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TITULO I
DAS DISPOSIÇÕESS PRELIMINARES
CAPITULO I
DO MUNICÍPIO
CAPITULO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Art. 6º. A Lei Municipal disporá sobre a criação, organização, supressão e fusão de
Distritos, com finalidade administrativa, observando o estabelecido na Constituição Federal e Constituição
Estadual, atendido os seguintes requisitos:
I - consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas;
II - população, eleitorado e arrecadação não inferiores a 51% (cinquenta e um por
cento), parte exigida para a criação de Municípios;
III - existência concomitante, na povoação sede, de pelo menos 1000 (mil) moradias,
unidades de educação, de saúde, de segurança publica, além de serviço de transportes públicos e
comunicação.
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Parágrafo Único. O processo de criação de Distritos terá início com representação
dirigida à Câmara Municipal, assinada, no mínimo, por 3.000 (três mil) eleitores com domicílio eleitoral na
respectiva povoação, comprovando-se os requisitos mencionados nos incisos I, II e III do “caput” do artigo,
com a juntada de certidões da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Tribunal
Regional Eleitoral e de outros órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis, pela comprovação dos
referidos requisitos.
Art. 7º. A área do distrito terá as divisas descritas com precisão, com a observância
das seguintes normas:
I - linhas geodésicas entre pontos identificados, evitando-se tanto quanto possível,
formas assimétricas, estrangulamentos e alongamentos exagerados;
II - na hipótese de inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos
extremos, pontos naturais ou não, sejam facilmente identificáveis.
Art. 8º. O distrito será instalado em data a ser marcada pelo Prefeito, em solenidade
por este presidida, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de responsabilidade.
Art. 9º. A criação de distrito far-se-á também pela fusão de dois ou mais distritos,
que serão suprimidos, fazendo-se dispensável, nessa hipótese, a verificação dos requisitos do art.6º.
CAPITULO III
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Seção I
Da Competência Privativa
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VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental.
VIII - prestar, com a cooperação técnica financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento á saúde da população;
IX - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento, da ocupação do solo e do desenvolvimento urbano;
X - promover a proteção do patrimônio histórico cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
XI - dispor sobre a administração, utilização e alienação dos bens públicos;
XII - atuar prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar;
XIII - aplicar, anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição da República e na Constituição do Estado;
XIV – aplicar, anualmente, nunca menos de quinze por cento, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento da saúde,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição da Republica e na Constituição do Estado;
XV - abrir, arborizar, conservar, melhorar e pavimentar as vias públicas;
XI - denominar, emplacar e numerar os logradouros e as edificações neles existentes;
XII - sinalizar as vias urbanas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua
utilização;
XVIII - estabelecer normas de edificação, de arruamento, de zoneamento urbano e
rural, bem como das limitações urbanísticas convenientes á ordenação de seu território, observada a lei
federal;
XVIX - autorizar e fiscalizar as edificações, bem como as obras de conservação,
modificação ou demolição que nelas devam ser efetuadas;
XX - zelar pela limpeza dos logradouros e pela remoção do lixo domiciliar e
hospitalar e promover o seu adequado tratamento, sendo obrigatórias a separação e a coleta do lixo
hospitalar, através de equipamento específico e depositar em área exclusiva e distante do centro urbano;
XXI - conceder licença ou autorização para instalação de estabelecimentos bancários,
comerciais, industriais e similares, condicionando-se o horário das agências bancárias, aquele aplicado na
capital do Estado.
XXII - expedir alvará para o exercício de atividade profissional liberal;
XXIII - exercer inspeção sobre os estabelecimentos comerciais, industriais e
similares, para neles impedir ou suspender os atos ou fatos que importem em prejuízo da saúde, higiene,
moralidade, segurança, tranquilidade e meio ambiente;
XXIV - autorizar a fixação de cartazes, anúncios e a utilização de quaisquer outros
meios de publicidade ou propaganda visual, observada a legislação federal e estadual;
XXV - demarcar e sinalizar as zonas de silêncios, nos termos da lei;;
XXVI - disciplinar os serviços de carga e descarga e a tonelagem máxima permitida
aos veículos de carga que circulam no perímetro urbano;
XXVII - adquirir bens para a constituição do patrimônio municipal, inclusive através
de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, bem como administrá-los e
aliená-los, mediante licitação e autorização legislativa;
XXVIII - criar e extinguir cargos públicos e fixar-lhes os vencimentos;
XXIX - dispor sobre o serviço funerário e cemitérios, administrando aqueles que
forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades religiosas e aqueles explorados pela iniciativa
privada
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XXX - instituir o regime jurídico do pessoal;
XXXI - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto-socorro,
por seus próprios serviços ou mediante convênio com instituições especializadas;
XXXII - aplicar penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXXIII - elaborar o Plano Local de Desenvolvimento Integrado;
XXXIV - colocar as contas do Município, à disposição de qualquer contribuinte, que
poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei, após seu exame e apreciação;
XXXV - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas municipais, atendidas as
necessidades de locomoção das pessoas portadoras de necessidades especiais;
XXXVI - dispor sobre a concessão, permissão e autorização de uso dos bens públicos
municipais nos termos da lei;
XXXVII - coibir práticas que ameacem os mananciais, a flora e a fauna, provoque
extinção da espécie ou submetem os animais á crueldade;
XXXVIII - disciplinar a localização de substâncias potencialmente perigosas nas
áreas urbanas e nas proximidades de culturas agrícolas e mananciais;
XXXIX - exercer o poder de polícia administrativa nas matérias retro mencionadas,
inclusive quanto á funcionalidade e estética urbana, dispondo sobre as penalidades por infração ás referidas
normas;
XL - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas
municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações, estabelecendo os prazos de atendimento;
XLI - integrar consórcio com outros municípios para solução de problemas comuns;
XLII - dispor sobre proteção, registro, vacinação e captura de animais;
XLIII - dispor sobre a destinação de animais e mercadorias apreendidas em
decorrência de transgressão de legislação vigente.
Art. 12. O Município poderá celebrar convênios com outros Municípios, com o
Estado e a União, para a realização de obras, atividades e serviços de interesse comum, contrair
empréstimos interno e externo e fazer operações visando o seu desenvolvimento econômico, científico e
tecnológico, mediante autorização legislativa.
