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Apostila Zootecnia Geral PDF
Apostila Zootecnia Geral PDF
2011
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
2. ZOOTECNIA ................................................................................................................................... 5
2.1. ZOOTECNIA COMO ARTE DE CRIAR...................................................................................... 5
2.2. ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA DE CRIAR ................................................................................ 5
2.3. CONCEITOS DE ZOOTECNIA................................................................................................... 6
2.4. OBJETIVO DA ZOOTECNIA ..................................................................................................... 6
2.5. OBJETO DA ZOOTECNIA ......................................................................................................... 6
2.6. RELAÇÃO DA ZOOTECNIA COM OUTRAS CIÊNCIAS .......................................................... 6
2.7. DIVISÃO DA ZOOTECNIA ........................................................................................................ 6
3. O ANIMAL DOMÉSTICO .............................................................................................................. 7
3.1. IMPORTÂNCIA DO ANIMAL DOMÉSTICO ............................................................................. 8
3.2. FASES DA DOMESTICAÇÃO.................................................................................................... 8
3.3. COMO SE DEU A DOMESTICAÇÃO......................................................................................... 8
3.4. ATRIBUTOS DO ANIMAL QUE SE TORNOU DOMÉSTICO.................................................... 9
3.5. EFEITOS DA DOMESTICAÇÃO E COMO SE MANIFESTAM.................................................. 9
3.6. DIVISÃO DAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS ............................................................................... 10
4. NOMENCLATURA DO EXTERIOR DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS ...................................... 11
4.1. ZEBÚS ( BOS INDICUS )............................................................................................................... 11
4.2. VACA DE LEITE (BOS TAURUS ) ................................................................................................ 12
4.3. SUÍNOS .................................................................................................................................... 13
4.4. AVES ........................................................................................................................................ 14
5. TERMOS USADOS EM ZOOTECNIA......................................................................................... 15
5.1. ESPÉCIE ................................................................................................................................... 15
5.2. RAÇA........................................................................................................................................ 18
5.3. VARIEDADE ............................................................................................................................ 18
5.4. FAMÍLIA .................................................................................................................................. 19
5.5. LINHAGEM .............................................................................................................................. 19
5.6. SANGUE ................................................................................................................................... 19
5.7. INDIVÍDUO .............................................................................................................................. 19
5.8. GENÓTIPO ............................................................................................................................... 19
5.9. FENÓTIPO ................................................................................................................................ 19
5.10.TIPOS ...................................................................................................................................... 20
6. FIGURAS GEOMÉTRICAS OBSERVADAS NOS BOVINOS .................................................... 20
6.1. BOVINOS DE LEITE ................................................................................................................ 20
6.2. BOVINOS DE CORTE .............................................................................................................. 20
7. ATRIBUTOS EXTERIORES DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS ................................................... 21
7.1. CONFORMAÇÃO .......................................................................................................................... 21
7.2. PORTE ........................................................................................................................................ 21
7.3. COLORAÇÃO E PELAGEM ............................................................................................................. 22
7.4. PELE, PELOS E MUCOSAS.............................................................................................................. 22
7.5. PLUMAGEM DAS AVES ................................................................................................................ 23
7.6. ORELHAS.................................................................................................................................... 23
7.7. CRISTA ....................................................................................................................................... 23
8. RAÇAS DE AVES .......................................................................................................................... 23
ZOOTECNIA GERAL
1. INTRODUÇÃO
O aparecimento do homem na terra ocorreu na Idade da Pedra, há mais de 700 mil anos. O homem
Paleolítico vivia basicamente da caça, tendo nos animais a carne que os alimentava e a pele para vestir-se. Eles
eram nômades, dependendo dos animais para se alimentar. Assim, quando os animais migravam de um lugar para
outro, os homens também o faziam. Nestas condições, uma tribo poderia querer uma região onde já existisse outra
tribo; nascia então a guerra, tão velha quanto o homem. Socialmente, o homem organizou-se em tribos, estando as
mulheres encarregadas dos trabalhos e o homem, da caça e da guerra.
No período Mesolítico observou-se um período de transição, no qual o homem aprendeu a domesticar
alguns animais como: cão, boi, carneiro e porco; o que modificou gradativamente a sua vida. Nesta civilização
pastoril, o homem não mais precisava sair ao acaso, em busca da caça, pois os animais estavam perto de si, tendo ao
seu alcance: carne, leite, chifres, pele, gordura, em fim: o que precisasse. Desta forma, as andanças humanas se
reduziram à procura de boas pastagens.
Assim, parados em um determinado lugar, criando seus animais, o homem observava a natureza (uma
semente lançada ao acaso, crescia e dava frutos; nos lugares onde havia esterco, a planta crescia mais rápido e era
mais forte). No Período Neolítico, apareceu a Agricultura, com a aplicação da tração animal.
2. ZOOTECNIA
ZOON → ANIMAL
TECHNÊ → ARTE
Este conceito foi utilizado pela primeira vez em seu livro denominado: “COURSE
D’AGRICULTURE”. Até esta época a criação estava mergulhada no mais completo empirismo e, não havia
nenhum corpo de doutrinas a guiá-la.
Todos os tratadistas ao se referirem à Arte de Criar, faziam-no relatando a prática dos pastores das
regiões que estudavam. A literatura desta época está cheia de obras que ensinavam a criar e cuidar dos animais
domésticos, obras que não eram mais que um conjunto de regras empíricas, na maioria das vezes sob a forma de
conselho, tratando da higiene, alimentação, descrição das espécies, tangenciando o modo de reprodução das
mesmas.
Epicarnos, em 540 A.C. o mais antigo autor de livro tendo como tema os animais domésticos, com o
seu Tratado de Medicina Veterinária e Higiene do Gado; Heródoto com sua História; Xenofonte com sua
Equitação; Aristóteles com sua História dos Animais; Magon de Cartago, considerado pelos autores latinos como o
Pai da Agricultura, no seu livro fala sobre Agricultura e Animais Domésticos.
Com Baudement (1.849), pode-se admitir, em fim, que nasceu a Zootecnia, com um corpo de
Doutrinas carentes de uma base científica. No seu livro “Os Animais Domésticos São Máquinas” escreveu não no
sentido figurado da palavra, são máquinas que dão serviços e produtos. Os animais são máquinas que consomem
e se movem, produzem leite, carne e força.
Como vimos a Arte de Criar Animais é remota, e a Ciência, relativamente nova. Até Baudement
reinava o empirismo daí em diante, a Zootecnia deixa de ser apenas a Arte de Criar que se aprendia na lida com os
animais, para ser também uma Ciência aplicada que deve ser aprendida nos livros e o animal doméstico passa a ser
observado e submetido a experiências do domínio da Biologia.
Claude Bernard considerou a Zootecnia como uma Zoologia Experimental, sendo assim; devemos
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aprendê-la com o manuseio dos livros, que contém as observações e experiências de laboratório, submetendo os
animais a ensaios biológicos, cujos resultados devem constituir o ensinamento para o criador, para explorar os
mesmos, observando os vários meios de criação.
Observar e Experimentar são os dois caminhos para tornar a Zootecnia uma ciência.
A Zootecnia é uma ciência quando investiga por meio da observação e experimentação os fenômenos
biológicos que se passam com os animais domésticos explorados pelo homem, em determinado ambiente natural
e/ou artificial.
É Arte quando o homem utilizando tais princípios teóricos cria o animal e orienta sua produção e
multiplicação, disso auferindo lucros.
Como ciência aplicada, temos a Zootecnia Geral que estuda o animal, a raça, a espécie, as leis que
regem as variações e a transmissão genética dos atributos étnicos e os econômicos, os princípios da Bromatologia,
etc., enfim, um conjunto de princípios biológicos que devem fornecer ao homem os meios de fazer o animal
produzirem e melhorar a sua produção.
Como Arte, temos a Zootecnia Especial ou Especializada, cujo interesse é a exploração econômica
de determinada espécie animal, mediante regras tiradas daqueles princípios teóricos gerais e da própria experiência
realizada na exploração zootécnica destes animais.
- Baudement (1.848 - 1.849) – É o estudo da exploração dos animais domésticos pela Indústria Agrícola;
- Cornevin (1.891) - Parte da história natural que trata dos animais domésticos;
- Raquet - É a parte da história natural que trata dos animais domésticos e ensina os princípios a seguir para
produzi-los e explorá-los com proveito.
Como conceito mais moderno de Zootecnia temos: “É a ciência que trata da Exploração Econômica
dos Animais Domésticos num ambiente Natural e/ou Artificial”.
1 - Zootecnia Geral
2 - Zootecnia Especial
C - Que se deixam influenciar, como todos os seres vivos, pelos diversos fatores ambientais (clima) e artificiais
(regulados pelo homem: alimentação e ginástica funcional produtiva);
D - Se reproduzem conforme as leis da hereditariedade e, portanto, são sujeitos a sofrerem melhoramento genético
ou racial.
O estudo particulariza-se e se torna objetivo. Estudamos aqui, cada espécie em particular. Atende-se
aos processos e regimes de criação variáveis com a finalidade de exploração e destino dos produtos, qualidade dos
animais a multiplicar, etc. Temos assim, a zootecnia de cada espécie.
Apicultura Abelha
Avicultura Aves
Bovinocultura Boi
Camicultura Camarão
Canicultura Cão
Caprinocultura Cabra
Cunicultura Coelho
Eqüinocultura Eqüino
Felinocultura Gato
Ovinocultura Ovelha
Piscicultura Peixe
Ranicultura Rã
Serecilcultura Bicho da seda
Suinocultura Suíno
3. O ANIMAL DOMÉSTICO
A palavra “doméstica” vem do latim Domus que significa casa. Isto lembra logo que os animais
domésticos são aqueles que vivem em casa, sob o domínio do homem. Em uma definição simples, animal
doméstico é aquele criado e reproduzido pelo homem, em estado de cativeiro e mansidão natural, com a finalidade
de obter dele, uma utilidade ou um serviço. KILLER (1.909 - 1.913) define os animais domésticos: como aqueles
que contraíram com o homem uma simbiose durável e que, por ele utilizados com determinada finalidade
econômica, reproduzem-se indefinidamente nestas condições, sendo ainda objeto de uma seleção artificial
passageira ou contínua. Conclui-se que o animal doméstico é aquele que satisfaz à definição:
Assim o papagaio, o macaco e a cotia, não pode ser incluído no grupo dos bois, cabras, carneiros,
galinhas, etc. Na verdade, são mansos, vivem com o homem, podem ser ensinados como é o caso das focas,
elefantes e demais animais de circo, mas, nunca domesticados. Estes animais quando soltos retornam à vida
selvagem.
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Segundo Phillips (1.962), a domesticação dos animais e o cultivo das plantas, ocorreram no mesmo
nível das grandes invenções que permitiram o progresso da humanidade, como a descoberta do fogo, invenção da
roda hidráulica, eletricidade e, finalmente, a fissão nuclear de nossos dias. Segundo este autor, é com o animal
doméstico que o homem se alimenta, transporta-se e transporta seus produtos e mercadorias, lavra a terra e com a
pele fabrica sapatos e casacos. Ele é motivo de afetividade e divertimento.
A - Estado de Cativeiro;
B - Estado de mansidão;
C - Estado de Domesticidade.
A - ESTADO DE CATIVEIRO
É a fase mais inferior do domínio do homem sobre os animais domésticos. Aqui, o homem mantém o
animal preso e dele não aufere lucro ou serviço. É o caso dos animais selvagens mantidos em gaiolas como material
de estudo ou embelezamento (aves e mamíferos dos parques e jardins zoológicos).
C - ESTADO DE DOMESTICIDADE
É o estado de simbiose em que se encontram os animais e o homem. Chama-se de domesticação ao
ato de tornar domésticos os animais selvagens. Neste estado os animais vivem voluntariamente presos ou quase são
naturalmente mansos e presta serviços, de tal forma que, sem eles seria difícil a vida do homem civilizado.
2 - Fase Secundária - Também chamada de recente já em plena civilização e diz respeito às espécies de menor
importância. Ex: Abelha, pato, galinha, avestruz, faisão e coelho. Estes animais são
chamados semi-domésticos.
homem.
Segundo Darwin, os mamíferos e as aves que têm sido pouco molestados pelo homem, não temem
aos outros animais que vivem no mesmo habitat, pois já estão acostumados com sua presença. Outra hipótese sobre
o processo de domesticação diz que houve o emprego da força e da violência, mas nunca da brandura para o
aprisionamento, amansamento e domesticação dos animais, hoje domesticados.
A - SOCIABILIDADE
É uma característica própria dos animais que vivem em domesticidade que, com exceção dos gatos,
manifestam sempre predileção pela vida em companhia, em bandos. Os animais sem esta qualidade se mostram
rebeldes à domesticação. É o fato de serem sociáveis que determinou a aproximação ou, pelo menos, facilitou.
C - FECUNDIDADE EM CATIVEIRO
Para o êxito da domesticação foi preciso que as espécies domesticadas conservassem a qualidade
reprodutiva. Sem isso, não haveria o aumento da população dos animais em domesticidade.
- Os animais selvagens estão sujeitos à seleção natural enquanto que, em domesticidade, a influência que sofrem
é dirigida pelo homem (artificial), que deve ter efeito multiplicador, preferentemente: os mais úteis, os mais
redondos, mais do seu gosto e que, mais de pronto, se adaptem às suas necessidades. Essa seleção,
inicialmente, deve ter sido dirigida no sentido da escolha dos animais mais dóceis, mansos e domesticáveis;
- As defesas dos animais selvagens se tornaram inúteis ou até nocivas na domesticidade, havendo atenuação ou
desaparecimento total. Ex: chifres, unhas e dentes. A abelha constitui uma exceção, pois não perdeu o ferrão
visto que sua reprodução só foi possível mais recentemente e vem sendo dirigida pelo homem. Ex: A abelha
italiana é mais dócil e de maior produtividade;
- O porte e o volume que eram uniformes nas raças primitivas hoje são variados até dentro da mesma Raça;
- Os animais modificaram o seu esqueleto ficando, em geral, com ossos mais curtos e espessos, relativamente
finos, com saliências articulares atenuadas;
- A constituição do animal selvagem é, geralmente, rústica. O animal doméstico já possui uma constituição seca
ou mesmo débil. No caso do animal selvagem, é o ambiente que regula as funções em sua influência ou em sua
mansidão. No animal doméstico, como sabemos, houve especificação de funções e a ação do meio é
atenuadora, já que pode ser regulada pelo homem. Ex: Sala de ordenha com música, etc;
- A prolificidade é bem maior nas espécies domésticas. A galinha passou de uma postura de 15 ovos para duas a
três centenas, também em períodos maiores. O coelho constitui uma exceção, pois se mostrou mais prolífico
quando em estado selvagem. Há espécies influenciadas em cativeiro (Elefante). As espécies selvagens de
mamíferos mostram, geralmente, cio estacional (primavera), no entanto, em certas espécies, ele aparece durante
todo o ano (bovinos, ovinos, caprinos, suínos, etc), fugindo à influência direta do clima. Caso particular é o
marreco (Anas boschas) que era monógamo e passou a ser polígamo em domesticidade (3 a 4 fêmeas por
macho). A aptidão leiteira da cabra e vaca e a capacidade de postura das galinhas foram levadas a limites bem
mais amplos do que poderiam prometer as espécies primitivas.
