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CLARETIANO REDE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

REGGIANE GOMES DE MELO SANTOS

IPATINGA 2019
POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Portfólio apresentado a Claretiano


Rede de Educação de Batatais, como
requisito básico para conclusão do
ciclo 3 da disciplina Políticas da
Educação Básica do curso de
Educação Física Licenciatura.
Tutor: Luiz Fernandes

IPATINGA 2019

Através do documentário “Pro Dia Nascer Feliz” pode-se observar como é


distinta a educação no Brasil. Ele nos mostra a enorme diferença entre o ensino na
escola privada e na rede pública, além de mostrar claramente como é a realidade
da educação.
Na cidade de Manari-PE, por exemplo, vimos como é precária a situação da
escola, recebiam o auxílio de R$ 1.200,00 para manter a instituição, além de vários
impostos e despesas fixas em cima desse valor. Os alunos sofriam com a falta de
higiene, alimentação defasada e organização escolar. Através desse e de outros
contextos escolares pode-se entender que nem tudo o que estabelece a lei é
colocado em prática. Conforme a Constituição Federal de 1988 em relação a
educação, fica facultado os seguintes direitos: Artigo 206- I - igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; VII - garantia de padrão de
qualidade. Artigo 208- VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares de material didático
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 59, de 2009). Assim como na Lei da LDB n° 9.393/96 fica
estabelecido que cabe a União : Art. 9° III - prestar assistência técnica e financeira
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus
sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória,
exercendo sua função redistributiva e supletiva. No entanto sabe-se que os direitos
são estabelecidos mas infelizmente não são cumpridos, a verba que é
obrigatoriamente destinada a educação dos Estados e Municípios não estão sendo
concretizadas ou suficientes, a qualidade do ensino e da estrutura escolar, auxílio
com materiais e transportes estão fora da realidade de muitos estudantes.
Em Duque de Caxias-RJ, tivemos outros exemplos, em especial a
criminalidade em torno dos jovens e adolescentes, tornando ainda maior a
dificuldade para os educadores em proporcionar uma didática de qualidade. A falta
de interesse e de respeito de muitos alunos perante os professores torna
desmotivante o ato de ensinar. Por outro lado sabemos que a escola é o único
refúgio para aqueles que querem ter um futuro melhor. No conselho de classe
professores são “obrigados” a passar de ano alunos que não tiveram bom
desempenho devido a normas estabelecidas pelo regimento escolar. Na escola de
Itaquaquecetuba-SP observamos como a violência está aflorada, brigas e até
crimes ocorrendo dentro do colégio. Por trás desses atos vimos famílias

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desestruturadas e jovens seguindo os mesmos passos de pais delinquentes. Com
isso muitos professores começam a faltar alegando que os alunos não têm
interesse, fazendo com que o professor fique desmotivado e perca o amor pelo que
faz. Esse é outro fator que está fora do que é estabelecido por lei, no artigo 13°
parágrafo V da Lei n° 9.393/96 relata que é papel do docente: ministrar os dias
letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.
Do outro lado foi mostrada a realidade da escola privada em um bairro nobre
de São Paulo. Observamos que a qualidade começa pela estrutura da escola, além
do ensino que é rigoroso, os alunos realmente precisam se esforçar para alcançar
a aprovação. Ocorre grande cobrança da escola e dos pais sobre o futuro que eles
querem seguir, quais formações querem ter, quais faculdades pretendem cursar.
Os alunos possuem momentos de lazer, praticam esportes e a única preocupação
é o estudo. Ao contrário de muitos da escola pública que precisam trabalhar desde
crianças para ajudar na renda familiar.
Entretanto, pode-se perceber que ainda falta muito para que o ensino público
seja igualado ao ensino privado no Brasil. Muitas Leis foram criadas para
proporcionar benefícios e organização para a educação, mas as mesmas não
funcionam na vida real. Os recursos estão defasados, os professores sofrem com
a falta de meios para proporcionarem uma didática mais atual e atraente. Falta
oportunidade para os alunos que realmente querem estudar, que lutam por um
futuro melhor, muitos querem cursar uma faculdade mas não recebem auxílio do
governo para isso, em especial aqueles que moram no interior e em locais de difícil
acesso. As leis sobre a educação brasileira precisam ser aperfeiçoadas e
executadas urgentemente.

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Número de matrículas por Estado (2018)

RS 2.323.211
SC 1.579.175
PR 2.601.677
SP 10.057.596
MS 688.017
MG 4.576.150
RJ 3.558.698
ES 882.496
GO 1.459.704
BA 3.559.133
MT 864.631
TO 402.681
SE 544.393
AL 870.579
PE 2.251.952
PB 984.221
RN 829.463
CE 2.175.664
PI 966.925
MA 2.031.112
PA 2.328.439
AP 226.171
RR 156.855
AM 1.165.354
AC 284.061
RO 428.929

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REFERÊNCIAS:

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20/12/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação


nacional. Brasília: Presidência da República. Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L9394.htm >. Acesso em: 8 mai.
2018. .

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado


Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> .
Acesso em: 7 mai. 2018

CORRÊA, Rubens Arantes. Políticas da educação básica / Rubens Arantes Corrêa,


Karina Elizabeth Serrazes, – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 186 p.

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