Parágrafo Único. O Município pode, ainda, através de consórcios aprovados por lei
municipal, criar autarquias ou entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços
de interesse comum.
Art. 13. O Município criará sistema de previdência social para os seus servidores ou
poderá vincular-se, através de convênio, ao sistema previdenciário da União e do Estado, nos termos da lei.
Seção II
Da Competência Comum
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IV - impedir a evasão, a destruição e descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso á cultura, á educação, á ciência e ao lazer;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em quaisquer de suas formas;
VII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
VIII - promover programas de construção de moradias e melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
IX - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
XI - estabelecer e implantar política de educação para s segurança do trânsito.
Seção III
Da Competência Suplementar
Seção IV
Dos Atos Municipais
Art. 16. O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus
serviços.
§ 2º. Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro
sistema, convenientemente autenticado;
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CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal
Art. 20. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias de
competência do Município e especialmente:
I - legislar sobre os assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação
Federal e Estadual;
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II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções fiscais e a
remissão de dívidas.
III - votar o orçamento anual e plurianual de investimento, a lei de diretrizes
orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito,
bem como a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargo;
XI - dispor sobre a criação, organização e supressão de distrito, mediante prévia
consulta plebiscitária;
XII - criar, alterar e extinguir cargos públicos e fixar os respectivos vencimentos;
XIII - aprovar o Plano Diretor;
XIV - delimitar o perímetro urbano;
XV - autorizar a alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XVI – exercer com auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios à fiscalização
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município;
§ 2º. É fixado em trinta dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração Direta e Indireta
prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelo Poder Legislativo na forma do
disposto na presente lei;
Art. 22. Cabe, ainda à Câmara, conceder título de cidadão honorário a pessoas que
reconhecidamente tenham prestado serviços ao Município, mediante decreto legislativo, aprovado pelo
voto de no mínimo dois terços de seus membros.
Seção II
Dos Vereadores
Art. 23. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 01 de janeiro, às nove horas, em
sessão solene de instalação, independente do número, sob, a presidência do vereador mais votado dentre os
presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º. O Vereador que não tomar posse prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo
de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
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Art. 24. Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e na circunscrição
do Município, por suas opiniões, palavras e votos.
Art. 25. O mandato do Vereador será remunerado, na forma fixada pela Câmara
Municipal, em cada Legislatura, para a subsequente, respeitando-se a Constituição Federal e a Constituição
Estadual.
§ 2º. Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e II, a Câmara poderá
determinar o pagamento, no valor que estabelecer e na forma que especificar, através de Resolução, de
auxílio-doença ou de auxílio especial;
§ 3°. O Vereador licenciado nos termos dos incisos IV e V, poderá optar pela melhor
remuneração.
§ 1º. O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de quinze dias contados da
data da convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo.
§ 2º. Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, o
Presidente comunicará o fato, dentro de 48 horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.
Parágrafo único. É incompatível com decoro parlamentar, além dos casos definidos
em Resolução, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Câmara Municipal ou à percepção de
vantagens indevidas.
Seção III
Da Mesa Diretora Da Câmara
Parágrafo Único. Não havendo número legal, o vereador mais votado dentre os
presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias até que seja eleita a Mesa Diretora.
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Parágrafo único. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído desta, pelo
voto de dois terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas
atribuições regimentais, elegendo-se outro vereador para a complementação do mandato.
Art. 34. O mandato da Mesa Diretora será de dois anos, proibida a reeleição de
qualquer de seus membros para o mesmo cargo.
§ 1º. Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação,
anulando-se a votação, se o seu voto for decisivo.
Seção IV
Da Sessão Legislativa Ordinária
§ 1º. As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias, do orçamento anual e do plano plurianual de investimentos;
Art. 40. As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço
dos membros da Câmara.
Seção V
Da Sessão Legislativa Extraordinária
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§ 2º. Ficará mantida na legislatura seguinte a vigência que não for alterada na data
fixada por esta lei e a Constituição Estadual.
Seção VI
Das Comissões
Art. 46. Todas as decisões das comissões serão deliberadas por maioria de seus
membros.
Seção VII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposições Gerais
Subseção II
Das Emendas À Lei Orgânica
§ 2º. A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Câmara
Municipal, com o respectivo número de ordem.
§ 3º. A matéria constante de emenda rejeitada, ou tida por prejudicada, não poderá
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Subseção III
Das Leis
Art. 49. As leis complementares exigem, para sua aprovação, o voto favorável da
maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 50. As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria
simples dos membros da Câmara Municipal.
Art. 51. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a
delegação pretendida, à Câmara Municipal.
Art. 54. Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que
disponha sobre:
I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta ou autárquica;
II - fixação dos aumentos de remuneração dos servidores;
III - regime Jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos
servidores;
IV - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços e pessoal
da administração;
V - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública
municipal.
Art. 55. É competência exclusiva da Câmara a iniciativa dos projetos de lei que
disponham sobre:
I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus
serviços;
II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores;
III - organização e funcionamento de seus serviços.
Art. 56. A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara
Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores do município.
Art. 57. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 1º. Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado o “caput” deste, o projeto será
obrigatoriamente incluído a ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobressaltando-se a deliberação
quanto aos demais assuntos;
§ 2º. O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da câmara e não
se aplica a projetos de codificação
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Art. 58. O projeto aprovado em dois turnos de votação, será, no prazo de 10 (dez)
dias úteis, enviado pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que, concordando, sancioná-lo-á no prazo de 15
(quinze) dias úteis.
§ 1º. O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto
integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º. O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos membros da Câmaa.
§ 4º. Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 2º desse artigo, o veto será
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 6º. Se o prefeito não promulgar a lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de
sanção tácita ou rejeição de veto, o presidente da Câmara promulgá-lo-á e, se este não o fizer, caberá ao
vice-presidente, em igual prazo, fazê-lo.
§ 7º. A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior, produzirá efeitos a partir
de sua publicação.
§ 8º. Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão
promulgadas pelo seu presidente, com o mesmo número de lei original, observando o prazo estipulado no §
6º.