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* Para alguns autores, estas espécies não devem ser consideradas como animais domésticos, embora sejam criados pelo homem.
4.3. SUÍNOS
4.4. AVES
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5.1. ESPÉCIE
A - Conceito
- BARON (1.888) considera que à mesma Espécie pertencem os indivíduos mais ou menos semelhantes entre si,
ligados pela interfecundidade no espaço em que vivem e no tempo.
- CUENOT (1.936) considera como definição clássica aquela que resulta duas coisas:
- Semelhança de formas;
- Fecundidade indefinida.
Existem grupos específicos que fogem ora de um, ora de outro destes fundamentos de Espécie.
Ex: O Jaguar (Panthera onça) e o Leopardo (Panthera pardus) duas espécies morfologicamente diferentes,
vivendo, uma na América do Sul e outra na Ásia e África; são interfecundos e seus híbridos também.
Ex: O Faisão Dourado (Chrysolopus pictus) e ou (Chrysolopus amherstiae) bem distintos morfologicamente, dão
híbridos indefinidamente. O Búfalo (Bubalus bubalis) não é interfecundo com outras espécies como é o caso
do Bos indicus e Bos taurus. A Notonecta glauca e a Notonecta furcata, dois hemípteros europeus, são
infecundos entre si no Norte da Europa.
Desta forma, procurou-se estabelecer um critério para Espécie (CUENOT), embora artificial, em três
bases:
Segundo este critério, uma espécie legítima seria aquela que apresenta a fórmula MEI.
Outra divisão das Espécies foi realizada por DOBZHANSKY (1.943), dividindo-as em:
1 - Simpátridas - Espécies que vivem no mesmo território;
Monogástricos - Compreendem os animais que possuem somente um estômago. Ex: Aves, suínos, eqüinos e
carnívoros. Estudaremos no nosso curso os suínos e as aves.
O intestino delgado das aves é formado por três partes: duodeno, jejuno e íleo. Neste compartimento
ocorre absorção de nutrientes. O intestino grosso é formado por ceco, cólon e reto. A principal função do intestino
grosso é a absorção de água e eletrólitos. As aves possuem dois cecos funcionais e é um local onde ocorre
fermentação microbiana.
No final do aparelho digestivo das aves temos a cloaca. A cloaca é uma estrutura comum ao aparelho
digestivo, urinário e reprodutor.
Os dentes são responsáveis pela mastigação e quebra dos alimentos para diminuí-los em partículas
menores e permitindo a maior ação das enzimas sobre os mesmos. A língua é um órgão muscular grosso e
móvel, onde são encontradas diversas papilas: filiformes, fungiformes, foleadas e circunvaladas. Todas elas
possuem botões gustativos que são responsáveis pela percepção do sabor dos alimentos.
Durante a mastigação os alimentos sofrem a ação da saliva, proveniente das glândulas parótidas,
mandibulares e sublinguais. Uma das principais funções da saliva é o umedecimento dos alimentos, lubrificando-
os e protegendo as paredes do tubo digestivo.
A Faringe é a continuação da boca. Nela se cruzam as vias respiratórias e digestivas. Quando
ocorre a deglutição, a glote obstrui a faringe impedindo a passagem do alimento para as vias respiratórias e
possibilitando a entrada do alimento na traquéia. Da faringe o bolo alimentar passa para o esôfago.
O Esôfago se encontra situado do lado esquerdo da traquéia, e segue o seu cominho até o tórax.
Passa pelo diafragma, entra na fenda esofágica do diafragma e desemboca no estômago. A principal função do
esôfago é ligar a faringe ao estômago.
Possui movimentos peristálticos que forçam a passagem do bolo alimentar em direção ao
estômago. Na união do esôfago com o estômago existe uma estrutura muscular, denominada esfíncter, chamada
cárdias, que tem como função impedir o retorno do alimento do estômago para a boca, em condições naturais.
Isto só ocorre em caso de vômito.
O estômago é uma dilatação do aparelho digestivo. É um órgão amplo e elástico, intercalado entre
o esôfago e o intestino delgado, que recolhe os alimentos triturados e os encaminha pouco a pouco para o
intestino delgado.
O Intestino Delgado é o segmento contíguo ao estômago e é fino daí, ser chamado de Intestino
Delgado. Compõe-se de três partes: Duodeno, Jejuno e Ílio. No começo do duodeno, encontramos o canal
colédoco, por onde é liberada a Bílis. No duodeno também é liberado o suco pancreático. Nos suínos a absorção
de nutrientes é principalmente feita pelo Jejuno.
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A - Mastigação
O processo de mastigar tem a finalidade de reduzir mecanicamente as partículas maiores em
menores, aumentando assim a superfície dos alimentos para que haja um maior ataque enzimático.
B - Deglutição
Consiste na passagem do alimento pela boca e posterior encaminhamento para outras partes do
aparelho digestivo. Este ato possui três estágios:
2 - Estágio faringeal: É um estágio automático. As narinas e a laringe se fecham enquanto o esôfago se abre para
dar passagem aos alimentos.
3 - Estágio esofageal: É também um estágio automático. Possui movimentos peristálticos que ajudam o
transporte do bolo alimentar ao estômago.
Quanto mais rápida for a passagem do alimento ao longo do tubo digestivo, menor será a absorção
dos alimentos. Rações fareladas levam maior tempo para serem eliminadas do que rações mais finas. Alimentos
úmidos passam mais rapidamente pelo tubo digestivo do que alimentos secos.
A - Rúmen ou Pança.
É o maior compartimento e ocupa a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal. Ele
funciona como reservatório de alimentos é lugar de fermentação bacteriana e síntese de vitamina do Complexo B.
B - Retículo
Localiza-se cranialmente ao Rume, é piriforme e mais comprido. Está em contato com o diafragma, o
qual, por sua vez, está em contato com o Pericárdio e com os Pulmões. Tem como função a captação de corpos e
objetos estranhos (pregos, arames, pedras, etc.), os quais são engolidos em conseqüência da depravação do apetite
por deficiência de minerais.
C - Omaso ou Livro
É de formato elipsóide e um tanto comprido entre suas faces parietal e visceral. É claramente
separado dos demais compartimentos. A parte mais ventral está em contato com o assoalho abdominal. Tem como
importante função, a trituração e desidratação dos alimentos.
D - Abomaso ou Coagulador
É um saco alongado que se situa, principalmente, no soalho abdominal une-se ao duodeno pelo
piloro. Este é considerado o verdadeiro estômago dos ruminantes, daí que seja o compartimento mais desenvolvido
quando nasce o animal, pois aí, está a região secretora de sucos, ácidos e enzimas proteolíticas que atuam sobre o
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leite e outros alimentos. Na medida em que o animal cresce e deixa de ser lactente, este compartimento diminui e há
o crescimento do Rume, estimulado pela ingestão de material fibroso e implantação de bactérias e protozoários.
No Intestino Delgado ocorre, tanto nos ruminantes quanto nos monogástricos, a secreção da bílis
(Fígado), através do canal colédoco, substância esta que tem como função a emulsificação das gorduras. No
Intestino Delgado também ocorre a secreção da lipase, amilase, carboxipeptidase, enzimas importantes na
degradação das gorduras (ácidos graxos e glicerol) e da proteína (proteoses, peptonas, peptídeos e aminoácidos).
Esta última é a forma de absorção das Proteínas.
5.2. RAÇA
O termo Raça, no campo da Zootecnia, foi usado pela primeira vez por Olivier Desserres, no seu
livro: Theatre de L’Agriculture, publicado em 1.600. Usava o termo Raça para se referir a determinada população
de bovinos franceses. Posteriormente, em 1.672, é usado por um tratadista alemão, referindo-se a eqüinos.
Anteriormente, a estas referências, cita-se Hipócrates, quem muito, remotamente, falou em raça,
referindo a semelhança de indivíduos e da influência do meio ambiente sobre eles.
5.2.1. Conceito
Raça diz respeito a um conjunto de indivíduos pertencentes à mesma espécie, com origem comum,
apresentando características particulares, inclusive atributos econômicos, que os torna semelhantes entre si, tanto
quanto diferentes de outros agrupamentos da mesma natureza e que são capazes de gerar, sob as mesmas condições
de ambiente ou semelhante, uma descendência com os mesmos caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos
ou zootécnicos.
- Origem;
- Influência do Meio Ambiente.
A - Segundo a Origem
Quanto à origem as Raças podem ser classificadas em: Raças Primitivas ou Naturais e Derivadas.
Raças Derivadas
Provém de outras Raças ditas primitivas ou naturais, por variedade ou cruzamento. Ex: Bovino Santa
Gertrudes.
As Raças Nativas ou Naturais podem constituir-se em nativas melhoradas, quando trabalhadas pela
seleção artificial. Ex: Cavalo Nordestino, Jumento Nordestino, Carneiro Deslanado, Cavalo Mangalarga, Porco
Pirapitinga e Porco Piau.
Raça Mesológica
É aquela constituída de animais que foram, e são marcadamente influenciados pelo meio ambiente e,
discretamente pelo homem. Ex: Cavalo Pantaneiro.
Raças Melhoradas
Em contraposição às mesológicas, são aquelas sensivelmente influenciadas pelo homem e cujas
aptidões produtivas se expressam ao máximo, graças a intervenção dele em estabelecer ambiente favorável a essa
expressão. Aqui, as funções produtivas, ultrapassam as necessidades do animal, cabendo essa sobra ao uso do
homem.
5.3. VARIEDADE
Uma Raça quando espalhada numa área geográfica de determinada extensão, é provável que se
formem agrupamento de indivíduos, mais ou menos isoladamente, que apresentam distinções sensíveis, de tal forma
que permite diferenciá-los entre a Raça e os novos grupamentos. Essa variedade pode ser provocada ou mantida
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pelo criador. Assim, as constituem dentro das Raças, as variedades, que podem ser chamadas de Sub-Raças.
Na grande Raça de bovinos Holandesa, podemos encontrar três variedades:
Nas Galinhas da Raça Plymouth Rock, temos duas Variedades: Branca e barrada.
Assim, a formação de Raças e Variedades segue o mesmo princípio geral da formação das espécies:
Variação Hereditária (espontânea ou proveniente da mistura de sangues diferentes), a Segregação Geográfica e a
Seleção Natural ou Artificial.
5.4. FAMÍLIA
Segundo Zwaenepoel (1.922) a Família é constituída pela mãe e sua descendência direta. MARCO &
LAHAYE coincidem com o primeiro autor. Martinolli (1925) define-a como sendo a descendência direta e colateral
de um casal até a quarta geração.
5.4.1. Conceito
É o conjunto de descendentes diretos e colaterais de um casal até a 5ª geração.
5.5. LINHAGEM
É constituída ou são os indivíduos descendentes diretos de um genitor, macho ou fêmea, os quais
devem apresentar, com notável fixidez, certos traços ou qualidades, que lhes foram legados por herança biológica,
daquele antepassado comum. Para encabeçar a Linhagem, tanto podemos ter um reprodutor de sexo masculino
como feminino. O mais comum, é o reprodutor macho, porque gerara muito mais descendente no mesmo espaço de
tempo. Nos animais domésticos se fala em Linhagem pura, para estes ou aqueles caracteres fixos e puros nos
descendentes diretos, partindo-se de determinado genitor.
5.6. SANGUE
Sob o ponto de vista Zootécnico, ao se falar em Sangue, se faz referência a parte hereditária, aquilo
que é Herdado. Ex: Animais do mesmo sangue quer dizer que pertencem à mesma raça, descendem dos mesmos
antepassados ou possuem antepassados comuns. Quando se fala em mistura de sangue, se faz alusão a um
cruzamento de animais de raças diferentes. Puro sangue é o animal que só possui sangue de uma só raça.
5.7. INDIVÍDUO
É a unidade que não pode ser dividida. Os indivíduos nunca são totalmente iguais com outros da
mesma Raça, Variedade ou Família. Cada um é portador de Herança Biológica diferente de seus antepassados.
Mesmo entre irmãos existem maneiras de distingui-los, mesmo a raça seja fixa e homogênea. Somente nos gêmeos
univitelinos é que verificamos identidade. Em uma comunidade de Indivíduos, bezerros da mesma idade, todos são
parecidos, comportando as características da Raça. Da mesma forma que a criança, ao nascer, não apresenta
semelhança nem com o pai nem com a mãe. À medida que se dá o crescimento, se acentuam as aparências com o
pai ou com a mãe. Nos animais domésticos estas diferenças sofrem influência do trato (alimentação e manejo)
próprios da criação.
5.8. GENÓTIPO
É a expressão que considera o Indivíduo segundo a sua Origem Genética ou Herança Biológica.
5.9. FENÓTIPO
É a expressão que compreende os caracteres raciais expressos somaticamente isto é, o que se vê (suas
qualidades zootécnicas, sobretudo).
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5.10.TIPOS
Cernelha Cernelha
Asa do Íleo Asa do Íleo
← Asa do Íleo
→Cernelha
Aprecia-se pouca cobertura de massa muscular, levando ao formato de cunha.
Cernelha →
Asa do Íleo ←
Cernelha
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Cernelha
Asa do Íleo
Ex:
Conformação leiteira - Relaciona o exterior do animal com a produção;
Conformação de corte - Também relaciona o exterior com a produção.
É pela pelagem ou coloração dos animais, pelos atributos como: conformação de certas regiões
(cabeça, chifre, orelhas, crista e porte) que se descrevem as raças. Assim, certos atributos morfológicos dos animais
domésticos são, muitas vezes, verdadeiras marcas de fábrica. No exame do exterior de um animal é preciso não
confiar demais e, em cada caso, considerar a importância a ser conferida aos caracteres exteriores.
7.1. Conformação
É uma característica étnica de grande importância na divisão dos animais em Raças. As diversas
regiões, em que se divide o animal, apresentam diferenças de conformação.
Ex:
- A cabeça pode ser de perfil côncavo ou convexo;
- A marrafa pode ser alta ou baixa;
- A garupa pode ser horizontal, inclinada ou oblíqua;
- Os membros podem ser curtos ou longos.
7.2. Porte
O desenvolvimento do animal varia etnicamente, servindo até para separar os grupos raciais.
Ex: O Suíno Yorkshire possui três variedades: grande, médio e pequeno. Atributo sensível do meio ambiente.
O peso dos animais varia com o porte e, podemos distinguir três classes:
Mais importante ainda, é o peso ao nascer e o peso à desmama, atributos de fundo hereditários, que
variam conforme o indivíduo e a idade. Ex: Duroc Jersey e Hampshire.
