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Curso : Engenharia Mecânica

Disciplina: Sistemas de Refrigeração

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO


CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO A
VAPOR
Conteúdo
• Introdução
• Princípio de funcionamento
• Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
• Ciclo Real de Compressão de Vapor
• Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
• Capacidade frigorífica
• Potência teórica de compressão
• Calor rejeitado no condensador
• Dispositivo de expansão
• Coeficiente de performance do ciclo
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• Adicionando líquido num recipiente com P <Patm ele irá se
Introdução evaporar resfriando e retirando calor do meio vizinho;

Princípio de funcionamento • A medida que o líquido evapora, a pressão dentro do


recipiente aumenta interrompendo o processo de
evaporação.
• Caso o vapor sejá retirado, a pressão diminui e a processo
de evaporação se reinicia;
• (O recipiente onde ocorre a vaporização é chamado de
evaporador, o líquido de fluido refrigerante e o dispositivo
de retirada de vapor é o compressor,
• Para que o fluido refrigerante possa ser reutilizado, ele deve
retornar ao evaporador na forma líquida a baixa pressão
• É adicionado um recipiente onde o vapor possa ser
resfriado (retirado Energia) e condensado. Utiliza-se ar ou
água a temperatura mais elevada que no evaporador, isso é
possível pois a pressão do vapor corresponde a temperatura
de condensação. ( já que foi elevada no compressor)
• Para retornar o líquido para o recipiente é necessário baixar
a pressão equalizando com do recipiente, um dispositivo de
expansão é utilizado para isso 3
Serpentinas
do Condensador

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Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
Processo 1  2.

• Ocorre no compressor,

• processo adiabático reversível (isentrópico)

• O refrigerante entra no compressor à pressão do evaporador (Po) e com


título igual a 1 (x =1).

• O refrigerante é então comprimido até atingir a pressão de condensação


(Pc)

• Sai do compressor superaquecido à temperatura T2, que é maior que a


temperatura de condensação TC.
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Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
Processo 2 3.

• Ocorre no condensador,

• Rejeição de calor, do refrigerante para o meio, à pressão constante.

• Fluido frigorífico é resfriado da temperatura T2 até a temperatura de


condensação TC e, a seguir, condensado até se tornar líquido saturado
na temperatura T3, que é igual à temperatura TC.

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Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
Processo 3  4.

• Ocorre no dispositivo de expansão,

• Expansão irreversível a entalpia constante, desde a pressão PC e


(x=0), até a pressão de vaporização

• processo é irreversível s4 > s3 .

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Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
Processo 4 1.

• Ocorre no evaporador,

• Transferência de calor a pressão constante (Pe), e temperatura


constante (Te), desde vapor úmido até vapor saturado seco (x=1).

• o calor transferido ao refrigerante não modifica sua temperatura.


processo de mudança de fase variação no título

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Ciclo de compressão a vapor
• Ciclo Real de Compressão de Vapor
a) Queda pressão nas linhas de
descarga de líquido (ΔPd) e de
sucção (ΔPd)
b) Queda de pressão no condensador
e no evaporador.
c) sub-refriamento do refrigerante na
saída do condensador
d) superaquecimento na sucção do
compressor (evitar entrada de
liquido)

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
• Considerações gerais
• Aplica-se a 1° lei da termodinâmica para cada um dos volumes de controle
𝑑𝐸 𝑉𝑒2 𝑉𝑠2
= 𝑄ሶ − 𝑊ሶ + 𝑚ሶ 𝑒 ℎ𝑒 + + 𝑔𝑍𝑒 − 𝑚ሶ 𝑠 ℎ𝑠 + + 𝑔𝑍𝑠
𝑑𝑡 2 2

• Regime permanente
• Condições de projeto
• desprezando-se as variações de energia cinética e potencial

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
Capacidade frigorífica • capacidade frigorífica deve ser
igual à carga térmica
• 𝑄ሶ 𝑒𝑣𝑎𝑝 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ1 − ℎ4
• Conhecendo o ciclo e o fluido
determina-se a Vazão
• Determina-se o compressor