§ 9º. O prazo previsto no parágrafo 2º não corre nos períodos de recesso da Câmara.
Art. 60. A matéria constante de projeto de lei rejeitado, somente poderá ser objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de maioria absoluta dos membros da Câmara.
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Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa do
Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da Câmara.
Art. 61. A publicação das leis e atos administrativos municipais far-se-á em órgão de
imprensa local ou regional ou por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara, conforme o caso,
§ 3º. A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
Subseção IV
Dos Decretos Legislativos e das Resoluções
Art. 65. O Projeto de Resolução aprovado pelo plenário em dois turnos de votação,
será promulgado pelo presidente da Câmara.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Art. 66. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários.
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§ 1º. Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Art. 69. O Prefeito não poderá, desde a posse, sob pena de perda de cargo:
I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando
o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que
seja demissível “ad nutum”, nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude de
concurso público;
III - ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo;
IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades já referidas;
V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
Art. 71. São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, o Prefeito,
o Vice-Prefeito, e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores à eleição.
Art. 72. O Prefeito Municipal deverá, 30 (trinta) dias antes de deixar o mandato,
constituir Comissão de Transição para fornecer ao Prefeito eleito as informações necessárias à
complementação do seu programa de trabalho.
Parágrafo Único. Essa Comissão deverá também ser integrada por representantes
indicados pelo Prefeito eleito.
Art. 73. Para concorrer a outros cargos eletivos, o prefeito deve renunciar ao
mandato até 06 (seis) meses antes do pleito.
§ 1º. O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei,
auxiliará o Prefeito sempre que convocado para missões especiais.
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§ 2º. O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de perda
do respectivo mandato.
§ 1º. Ocorrendo a vacância nos 02 (dois) últimos anos de mandato, a eleição para
ambos os cargos será feita pela Câmara Municipal, 30 (trinta) dias depois da última vaga, na forma da lei.
§ 2º. Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos seus
antecessores.
Parágrafo Único. Nos casos deste artigo, o Prefeito licenciado terá direito ao
subsídio.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
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II - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais a direção superior da
administração municipal;
III - estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, e os orçamentos
anuais do Município;
IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei
Orgânica;
V - representar o Município, em juízo e fora dele, pessoalmente ou por intermédio da
Procuradoria Geral do Município, na forma estabelecida em lei especial;
VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir
regulamentos para sua fiel execução;
VII - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei
Orgânica;
VIII - decretar desapropriações e instituir servidões administrativas:
IX - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
X - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, na forma da lei;
XI - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiros, na forma da
lei;
XII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na
forma da lei;
XIII - prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da lei, e expedir os
demais atos referentes à situação funcional dos servidores;
XIV - remeter mensagens e plano de governo à Câmara por ocasião da abertura da
sessão legislativa, expondo a situação do município e solicitando as providências que julgar necessária;
XV - enviar à Câmara o projeto de lei do orçamento anual das diretrizes
orçamentárias e do orçamento plurianual de investimentos;
XVI - apresentar as contas ao Tribunal de Contas dos Municípios, sendo os
balancetes mensais em até quarenta e cinco dias contados do encerramento do mês e as contas anuais até
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, para o parecer prévio deste e posterior julgamento da
Câmara Municipal;
XVII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de
contas exigidas em lei;
XVIII - fazer publicar os atos oficiais;
XIX - prestar à Câmara, em até 30 (trinta) dias, as informações solicitadas na forma
regimental;
XX - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e
aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos, dentro das disponibilidades orçamentárias ou
dos créditos votados pela Câmara;
XXI - colocar à disposição da Câmara, até o dia 20 (vinte) de cada mês, a parcela
correspondente ao duodécimo, na forma a lei, sob pena de crime de responsabilidade;
XXII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como relevá-las quando
impostas irregularmente;
XXIII - resolver sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem
dirigidas;
XXIV - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, aos logradouros
públicos;
XXV - (Revogado pela Emenda nº 032, de 06/04/15)
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XXVI - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e
zoneamento para fins urbanos;
XXVII - solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garantia de cumprimento de
seus atos, bem como fazer uso da guarda municipal no que couber;
XXVIII - convocar e presidir o conselho da cidade;
XXIX - decretar o estado de emergência quando for necessário preservar ou
prontamente estabelecer, em locais determinados e restritos do município de Anápolis, a ordem pública ou
a paz social;
XXX - elaborar o Plano Diretor;
XXXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXXII - exercer outras atividades previstas nesta Lei Orgânica.
Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito
Art. 83. São crimes de responsabilidade, os atos do Prefeito que atentarem contra
esta Lei Orgânica e especialmente:
I - a existência da União, do Estado e do Município;
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II - o Livre exercício do Poder Legislativo;
III - o Exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a probidade na administração;
V - a lei orçamentária;
VI - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo Único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as
normas de processo e julgamento.
Art. 84. Depois que a Câmara Municipal declarar a procedência da acusação contra
o Prefeito, pelo voto de dois terços de seus membros, será ele submetido a julgamento perante o Tribunal
de Justiça do Estado, nas infrações penais comuns, e perante a Câmara, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º. Se decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo de regular prosseguimento do processo.
§ 3º. O Prefeito, na vigência do seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.
Seção IV
Dos Secretários Municipais
Art. 87. A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias.
Art. 88. Compete ao Secretário Municipal, além das atribuições que esta Lei
Orgânica e as leis estabelecerem:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
Administração Municipal, na área de sua competência;
II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes à sua área de
competência;
III - apresentar ao Prefeito, sempre que solicitado, relatórios do serviço realizado
na Secretaria;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Prefeito;
V - expedir instruções para execução das leis, regulamentos e decretos.
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Art. 89. A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo território do
Município, nos assuntos pertinentes às respectivas Secretarias.
Seção V
Do Conselho da Cidade
Art. 94. O Conselho da Cidade será convocado pelo Prefeito, sempre que entender
necessário.
Seção VI
Da Procuradoria Geral do Município
Art. 96. A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, atendendo-se,
com relação a seus integrantes o disposto nos artigos 37, inciso XII, 39, § 1º e 135 da Constituição Federal.
