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Kierkegaard Os PensadoréS Kierkegaard “QO paradox da {é consiste em que 0 individuo é superior a0 geval, de maneira que, para recordar uma distin= 40 dogmatica hoje jd raramente usa- da, © Individuo dewermnina sua relagso com o geral tomando como referéncia © absolute, € nda a relagso ao sbsolu- fo em releréncia ao geral. Pode ainda formular-se o paradoxo dizenda que hd um dever absoluto para com Deus; porque nesse dever, 0 Individua se 1e- fere como tal absolutamente ao absolu- to. Nestas condigdes, quando se diz que é um dever amar Gleus, exprime- se algo que difere do anteriormente di- 10; porque se esse dever ¢ absoluto, a moral encontra-se rebaixada ao relati- vo. De qualquer modo nao se segue dal que a moral deva ser abolida, mas tecebe uma expressdo muito diferente, ada pardoxo, de forma que, por exem- plo, 0 amor para com Deus pode levar © cavaleiro da #6 a dar 20 seu amor pa- ra com 0 préximo a expresso contra ria do que, do ponto de vista moral, é o dever, Se assim ndo é, a fé nao tem lugar na vida, € uma crise, e Abraao esté perdido, visto que cedeu.”” KIERKEGAARD: Temar e Tremor “Assim como talvez 30 haja, dix zende os méditos, ninguém completa- mente séo, também se poderia dizer. conbecende bem o homem, que nem um 36 existe que esteja isento de deses- pero, que néo tenha la no fundo uma inquietagao, uma perturhagao, uma desarmonia. um receio. de no se sabe © qué de desconhecido ou que ele nem ousa conhecer, receio duma even- tualidade exterior ou receio de si pré- prio; tal coma os médicos dizem de uma doenga, 0 homem traz em estado latente uma enfermidade, da qual, num relampago. raramente um mea inexplicavel Ihe revela a presenca in- tema.” KIERKEGAARD: © Desespero Homano pea ne Os PensadoréS

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