O peso ao nascer das primíparas (o peso das fêmeas) é menor que o das multíparas. As vacas mais
pesadas geram bezerros mais pesados.
Consideramos o peso ao desmame mais importante do que o peso ao nascer já que é o peso mais
barato para os que vendem reprodutores.
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Trabalhos têm demonstrado que pelagens claras como a dos zebuínos refletem cerca de 22% do calor.
Amarelo claro reflete 14%. Vermelho (bovino Santa Gertrudes) reflete 4% do calor. Preto (bovino Aberdeen
Angus) reflete 2% de calor. As raças despigmentadas, que apresentam ausência de melanina, como é o caso dos
suínos Landrace e Yorkshire, sofrem insolação e até o aparecimento de câncer de pele, em conseqüência da ação
direta dos raios ultravioletas do sol sobre a pele desprovida de melanina.
A quantidade e dimensão dos pelos são atributos ligados a certas raças de modo característico. Temos
como exemplo o cão dos esquimós e os que habitam a Cordilheira dos Andes: pelos longos, ásperos e duros. O
coelho e o gato Angorá possuem o pelo longo e sedoso. A cabra Angorá possui pelos longos e crespos. O carneiro
quando novo possui lã crespa e lisa quando adulto.
Os chifres também constituem um atributo racial importante, seja pela sua ausência ou por sua
variada conformação que apresentam certas Raças de Bovinos e Zebuínos. Como pontos opostos temos a raça
Nativa Mocha (sem chifres) e a Junqueira (chifres desenvolvidos ao máximo). Nos bovinos Zebuínos é visível a
diferenciação étnica por meio deles, apêndices córneos que se mostram bem diversos, quanto a sua implantação,
direção e formas; nas raças Gir, Nelore, Guzerá e Indu-Brasil. Temos também a seção do chifre que varia
hereditariamente:
Enfim, encontramos chifres finos e curtos, finos e médios, médios e curtos além de grossos e longos.
Existem chifres brancos com pontas escuras (Holandês), chifres claros com pontas afogueadas (Caracu) e chifres
escuros (Raças Indianas).
7.6. Orelhas
Nas espécies domésticas, este atributo é de grande variabilidade, indo desde sua ausência até
variações na dimensão e forma. Os Caprinos da Raça Nambi, se caracterizam por não possuírem orelhas. Nos
Coelhos as orelhas medem de 12 a 14 cm. No caso da Raça Belier as orelhas são demasiadamente grandes,
chegando a medir em torno de 69 cm de ponta a ponta.
O Bovino da Raça Gir possui as orelhas grandes, encartuchadas e pendentes, que começam em forma
de canudo, abrindo-se em boca de sino, terminando com uma dobra para dentro, formando o que se chama de
gavião. O Bovino da Raça Guzerá tem a orelha grande e larga, acabanada, com a parte ventral voltada para dentro.
O Bovino da raça Nelore possui orelhas menores em relação aos outros Zebuínos possuindo formato de concha e
terminando em ponta de lança. Nos suínos as orelhas são um atributo étnico, permitindo a distinção das Raças.
Temos nestes, três tipos de orelhas:
7.7. Crista
É um Atributo Étnico que serve para diferenciar certas Raças e, ainda, Variedades:
8. RAÇAS DE AVES
Existe uma grande quantidade de Raças de Aves, no entanto só nos preocuparemos com as mais
exploradas no Brasil.
A - Plumagem
Branca pura isenta de qualquer cor.
B - Cabeça
De comprimento médio, inclinada e chata na parte superior ao em vez de redonda. Crista de serra,
média, fina e com cinco pontas bem definidas, bem recortadas e sem torceduras. Bico médio e vigoroso,
ligeiramente curvo e amarelo. Olhos grandes cheios e salientes. Barbela de tamanho médio, uniforme, sem pregas
ou rugas, macia e redonda.
C - Asas
Grandes, bem redondas, mantidas sem cair.
D - Costas ou Dorso
Mais ou menos longos, moderadamente largos em toda sua extensão.
E - Cauda
Larga, cheia e bem aberta. Penas com boa espessura, formando um ângulo de 35º com o dorso. No
galo a cauda é grande, bem aberta, com as penas caudais grandes e bem curvas.
F - Peito
Cheio, redondo e saliente.
G - Coxas
Moderadamente compridas no galo e de tamanho médio nas galinhas. Direitos quando vistos de
frente. Dedos de comprimento médio, direitos e bem afastados. Canelas e dedos amarelos. Esta coloração, assim
como a do bico, desaparece quando a ave se encontra em postura.
H - Aptidão
Especializada na postura de ovos brancos. É pequena e come pouco com relação a sua produção
assim, o ovo custa menos para o produtor, em relação às outras Raças. Os ovos alcançam peso de 56 a 65 g. Sua
carne é gelatinosa, pouca e com gordura amarela. A postura atinge de 230 a 260 ovos. Possui a variedade preta,
amarela, prateada, vermelha, etc.
A - Plumagem
Vermelho brilhante e uniforme, com a ponta das penas da gola e cauda pretas. O preto da plumagem
em local não especificado, constitui defeito.
B - Cabeça
Média, horizontal e para frente. Bico médio, levemente curvo, córneo avermelhado. Olhos grandes,
ovais e de cor castanho avermelhado. A crista é simples de serra, média e espessa na base, firme e ereta, podendo
ser levemente flácida na fêmea em postura, com cinco pontas bem definidas, a da frente e a última são menores.
Barbelas de tamanho médio, iguais, sem pregas ou rugas e brincos oblongos. Crista, barbela, face e brincos
vermelhos brilhantes.
C - Asas
Bem dobradas, horizontais, de cor vermelho brilhante, nos encontros.
D - Costas
Largas, compridas, com as penas do manto abundantes e de comprimento médio, de coloração
vermelho-vivo-brilhante.
E - Cauda
Na fêmea é curta, não muito aberta, fazendo um ângulo de 20º com o dorso, de coloração preta com
exceção de duas penas superiores que podem ser orladas de vermelho. No galo o seu comprimento é médio, bem
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F - Peito
Largo, saliente, arredondado e vermelho vivo.
G - Corpo
Longo, profundo, com a quilha comprida, direita, alongando-se para frente com as penas unidas ao
corpo. No ventre a cor das diversas regiões deve ser o mais uniforme possível.
H - Patas ou Membros
Apresentam coxas médias, cobertas de penas moles, tarsos e dedos de comprimento, médio, bem
torneados, lisos, bem afastados entre si, carnudos, de rica coloração amarela ou córneo avermelhado.
I - Aptidão e Qualidades
Considera-se uma Raça mista, no entanto, quando se apura o desenvolvimento corporal, diminui-se a
postura. Dentre as Raças mistas é a única que sob certas condições de seleção chegou a se igualar a Raça Leghorn
na postura. Conforme o rebanho pode produzir de 180 a 240 ovos por período de postura. Os ovos são grandes,
rosados ou pardos, coloração preferida do mercado. Choca muito raramente, permanecendo muito pouco tempo
neste estado. É rústica e menos sujeita a variações meteorológicas. Os frangos produzem carne apreciada, mas sem
a precocidade nem conformação dos frangos híbridos modernos para corte.
A - Cabeça
Relativamente grande, larga, de comprimento médio. Bico médio, relativamente curto, meio curvo e
vigoroso nos galos. Olhos grandes e proeminentes, de cor castanho-avermelhados. Crista de textura fina, simples,
relativamente pequena, firme e com cinco pontas bem definidas; a primeira e a última são menores, dando a
aparência de ser semi-móvel. Barbelas médias, iguais, finas, ligeiramente arredondadas na parte inferior. Brincos
oblongos, lisos, com 1/3 do comprimento da barbela. Face, brincos, crista e barbelas de cor vermelho vivo.
B - Asas
Médias, bem fechadas, com a parte anterior bem coberta pelas penas do peito. No galo, cobertas pelo
manto da cauda.
C - Dorso
Comprido, largo em todo o seu comprimento, chato em nível das espáduas.
D - Cauda
Comprimento médio, bem aberta; formando ângulo de 20º com o dorso nas fêmeas e, ligeiramente
aberta formando ângulo de 30º no macho, com plumagem abundante. Nos galos as penas grandes caudais são bem
curvas.
E - Peito
Largo, ligeiramente saliente e arredondado.
F - Corpo
Comprido, ligeiramente profundo e cheio. Quilha longa e revestida de abundante plumagem.
G - Patas
Coxas de tamanho regular, bem cobertas de penas moles, tarsos médios em comprimento, vigorosos,
lisos, amarelos e separados. Dedos de tamanho médios e bem abertos.
H - Plumagem
Branca acinzentada, cada pena cruzada por barras regulares, estreitas, paralelas, da mesma largura,
bem definidas, de cor quase negra com fundo branco. As combinações das barras claras e escuras dão, ao conjunto,
um tom azulado. Possui as variedades: branca, preta, amarela, perdiz, azul, etc.
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I - Aptidões e Qualidades
É uma ave mista, ótima poedeira, tem tendência a engorda, o que se observa após o primeiro período
de postura. A carne é amarela, muito apreciada no interior. A postura é comparada a da Rhode-Island-Red, assim
como os ovos em tamanho e cor. A variedade branca foi bastante melhorada para o corte assim, constitui a principal
raça usada nos cruzamentos com a Cornish para a obtenção dos atuais híbridos para corte.
A - Plumagem
Castanha dourada, brilhante, uniforme, com a ponta da gola e cauda pretas. Constitui defeito a
presença do preto e branco na plumagem em local não especificado.
B - Cabeça
Média, horizontal para frente. Bico médio, levemente curvo, córneo avermelhado. Olhos grandes,
ovais e castanhos. Crista média, de serra, espessa na base, firme e ereta, podendo ser levemente flácida nas fêmeas
em postura, com cinco pontas bem definidas, a da frente e a última são menores. A crista, barbela, face e brincos
são vermelhos brilhantes.
C - Asas
Bem dobradas, horizontais, de cor brilhante, castanho vermelho no encontro.
D - Costas
Largas, compridas na horizontal, no galo com leve inclinação em curva até a cauda, com as penas do
manto abundantes e de comprimento médio, coloração castanho-vivo, brilhantes no macho.
E - Peito
Largo, comprido, arredondado, saliente e castanho vivo no galo.
F - Corpo
Largo, profundo e comprido, com perfil de tendência triangular. Quilha comprida, direita, alongando-
se para frente. Ventre com penas moles, não muito abundantes. A cor interna deve ser pardo-amarela.
G - Patas
Coxas médias, cobertas de penas moles.
H - Aptidões e Qualidades
É uma Raça mista para produção de frango e ovos. Conseguiu desbancar as suas concorrentes
anteriormente descritas. Teve participação na formação de alguns híbridos de poedeiras pesadas, e parece que
também de corte. Seus ovos são pardos e grandes, porém, é uma ave de postura inferior a outras linhagens.
- Poedeiras Leves de ovos brancos, tipo Leghorn, com peso médio em torno de 1850 g;
- Poedeiras Semi-Pesadas de ovos vermelhos, tipo intermediário, com peso médio de 2500 g;
- Reprodutoras Pesadas, com postura inferior às anteriores, para produção de pintos de corte;
Peso Vivo em torno de 2800 g.
casca mais forte, outros de menor mortalidade, outras pela maior resistência a certas doenças, outras pelo
temperamento mais ou menos nervoso, outras pela sua melhor adaptação ao regime de gaiolas, etc. Na escolha da
Marca tem grande importância a idoneidade e capacidade técnica da granja produtora de matrizes, particularmente
no que se refere ao grau de sanidade do rebanho.
Os pintos comerciais são originados de galinhas cruzadas, provenientes de 2, 3 ou 4 linhagens ou
Famílias de bom poder de combinação, retestados e rigorosamente acompanhados de registros estatísticos. Todos os
produtores de matrizes mantêm em sigilo os seus métodos de acasalamento.
As matrizes para produção de pintos de corte são representadas por dois ramos distintos:
9. RAÇAS DE SUÍNOS
Existem Raças criadas exclusivamente para a produção de Banha (Lard Type) e outras para a
produção de carne magra (Bacon Type). Existem outras que se prestam para os dois fins. O tipo pode depender da
alimentação e do regime a que são submetidos. Os suínos tipo Bacon com peso oscilando entre 80 a 100 Kg, sua
manta de toucinho é bastante reduzida a altura do lombo cerca de 3 a 4 cm. O suíno moderno deve ter a menor
espessura possível de toucinho. Em vistas da preferência dos consumidores pelo suíno tipo carne, a descrição do
suíno tipo banha, tem aqui, o primordial motivo de mostrar o contraste de caracteres dos dois tipos.
A - Pelagem
A pelagem é variável. Os aspectos da pele e pêlos são importantes como indicador de qualidade. Os
pêlos devem ser lisos, macios, abundantes e finos. Se forem demasiadamente finos, indicam fraqueza do animal. A
pele deve ser lisa e macia, de maneira uniforme, não escamosa. As pregas, quando aparecem estão localizadas nas
nádegas, garganta, face e lados, sobretudo no animal adulto, o que ocorre com mais freqüência, se o couro for
grosso.
B - Peso e Estatura
Variável e com membros, via de regra, curtos.
C - Cabeça
Variável, segundo a Raça, curta de maneira geral, dependendo do comprimento do focinho, que deve
ser curto e não grosseiro. Olhos bem afastados e visíveis. Orelhas variáveis em forma e tamanho, cobertas de pêlos
finos. As bochechas devem ser cheias espessas, carnudas e arredondadas.
D - Pescoço
Curto, largo e profundo. Arredondado em cima, insensivelmente ligado à cabeça e pescoço.
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E - Corpo
Largo, profundo, simétrico, baixo liso e compacto. Peito largo e cheio, com as pontas projetadas para
frente. Espáduas lisas e cheias, sobretudo em cima, bem cobertas de carne. O costado largo e profundo deve ter o
cilhadouro cheio. Linha dorso-lombar comprida, uniformemente larga e arqueada. O arqueamento é variável com a
Raça, nunca muito pronunciado, diminuindo com a idade. Lombo da mesma largura que o dorso e garupa na mesma
linha. A garupa longa da mesma largura geral do corpo deve continuar suavemente a linha dorso-lombar. Cauda de
inserção baixa, a maioria das vezes. Pernil largo, bem descido, liso, sem pregas e arredondado. Ventre bem
suspenso, linha inferior direita, flancos cheios, espessos e baixos.
F - Membros
Curtos, fortes, afastados, dispostos no chão sob a forma de um retângulo. Boas quartelas e unhas não
muito separadas, com curvilhão espesso e nítido.
Os suínos para a produção de carne (tipo carne ou tipo bacon) são animais mais esguios, compridos e
pernudos, de pescoço mais longo do que o tipo banha, os quais são mais compactos e baixos.
A - Pelagem
Variável, de acordo com a Raça. Pelos finos, lisos e pele sem pregas, lisa.