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TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 97. O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e
promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento permanente,
atendendo aos objetivos e diretrizes estabelecidos no Plano Diretor.
§ 2º. O Plano Diretor do Município deverá prever áreas públicas para construção de
creches, pré-escolas, e outros equipamentos sociais próximos às escolas e postos de saúde.
§ 1º. O Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela
mídia impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial do Município no dia imediatamente
seguinte ao do término do prazo a que se refere o “caput” deste artigo.
§ 2º. O Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do prazo a
que se refere este artigo, o debate público sobre o Programa de Metas mediante audiências públicas gerais,
temáticas e regionais.
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§ 4º. O Prefeito poderá proceder as alterações programáticas no Programa de Metas
sempre em conformidade com a Lei e o Plano Diretor, justificando-as por escrito e divulgando-as
amplamente pelos meios de comunicação previstos neste artigo.
Art. 99. A delimitação da zona urbana será definida por lei complementar,
observando-se o estabelecido no Plano Diretor.
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
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Art. 103. A Administração Pública Direta e Indireta, de qualquer dos Poderes do
Município, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e
também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em Lei:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declaradas em Le,
de livre nomeação e exoneração;
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XV - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrangem
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público;
XVI - a administração fazendária e seus servidores fiscais, terão, dentro de suas
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XVII - somente por lei específica, poderão ser criadas empresas públicas, sociedades
de economia mista, autarquias ou fundações públicas;
XVIII - depende de autorização legislativa em cada caso, a criação de subsidiária
das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada;
XIX - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações, serão contratadas mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusula que estabeleça obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas de propostas, nos termos da lei, exigindo-se a qualificação técnico-econômica indispensável à
garantia do cumprimento das obrigações.
§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos, deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo contar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, ressalvado as respectivas ações de ressarcimento.
Art. 104. Todo cidadão tem o direito de requerer informações sobre os atos da
Administração Municipal, cabendo a ela garantir este direito e facilitar os meios para prestar as
informações requeridas.
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Art. 105. Ao servidor público com exercício de mandato eletivo aplicam-se as
seguintes disposições:
I - tratando-se do mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados pelo sistema previdenciário a que estiver vinculado.
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 110. O Município poderá constituir Guarda Municipal, que atuará como força
auxiliar destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, nos termos de lei complementar.
Art. 112. O Município criará albergues para mulheres vítimas de violência, na forma
da lei.
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Art. 113. O Município poderá colaborar, mediante convênios, para o funcionamento
e aparelhamento dos órgãos de segurança pública, aqui instalados.
CAPÍTULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
§ 2º. As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e
demais entidades da administração indireta, e por terceiros, mediante licitação.
Art. 115. A permissão de serviços públicos a título precário, será outorgada por
decreto do Prefeito, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente, sendo
que a concessão só será feita, com autorização legislativa, mediante contrato, precedida de concorrência
pública.
§ 1º. Serão nulas de pleno direito, as permissões, as concessões, bem como quaisquer
outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
Art. 116. Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e
alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.
Art. 117. A Prefeitura Municipal, somente após atendimento, por parte do
interessado, das normas exigidas em lei complementar de uso do solo, poderá fornecer Alvará de Licença
para construções.
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Art. 118. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum,
mediante convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcios com
outros Municípios.
CAPÍTULO V
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 119. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e
ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.
§ 1º. A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar à
concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público,
devidamente justificado.
Art. 123. A aquisição de bens imóveis por compra ou permuta, dependerá de prévia
avaliação e autorização legislativa.
Art. 124. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos
parques, praças, jardins ou largos públicos.
Art. 125. O uso dos bens Municipais, por terceiros, somente poderá ser feito
mediante autorização, permissão ou concessão de uso, conforme o interesse público o exigir.
§ 1º. A concessão de uso dos bens públicos de uso especial e dominical dependerá de
lei e concorrência e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade de ato.
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§ 2º. A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser
outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização.
§ 3º. A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita, a
título precário, por ato unilateral do Prefeito, através de decreto.
Art. 126. A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, como
mercados, feiras, matadouros, estações, recintos de espetáculos e praças esportivas, serão feitas na forma da
lei.
CAPÍTULO VI
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 128. O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela
justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos
os direitos adquiridos.
Art. 129. É garantido ao servidor público civil, o direito à livre associação sindical,
obedecido o disposto no art. 8º da Constituição Federal.
Art. 130. São direitos dos servidores públicos civis do Município, além de outros
que visem a melhoria de sua condição social:
I - o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei.
II – percepção de vencimento básico nunca inferior ao salário mínimo fixado em lei,
nos termos do art.7º da Constituição da República, mesmo para os que percebem remuneração variável;
III – irredutibilidade dos vencimentos ou dos proventos;
IV – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria ou pensão;
V – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VI – salário-família para os seus dependentes, nos da lei federal;
VII – duração de trabalho normal não superior a oito horas diárias e a quarenta e
quatro semanais;
VIII – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos;
IX – gozo de férias anuais remuneradas com um terço a mais do que a remuneração
normal do mês;
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X – licença maternidade à gestante, com duração de cento e oitenta dias;
XI – licença paternidade, nos termos fixado em lei;
XII – licença maternidade e paternidade no caso de adoção de criança, na forma da
lei;
XIII – intervalo de trinta minutos para amamentação do filho até seis meses de
idade, a cada três horas ininterruptas de trabalho;
XIV – proteção do mercado de trabalho para a mulher, mediante a oferta de creches
e incentivos específicos, nos termos da lei;
XV – redução de riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XVI – aposentadoria;
XVII – proibição de diferença de remuneração, no exercício de funções e como
critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil;
XVIII – gratificação adicional, por quinquênio de serviço público, incorporável para
efeito de cálculo de proventos ou pensões;
XVIX – eleito vereador, não poderá ser transferido do Município onde exerce suas
funções, a partir da diplomação;
XX – reciclagem, com cursos de formação e profissionalização, sem discriminação
de sexo em qualquer área ou setor;
§ 1º. O Município pagará auxílio especial a seus servidores que tenham filhos
excepcionais, matriculados em instituição especializada para receber tratamento, na forma fixada em lei.
