras
sileiro nato)

CONDIÇÕES DE AUSÊNCIA DE CF. Art. 12. § 1º. Aos portugueses com

ELEGIBILIDADE CAUSAS DE residência permanente e no País, se
INELEGIBILIDADE houver reciprocidade em favor de
(LEI) CF. art. 14, §3º brasileiros, serão atribu
uídos os direitos
inerentes ao brasileiro,, salvo os casos
previstos nesta Constitu
uição.

1
Cargos privativos de brasileiros natos: a)
Presidente e Vice; b) Presidente da Câmara; c)
Presidente do Senado; d) Ministro do STF; e)
carreira diplomática; f) oficial da as Forças
Armadas; g) Ministro do Estado da Defesa.
2. Pleno gozo dos direitos políticos
3. Alistamento Eleitoral: a) inscriçã ão junto ao
juízo eleitoral de seu domicílio; b) co
omprovado
com a apresentação de documento hábil (título
de eleitor); c) provar que está quitee com suas
obrigações perante a Justiça Eleitoraal.
4. Domicílio Eleitoral na circunscriição.
5. Filiação Partidária
6. Idade mínima: a) 35 – Pre esidente e
Senador; b) 30 – Governador; c) 21 –
Deputado, Prefeito e Juiz de paz
z; d) 18 –
Vereador.
 Verificação da idade mínima
- regra: idade mínima na data da pos
sse
- exceção: 18 anos na data do pedido do
registro de candidatura
LE. Art. 11. § 2o A idade mínima
constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada
tendo por referência a data da posse,
posse
salvo quando fixada em dezoito anos,
hipótese em que será aferida na data-
data
limite para o pedido de
registro. (Redação dada pela
pe Lei nº
13.165, de 2015)
CAUSAS DE INELEGIBILIDADE
Direitos Políticos Negativos
São impedimentos que obstam o exercício da
capacidade eleitoral passiva pelo cidadão
brasileiro, extensivas ao brasileiro nato ou
naturalizado e ao português equiparado.
Inelegibilidade: ausência de capacidade
eleitoral passiva, ou seja, ser candidato e ser
votado, constituindo-se,
se, portanto em condição
obstativa ao exercício da cidadania. Inelegível
a pessoa que, embora regularmente no gozo
dos direitos políticos, esteja iimpedida de
exercer temporariamente a capacidade eleitoral
passiva em razão de algum motivo relevante
fixado em lei. As hipóteses estão contempladas
na LC 64/90
/90 (Lei das Inelegibilidades) e na
CF/88.
As causas de inelegibilidade podem ser
determinadas pela CF ou Lei Complementar.
CF. Art. 14. § 9º - Lei complementar
estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fimm de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o
abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou
indireta.
 CLASSIFICAÇÃO DAS
INELEGIBILIDADES
- Quanto à origem da inelegibilidade
 Inelegibilidades Sanção
São as inelegibilidades que decorrem da
prática de atos ilícitos, são verdadeiras
sanções ao pretenso candidato estabelecidas
na Lei Complementar.
LC 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados
condenados, em
decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão judicial colegiado,
desde a condenação até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a
administração pública e o patrimônio público;
2
Inelegibilidades Inatas
São as inelegibilidades que não decorrem da
prática de atos ilícitos.
Objetivo: equilibrar as disputas eleitorais e a
moralidade administrativa, resguardando a
normalidade e legitimidade das eleições.
São as incompatibilidades
ncompatibilidades decorrentes de
parentesco com titulares de cargos eletivos ou
com o exercício de determinados casos
CF. Art. 14. § 7º São inelegíveis, no
território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, adoção do
Presidente da República, de Governador
de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem em os haja
substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.
- Quanto aos efeitos da inelegibilidade
 Inelegibilidades simples:: inelegibilidades
aplicáveis para uma única eleição, sem
repercussão em pleitos futuros.
 Inelegibilidades potenciais: inelegibilidades
que tornam inelegível o eleitor para eleições
futuras.
- Quanto à abrangência da inelegibilidade
 Inelegibilidades absolutas
São inelegibilidades aplicáveis para qualquer
cargo.
LC 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
a) os inalistáveis e os analfabetos;
Inelegibilidades relativas
São inelegibilidades válidas para determinados
cargos, originadas por motivos funcionais ou
decorrentes de parentesco.
 HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES
PREVISTAS NA CF
CF. Art. 14. § 4º São inelegíveis os
inalistáveis e os analfabetos.
 Inalistáveis
São os que não podem exercer seus direitos
políticos. Estrangeiros
strangeiros (exceção dos
portugueses) e os conscritos.
 Menores de 16 anos
Os menores de 16 anos são inelegíveis