B - Peso e Estatura
De médio para grande, de acordo com a idade e a Raça. Devem pesar de 80 a 100 Kg quando da
matança que deve ocorrer por volta dos 150 a 180 dias.
C - Cabeça
Um pouco mais longa do que a do tipo banha, leve, com marrafa larga e cheia. Olhos bem espaçados,
brilhantes e cheios. Orelhas moderadamente finas e com cerdas finas. Bochechas nítidas, não pendentes, de regular
largura e musculatura.
D - Pescoço
Comprimento médio, musculoso e sem arqueamento dorsal.
E - Corpo
Longo, profundo, liso, bem equilibrado ou com o quarto posterior predominando. Peito largo e cheio,
espáduas bem postas, bem cobertas e lisas. Linha superior uniformemente arqueada, variando o arqueamento com a
Raça. Dorso e lombo regularmente largos, musculosos e fortes. Garupa da mesma largura das costas, comprida, em
nível com a cauda, que apresenta inserção alta. Tórax cheio, costelas longas e arqueadas. Costado comprido,
regularmente profundo e chato, no mesmo plano das espáduas, sem depressões no cilhadouro. Flanco cheio e baixo,
ventre firme, espesso e bem sustido. Pernis cheios, carnudos, firmes, descidos e sem pregas.
F - Membros
Afastados, direitos, bem dispostos no solo. Fortes, porém não grosseiros; quartelas levantadas e
cascos firmes. Membros anteriores de altura média e os posteriores um pouco compridos, de maneira geral. A
fêmea diferencia-se do macho pela cabeça e corpo, mais leves e delicados. O pescoço é menos maciço, pêlos mais
finos, especialmente no pescoço, e não menos do que 12 tetas bem separadas, com úbere glanduloso.
A - Pelagem
O corpo é, totalmente, preto, com exceção de uma faixa branca que desce da cruz pelas paletas e
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braços, até atingir as unhas. A coloração não deve ultrapassar /3 do comprimento do corpo. Não devem ocorrer
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malhas brancas em outras regiões do corpo. Debaixo da malha a pele deve ser despigmentada. Os pêlos devem ser
lisos, finos e bem assentados.
B - Cabeça
Um pouco comprida com focinho forte e regular. Fronte ligeiramente côncava. Orelhas largas,
grandes, grossura média, dirigidas para frente e para baixo, sem taparem os olhos e nem caídas.
C - Aptidão
É um animal que se desenvolve bem em regime de pastoreio em todas as fases de criação. Considera-
se um animal intermediário, podendo ser usado também para produzir carne magra, principalmente nos
cruzamentos com o Landrace. É prolífica e de boa produtividade, mansidão e excelentes mães, além de leiteiras. Os
machos não têm tanta tendência a engorda como se observa em algumas Raças americanas, principalmente quando
exploradas em regime de pastoreio. É rústica, suporta variações térmicas, tendo-se adaptado bem no Brasil.
A - Pelagem
Branca com cerdas finas, sedosas e uniformemente distribuídas. Cerdas frisadas e pretas constituem
defeito. As cerdas podem ser onduladas nos rins. A pele é rosada, não anêmica, macia, elástica, fina e sem rugas.
Possui manchas azuis, que são condenadas quando em excesso e muito escuras.
B - Cabeça
Média e proporcional, perfil côncavo, fronte larga, olhos afastados e abertos. Focinho largo, sólido e
não grosseiro. Orelhas de tamanho e largura média, finas, ligeiramente inclinadas para frente, com cerdas finas e
vigorosas, caráter este mais acentuado nos adultos. Não possui papada.
C - Corpo
Comprido e profundo, de largura moderada e uniforme, com linha dorso-lombar arqueada. Espáduas
oblíquas, musculadas, arredondadas, pouco salientes nas pontas. Dorso direito, durante a marcha, um pouco
arqueado de repouso, flancos curtos, no mesmo plano das ancas. Ventre bem suspenso, com linha paralela ao solo.
Seis a sete pares de tetas bem destacadas, globulosas e essencialmente glandulosas. Cauda alta, em prolongamento
com a garupa, grossa na base e afinando na extremidade.
D - Membros
Altos e finos com articulações secas e sólidas, bem dispostos no solo e aprumados. Os joelhos não
devem desviar-se para dentro e para trás. Coxas largas e nádegas espessas, terminando perto da ponta do jarrete,
com excelentes pernis.
E - Aptidão
Produção de carne com toucinho uniformemente distribuído. Altamente precoce e de boa
fecundidade. Apresenta grandes ninhadas com 10 a 12 leitões que se criam bem. É uma das raças mais perfeitas
para a produção de carne magra, tipo bacon.
A - Cabeça
Comprida de perfil côncavo, larga entre as orelhas e de queixadas leves. Orelhas finas e compridas,
inclinadas para frente, do Tipo Céltico, que não devem ser muito grandes, pesadas nem eretas.
B - Corpo
De perfeita conformação para produção de carne, comprido, de igual largura e espessura em todo o
comprimento. Dorso e lombo compridos, em ligeira ascensão, garupa alta e comprida, com inserção de cauda alta.
Espáduas finas, leves e pouco aparentes. Costados profundos, bem arqueados, sem depressão e, finalmente, com
ventre plano, linha inferior firme e com, no mínimo, 12 tetas bem colocadas.
C - Membros
Fortes, corretamente aprumados, com quartelas, articulações e tendões curtos e elásticos e unhas
fortes e iguais. Pernis amplos, cheios até o jarrete, sem rugas horizontais.
D - Pelagem
Branca, fina e sedosa, sem redemoinhos ou pêlos crespos. Pele fina, solta e sem rugas,
despigmentada, no entanto, nas Regiões tropicais, prefere-se coberta de manchas escuras. No padrão racial, pêlos
crespos desclassificam o animal.
E - Aptidão
De alta prolificidade, precoce, produtivo, com pernis bem conformados, o que atende, perfeitamente
ao padrão para produção de carne. No cruzamento com raças Exóticas ou Nacionais, melhora, consideravelmente,
as carcaças, produzindo bons mestiços para carne. Este suíno, da mesma forma que os anteriormente citados,
necessitam da proteção contra os raios solares, sendo que os animais puros sangue exigem sombreamento dos
piquetes e abrigos.
A - Pelagem
Vermelha cereja brilhante e uniforme. Há algumas famílias de coloração vermelha dourada, que
parecem ter maior tendência para a produção de banha. As colorações; castanha, creme e violeta são indesejáveis. A
cor castanha é associada a animais grosseiros e, os claros, a animais moles. Tonalidades claras no ventre e
membros, são defeitos, como também manchas pretas na barriga, que só desclassificam se forem muito grandes.
Cerdas pretas ou grandes são defeitos muito graves. O couro é moderadamente grosso e macio.
B - Cabeça
De comprimento médio e maior que a Polland-China, porém mais longa. Face pouco escavada, com
perfil sub-côncavo. Focinho médio, fronte larga entre as orelhas e os olhos. Orelhas médias, inclinadas para frente
e, ligeiramente para fora, com uma curva para frente e para baixo, não devendo cair sobre os olhos e face. Olhos
vivos e brilhantes. Mandíbulas moderadamente largas, cheias, nítidas, lisas e sem papadas.
C - Aptidão
É grande produtor de banha e toucinho, transformando-se gradativamente em um tipo intermediário,
para produzir carne e toucinho. Os criadores vêm demonstrando especial interesse em diminuir cada vez mais a
manta de toucinho, com tendência a transformá-lo em animal do Tipo Carne, mais alto, comprido e delgado, no
entanto, corre-se o risco de prejudicar suas qualidades de vigor e rusticidade. No Brasil tem-se comportado bem,
porém, como nos outros Países, as matrizes são de baixa prolificidade e más criadeiras. Sua carcaça vale mais pela
quantidade que pela qualidade. É raramente criado em estado puro, para a produção industrial, sendo cruzado com
as matrizes de Raças Landrace, Yorkshire e Hampshire, para a produção de carne magra. Com as Raças Nacionais
produz bons mestiços, em lugares onde a suinocultura é bastante atrasada. É muito precoce e suporta bem o clima e
calor tropical. Seus mestiços, com porcas nacionais, são superiores quanto a conformação, precocidade e disposição
para a engorda. Para os criadores de menor experiência, é a raça mais recomendada pelo seu desenvolvimento e
adaptação, no entanto, os animais puros e seus mestiços são exigentes e podem degenerar pela deficiência de
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A - Pelagem
Preta lustrosa, com seis malhas brancas: quatro pés, focinho e vassoura da cauda. As malhas das patas
devem atingir a metade da canela. Apresenta pêlos finos, macios e lisos, distribuídos uniformemente pelo corpo,
sem tendência a ondular ou frisar. Couro com espessura média.
B - Cabeça
Média, larga, perfil sub-côncavo, focinho médio, forte, queixadas cheias, redondas e lisas. Olhos
grandes e afastados. Orelhas médias em tamanho e espessura, afastadas e inclinadas para frente e ligeiramente para
fora, não caídas sobre os olhos e face.
C - Aptidão
Criada para a produção de banha e toucinho, com notável predisposição para a engorda. Adquire
rapidamente uma espessa camada de toucinho que, entretanto, não apresenta bastante firmeza e a sua distribuição
não é uniforme. Podemos encontrar linhagens selecionadas para a produção de carne. É uma Raça bastante precoce,
de maior mansidão que a Duroc-Jersey. Apresenta baixa prolificidade. Quando criada em consangüinidade,
observamos baixa quantidade do número de leitões e até a esterilidade. Devido a esse fator, não teve maior
expressão apesar de ser popular nas Américas. É recomendada para lugares onde existam muitos produtores, que
efetuem trocas onde ocorrerá um refrescamento de sangue. Cruzamento com fêmeas comuns, apresenta bons
mestiços. Pode ser recomendada para o cruzamento tríplice.
Suínos desta Raça introduzidos no Brasil eram freqüentemente chamados de Hampshire Inglês. Nos
Estados Unidos, é uma Raça muito popular, criada principalmente para a produção de carne fresca.
A - Pelagem
Preta com uma faixa (cinta branca de 4 a 12 polegadas, com cerca de 31 cm), que abrange os
membros anteriores. Quando a cinta é incompleta ou ocupa mais de ¼ do comprimento do corpo é considerado
defeito. Os defeitos maiores que levam a desclassificação são: pés ou membros posteriores brancos, barriga branca,
pequenas manchas pretas na cinta branca, pelagem inteiramente preta ou vermelha. O couro é fino e macio. As
cerdas são de comprimento médio, finas, lisas e regularmente distribuídas.
B - Cabeça
Deveria ser de comprimento médio, porém é, freqüentemente, um pouco comprida, de largura média.
O perfil da fronte e focinho é quase direito (sub-côncavo), bochechas e ganachas leves, secas e finas, sem papada.
Orelhas de comprimento médio, ligeiramente inclinadas para fora e para frente, direitas, não sendo quebradas nem
caídas. Orelhas grandes constituem grave defeito. Os olhos devem ser vivos e sem pregas em volta.
C - Aptidões
É um suíno ativo, vigoroso, vivo, rústico, de aspecto atraente e um pouco esbelto. Sua aptidão
dominante é a produção de carne fresca. A carcaça é considerada especial, devido a grande quantidade de carne
limpa, com apenas uma mínima produção de carnes com cortes de Segunda categoria. A carne é magra com
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revestimento de gordura um pouco mole e de presunto um pouco deficiente, não tão adequada para conserva. A
prolificidade é regular, em torno de nove leitões por parição, chegando a criar cerca de 80% dos animais nascidos.
As mães são cuidadosas e excelentes criadeiras, de boa precocidade e, quando cruzadas, transmitem, em grande
parte, suas qualidades aos mestiços produzidos. Pode ser escolhida para cruzamentos industriais.
A - Aptidão
O cruzamento objetivou mascarar o gene “stress” presente em todos os animais melhorados, com alta
conformação para a produção de carne, já que é comum, observar em granjas de animais melhorados, mortes
súbitas quando os suínos são submetidos à tensão. Tudo parece indicar que este fenômeno não ocorre com estes
animais e, se ocorre, é em menor escala. Inicia sua vida reprodutiva aos 190 dias de idade, sendo mais precoce que
as demais Raças em torno de 10 a 15 dias. Consomem pouca Ração, com conversão alimentar na ordem de 2,4 : 1
isto é, necessitam comer 240 Kg de ração para atingir 100 Kg de peso vivo. Apresentam 3% a mais de carne que os
outros animais melhorados, com concentração de carne nas partes nobres (lombo e pernil). Seu rendimento de
carcaça está em torno dos 80% enquanto as outras raças estrangeiras ficam entre 56 e 75%. Seu valor aumenta
quando comparado com o rendimento médio das carcaças Nacionais, 48 a 49 %.
Todas são Raças sóbrias, pouco exigentes, pouco prolíficas, tardias, de má conformação, pouco
musculadas e são criadas com o objetivo de produzir banha. Como, atualmente, este tipo deixou de ser econômico;
e devido à procura maior pelo animal tipo carne, os criadores perderam o interesse em criar estes animais e sua
tendência é desaparecer à medida que a civilização penetra para o interior. Faremos aqui uma descrição bastante
sumária das Raças Nacionais.
A - Cabeça
Grossa, perfil côncavo, fronte deprimida e pregueada, focinho grosso, orelhas grandes, pescoço longo
e com papada.
B - Corpo
Linha dorso lombar sinuosa e estreita.
C - Membros
Compridos e fortes.
D - Pelagem
Preta ou vermelha, atendendo a variedade regional, pele grossa e pregueada, com cerdas fortes e
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ralas.
E - Aptidão
Este tipo de suíno ainda é muito explorado nas regiões de sertão distante e, raríssimo, nas regiões
populosas. É um animal Tipo Banha, muito tardio e as fêmeas são prolíficas e boas mães.
A - Cabeça
Pequena e leve, de perfil sub-côncavo, focinho curto, bochechas largas e pendentes, as vezes com
brincos. Orelhas médias e horizontais, oblíquas, para frente. Pescoço curto e largo.
B - Corpo
Médio, um pouco roliço, e com linha dorso-lombar um pouco selada.
C - Membros
Curtos, separados e de ossatura fina.
D - Aptidão
Produção de banha.
A - Corpo
Pequeno, baixo e compacto, com ventre desenvolvido.
B - Membros
Finos e curtos, de pouca ossatura e musculatura.
C - Pelagem
Pode ser preta, vermelha ou malhada. Pelos abundantes, ralos ou ausentes, variando com o tipo.
D - Aptidão
Especializado na produção de banha. Criado nas comunidades para consumo doméstico. São mansos,
de prolificidade variável, dependendo do rebanho.
A - Aptidão
Forte tendência a engorda, sendo classificado como tipo banha.