§ 2º. Aplicam-se aos servidores públicos civis, as normas do art.7º, inciso XXIX,
alínea “a”, da Constituição Federal.
Art. 131. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados
em virtude de concurso público.
§ 2º. Invalidada por sentença judicial, a demissão do servidor estável, ele será
reintegrado e o eventual ocupante da vaga será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização,
ou aproveitado em outro cargo ou ainda, posto em disponibilidade.
Art. 132. Ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em
decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou
atividades compatíveis com sua situação funcional.
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
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III - imposto sobre Vendas a Varejo, de combustíveis líquidos e gasosos, exceto
óleo diesel;
IV - imposto sobre serviços de qualquer natureza, não incluídos na competência
estadual compreendida no artigo 155, I, “b”, da Constituição Federal, definidos em lei complementar:
V – taxas;
a) em razão do exercício do poder de política;
b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
VI - contribuição de melhoria decorrente de obra pública;
VII - contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social;
VIII – contribuição de iluminação pública.
§ 4º. A contribuição prevista no inciso VII será cobrada dos servidores municipais
em benefício destes.
CAPÍTULO II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICIPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
§ 2º. Até 1/4 (um quarto), de acordo com o que dispuser a lei estadual.
§ 3º. Para fins do disposto no parágrafo 1º, “a”, deste artigo, lei complementar
definirá valor adicionado.
Art. 139. O Município receberá da União 23,5 (vinte e três inteiros e cinco décimos)
do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados ao Fundo de Participação dos Municípios.
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Art. 140. O Município receberá da União, 70% (setenta por cento) do montante
arrecadado relativo ao Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e seguro ou relativo a títulos, ou
valores mobiliários que venham a incidir sobre ouro originário do Município.
Art. 141. O Município receberá do Estado, 25% (vinte e cinco) por cento dos
recursos que receber da União, a título de participação do Imposto Sobre Produtos Industrializados,
observado os critérios estabelecidos no art. 158, Parágrafo Único, I e II, da Constituição Federal.
CAPÍTULO IV
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
CAPÍTULO V
DO ORÇAMENTO
§ 2º. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita,
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações e créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei.
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§ 3º. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 4º. O Poder Executivo poderá enviar mensagem á Câmara Municipal para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação na Comissão de
Finanças e Orçamento na parte cuja alteração é proposta.
§ 6º. Aplica-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o
disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.
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Art. 148. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive créditos
suplementares e especiais destinados ao Poder Legislativo, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 (vinte) de
cada mês, na forma da lei federal, sob pena de crime de responsabilidade
Art. 150. O Poder Público Municipal não poderá destinar às instituições privadas,
recursos públicos específicos para custeio da educação e da saúde, ressalvados os previstos na lei federal.
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Parágrafo Único. São direitos dos trabalhadores desse setor, aqueles estabelecidos
no art. 7º e seus incisos da Constituição Federal.
Seção II
Da Política Agropecuária
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constituídas, procurando garantir, entre outros benefícios, meios adequados de produção, trabalho, saúde,
educação e bem-estar social.
Art. 169. O Poder Público Municipal, para a preservação do meio ambiente, manterá
mecanismo de controle e fiscalização do uso de produtos agrotóxicos, dos resíduos industriais e
agroindustriais lançados nos rios e córregos localizados em seu território e do uso do solo rural, no
combate à erosão e em sua conservação.
Seção III
Da Ciência e Tecnologia
§ 1º. Os recursos de que trata este artigo serão destinados a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e pesquisas científicas e tecnológicas, na forma da lei, para os que demonstrarem
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da
residência do educando, ficando o Município obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede
na localidade.
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Seção IV
Do Turismo
Seção V
Da Defesa do Consumidor
Art. 176. O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Difusos será criado por Lei
Complementar que definirá suas atribuições, composição e regimento por Estatuto próprio.
Art. 177. O Fundo Municipal de Defesa dos Direitos Difusos, será criado por Lei
Complementar que destinará as suas receitas, gestão e aplicação dos recursos.
Parágrafo Único. O Procon Municipal será criado por lei municipal que definirá a
sua estrutura de funcionamento e os limites de sua atuação
Art. 179. O Município se obriga, por lei ordinária, criar um órgão de inspeção, e
análise de resíduos tóxicos dos produtos hortifrutigranjeiros, cereais e outros, comercializados na área de
sua jurisdição.
Parágrafo Único. O órgão ainda terá a competência de aplicar as sanções, que serão
definidas por lei municipal.
CAPÍTULO III
DA POLITICA URBANA E HABITAÇÃO
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§ 1º. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Parágrafo Único. O Município poderá, mediante lei específica para a área, incluída
no plano diretor, exigir nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano e não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II – imposto sobre propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo:
Art. 182. O Município poderá exigir, mediante lei, dos proprietários de lotes ou
áreas localizadas no perímetro urbano, a construção de muros e calçadas, sob pena de:
I – multa;
II - edificação compulsória;
III - desapropriação.
Parágrafo Único. Para os fins previstos neste artigo, o Poder Público Municipal
exigirá do proprietário, a adoção de medidas que visem direcionar a propriedade para o uso produtivo, de
forma a assegurar:
a) acesso à propriedade e à moradia para todos;
b) justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
c) justa valorização da propriedade;
d) subordinação do direito de construir às normas urbanísticas.
Art. 189. A lei municipal de uso do solo urbano definirá áreas destinadas a
habitação de interesse popular.
Art. 190. O Município deverá apoiar e estimular estudos e pesquisas que visem a
melhoria das condições habitacionais, através do desenvolvimento de tecnologias construtivas e alternativas
que reduzam o custo de construção, respeitados os valores e culturas locais.
CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE
Art. 194. A gestão do serviço de transporte coletivo urbano poderá ser transferida à
iniciativa privada, mediante licitação pública, desde que:
I – atenda os requisitos básicos de segurança, comodidade, conforto e bem estar dos
usuários;
II - se sujeite ao cumprimento das normas locais, relacionadas ao setor;
Art. 195. Cabe ao Município, instituir as tarifas a serem cobradas pelas empresas
concessionárias do serviço de transporte coletivo, observadas as regulamentações federais.