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
Potência teoria do compressor
• Taxa de energia fornecida ao fluido
𝑊ሶ 𝑐𝑜𝑚𝑝 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ2 − ℎ1
refrigerante de forma obter a
elevação de pressão

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
Calor rejeitado no condensador
𝑄ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ2 − ℎ3 • O condensador deve ser capaz de rejeitar
Taxa de energia que depende da carga
térmica e da potência de acionamento

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
Dispositivo de expansão
ℎ3 = ℎ4 • O condensador deve ser capaz de rejeitar
Taxa de energia que depende da carga
térmica e da potência de acionamento

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Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por
Compressão de Vapor
• Coeficiente de performance do ciclo
Energia útil 𝑄ሶ 𝑒𝑣𝑎𝑝 ℎ1 − ℎ4
𝐶𝑂𝑃 = = =

Energia gasta 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝 ℎ2 − ℎ1
• É função das propriedades dos fluidos, ou seja das Temperatura de
condensação e evaporação
• Para o ciclo real sofre influencia de outros parâmetros tais como:
• Propriedades da sucção do compressor
• Do tipo compressor
• Dos equipamentos projetados

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Qual equipamento na geladeira doméstica, localizado na parte de traz onde ocorre
a Rejeição de calor, do refrigerante para o meio, à pressão constante.
a) Evaporador
b) Compressor
c) Válvula de expansão
d) Condensador
e) Secador de tênis

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Exercício
Um refrigerador utiliza refrigerante-134a como fluido de trabalho e opera em um
ciclo de refrigeração por compressão de vapor entre 0,14 MPa e 0,8 MPa. Se a
vazão mássica do refrigerante for de 0,05 kg/s, determine
(a) a taxa de remoção de calor do espaço refrigerado
(b) a potência fornecida ao compressor,
(c) a taxa de rejeição de calor para o ambiente
(d) o COP do refrigerador.

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Solução
Hipóteses: (a)/ (b) A taxa de remoção do calor do espaço refrigerado e a entrada de
1.Regime permanente; potência no compressor são determinadas por suas definições:
2.Variações de energia cinética e potencial
desprezíveis; 𝑄ሶ 𝑒𝑣𝑎𝑝 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ1 − ℎ4  𝑄ሶ 𝑒𝑣𝑎𝑝 = 0,05𝑘𝑔/𝑠 387,32 − 243,65 kJ/kg
3.Compressores adiabáticos reversíveis; 𝑸ሶ 𝒆𝒗𝒂𝒑 =7,18kW
4.Trocador de calor adiabático (ambiente);
5.Válvulas de expansão isentálpica;
5.Perdas de carga desprezíveis na tubulação e 𝑊ሶ 𝑐𝑜𝑚𝑝 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ2 − ℎ1  𝑊ሶ 𝑐𝑜𝑚𝑝 = 0,05𝑘𝑔/𝑠 423,52 − 387,32 kJ/kg
trocadores de calor 𝑊ሶ 𝑐𝑜𝑚𝑝 =1,81 kW
𝑚ሶ 𝑓 =0,05 kg/s
A taxa de rejeição de calor do refrigerante para o ambiente e
Propriedades termodinâmicas R132a
𝑄ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑚ሶ 𝑓 ℎ2 − ℎ3  𝑄ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = 0,05𝑘𝑔/𝑠 423,53 − 243,65 kJ/kg
𝑸ሶ 𝒄𝒐𝒏𝒅 =9,0 kW

Energia útil 𝑄ሶ 𝑒𝑣𝑎𝑝 7,18kW


𝐶𝑂𝑃 = = ሶ =
Energia gasta 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝 1,81 kW=3,97

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Bibliografia Recomendada
STOECKER, W.F.; JABARDO, J.M.S. Refrigeração industrial. 2ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2002.
STOECKER, W.F.; JONES, J.W. Refrigeração e ar condicionado. Makron, 1985.
COSTA, E.C. Refrigeração. São Paulo: Edgard Blücher, 1994
ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M.A. Termodinâmica. 5ed. São Paulo: McGrawHill, 2006
SONNTAG, R.E.; BORGNAKKE, C.; Van WYLEN, G.J. Fundamentos da Termodinâmica. Editora Edgard Blücher, 2003

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