Agronomia de Lavras (ESAL). O Ministério da Agricultura faz alguns investimentos em seu melhoramento,
embora os resultados obtidos, que foram razoavelmente bons, não podem ser aproveitados com objetivo prático, a
não ser em cruzamentos. Em Minas Gerais já houve criações importantes de Pirapitinga, o que difere do Nilo, pela
cabeça, e vem dando lugar a outras Raças mais produtivas. Considera-se um porco de tamanho médio, de corpo
comprido e estreito, com pouca musculatura e ossatura, prolificidade e precocidade médias, desprovidos de pêlos
ou com cerdas talas, não se adaptando em Regiões frias.
A - Aptidão
É um animal rústico e criado para a produção de banha.
1 - Peso e Estatura
Variáveis de médio a grande, dependendo da Raça.
2 - Pelagem
Variável com a Raça, de couro médio ou fino, no geral mais fino do que no gado de corte, solto e
bem coberto de pêlos finos e macios.
3 - Cabeça
Seca, entre média e fina, relativamente mais comprida e com a fronte mais cavada que nas Raças de
Corte; a fronte é larga, com marrafa média, de acordo com a Raça; chanfro fino e focinho úmido, largo ou médio
com narinas amplas e abertas; mandíbulas secas e separadas; olhos proeminentes e vivos; chifres finos; orelhas de
tamanho médio, finas e alertas, mais expressivas que nas raças de corte.
4 - Pescoço
Tendendo para longo e leve, quase magro; deve ser fino na união com a cabeça e tornando-se mais
largo e profundo, porém se une abruptamente com o corpo, de maneira bem definida, ao contrário do que acontece
com os Bovinos de Corte.
5 - Corpo
Com linha dorso-lombar longa, aparente, direita ou enselada em certas raças. Larga no lombo, bacia
comprida, ancas largas, garupa não muito cheia, cauda saindo em ângulo reto, não grosseiro e de bom
comprimento. Quartos anteriores mais delgados que os posteriores. Espáduas apertadas e aparentes, em cima; peito
largo em baixo mas não proeminente, com a ponta em forma de cunha, tórax largo e volumoso, costado longo e
alto, costelas largas, bem separadas, arqueadas na parte de baixo; cilhadouro visível e sem depressões. Linha
inferior mais ou menos pendurada devido ao grande desenvolvimento do ventre. Flanco fino, mas não enterrado.
Nádegas direitas um pouco cavadas, com as pontas afastadas e proeminentes, períneo grande, alto e espaçoso.
6 - Membros
De tamanho médio, direitos, regularmente afastados (notadamente os posteriores) com ossatura fina;
braços e antebraços pouco carnudos, coxas pouco musculosas, mais ou menos cavadas por dentro para dar lugar a
um úbere volumoso.
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7 - Úbere
Comprido, largo e profundo, estendendo-se bem para frente e para trás. Bem conformado, glanduloso
e fazendo pregas, quando vazio. Elástico, não carnudo, com veias aparentes, coberto de pelos macios, com tetas de
tamanho médio, dispostos em quatro ou apontando um pouco para fora. As veias mamárias são grandes, tortuosas,
de preferência ramificadas, grossas de acordo com a idade.
As diferenças no touro são decorrentes da sexualidade; maior peso, ossatura mais forte, musculatura
mais abundante, sobretudo no pescoço e quartos anteriores; cabeça forte e larga; tórax muito largo, sobretudo no
cilhadouro; temperamento mais vivo, que em touros de Raças de Corte; costado e ventre amplos; finalmente, deve
locomover-se com facilidade.
A - Pelagem
A pelagem referente a esta Raça é Preta Malhada ou Malhada de Preto, possuindo três manchas pretas
clássicas, bem definidas:
OBS: As manchas pretas do padrão racial, não devem descer nos membros, abaixo da articulação do joelho ou
curvilhão; estrela branca na testa, mucosa preta ou malhada de preto.
B - Aptidão
Alta produtora de leite magro, com cerca de 3,91% de gordura. Precoces sexualmente e, nos
cruzamentos com vacas azebuadas, observam excelentes produtos meio sangue, resistentes ao clima tropical e com
boa produção leiteira. O novilho Zebu ½ sangue apresenta excelente carcaça.
A - Pelagem
Vermelha Malhada, possuindo malhas vermelhas grandes sobre fundo branco. As malhas vermelhas
são mais escuras nos touros. As malhas não possuem a mesma regularidade da Frísia, podem ser mais recortadas,
no entanto, de contornos bem definidos. Via de regra, são vermelhos a cabeça e pescoço e são brancos o ventre e as
extremidades dos membros a partir da articulação do joelho ou jarrete e a cauda.
B - Aptidão
É considerada uma Raça mista para leite e carne, embora tenha a função leiteira como predominante.
Seu padrão de gordura no leite está em torno de 3,32%. Do ponto de vista da produção de carne, sua carcaça é
inferior em relação à Holandesa Preta e Branca, no entanto, suas carcaças são mais musculadas, sendo mais
carnudas que a Holandesa Preta e Branca. Seus mestiços com Zebus são bons para corte. Requer condições
idênticas à Frísia para sua exploração. Transmite bem suas qualidades nos cruzamentos.
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A - Pelagem
Amarela malhada com tonalidades que vão desde o amarelo claro até o amarelo pardo ou vermelho
queimado. A cor preferida é a de intensidade média, amarelo escuro ou laranja. A vassoura da cauda, extremidade
dos membros, úbere e baixo ventre devem ser brancos. O branco deve aparecer também na testa (estrela), na paleta
e na anca. O contorno dos olhos e do focinho é claro e, a mucosa em torno do focinho e olhos são de cor âmbar,
coloração que deve acompanhar os chifres e cascos.
B - Aptidão
Possui conformação tipicamente leiteira, sendo menos perfeita que a Jersey. Por possuir leite
apresentando teor de gordura elevado (4,5%), é considerada como uma Raça manteigueira. Uma característica do
seu leite são os glóbulos gordurosos grandes, permitindo fácil desnate. Tem capacidade de deixar passar para o
leite, parte do caroteno, proporcionando leite de coloração dourada. Como animal de açougue, proporciona carcaças
inferiores e com acúmulo de gordura amarela. Suporta melhor, que a Holandesa Preta e Branca, o clima quente dos
trópicos e esta condição parece estar ligada, à coloração da pele. É considerada uma raça rústica. Seus cruzamentos
demonstram a grande capacidade de transmissão de suas qualidades. Recomenda-se sua criação ao lado de vacas
que produzam leite magro, dado que a mistura do leite, satisfaz a demanda do mercado.
A - Pelagem
Distinguem-se as tonalidades: amarelo fosco, cor de veado, amarelo mais ou menos claro, indo do
pardo escuro até o quase negro nos machos, que se apresentam mais escuros que as fêmeas. Em volta do focinho se
observa um anel de pêlos claros, apresentando manchas escuras na face extremidades do corpo. Prefere-se a
pelagem uniforme, no entanto, admitem-se malhas brancas no úbere, ventre, flancos e peito. O focinho e língua são
pretos ou cor de chumbo. Os chifres são de cor âmbar com pontas negras, de preferência.
B - Aptidões e Qualidades
É uma Raça manteigueira. A manteiga é firme, amarela, com glóbulos de gordura grandes,
facilitando, assim, o desnate. A sua carne é de qualidade inferior, quando comparada com outras Raças e a gordura
na carcaça apresenta coloração amarela. É a mais precoce das Raças leiteiras.
Apresenta elevada tolerância ao calor tropical, adaptando-se com muita facilidade às regiões quentes
e secas, dada esta rusticidade. Tem a característica de, nos cruzamentos, aumentar, consideravelmente a gordura dos
rebanhos que produzem leite magro.
A - Pelagem
A cor preferida é a cinza escura (conhecida como pêlo de rato). Podemos ainda, observar as
seguintes tonalidades: Cinza Claro, Pardo Claro e Pardo Escuro.
Os machos, via de regra, são mais escuros que as fêmeas. Observam-se, com freqüência, animais
com pelagem clara em torno do focinho, na região interna dos membros e dorso. As mucosas são escuras. A
pelagem clara acompanha todo o comprimento do dorso e é característica da Raça, se estendendo desde a nuca até o
osso sacro (base da cauda).
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B - Aptidões e Qualidades
A sua principal finalidade é a produção de leite, que possui teor de gordura em torno de 3,88%. Os
produtos de seu cruzamento com zebus, são altamente produtivos e adaptam-se bem ao clima tropical. Aproveita-se
sua boa conformação e velocidade de crescimento, além da engorda. É usado também como animal de tração.
A - Pelagem
Pelagem vermelha clara ou escura, com pêlos lisos e curtos, pele solta, flexível e macia. É possível o
aparecimento de indivíduos com malhas brancas na região ventral (caráter referente ao Red Polled).
B - Aptidão
É um animal que possui dupla aptidão: corte e leite, podendo ser usado também para tração.
A - Pelagem
Amarela Claro ou Amarelo Alaranjado, uniforme. Em torno do ventre, períneo, focinho e olhos, há a
diminuição da intensidade da coloração. As mucosas são claras e sem pigmentação. Os chifres são ligeiramente
compridos, leves, de cor clara e com pontas vermelhas, saindo para trás, para os lados, para frente e terminando
com as pontas levantadas. As orelhas são pequenas e finas com abundância de pêlos no seu interior, principalmente
na borda superior.
B - Aptidão
É difícil afirmar, devido a grande diferença de produção dos rebanhos formados. A produção de carne
deixa a desejar, quando comparada com as Raças de Corte, assim como sua produção de leite, igualmente à Raça
Pitangueiras. Podemos considerar a Raça Caracu como Mista e ainda como de tração.
1 - Corpo
O seu corpo forma um bloco compacto, largo, profundo e, moderadamente comprido. Deve ser tão perfeito
quanto possível, liso na união de diversas regiões, sem saliências nas espáduas, sacro e base da cauda. Sem
depressões no cilhadouro e flancos, não devem ser barrigudos e devem ser bem proporcionados nas diversas partes.
Devem-se locomover com facilidade. A linha superior deve ser direita, larga e bem musculada, desde o pescoço até
a cauda. O quarto anterior deve ser largo, profundo e cheio. Quando visto de frente, deve apresentar bom espaço
entre os membros e, o quarto posterior, deve ser comprido, largo e profundo. O corpo tem a forma de
paralelepípedo ou de cilindro, isto, segundo a Raça: as Européias apresentam formato cubóide. Os quartos
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dianteiros e traseiros são bem desenvolvidos. A pele deve ser solta e revelar uma musculatura macia e elástica à
palpação.
2 - Pelagem
A pelagem é variável, segundo a Raça, com couro de espessura média, macio e elástico, em geral,
bem coberto por pêlos finos e sedosos.
3 - Peso
Deve ser entre médio e grande. As raças pequenas não são satisfatórias para esta finalidade.
4 - Estatura
De preferência baixa, sem prejuízo do peso.
5 - Cabeça
Média, preferindo-se curta, seca, larga entre os olhos, coberta de pêlos finos, chanfro moderadamente
fino, focinho largo e narinas grandes. Olhos grandes e plácidos, chifres ausentes ou não grosseiros, orelhas médias,
antes largas do que longas, nem relaxadas nem muito abertas e cobertas de pêlos.
6 - Pescoço
Médio ou Curto, maior e mais fino nas fêmeas, bem unido com a cabeça, alargando-se e
aprofundando-se gradativamente para trás, de maneira a unir-se insensivelmente com as espáduas.
7 - Tronco
Dorso e lombo largos, musculosos, nivelados, ancas cheias, garupa bem cheia em toda sua extensão,
longa e larga, cauda grossa na base afinando na extremidade, saindo em nível com a garupa. Peito cheio, largo e
alto. Ponta do peito arredondado e tórax amplo. Espáduas bem desenvolvidas, não proeminentes, cheias e bem
unidas na frente e atrás. Costado moderadamente longo, com costelas compridas, arredondadas e bem cheias de
carne, mesmo no cilhadouro. Ventre bem suspenso, com linha inferior direita, sendo as fêmeas, mais barrigudas.
Flanco posterior profundo, cheio e espesso. Nádegas bem descidas até o jarrete e espessa tanto do lado de dentro
como do lado de fora.
8 - Membros
Braço e Antebraço largos, carnudos até o joelho. Coxas e pernas largas, afinando-se graciosamente
até o curvilhão. Mocotós médios ou curtos, finos, bem aprumados e afastados. Ossatura regular, porém densa e com
boa cobertura muscular.
A - Pelagem
A pelagem predominante é a Branca e a Cinza Clara, podendo haver variações como a prateada e
nuvem, com manchas escuras em torno dos olhos, boletos e quartelas. Via de regra as fêmeas são mais claras do
que os machos. A vassoura da cauda é preta. A pele bem pigmentada, com pêlos curtos, finos e sedosos. Entre sua
variedade de pelagem, podemos encontrar animais malhados (manchas pretas).
B - Cabeça
A cabeça apresenta tamanho médio com perfil sub-convexo e chanfro reto, curto nos machos e mais
comprido nas fêmeas. Chifres curtos de forma cônica, escuros, grossos na base e finos nas pontas, dirigindo-se para
fora, para trás e para cima. Assemelha-se a dois paus fincados simetricamente no crânio.
C - Giba ou Cupim
Firme e desenvolvido, assemelhando-se a uma castanha de caju. De menor tamanho nas fêmeas.
D - Aparência Geral
Aparência vigorosa, com ótimo desenvolvimento para a idade, constituição robusta, ossatura leve.
Musculatura farta e bem distribuída, com ótima conformação para carne.
E - Aptidão
No Brasil é criado exclusivamente para a produção de carne, dadas suas características. Adapta-se
bem ao regime de pastoreio. Das Raças indianas é a mais usada nos programas de Inseminação Artificial, em gado
de corte. Nos cruzamentos com outras Raças, tem dado bons resultados e elevada produtividade.
A - Porte
É um animal de porte grande como o Nelore.
B - Pelagem
A sua pelagem varia de cinza claro a cinza Escuro, observando-se tonalidades pardas e prateadas. Via
de regra, a pelagem da cabeça, pescoço, quartos posteriores e extremidades, são mais escuras, chegando ao negro
nos machos. A pelagem das fêmeas é mais clara que a dos machos.
C - Cabeça
Relativamente curta, larga e expressiva, com perfil sub-côncavo a retilíneo. Fronte moderadamente
larga e quase plana. Olhos pretos e elípticos, protegidos, nos machos, por rugas de pele da pálpebra superior.
Chifres grandes de coloração escura, saindo horizontalmente para fora e para cima em forma de lira, terminando
para dentro e, ligeiramente, para trás.
D - Cupim
De tamanho médio, bem implantado na cernelha e um pouco inclinado para trás, em forma de
castanha de caju, que se apresenta menor nas fêmeas.
E - Úbere e Tetas
Bem desenvolvidos, prolongando-se para frente e para trás. Pele macia e pregueadas, com tetas
médias e bem desenvolvidas.