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Art. 197. Será garantido o transporte público aos estudantes residentes na zona rural.
Art. 199. As mulheres gestantes, a partir do quinto mês de gestação, terão acesso aos
ônibus coletivos sem precisar passar pelas catracas.
CAPÍTULO V
DO MEIO AMBIENTE
Art. 200. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à
coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as atuais e futuras gerações.
§ 2º. Aqueles que exploram recursos minerais ficam obrigados a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei.
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Art. 201. Os concessionários dos serviços públicos municipais de limpeza pública,
transportes urbanos, energia elétrica, água, esgoto e outros, obrigam-se ao rigoroso cumprimento da
legislação de proteção ao meio ambiente do Município, do Estado e da União, devendo requerer e manter
atualizadas todas as licenças previstas em Lei.
§ 1º. O Poder Legislativo procederá no prazo máximo de 180 dias, a revisão de todas
as concessões em vigor, visando o disposto neste artigo.
Art. 203. O Órgão Municipal do Meio Ambiente tem a finalidade de tratar dos
assuntos ecológicos.
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§ 3º. Os comerciantes de plantas e animais deverão cadastrar-se no Órgão Municipal
do Meio Ambiente, fornecendo as relações de plantas e animais que serão comercializados.
Art. 205. É proibida a instalação de depósitos de lixos radioativos, quer que seja
provisório ou definitivo, no Município.
Art. 206. É vedada a instalação de empresas que operem com reator nuclear ou
similar, no Município.
Art. 207. Ficam preservadas as atuais áreas de matas ou bosques naturais, existentes
nas nascentes e às margens de todos os cursos d/água localizados no perímetro urbano e suburbano do
município.
Art. 208. A lei municipal criará o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
e o Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente.
§ 2º. A vegetação das áreas marginais dos cursos d'água, nascentes e margens de
lagos e topos de morros, numa extensão que será definida em lei, é considerada de preservação,
permanente, sendo obrigatória sua recomposição quando for necessária.
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§ 3º. É vedado o desmatamento das margens dos rios, córregos e cursos d’água, no
mínimo, nas distâncias determinadas na lei federal.
Art. 211. Todo projeto, programa, obra pública ou privada, bem como a urbanização
de qualquer área, de cuja implantação decorrer significativa alteração do meio ambiente, está sujeito à
aprovação prévia do Relatório de Impacto Ambiental, que lhe dará publicidade e o submeterá a audiência
pública, nos termos definidos por lei.
Parágrafo Único. A aprovação de loteamento por parte do Poder Público, deverá ser
precedida de Relatório de Impacto Ambiental, apresentado pela parte interessada, sem prejuízo de ouras
exigências determinadas na lei municipal de uso do solo.
Art. 213. Nos logradouros públicos onde haja concentração de árvores e sobre elas
rede de energia elétrica de alta e baixa tensão, deverá os fios ser revestidos de mangueiras plásticas
apropriadas.
Art. 217. Os Outdoors, cartazes, faixas e qualquer outro tipo de propaganda visual,
só poderão ser colocados com licença prévia do órgão competente do Município.
Art. 218. Deverão ser tombadas pelo patrimônio histórico paisagístico e cultural, as
áreas verdes remanescentes do Município.
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Art. 220. Os resíduos sólidos domiciliares e o lixo doméstico recolhidos no
Município, somente poderão ter o seu destino final em aterros sanitários ou em usinas de reciclagem de
lixo.
CAPÍTULO VI
DA SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA
Art. 224. As ações e serviços de saúde são de natureza pública, cabendo ao Poder
Público Municipal dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo a
execução das ações, a serem feitas por serviços públicos e, de forma complementar, por terceiros.
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VI - implementação, através da Secretaria Municipal de Saúde, de um sistema que
garanta ao indivíduo o direito à informação sobre tudo que se refere à sua saúde e à da coletividade, assim
como os métodos de controle existentes;
VII - o Município, através da Secretaria Municipal de Saúde, responsabilizar-se-á
pela fiscalização da proibição de cobrança do usuário pela prestação das ações e serviços de saúde, sejam
estas prestadas por entidades públicas ou privadas (contratadas); bem como a aplicação de sanções nos
casos de irregularidades devidamente apuradas pelo órgão responsável, na forma da lei;
VIII - municipalização dos recursos, serviços e ações de promoção da saúde e
prevenção de doenças;
IX - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais.
X – ficam criadas, no âmbito do Município, duas instâncias de caráter normativo e
deliberativo, com estruturas colegiadas:
a) a Conferência Municipal de Saúde;
b) o Conselho Municipal de Saúde;
§ 1º. A Conferência Municipal de Saúde, reunir-se-á a cada 2 (dois) anos, com ampla
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde no Município, fixar as
diretrizes da política municipal de saúde e aprovar a composição do Conselho Municipal de Saúde,
convocada pelo Poder Executivo, Conselho Municipal de Saúde ou pela Câmara Municipal, através de sua
Comissão de Saúde.
§ 2º. O Conselho Municipal de Saúde terá caráter permanente e será órgão normativo
e deliberativo, paritário e tripartite; composto por representantes dos usuários, dos prestadores de serviços,
profissionais de saúde e Poder Executivo Municipal e tem por objetivos, formular a estratégia e controlar a
execução da política de saúde do Município, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
Art. 226. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do orçamento
da Seguridade Social, da União, do Estado e do Município, além de outras fontes.
Art. 228. Compete ao Sistema Municipal de Saúde, nos termos da lei, além de outras
atribuições:
I - gestão, planejamento, coordenação, controle e avaliação da política municipal de
saúde, através da constituição do Conselho Municipal de Saúde;
II - garantir a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas de
todos os segmentos da população;
III - oferecer ao usuário do Sistema Municipal de Saúde, através de equipes
multidisciplinares, todas as formas reconhecidas de tratamento e assistência;
IV - garantir no que diz respeito à rede conveniada e ou contratada:
a) a corresponsabilidade pela qualidade dos serviços prestados;
b) que a assistência prestada seja progressivamente substituída pela assistência direta
dos serviços públicos.