inelegíveis. No
ano eleitoral, menores com 15 anos de idade
podem tornar-se se eleitores desde que, na data
do pleito, já tenham completado 16 anos, mas
continuam inelegíveis
 Analfabetos
O analfabeto funcional encontra
encontra-se habilitado a
disputar as eleições. O analfabeto funcional é
elegível.
TSE. Candidato submetido a exame de
aferição de alfabetização, que demonstra
capacidade em saber ler e escrever, está
apto a candidatar-sese a cargos eletivos,
atendendo ao requisito preconizado no §
4º, artigo 14 , da Constituição Federal de
1988, segunda parte, deve ter o registro
de candidatura deferido.
 Analfabetismo verificado posteriormente:
causa de inelegibilidade
SÚMULA 15. TSE. O exercício de cargo
eletivo não é circunstância suficiente
para, em recurso especial, determinar
determinar-se a
reforma da decisão mediante a qual o
candidato foi considerado analfabeto.
 Militar
Era. 14. § 8º O militar alistável é elegível,
atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de
serviço, deverá afastar-se
se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de
serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará
3
 automaticamente, no ato da diplomação,
para a inatividade.
 REELEIÇÃO PARA CARGOS EXECUTIVOS
CF. Art. 14. § 5º O Presidente da
República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem
os houver sucedido, ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subseqüente.
A Reeleição para cargos executivos
execu foi
estabelecida pela EC 16/97 e aplicado às
eleições de 1998.
O vice-presidente, vice-governador
governador e vice-vice
prefeito não podem exercer tais cargos por três
vezes consecutivas.
Impossibilidade de prefeito reeleito disputar
uma terceira eleição municipal consecutiva
para prefeito em outro município.
TSE. [...] É vedada tal manobra, por se
constituir forma de indevida perpetuação no
poder. Não se pode, mediante a prática de ato
formalmente ilícito (mudança de domicílio
domicíli
eleitoral) alcançar finalidades incompatíveis
com a Constituição.”
 DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
CF. Art. 14. § 6º. Para concorrerem a
outros cargos,, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.
Através da desincompatibilização,
desincompatibilização
candidato (cidadão) se desvencilha de alguma
circunstância que o impede de exercer a sua
capacidade eleitoral passiva (eleger-se
(eleger para
determinado cargo), 06 meses antes do pleito.
A desincompatibilidade deve dar-se
se somente
para a candidatura a outros cargos, diversos,
diferentes.
Titular de mandatos:
- Presidente da República
- Governador de Estado e do Distrito Federal
- Prefeito
 Finalidade da Desincompatibilização: art.
14, § 9: Lei complementar estabelecerá outros
casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legiti
legitimidade das
eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou
indireta.
 Heterodesincompatibilzação: é o
afastamento da pessoa de determinado cargo,
emprego ou função que ocupa co com vistas a
permitir a candidatura de um terceiro, qual seja,
um parente dele por consanguinidade ou
afinidade.
 Autodesincompatibilização: é o
afastamento da pessoa de determinado cargo,
emprego ou função que ocupa com vistas a
permitir que ela própria vevenha a pleitear
determinado cargo eletivo.
 Desincompatibilização definitiva
definitiva: Para a
chefia do Executivo e respectivos cargos ou
funções de confiança (ministros ou secretários,
por exemplo), a lei exige um afastamento
definitivo (renúncia ou exoneração).
 Desincompatibilidade temporária
temporária: dar-se-á
nas hipóteses em que a lei exigir do ocupante
de cargo, emprego ou função apenas o seu
afastamento provisório. Para ser candidato, o
indivíduo não precisa renunciar, tão
tão-somente,
o pedir licença.
 Desnecessidade de desincompatibilização
para concorrerem ao mesmo cargo: se o
titular de mandato executivo desejar se
candidatar ao mesmo cargo (reeleição)
(reeleição), não
precisa renunciar ao seu mandato
mandato.
Obs.: 1 O vice-presidente,
presidente, vice
vice-governador e
vice-prefeito
prefeito não são abrangidos pela previsão
constitucional, desde que, 6 meses antes do
4
pleito, não tenham assumido, mesmo em
substituição, o cargo de titular.
2
O vice que passou a ser Chefe do Executivo,
em qualquer esfera, somente disputa a
reeleição se pleiteia o cargo de titular que
ocupa por sucessão (de forma definitiva).
INELEGIBILIDADE REFLEXA
Trata-se
se da inelegibilidade decorrente de
parentesco.
CF. Art. 14. § 7º. São inelegíveis,
inelegíveis no
território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, adoção do