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F - Aparência Geral
Animal vigoroso e de bom porte e desenvolvimento, musculatura compacta e ossatura forte e fina,
assemelhando-se ao Nelore.
G - Aptidão
Mista e é considerada a Raça Zebuína mais recomendada para cruzamentos com gado Europeu
visando a produção de carne e leite.
A - Porte
A Raça Gir apresenta porte mediano.
B - Pelagem
Podemos encontrar 12 tipos de variedades assim reconhecidas:
C - Cabeça
Perfil ultra-convexo, fronte larga e proeminente, com a marrafa jogada para trás. Chifres médios,
escuros, grossos na base, saindo para baixo, para trás e dirigindo-se um pouco para cima, encurvando-se para
dentro. Orelhas longas, finas e pendentes, começando em forma de cano, com a porção superior enrolada para si
mesma, abrindo-se gradualmente para fora, curvando-se para dentro e estreitando-se na ponta, que se volta para a
face.
D - Aparência geral
Dócil, vigoroso e de boa conformação.
E - Aptidão
Sua função econômica principal é a produção de carne, sendo usada ainda nos cruzamentos para a
produção de leite.
A - Pelagem
Cor uniforme, variando de branco a cinza, nas diversas tonalidades, destacando-se a fumaça e a
azulejada. Nos machos as extremidades são, freqüentemente, mais escuras com pêlos finos, curtos e sedosos, com a
vassoura da cauda preta.
B - Cabeça
Geralmente grande proporcional ao corpo. Perfil sub-côncavo e fronte de largura média, ligeiramente
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saliente. Os chifres são escuros, saindo para trás e para cima, dirigindo-se para dentro, com pontas rombudas e
convergentes. Orelhas longas, pendentes e largas, com pontas arredondadas e a face interna do pavilhão auditivo
voltada para frente. Olhos escuros e protegidos por rugas da pele. Cílios longos e pretos.
C - Giba ou Cupim
No macho é bastante desenvolvida e em forma de castanha de caju. Menor nas fêmeas.
D - Aparência Geral
Constituição robusta e demonstrando mansidão.
E - Aptidão
Produção de carne, no entanto é um animal de ossatura grosseira, perdendo em rendimento de carcaça
e desempenho para as outras Raças Zebuínas. Seu período de gestação é, em média, o mais curto entre as Raças
Zebuínas.
A - Pelagem
Branca ou cinza com variações de tonalidades. Pêlos finos, curtos e sedosos. Pele preta, fina, oleosa e
flexível.
B - Cabeça
De comprimento e largura média, em forma oval ou circular, mais curta nos machos e, mais comprida
nas fêmeas. Perfil sub-convexo ou retilíneo. Ausência de chifres e orelhas médias, relativamente largas, um pouco
voltadas para a face, com ligeira reentrância na extremidade da borda interior inferior. Focinho totalmente preto.
C - Giba ou Cupim
Desenvolvido e firme, em forma de castanha de caju. Menor nas fêmeas.
D - Aptidão
Raça explorada para a produção de carne. Utilizada no cruzamento com outras Raças, resultando
animais rústicos e de boa produtividade.
A - Características Raciais
Animal resistente às condições adversas do meio ambiente. É um bovino de grande porte, com
desenvolvimento e aptidão para a produção de carne.
B - Pele
Grossa e com uma barbela muito extensa, quando comparada com outros Zebuínos. Sua pelagem
varia desde o branco até o cinza, claro e escuro.
C - Cabeça
Perfil sub-convexo ou retilíneo, com narinas amplas e espelho nasal preto, como nas Raças Zebuínas.
Apesar de ser resultado de cruzamentos de raças, os chifres são médios e pretos. As orelhas são médias, com as
pontas lanceoladas e curvatura na borda superior. Quando levantadas, as pontas voltam-se para a face.
D - Aptidão
Especializada para a produção de carne. Nos cruzamentos com outras Raças, deu origem às Raças:
Santa Gertrudes, Bradford e Brangus. Nas provas de desempenho, possui os resultados parecidos com o Nelore e o
Guzerá.
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A - Pelagem
Preta uniforme, sem manchas, com pêlos raros, sendo quase ausentes nos animais adultos.
B - Cabeça
Mais pesada que a Murrah, mostrando uma fronte ultra-convexa, com marrafa arredondada e
proeminente. Chifres longos saindo para trás, para baixo e para os lados, virando-se para cima nas pontas. As vezes,
seguem reto para baixo. Orelhas inseridas junto aos chifres, dirigidas para os lados, horizontalmente. Olhos
sonolentos e mortos, sempre pretos e pequenos. Chanfro retilíneo para sub-convexo.
C - Pescoço
Pesado e com barbela desenvolvida nos machos.
D - Corpo
Comprido e profundo, com peito amplo, linha dorso-lombar direita, com ligeira depressão e a garupa
um pouco inclinada, terminando por uma cauda comprida e fina, com vassoura preta. Úbere relativamente bem feito
e bem desenvolvido.
E - Membros
Fortes, ossudos e bem aprumados. Patas grandes e vigorosas. Os cascos são pretos ou cinza escuros.
F - Aptidões
É considerada uma Raça mista, produção de carne e leite. Produz leite gorduroso com teor de gordura
em torno de 7%. Os machos castrados e bem manejados são bons ganhadores de peso.
A - Pelagem
Pelagem preta ou acinzentada com pêlos ralos nos animais adultos. Os pêlos, as vezes, são ruivos. A
pele é uniformemente preta, desprovida de manchas brancas.
B - Cabeça
De largura e comprimento proporcionais, leve no frontal e maciça nos maxilares; perfil ligeiramente
côncavo. Fronte larga, com leves saliências nas laterais. Chifres curtos, pequenos, curvando-se para trás e para cima
em forma de espiral, de seções ovaladas, quase triangular. Olhos proeminentes nas fêmeas e menores nos machos,
de coloração preta. As orelhas são médias estreitas, às vezes pendentes. Chanfro estreito e reto.
C - Pescoço
De comprimento médio, grosso e forte nos machos e descarnados nas fêmeas. Sem barbela.
D - Corpo
Curto, profundo e com peito bem desenvolvido. Dorso largo e direito, com costelas bem arqueadas.
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Garupa larga, um pouco inclinada no macho e, mais ainda na fêmea. Inserção da cauda relativamente alta. Coxas e
nádegas cheias e carnudas. Úbere volumoso com tetas longas, bem separadas com as anteriores mais curtas. Veias
do leite grossas e sinuosas.
E - Membros
Curtos, grossos e aprumados, com unhas pretas.
F - Aptidão
Na Índia, é tida como a melhor produtora de leite, com 7% de matéria gorda.
A - Pelagem
De preferência preta, estendendo-se aos chifres, espelho nasal e mucosas aparentes. Apresenta pêlos
escassos, predominando na parte anterior do corpo. Observam-se as cores pretas castanha, cinza castanha, no
entanto, as pelagens branca ou clara, ou malhas brancas, são desclassificatórias da Raça para registro.
B - Cabeça
De tamanho médio, ligeiramente convexa, comprida e estreita. Apresenta pêlos nas bordas inferiores
dos maxilares, fronte larga, chifre negros, grossos e fortes, de seção triangular, dirigido para fora, para trás e para
cima, com as pontas voltadas para dentro ou não, superando a altura da marrafa. Olhos pretos, redondos,
medianamente proeminentes. Orelhas bem abertas, dirigidas para os lados, horizontalmente.
C - Pescoço
Fino e quase sem barbela.
D - Corpo
Compacto, musculoso, profundo e de comprimento médio. As linhagens mais leiteiras mostram o
corpo mais longo e menos musculoso. Seu dorso é curto, largo e em forma de sela. A garupa está em declive,
terminando com cauda curta, bem inserida, provida de vassoura preta ou tufos de pêlos brancos. Úbere amplo e bem
desenvolvido.
E - Membros
Fortes, de comprimentos médios e corretamente aprumados.
F - Aptidão
Produção de leite com teor de gordura em torno de 7,9%.
A - Pelagem
Cinza Clara ou Rosilha, com manchas de tonalidade clara ou branca nas patas, peito e tufos claros nas
arcadas orbitárias superiores, comissuras labiais e ventre.
B - Cabeça
De tamanho médio, chanfro reto, relativamente pequena e com olhos arredondados, grandes, vivos e
pretos. Orelhas de tamanho médio, horizontais, cobertas de pêlos longos e claros. Chifres longos, fortes, de seção
triangular, saindo lateralmente em posição horizontal, para fora e para cima.
C - Corpo
Musculoso e um tanto cilíndrico, sem depressões.
D - Membros
Vigorosos, relativamente leves e aprumados.
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E - Aptidões
Bom para corte e para trabalho (tração e sela). Sua produção de leite é muito modesta e seu teor de
gordura no leite varia entre 7,2 e 11%.
OBS: Os Búfalos não transpiram pelo seu corpo, apenas o fazem pelo focinho daí, sentirem bastante as
temperaturas elevadas e, por isso, gosta de mergulhar nos rios, lagos, tanques e áreas pantanosas. Nesta
prática, são freqüentemente atacados por Leptospirose.
12.1. VACAS
- Cabeça e bochechas magras e lisas. Mandíbula sem muito desenvolvimento. Olhos tranqüilos e femininos
- Pescoço magro, relativamente plano com pêlos lisos e finos.
- Espáduas isentas de depósito de gordura.
- Peito sem proeminência, sem depósito de gordura e barbela estendendo-se em torno do peito.
- Membros anteriores: parte superior magra, bem definidos e sem musculatura grossa.
- Costelas anteriores curtas e bem arqueadas.
- Ancas bem proeminentes, sem depósitos de gorduras.
- Úbere bem desenvolvido (para zebuínos), pêlos curtos, tetas lisas e brilhantes.
- Na primavera a troca de pêlos é rápida, sendo indicativo de uma excelente capacidade endócrina (utiliza-se na
seleção de novilhas).
12.2.1. VACAS
- Mandíbula inferior grossa, cabeça anovilhada.
- Pescoço grosso e musculoso, pêlos longos, duros e ásperos por cima.
- Espáduas grossas, camada com depósito de gordura.
- Peito grosso, cheio, inclinando-se para frente e para baixo, com pouca barbela.
- Espinha dorsal e lombo com depósitos de gordura, assim como entre as espáduas.
- Braço musculoso.
- Costelas anteriores compridas e planas.
- Articulações (musculatura bem desenvolvida).
- Articulações (musculatura bem desenvolvida).
- Úbere mal desenvolvido e deficiente.
- Nádegas bem desenvolvidas com gordura debaixo da vulva.
- Canelas compridas e grossas.
- Quarto anterior, excessivamente desenvolvido, carnudo e com depósito de gordura.
- Quarto posterior mal desenvolvido, com depósito de gordura nas pernas e canelas (articulações da rótula,
vulva e frente do úbere).
12.3.1. TOUROS
- Cabeça marcadamente masculina.
- Pescoço acentuadamente masculino com pêlos fortes e mais escuros (caracteres sexuais secundários no
macho). O Nelore de pelagem acinzentada tem maior capacidade respiratória que o de pêlos brancos, pela
maior capacidade de produção de hormônios.
- Espáduas: bem musculadas e com a musculatura bem definida.
- Peito carnudo.
- Giba forte, musculada e bem implantada (sem pender para nenhum dos lados).
- Membros anteriores curtos, sem musculatura excessiva, especialmente na parte superior do braço.
- Costelas anteriores fortemente musculadas e bem arqueadas.
- Costelas posteriores bem arqueadas com boa cobertura muscular.
- Lombo com musculatura forte.
- Bainha prepucial não muito pendente, abertura não muito larga, com pêlos na bainha prepucial.
- Nádegas de musculatura forte.
- Testículos bem conformados, suspensos e não muito fortes nem pendentes.
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12.4.1. TOUROS
- Cabeça sem masculinidade e mandíbula inferior grossa.
- Pescoço anovilhado e sem musculatura.
- Peito magro, sem desenvolvimento muscular (estreito na frente).
- Testículos pequenos.
- Membros (ossatura) fina, com pouca massa muscular.
- Corpo com expressão feminina.
- Costelas sem curvatura e desprovidas de massa muscular.
- Ausência de pêlos na abertura prepucial.
- Posterior pouco desenvolvido (pouca massa muscular).
- Os puramente fisiológicos;
- Os que se confundem com as funções produtivas ou faculdades econômicas.
Ex:
Temperamento apagado - próprio dos animais dóceis: Búfalo, Jersey e Schwytz;
Aves: Leghorn (temperamento nervoso) e Isa Brown (temperamento menos nervoso);
Cavalos - Temperamento exageradamente nervoso;
Suínos: Landrace (manso). Duroc e Hampshire ( mais nervosos);
Bovinos Indianos: Nelore e Guzerá (temperamento mais nervoso).
O temperamento é um atributo muito influenciado pelos fatores externos, em que sua ação é direta
(alimentação e regime de criação); amansamento imperfeito gera cavalos que dão coices, malcriados, que pode ser
corrigido, apesar de estar relacionado com a índole do animal.
13.3. IMUNIDADE
Chama-se imunidade a certa resistência do indivíduo a contrair determinada doença. Ela pode ser:
Adquirida, Ativa, Natural e Passiva.
Exemplos:
Cães de caça
Raças Atividade Explorada
Pastor Alemão e outros Cães de guarda
Perdigueiro (cão brasileiro) Caça de aves
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Pela sua coragem e inteligência, associado ao agudo faro, as raças acima citadas são empregadas para
a caça. Ao contrário dos Dogues, Bulldogs que não apresentam faro tão sensível, chegando a não reconhecer o
dono, podendo agredi-lo pela sua extrema ferocidade.
Assim, os atos instintivos se transmitem de pais para filhos e são atributos hereditários e não
adquiridos. Seu aperfeiçoamento nos animais superiores deu origem aos atos dirigidos pela inteligência. Se os
instintos sofrem variações e se são hereditários, na presença da domesticação houve variações úteis ao fim
zootécnico da criação.
Como variações do instinto têm o enfraquecimento do apego materno: as mães se tornam menos
zelosas e vigilantes com seus filhos, chegando mesmo a abandoná-los ou sacrificá-los por uma aberração do
instinto. O maior exemplo são as vacas altas produtoras de leite.
É também o caso destas vacas que se deixam ordenhar a mão ou à máquina, sem nenhum problema.
Por outro lado, os bezerros destas vacas, aceitam facilmente o aleitamento artificial, enquanto os de Raças rústicas,
não especializadas, adotam o aleitamento artificial com maior dificuldade.
14.1. MEMÓRIA
A experiência é adquirida pela repetição de certos atos, sempre os mesmos na qualidade e
intensidade. Quanto a memória não podemos negar sua existência nos animais, porque psicologicamente ela não é
mais do que um efeito aperfeiçoado de impressões repetidas, de excitações exteriores, sobre as células nervosas.