V - prestação de serviços de saúde, de vigilância sanitária e epidemiológica,
incluídos, os relativos à saúde do trabalhador, da mulher, da criança e do idoso;
VI - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico e proteção ao meio ambiente;
VII - desenvolver política de recursos humanos que garanta:
a) desenvolvimento do servidor na carreira, mediante programas de capacitação
permanente;
b) isonomia salarial e de jornada de trabalho, por nível de escolaridade e natureza da
função, entre as categorias de servidores do sistema;
c) ingresso na carreira exclusivamente por concurso público;
d) valorização da dedicação exclusiva ao serviço público;
VIII - garantir aos usuários, acesso ao conjunto das informações referentes às
atividades desenvolvidas pelo sistema, assim sobre os agravos individuais ou coletivos identificados;
IX - estabelecer normas, fiscalizar e controlar edificações, instalações,
estabelecimentos, atividades, procedimentos, produtos, substâncias e equipamentos, que interfiram na
saúde individual e coletiva, incluindo os referentes á saúde do trabalhador;
X - desenvolver ações de proteção ao meio ambiente, inclusive à do trabalho,
garantindo:
a) medidas que visem a eliminação de riscos de acidentes e doenças do trabalho, de
modo a garantir a saúde física e mental e a vida dos trabalhadores;
b) informações aos trabalhadores a respeito de atividades que comportem riscos à
saúde e dos resultados das avaliações realizadas;
c) participação dos trabalhadores, através de suas entidades representativas, no
controle das atividades e das instituições que desenvolvam ações relativas à saúde;
d) nos ambientes de trabalho, com controle de riscos à vida e à saúde, em desacordo
com as normas sanitárias, é assegurado o direito de recusa à permanência em ambientes e locais que
coloquem a saúde do trabalhador em risco, sem perda do emprego e sem redução salarial;
e) participação da representação dos trabalhadores nas ações de vigilância sanitária
nos locais de trabalho;
f) estabilidade no emprego àquele que sofrer acidente de trabalho com perda
irreparável e aos portadores de doenças do trabalho, garantindo-lhes a transferência para locais e atividades
compatíveis com sua situação funcional. (Suprimido § Único do inciso X pela Emenda 029, de 05/03/12)
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XI - formação e implantação de ações em saúde mental que obedecerão aos seguintes
princípios:
a) rigoroso respeito aos direitos do doente mental, inclusive quando internado;
b) estabelecimento de uma política de desospitalização que priorize as atividades
preventivas e extra hospitalares, inclusive a proibição de construção de hospitais psiquiátricos públicos e
vedada a construção de novos leitos psiquiátricos;
c) a ampliação do número de leitos psiquiátricos públicos será apenas através da
criação de unidades psiquiátricas de pequeno porte em hospitais gerais;
d) a decisão sobre diagnósticos, tratamento e regime de tratamento é de competência
coletiva dos serviços de saúde, podendo ser legalmente questionada pelo usuário, familiares e ou entidades
civis;
e) internação é de responsabilidade dos serviços de saúde e não deverá ser ato
compulsório do tratamento psiquiátrico, devendo ser assegurados mecanismos e recursos legais de garantia
do direito individual contra internação;
XII - formulação e implantação de política de atendimento à saúde da criança,
garantindo:
a) a execução de programa municipal de atendimento pré-natal, com
acompanhamento da mulher gestante e o desenvolvimento do feto em todas as etapas da gestação;
b) a execução de programa municipal de aleitamento materno que compreenda entre
outras medidas, a informação, o estímulo e as condições gerais para a sua prática;
c) o Poder Público Municipal fiscalizará o cumprimento dos dispositivos legais que
obrigam as empresas em geral, a manterem lactários, berçários, e creches para os filhos da mulher
trabalhadora;
XIII - o Município se encarregará da execução de programa permanente para a
criação de creches públicas que atendam as seguintes diretrizes:
a) contribuir para o crescimento e desenvolvimento da criança, com individualidade,
preservando suas características próprias e promovendo seu ajuste às normas da sociedade;
b) atentar para a necessidade de profissionais de saúde para avaliarem o crescimento
e desenvolvimento da criança, e, nos casos especiais, encaminhar aos órgãos competentes;
c) manter o número de creches equivalentes ao número de crianças, e suas
necessidades;
XIV - manter, através dos órgãos públicos municipais, programa de informações às
mães, sobre cuidados primários de saúde, especialmente no que se refere aos cuidados principais com a
criança, nos primeiros anos de vida, como: imunizações, crescimento e desenvolvimento, estímulo ao
aleitamento materno, higiene, desnutrição e primeiros socorros, creches, hospitais, escolas, bem como,
noções de nutrição adequada à criança, de acordo com a idade e peso.
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II - os cuidados primários de saúde serão proporcionados pelos agentes comunitários
de saúde, trabalhando individualmente ou em equipes, conforme o treinamento a que foram submetidos;
III - os agentes comunitários de saúde, além dos cuidados primários de saúde,
cuidarão como tarefa adicional, do aspecto educacional da população referente à questão da saúde,
devendo ser contínua e adequadamente, preparados para esse tipo de atividade.
Art. 232. Torna-se obrigatório o exame médico nos usuários de piscinas e balneários
públicos ou particulares situados, no Município de Anápolis. Nada se cobrará do associado; a renda
auferida das multas será destinada ao órgão municipal competente.
Art. 233. É obrigatório o exame clínico nos alunos da rede municipal de ensino,
assim como o da rede particular.
§ 1º. As ações sociais, que por sua natureza e extensão, não forem executadas por
instituições filantrópicas ou privadas, deverão ser providas e executadas pelo poder público municipal.
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§ 2º. O plano de assistência social do Município, nos termos que a lei estabelecer,
terá por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social, visando um desenvolvimento harmônico,
consentâneo com a legislação federal e estadual.
CAPÍTULO VII
DA EDUCAÇÃO E CULTURA
Seção I
Da Educação
Art. 238. O dever do Município com a educação, será efetivado mediante a garantia
de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem
acesso na idade própria;
II - especialização educacional a todos os portadores de necessidades especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino;
III - atendimento educacional nas creches e pré-escolas às crianças de zero a seis
anos de idade;
IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
àqueles que demonstrarem elevada capacidade intelectual, proporcionando-lhes, assim, maior
aproveitamento;
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Art. 240. As escolas municipais adotarão materiais didáticos, como livros e outros,
de forma padronizada, de preferência os “não consumíveis”, de forma que possa haver o reaproveitamento
nos anos posteriores.