Presidente da República, de Governador
de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.
Ficam inelegíveis:
- cônjuge e parentes consangüíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção
- segundo grau: filhos, netos, pais avós,
irmãos, cunhados e sogro
- no âmbito do território de jurisdição
(circunscrição) dos titulares dos cargos do
executivo
 Características da Inelegibilidade reflexa
- ficam inelegíveis os parentes se candidatos
na mesma jurisdição (mesmo município)
- salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição - não ficam inelegíveis
se forem candidatos a reeleição
- parentes do Prefeito podem ser candidatos a
deputados do mesmo Estado.
- parentes
arentes do Governador não podem ser
candidatos a deputados do mesmo Estado.
- parentes do Presidente da República não
podem ser
er candidatos a um cargo eletivo
Obs.: a única hipótese de parentes até
segundo grau, consaguineos ou afins, ou por
adoção, do Presidente da República ser
candidato a um cargo eletivo ocorre se o
mesmo já for titular de mandato eletivo e
estiver concorrendo
do à reeleição.
SÚMULA VINCULANTE 18. STF. A
dissolução da sociedade ou do vínculo
conjugal, no curso do mandato, não
afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do
artigo 14 da Constituição Federal.
Havendo separação de fato ou mesmo
divórcio, durante o curso
urso do mandato, entre
titular de cargo de prefeito, governador ou
presidente da república, tal fato não impede a
inelegibilidade reflexa.
Os ex-cunhados, ex-sogros
sogros e ex ex-cônjuge de
prefeito, governador ou presidente continuam
inelegíveis, no seu território de jurisdição, até o
término do mandato, por inelegibilidade
reflexa, caso o divórcio tenha ocorrido no
curso do mandato.
 União estável e união homoafetiva atraem
a inelegibilidade
 Renúncia e falecimento
Se o prefeito, governador ou presidente
da república, no exercício do primeiro
mandato, renunciar ao cargo seis meses
antes da reeleição ou vier a falecer no mesmo
período, seus parentes poderão disputar estes
cargos, sem que haja inelegibilidade reflexa.
Se o prefeito, governador ou presidente da
república, no exercício do segundo mandato
mandato,
renunciar ao cargo seis meses antes da
reeleição ou vier a falecer no mesmo período,
seus parentes não poderão disputar estes
cargos, pois surge a inelegibilidade reflex
reflexa.
5
 AS INELEGIBILIDADES PREVISTAS NA
LC 64/90 - “LEI DAS INELEGIBILIDADES”
CF. Art. 14. § 9º. Lei complementar
estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o
abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou
indireta.
A LC 64/90 foi alterada pela LC 135/10 (Lei da
Ficha Limpa).
 Inelegibilidade dos Parlamentares com
mandatos cassados
Art. 1º. I. b) os membros do Congresso
Nacional, das Assembléias Legislativas, da
Câmara Legislativa e das Câmaras
Municipais, que hajam perdido os
respectivos mandatos por infringência do
disposto nos incisos I e II do art. 55 da
Constituição Federal, dos dispositivos
equivalentes sobre perda de mandato das
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas
dos Municípios e do Distrito Federal, para
as eleições que se realizarem durante o
período remanescente do mandato para
o qual foram eleitos e nos oito anos
subseqüentes ao término da
legislatura;
Os parlamentares cujo procedimento for
declarado incompatível com o decoro
parlamentar ficarão inelegíveis pelo tempo
equivalente ao restante do mandato + 8
anos subsequentes ao término da
legislatura
 Governador e Prefeito
c) o Governador e o Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e
o Vice-Prefeito que perderem seus
cargos eletivos por infringência a
dispositivo da Constituição Estadual, da
Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei
Orgânica do Município, para as eleições
que se realizarem durante o período
remanescente e nos 8 (oito) anos
subsequentes ao término do mandato
para o qual tenham sido eleitos;
 Inelegibilidade decorrente da rejeição de
contas
g) os que tiverem suas contas relativas
ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configure ato doloso de
improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se
esta houver sido suspensa ou anulada
pelo Poder Judiciário, para as eleições
que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes, contados a partir da data da
decisão, aplicando-se o disposto
no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de
despesa, sem exclusão de mandatários
que houverem agido nessa condição;
 Inelegibilidade decorrente da prática de
crime
e) os que forem condenados, em decisão
transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo
de 8 (oito) anos após o cumprimento
da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé
pública, a administração pública e o
patrimônio público; 2. contra o
patrimônio privado, o sistema financeiro,
o mercado de capitais e os previstos na
lei que regula a falência;
3. contra o meio ambiente e a saúde
pública;
4. eleitorais, para os quais a lei comine
pena privativa de liberdade;
5. de abuso de autoridade, nos casos em
que houver condenação à perda do cargo
ou à inabilitação para o exercício de
função pública;
6. de lavagem ou ocultação de bens,
direitos e valores;
6
 7. de tráfico de entorpecentes e drogas
afins, racismo, tortura, terrorismo e
hediondos;
8. de redução à condição análoga à de
escravo;
9. contra a vida e a dignidade sexual;
e  DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
10. praticados por organização criminosa,
quadrilha ou bando;
f) os que forem declarados indignos do
oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo
prazo de 8 (oito) anos;
 Simulação
n) os que forem condenados, em decisão
transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, em razão de
terem desfeito ou simulado desfazer
vínculo conjugal ou de união estável para
evitar caracterização de inelegibilidade,
pelo prazo de 8 (oito) anos após a
decisão que reconhecer a fraude;
 Demissão
o) os que forem demitidos do serviço
público em decorrência de processo
administrativo ou judicial, pelo prazo de
8 (oito) anos, contado da decisão,
salvo se o ato houver sido suspenso
ou anulado pelo Poder Judiciário;
 Doações eleitorais ilegais
p) a pessoa física e os dirigentes de
pessoas jurídicas responsáveis por
doações eleitorais tidas por ilegais por
decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado da Justiça
Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos
após a decisão, observando-se o
procedimento previsto no art. 22;
 Magistrados e membros do Ministério
Público
q) os magistrados e os membros do
Ministério Público que forem aposentados
compulsoriamente por decisão
sancionatória, que tenham perdido o
cargo por sentença ou que tenham
pedido exoneração ou aposentadoria
voluntária na pendência de processo
administrativo disciplinar, pelo prazo de
8 (oito) anos;
PARA A
DISPUTA DE MANDATO
A LC64/90 estabelece casos de
desincompatibilização para titulares de cargos
ou funções, públicas ou privadas, de forma
provisória ou definitiva, exercido por cidadão
brasileiro, com o intuito de disputar mandato
eletivo.
Os prazos de desincompatibilização variam de
acordo com as pessoas, podendo ser em regra,
de três, quatro ou seis meses antes do
pleito.
II - para Presidente e Vice-Presidente
da República:
a) até 6 (seis) meses depois de
afastados definitivamente de seus
cargos e funções:
III - para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito
Federal;
b) até 6 (seis) meses depois de
afastados definitivamente de seus cargos
ou funções:
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
a) no que lhes for aplicável, por
identidade de situações, os inelegíveis
para os cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, observado o prazo de 4 (quatro)
meses para a desincompatibilização;
b) os membros do Ministério Público e
Defensoria Pública em exercício na
Comarca, nos 4 (quatro) meses
anteriores ao pleito, sem prejuízo dos
vencimentos integrais;
7
 c) as autoridades policiais, civis ou
militares, com exercício no Município, nos
4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

 Os servidores públicos civis, estatutários ou

não, dos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos municípios e territórios:
três meses antes do pleito, garantido o
direito à percepção dos seus vencimentos
integrais durante o período do afastamento,
para concorrer a qualquer cargo, inclusive
de prefeito.

I) os que, servidores públicos,

estatutários ou não, dos órgãos ou
entidades da Administração direta ou
indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos
Territórios, inclusive das fundações
mantidas pelo Poder Público, não se
afastarem até 3 (três) meses anteriores
ao pleito, garantido o direito à percepção
dos seus vencimentos integrais;

 Os servidores da Justiça Eleitoral deverão

se afastar definitivamente do cargo em
tempo hábil para cumprir o prazo de
filiação partidária

Art. 9º. LE. Para concorrer às eleições,

o candidato deverá possuir domicílio
eleitoral na respectiva circunscrição pelo
prazo de, pelo menos, um ano antes do
pleito, e estar com a filiação deferida
pelo partido no mínimo seis meses
antes da data da eleição.