14.3. ORIENTAÇÃO
É o fato conhecido em que os animais domésticos em geral, têm a faculdade de retornar ao lugar onde
foram criados, quando daí afastado involuntariamente. O cão auxilia-se do seu faro. Os bovinos, eqüinos, jumentos,
carneiros e cabras têm facilidade maior ou menor de retornar ao local de criação, fazendo longas caminhadas.
Trata-se do comportamento dos animais criados extensivamente, das raças mesológicas, animais que
são mais o produto do seu meio ambiente, do que da ação do homem.
Esta faculdade culmina com o pombo-correio que, voa a grandes distâncias, e volta ao seu pombal.
Estes animais se servem da memória e da visão para se orientar nos seus longos vôos de retorno. Rabaud (1.926)
escreveu o seguinte: “Logo livres, os pombos alcançam-se na atmosfera, fazendo círculos concêntricos de rádio
cada vez maiores, auxiliados pela aguda visão, registrando em sua memória topográfica, pontos que lhe permitem
reconhecer sua área de moradia, assim rumam no horizonte à procura da viagem. De retorno, voam a grandes
alturas, também em círculos concêntricos primeiramente maiores, e a partir da identificação dos pontos de
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referencia registrados na memória, vão descendo com vôos em círculos concêntricos de rádio cada vez menor, até
pousar no pombal.”.
A Especialização das Funções deve ser encarada sob dois pontos de vista: teórico e prático.
- Teórico - O princípio consiste em desenvolver no animal uma única função zootécnica, com
rendimento máximo.
17.1. AMBIENTE
É constituído por todas as condições exteriores a que estão submetidos os seres vivos.
Particularmente, no caso dos animais domésticos, temos a considerar:
Os Atributos Étnicos são hereditários na sua generalidade, mas, precisamos acrescentar que, na sua
manifestação no indivíduo, pode depender de um ambiente favorável. Para que tais atributos se manifestem é
necessário que o ambiente ajude ou que, pelo menos, não tenha qualquer influência contrária a sua manifestação.
Tais atributos para que se manifestem dependem de circunstâncias adequadas de condições exteriores.
17.3. CLIMA
Entre as condições naturais, pela sua importância, o clima está em primeiro lugar. Podemos
considerá-lo como regulador fundamental da produção animal, assim como seu limitador, pois comanda a vida e o
comportamento zootécnico dos animais domésticos. Segundo CORNEVIN, os climas extremos apresentam menor
número de Espécies e de Raças, do que os climas temperados.
O produtor pouco ou quase nada pode fazer contra o clima no sentido de modificá-lo e torná-lo mais
favorável aos animais que cria. No entanto, o homem com os recursos técnicos atuais, pode criar ambientes
artificiais, o que os torna anti-econômicos do ponto de vista zootécnico. Por isso o criador deve procurar a Raça
para determinado meio ambiente. Devemos evitar generalizar, porque as reações dos animais às condições
ambientais variam com a Espécie, Raça, Família e Indivíduos.
Chama-se de Clima ao conjunto de fenômenos meteorológicos que influem na caracterização da
condição ambiente de determinado lugar. É a constelação de variáveis como lhe chamou Brody (1.948).
Os agentes do Clima são: calor, luz, umidade, pressão atmosférica, vento, radiação solar, chuvas, etc.
A influência do clima sobre os animais se faz sentir muito diversamente e é muito fácil de isolar, com
o devido rigor, a ação de cada um dos elementos do clima. Tem-se verificado que a temperatura é, para os animais
domésticos, o fator climático mais importante, vindo, a seguir, a radiação solar, umidade, pressão atmosférica,
chuvas, ventos dominantes e a luz.
17.4. TEMPERATURA
Como fator climático, a temperatura é importante porque é considerada como o agente principal na
distribuição geográfica dos animais. A temperatura do ar se faz sentir sobre os animais, por condução. A pele mais
quente do animal tende a perder o calor em contato com o ar mais frio. Se a temperatura do ar aumenta, diminui
esta perda de calor, até dar-se uma operação inversa: o animal recebe calor do meio ambiente, quando a temperatura
do ar é elevada e ele está sob a ação direta da radiação solar.
Quando a temperatura se apresenta muito alta ou baixa, verifica-se o ajustamento do organismo
animal e essas reações, devido a reações dos centros nervosos reguladores do calor corporal. Estes centros nervosos
são extremamente sensíveis a mudanças de temperatura no sangue que passa através deles, como provavelmente
impulsos nervosos que chegam a superfície do corpo ao contato com o ar ou objetos, cuja temperatura seja capaz de
influenciá-los (Lee & Phillips, 1948).
18.2. PRODUÇÃO
Do ponto de vista zootécnico, é o ato de se produzir zootecnicamente. Seria o conjunto de manobras
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através do qual o homem explora os animais domésticos, extraindo deles produtos e lucro.
O Holandês Preto e Branco pode ter o seu rendimento reduzido de 50 a 60% somente pelo efeito de
temperatura acima de 26,6º C e o Holandês Vermelho e Branco, Jersey, Güernsey e Schwytz, acima de 29,4º C. O
zebu não demonstrou, em tais experiências, alterações da sua lactação, nem a temperaturas mais altas, como a 32ºC
Em condições naturais, nas que vivem e produzem os animais, não sofrem o efeito da temperatura
elevada quando nos trópicos. A influência do ambiente tropical sobre o gado de corte, parece ser maior do que
sobre o gado leiteiro (Findlay, 1950), O peso dos pulmões do gado de corte da Raça Angus, é típica “small lung
size”, portadora de pulmões pequenos, não auxiliando na eliminação do calor pela respiração.
Heitman & Huges (1949) estudaram a temperatura em ovinos e suínos, concluindo que, conforme o
peso, a temperatura será mais favorável ou não, na utilização dos alimentos. No caso dos ovinos as conclusões de
Miller; Monge & Accame (1.944) foram, que a produtividade, medida em porcentagem de cordeiros desmamados,
ganho de peso até a desmama, está relacionada à manutenção da temperatura e o ritmo respiratório normal durante
as temperaturas elevadas.
As aves também eliminam calor pela respiração e dejetos orgânicos, consumindo também uma maior
quantidade de água em clima tropical.
A influência do meio ambiente sobre a fertilidade dos animais domésticos parece ser grande. A
fertilidade de origem genética é de baixa ocorrência e, quando a fertilidade decresce, motivada por fatores
genéticos, ela se apresenta sob a forma de anomalias dos órgãos genitais. O ambiente pode influir, provocando
moléstias infecciosas ou então agindo através do clima ou aclimação.
Entre os fatores do clima, o que mais importa é a temperatura. Assim, nos mamíferos domésticos e
outras espécies, quando submetidos a temperaturas elevadas, podem-se tornar estéreis ou quase, devido a
perturbação da espermatogênese. Desta forma, a temperatura elevada prejudica a formação do esperma e sua
qualidade.
O efeito das altas temperaturas faz-se sentir também nas fêmeas. Segundo Hammond (1.955), o
embrião é muito sensível às altas temperaturas corporais, do que o bezerro depois de nascido; neste caso, a não
gestação deve-se atribuir a morte do embrião e não a falta de concepção, como é o caso da baixa fertilidade das
fêmeas de Raças de clima temperado, mantidas em condições tropicais. Segundo Yates (1.953), as ovelhas
submetidas a altas temperaturas entram em cio, no entanto somente 50% dão cria, sugerindo-se que tal fenômeno
deve-se repetir em bovinos.
A gestação é uma causa de despesas orgânicas e, quando o animal não é bem alimentado, a fêmea
lança mão de suas reservas próprias e, por isso, perde peso. A lactação que se segue ao parto, é outra fonte de
despesa do organismo. Em condições naturais, a ação do clima sobre a fertilidade dos rebanhos se faz sentir sob
duas formas:
19.1. PROLIFICIDADE
É a capacidade de produzir ou gerar muitos filhos. Ela caracteriza certas espécies domésticas como o
coelho, cobaia, porca, cabra, etc. Assim, verifica-se que o temo prolificidade aplica-se a fêmeas multíparas. Esta
ligação parte do princípio de que o macho produz um número demasiadamente grande de espermatozóides e, desde
que sejam normais, a prole será maior ou menor dependendo da quantidade de ovos férteis que a fêmea irá produzir,
estando disponíveis para ser fecundados. No caso da porca, o tamanho da leitegada está na dependência da fêmea e,
sobre ela se exerce a seleção. Idem na cabra e na ovelha. O macho pode influir desde que seja de Linhagem
prolífica.
No processo de domesticação uma das transformações mais importantes foi a prolificidade, que
culminou na galinha capaz de gerar de duas a três centenas de ovos durante seu ciclo de postura, quando a espécie
selvagem tinha a sua postura limitada a apenas uma estação do ano (primavera) e a alguns poucos ovos.
52
19.2. CRESCIMENTO
É a manifestação da vida que começa com a formação da célula ovo e termina na idade adulta.
Durante este período o animal aumenta de volume e de peso. A velocidade de crescimento pode ser maior ou
menor, o que caracteriza as Raças e, dentro delas, a Família e as Linhagens. Trata-se assim de um caráter
Hereditário de grande importância nas espécies exploradas para carne, nas quais o ganho de peso é uma qualidade
essencial. Assim, quanto mais cedo um animal atinja determinado peso, mais depressa será aproveitado para
consumo.
19.3. PRECOCIDADE
Consiste no acabamento do esqueleto prematuramente, pela soldadura das epífises com a diáfise dos
ossos longos; justamente dos quais depende o crescimento. É a chegada prematura do estado adulto, quando o
animal para de crescer, mas não de ganhar peso. A precocidade é um desenvolvimento rápido com a paralisação
antecipada do crescimento (estado adulto).
Os ossos longos têm suas extremidades (epífises) ligadas uma à outra, pela diáfise, que é parte
mediana do osso. Separando as diáfises da epífise, existe uma região que se chama Zona de Crescimento do Osso,
que é formada de tecido cartilaginoso. Enquanto esta zona não se ossifica, o osso cresce, e o animal também.
Devido à ossificação mais rápida, os animais precoces possuem pouca altura já que seus membros são menores.
O maior exemplo é o do frango de corte que é abatido hoje com 42 dias. Não podemos dizer que
precocidade e o aparecimento da dentição sejam fenômenos correlatos. Prova disso é que a precocidade não se
deixa influenciar tão prontamente pela alimentação, quanto à dentição.
A precocidade é um atributo do gado de corte que exige clima e alimentação adequados para sua
manifestação: o clima temperado é próprio das Raças precoces. Não se deve confundir precocidade somática com
precocidade sexual. A Raça Jersey é um bom exemplo, pois tais indivíduos mostram notável madureza sexual, mas
não apresentam precocidade somática. A precocidade pode ser avaliada através dos testes de ganho de peso.
A prova de ganho de peso consiste em submeter um animal jovem (9 a 13 meses), a um regime
intensivo de alimentação e manejo adequado durante 168 dias, ou seja, 24 semanas. Os animais alimentados à
vontade com ração de concentrados em sistema de confinamento, sem acesso ao pasto. O alimento consumido é
registrado para verificar a economia de ganho de peso. Cada animal é rigorosamente pesado ao entrar na prova e a
cada 28 dias. O peso da última tomada, depois dos 186 dias de prova, dará o ganho de peso total, uma vez reduzido
o peso inicial.
19.4. ENGORDA
O animal de corte, além de crescer rapidamente, tem que engordar. Depois de desmamado, o garrote
entra na recria e, a seguir, na engorda. Assim, o animal precoce, como vem, para de crescer e começa a engordar,
continuando a aumentar de peso. Por isso, seu tecido muscular é recoberto e invadido de gordura, bem como as
vísceras. Há Raças especializadas na produção de carne e outras de gordura. Trata-se de Atributos fisiologicamente
hereditários. A Raça Chinesa, que é obesa, serviu para a formação das Raças mestiças, igualmente obesas.
A degeneração gordurosa do fígado é uma doença que ataca o homem e os animais. No entanto, é um
atributo de certos tipos de gansos: o ganso Tolouse, criado especificamente para a produção de patê, no sul da
França, é um caso típico.
A formação da gordura no bovino de engorda, processa-se em certo ritmo e o exame exterior do
animal gordo, pode nos permitir a verificação de como se deu a deposição desta gordura em certas partes do animal.
Estes depósitos de gordura se chamam de maneios, que não se desenvolvem ao mesmo tempo. Os primeiros
depósitos de gordura que aparecem são: orelha, peito, paletas, costelas, bordos, etc. Os últimos que verificamos são:
escroto, entre-nádegas e cordão. A gordura sob a forma de sebo é indicada pelos maneios: em baixo da língua,
escroto, entre-nádegas, etc.
19.5. LACTAÇÃO
O leite é o produto da secreção das glândulas mamárias das fêmeas dos animais classificados como
mamíferos. O úbere da vaca é constituído de quatro glândulas mamárias independentes, duas de cada lado,
anatomicamente separadas e cada uma com sua teta excretora, canal galactóforo e a cisterna, onde o leite vai-se
depositar a medida que desce da glândula. Na ovelha e na égua o úbere é constituído de um par de glândulas, cada
uma com sua teta. A porca, cadela, gata e coelha, possuem muitas glândulas, cada uma com sua teta, que se
destacam aos pares, em duas fileiras, ao longo da região torácica posterior até a região inguinal.
Quando se aproxima a puberdade, as glândulas mamárias mostram visível desenvolvimento nas
fêmeas virgens, bem mais acentuado nas fêmeas de raças leiteiras. Isto ocorre porque a formação do leite esta,
estritamente ligada à reprodução. Na última fase da gestação dar-se-á o desenvolvimento da glândula, despertando
para entrar em funcionamento. É o que vulgarmente se chama de mojo. Terminada a lactação, as glândulas cessam
sua produção ou atividade para reiniciá-la na parição seguinte.
O desenvolvimento da glândula mamária ocorre pela influência do ovário que age sobre ela, através
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dos estrógenos (estradiol), hormônio secretado pelo Folículo de Graaf (ovários), e pela ação da progesterona,
secretada pelo Corpo Lúteo (ovários). Primeiramente, ocorre o desenvolvimentos do sistema de ductos mamários
(ductos estrogênicos) e, posteriormente, a proliferação do sistema alveolar da glândula (progesterona).
A formação do leite resulta da atividade da prolactina, também chamada de mamotropina. Rice et al.
(1.957) apontam que a prolactina é produzida em maior escala no gado leiteiro e, em menor escala no gado de corte.
Assim, o declínio na produção de leite, está relacionado com a baixa do hormônio, sendo, além do responsável pelo
início da lactação, também pela persistência desta.
A Tireóide é outra glândula que colabora na secreção do leite. A extirpação desta glândula provoca
queda brusca na lactação. Quando a tiroxina é ministrada, neste caso, as vacas aumentam a produção. Parece estar
relacionado ao estímulo do metabolismo.
- Força Muscular;
- Comprimento e posição dos ossos;
- Excitabilidade nervosa.
20. MEIO AMBIENTE
A presença de um meio ambiente faz sentir a inserção de indivíduos nesse meio. Assim, um dos fatores
mais importantes do clima, é a temperatura, que pode ser considerada como, fator modelador de adaptação dos
indivíduos. Desta forma, as regiões de climas tropicais e subtropicais encontram-se situadas em limites de 30º de
latitude norte e sul (Oart, 1970). Observa-se que em torno de 1/3 da superfície terrestre, corresponde a tal área. Os
rebanhos destas áreas experimentam uma baixa produtividade.
Reprodução e produção são fenômenos correlatos, e da adaptação dos animais domésticos ao clima,
dependerá que tais indivíduos expressem sua função produtiva. Podemos considerar como exemplo, o baixo
desempenho produtivo das raças leiteiras européias, quando importadas para regiões tropicais (Berbigier, 1989). No
caso de raças importadas, tais indivíduos comportam-se de forma diferente ao clima de origem, com modificações
de suas características raciais e produtivas. Fatores ambientais, tais como: clima, tipos de alimentos, qualidade e
quantidade das pastagens, doenças, parasitas, etc. Tais fatores podem atuar como agentes limitantes das funções
fisiológicas incidindo consideravelmente, no desempenho do animal (Johnson, 1987), em que os microclimas têm
como componentes: temperatura do ar, altitude, umidade relativa, velocidade do vento, radiação térmica (Naas,
1986). O meio ambiente então, pode ser considerado como um fator limitante no desempenho dos animais (ganho
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de peso, eficiência da utilização da energia, produção de leite, etc.), principalmente em sistemas intensivos de
produção. Observa-se entre os autores consultados que o maior problema encontrado nos aspectos de reprodução e
produção nos trópicos é o estresse calórico (Benyie & Barro, 2000).
20.1.1. Primeiro: quando a temperatura exterior é mais alta que a do corpo de indivíduo, passa-se a ganhar calor do
meio ambiente.
20.1.2. Segundo: quando a temperatura ambiente é baixa, o indivíduo passa a eliminar calor. Esta atividade é
realizada através dos nódulos termo-reguladores localizados na pele dos animais.
20.1.3.1. Radiação: O indivíduo irradia calor em ondas eletromagnéticas para outros objetos;
A - Procurar animais ou Raças de zonas idênticas, para que sofram o menos possível neste processo.
B - Levar os animais primeiramente para Regiões de clima parecido ao clima da nova Região, porém, diferente do
seu clima de origem, sem grandes diferenças para que não sintam também as novas zonas.
21.2. ADAPTAÇÃO
É o ajustamento ou apropriação do organismo às condições exteriores da existência. Assim o meio
ambiente atua com um papel de crivo, como selecionador natural das Espécies e das Raças (exemplo é o cavalo do
Pantanal). Nem sempre estes ajustamentos têm a mesma intensidade, variando com os seres vivos, com a sua
capacidade de adaptação ao novo meio para onde foi levado por circunstâncias especiais. A adaptação, então, é um
processo em que o animal tem função ativa e o ambiente, passiva isto é, age com a sua presença. É assim que
devemos procurar no animal, aquilo que o torna adaptável ao meio ambiente. Os resultados de que os animais
europeus não logram adaptar-se aos trópicos, apresentando modificações de sua fisiologia, põem em condição
negativa a sua vitória sobre o meio ambiente.
21.3. ACOMODAÇÃO
É uma forma de aclimamento que consiste na acomodação do indivíduo que sofre modificações ou
variações que permitem sua permanência e relativa prosperidade em um novo meio. Tais variações, como se sabe,
não chega à herança biológica do animal. São os resultados de faculdades reguladoras, próprias do organismo,
capazes de corrigir normalmente, até certo ponto, as deficiências e perturbações, que possam sobreviver no
funcionamento do organismo. Geralmente esta é uma forma comum em nossas tentativas de introdução de Raças de
gado nas condições tropicais. Os reprodutores importados assim, acomodam-se ao meio e, seus filhos, repetem o
mesmo processo biológico.
animais importados ou esta nem chega a ocorrer. Nem os animais importados resistem ao clima, nem seus
descendentes, dado que tal clima é impróprio.
A vida dos reprodutores de corte das Raças Polled-Angus, Shorthorn, Aberdeen-Angus, Brangus e
Charolês no sertão tropical seco do Nordeste ou úmido da Amazônia, se nota que, sua fisiologia é grandemente
perturbada, de maneira que não se desenvolvem, não chegam a gerar descendentes e se geram, estes são de
crescimento retardado e de baixa ou nula produtividade.
Trata-se de uma inadaptabilidade da Raça ao meio. Apenas o cruzamento com Raças Nativas ou
Zebus permitirá a formação de uma prole com capacidade para sobreviver, mas não para ser explorada com
vantagens do que a crioulada degenerada, no sentido zootécnico.
Uma Raça degenera quando se afasta dos padrões de origem e começam a aparecer graves defeitos
que impedem sua exploração. Além de o clima levar a isso, temos a considerar a consangüinidade.
a – Os próprios animais
b – Diferenças de climas
c – Época da importação
d – O criador
21.5.1. O Animal
O bom resultado da tentativa da aclimação depende do animal, de acordo com sua Espécie e Raça
individualmente, e ainda de sua idade. Dentro disso, há Espécies e Raças de maior probabilidade de aclimação,
logrando aclimar e atingir maiores áreas geográficas. No entanto, observa-se que o cão e a galinha, vivem em quase
todos os climas. Outras Espécies como o Camelo, Lhama, Rena, etc., têm sua área geográfica estrita ou limitada. Na
expansão das raças, o esforço do homem ajuda algumas delas, é o caso da Raça Holandesa, muito procurada na
formação de rebanhos leiteiros, dado o alto índice de lactação e produção alcançada compensando os esforços para
sua criação fora das zonas temperadas.
Assim, o gado criado em estabulação ou semi-estabulação, alcança grandes probabilidades de viver
em climas diversos, graças aos cuidados do produtor. De modo geral, as Espécies e Raças que dependem muito da
ambiente natural, são as que menos se disseminam em diversas regiões (bovinos de corte criados extensivamente).
O indivíduo também influi na aclimação, pois é um fenômeno que depende de condições internas do próprio ser
vivo.
A idade também influi na aclimação, pois animais novos mostram-se mais fáceis de adaptar às novas
condições do meio. Quando muito jovens, não tendo adquirido suficiente resistência orgânica, são mais difíceis de
aclimar. Animais adultos que completaram o seu desenvolvimento, se adaptarão com maior dificuldade, dado que é
necessária certa modificação do seu organismo. A melhor idade para a Aclimação é a do período de crescimento,
posterior à desmama, ao entrar em regime de vida independente de alimentação.
21.5.2. Clima
Quanto maior seja a diferença entre os climas, maiores problemas se sucederão na Aclimação. Assim
os animais provenientes de Regiões Homoclimáticas, terão facilidade ou garantida sua aclimação.
De maneira geral, a mudança ou transição do frio para o calor, é mais possível entre os animais,
inclusive para o homem, do que no sentido inverso. Isto porque, no clima frio, o animal deve evitar a Radiação de
calor corporal e produzir maior calor tropical. No clima quente, grande é o trabalho do animal na dissipação do seu
calor em excesso, enquanto que é mais baixa a nutrição e deprimida a assimilação, fazendo-se mais lentamente a
renovação do sangue. Um bom critério para a orientação da Aclimação é a aplicação das linhas isométricas, ou
melhor, a escolha da Região por meio de Climógrafos.
A época ou estação na qual se inicia o processo de Aclimação deve ser considerada a fim de que os
animais não sofram transição brusca, entre os climas, considerando-se assim, melhor as temperaturas mais baixas, o
que coincide com a deficiência das pastagens no Brasil Central. Assim sendo, os meses de inverno são os mais
indicados para a importação de animais.
21.5.3. O Criador
O criador pode influir de duas maneiras:
1 - Pelo estabelecimento de medidas externas com a finalidade de proteger e ajudar os animais no processo de
Aclimação.
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A escolha deve ser feita ou se basear no conhecimento das reações observadas nos animais
importados e sua descendência. Para isso se conta hoje com a “Prova Ibérica” que serve para avaliar a tolerância
dos animais ao calor tropical. A escolha deve-se basear nos seguintes dados:
A escolha deve ser séria e tomar como base todos estes caracteres, e não apenas nos apoiar neste ou
naquele. O filho de um animal importado pode ainda ser uma incógnita, quanto ao processo de Aclimação. Devem
ser preferidos os que se adaptam melhor, com maior rigor, escolhendo já em gerações distanciadas dos importados.
Categoria
20 dentes
Bovino jovem 12 molares
08 incisivos (Pinças, primeiros meios, segundos meios e cantos)
Categoria
32 dentes
Bovino adulto 24 molares
08 incisivos (Pinças, primeiros meios, segundos meios e cantos)
Observação: Os incisivos da Primeira dentição são caducos e os incisivos da segunda dentição são definitivos.
- Pinças: 20 meses. Aos dois anos estão crescidos, completo crescimento aos dois anos;
- Primeiros meios: Aos dois anos e meio, estando crescidos aos três anos;
- Segundos meios: Aos três e meio anos estão crescidos, completos aos quatro anos;
- Cantos: Aos quatro e meio anos estão crescidos, completos aos cinco anos.
Aos cinco anos, normalmente, os animais possuem os incisivos e extremos totalmente desenvolvidos.
Entre cinco e seis anos as pinças permanentes começam a se desgastar e, os primeiros médios, ligeiramente. Aos
sete anos, as pinças revelam desgaste notório. De oito a nove anos, os médios demonstram desgaste notório.
Depois dos seis anos a arcada dentária perde o seu contorno arredondado e, ao chegar aos 12 anos, a
arcada está quase que reta, os dentes perdem sua forma original e tornam-se de aspecto triangular. Notam-se
visivelmente separados com exposição da raiz e mostram o colo bem acentuado.
23.1.3. Cruzamentos:
É o acasalamento de touros e vacas de diferentes Raças, sendo um dos processos mais utilizados para
a melhoria do rebanho, principalmente quando o objetivo é o aumento da produtividade.
Ex: Acasalamos touros Holandeses com vacas zebus, com a finalidade de obter boas produtoras de leite e boa
adaptação ao ambiente tropical. Os cruzamentos simples têm sido executados nas Raças de corte, resultando
produtos vigorosos, rústicos, resistentes às condições tropicais e de crescimento rápido. A pecuária de leite visa,
principalmente, a formação de rebanhos leiteiros de alta produção e rusticidade. O mesmo critério de acasalamento
se aplica ao gado de corte, aproveitando-se a rusticidade do Zebú e a precocidade, conformação e rápido ganho de
peso dos bovinos europeus. Devido a facilidade de aquisição de touros europeus, o cruzamento se inicia com o
emprego destes reprodutores com matrizes selecionadas do rebanho já existente na fazenda.
23.1.4. Mestiçagem:
É uma modalidade de reprodução que consiste em se realizar o acasalamento de mestiços. O seu
emprego deve obedecer a um esquema pré-estabelecido. Quando executado com critério, pode conduzir a formação
de novas Raças como é o caso: Indu-Brasil, Santa Gertrudes e Pitangueiras. Após a mestiçagem se realiza a seleção
rigorosa.
23.1.5. Consangüinidade
Consiste no acasalamento de machos e fêmeas da mesma Família isto é, animais com parentesco.
Considera-se consangüinidade: pai com filha, filho com mãe, avô com neta, tio com sobrinha, sobrinho com tia,
irmão com irmã, ocorrendo com muita freqüência. Muitas Raças foram estabelecidas e fixadas por este método só,
que esta atividade, nem sempre melhora as características econômicas dos animais, podendo levar a resultados
negativos.
A - Vantagens da Consangüinidade
- Aperfeiçoamento das Raças;
- Aprimoramento da Raça em menor espaço de tempo;
- Identificação dos defeitos hereditários em curtos períodos.
B - Desvantagens da Consangüinidade
- Degeneração do rebanho;
- Diminuição da produção;
- Diminuição da produtividade;
- Infertilidade (Raça Suína - Polland-China);
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- Susceptibilidade a doenças.
Ex:
1º ACASALAMENTO:
* Obtém-se assim, o animal chamado ½ sangue, que apresenta boa produtividade e boa adaptação ao meio tropical.
2º ACASALAMENTO:
* Obtém-se neste acasalamento animais ¾ de Sangue Holandês e ¼ de Sangue Zebú. Predomina o Sangue
Holandês, com maior aptidão leiteira, no entanto, aumentam as exigências de manejo.
3º ACASALAMENTO:
* Boa produção, boa adaptação ao clima tropical e menor exigência no manejo. Pode ser usado para cruzamento de
gado de corte.
1º ACASALAMENTO
2º ACASALAMENTO
3º ACASALAMENTO
4º ACASALAMENTO
7 1
Pais: Touro Holandês x Fêmea /8 Sangue Holandês + /8 Sangue Zebu
15 1
Filhos: /16 Sangue Holandês + /16 Sangue Zebu
60
5º ACASALAMENTO
15 1
Pais: Touro Holandês x Fêmea /16 Sangue Holandês + /16 Sangue Zebu
31 1
Filhos: /32 SANGUE HOLANDÊS + /32 SANGUE ZEBU
Foi convencionado que os animais resultantes do 5º acasalamento são considerados “Puros por
Cruza” ou simplesmente PC. Este tipo de Cruzamento Contínuo é um método econômico e prático. O seu emprego
deve ser aconselhado, principalmente, em rebanhos de gado leiteiro, no entanto o criador não deve deixar de lado as
condições gerais de manejo: alimentação, higiene e sanidade.
No registro genealógico também podem ser identificadas as seguintes modalidades:
Classes Descrição
P.C. Puro por Cruzamento
P.C.I. Puro de Cruzamento Importado
P.O. Puro de origem
P.O.I. Puro de origem importado
24.3. Treecross
É uma modalidade de cruzamento que consiste no acasalamento de dois indivíduos
puros, obtendo-se primeiramente um ½ sangue. As fêmeas resultantes deste cruzamento serão acasaladas
com reprodutor puro sangue, da seguinte forma:
1º Cruzamento
Pais: Touro Nelore x Fêmea Brahaman.
Filhos: ½ Nelore + ½ Brahaman.
2º Cruzamento:
25. BIBLIOGRAFIA
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Holandesa importadas da Hungria para o Nordeste Brasileiro. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., v.
37 n. 3, São Paulo, 2000.
2. Berbigier, P. Effect of heat on intensive meat production in the tropicas: cattle, sheep, and goast, pig. In:
CICLO INTERNACIONAL DE PALESTRAS SOBRE BIOCLIMATOLOGIA ANIMAL.1,
Butucatu. Anais…Baboticabal: FVZ/UNESP/ FUNEP, 1989., p.4-74.
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Editora da Universidade de São Paulo-S.P., 1980.
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Agronômica CERES Ltda., São Paulo, 1.982.