§ 1º. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das
escolas públicas do município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada
por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.
a) os responsáveis por ministrar a matéria religiosa, serão pessoas com preparo no
ramo da disciplina.
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Art. 247. Deverá ser organizado, como órgão normativo, consultivo e deliberativo, o
Conselho Municipal de Educação no município, composto nos termos da lei
Art. 248. Fica assegurado aos servidores lotados no Órgão Municipal da Educação, o
passe do transporte coletivo, como direito adquirido, para ir e vir ao trabalho.
Art. 249. O ensino religioso, previsto no artigo 210 da Constituição Federal, deverá
conter em seus currículos e programas, o histórico e princípios de todas as religiões e seitas religiosas,
inclusive as afro-brasileiras.
Art. 250. Será assegurado aos professores, 20% (vinte por cento) de sua carga
horária semanal, para atividades extra classe.
Art. 251. O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio, com extensão
correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o trabalho, respeitada as
diretrizes da legislação estadual e federal.
Art. 259. Serão garantidas as inclusões de matérias que tratem sobre Educação
Sexual e Toxicologia nas escolas do município.
Art. 260. Será vedado o fornecimento de bolsas de estudo que onerem os cofres
públicos, salvo para aperfeiçoamento e capacitação de recursos humanos da administração pública
municipal.
Art. 261. O Órgão Municipal da Educação será ocupado por profissional com
comprovada formação acadêmica e que conheça a realidade educacional do Município.
Art. 262. Será incluída a matéria denominada Educação para o Trânsito, na rede
Municipal de Ensino, como matéria curricular, a partir da Segunda Fase do ensino fundamental.
Seção II
Da Cultura
Art. 267. O Município deverá construir ou manter nos bairros residenciais, dando
prioridade aos populares, centros culturais que deverão conter: Bibliotecas circulantes, salas de estudos,
espaço cultural para apresentações teatrais, musicais, danças e outras manifestações artístico-culturais.
Art. 268. O Município promoverá, pelo menos uma vez por ano, festivais culturais e
artísticos garantindo, de preferência, a participação de artistas e conjuntos locais.
Art. 269. O Município contribuirá para a promoção de obras e trabalhos dos artistas
locais.
Art. 271. A política cultural do Município, assim como as ações e atividades dela
decorrentes, terá orientação do Conselho Municipal de Cultura, órgão de caráter consultivo e normativo.
Art. 272. Fica assegurado aos filiados à Associação dos Artesãos de Anápolis e a
AAPS – Associação Apícola de Anápolis, livre acesso às praças e logradouros públicos, com data e horário
preestabelecidos pelo órgão competente, bem como para outras associações culturais.
CAPÍTULO VIII
DO ESPORTE E DO LAZER
§ 1º. O fomento às práticas desportivas formais e não formais será realizada por meio
de:
I - respeito à integridade física e mental dos desportistas:
II - promoção de torneios esportivos, principalmente aqueles de nível educacional;
III - criação das condições necessárias para garantir acesso dos portadores de
necessidades especiais à prática desportiva, terapêutica ou competitiva.
Art. 279. Os serviços municipais de esporte e recreação articular-se-ão entre si, com
as atividades culturais, visando a implantação e o desenvolvimento do turismo.
CAPÍTULO IX
DA FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, IDOSO
E DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS
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§ 1º. Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades para a celebração do
casamento.
§ 2º. A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos excepcionais.
§ 4º. Para a execução do previsto neste artigo serão adotadas, entre outras, as
seguintes medidas:
I - amparo às famílias numerosas e sem recursos, através de programas
especialmente criados para esse fim, mediante lei ordinária;
II - estímulo aos pais e às organizações sociais para a formação moral, cívica, física
e intelectual da juventude;
III - colaboração com as entidades assistenciais que visem a proteção e educação da
criança;
IV - colaboração com a União, com o Estado e com outros municípios para a solução
do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos e pessoas qualificadas;
V - estímulo do Poder público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e
subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda de crianças ou adolescentes, órfãos ou
abandonados;
VI - programas de prevenção e atendimento especializado às crianças e aos
adolescentes vítimas de entorpecentes e drogas;
VII - as instituições, reconhecidas de utilidade pública, pelos seus objetivos de
formação moral, cívica, física e intelectual da juventude, gozarão de incentivos fiscais municipais para o
desempenho de suas atividades educacionais.
Art. 283. O Poder público organizará no âmbito de sua competência, ações visando a
organização do abastecimento alimentar, conjuntamente com órgãos do Estado e da União.
Art. 286. O transporte coletivo urbano é gratuito aquele com mais de sessenta e
cinco anos de idade, respeitada a Constituição Federal e de maneira especial, o Estatuto do Idoso..
63
CAPÍTULO X
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
64
DOS ATOS DAS
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 2º. O Município terá a obrigação, no prazo máximo de 12 (doze) meses após a
promulgação desta lei, de elaborar o plano de cargos e salários, bem como o regime jurídico dos servidores
públicos municipais.
Art. 4º. O Município promoverá a legalização das posses urbanas existentes em áreas
públicas municipais e efetivamente identificadas até a data da promulgação da presente Lei Orgânica, para
os que não possuem outro móvel, no prazo de 12 (doze) meses.
Art. 9º. Será criada, nos termos de Lei Complementar, a Secretaria Municipal de
Agricultura e Abastecimento, com o objetivo de:
I - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar local;
II - planejar a assistência técnica a ser efetuada, por órgão específico, aos pequenos e
médios produtores rurais do Município.
65
§ 2º. A secretaria fiscalizará o uso de agrotóxicos e incentivará o uso de métodos
alternativos de controle de pragas e doenças.
Art. 12. Fica revigorado o art. 3º, da Lei Municipal nº 1.248, de 19 de dezembro de
1984, assegurada a jornada diária de seis (06) horas para os servidores efetivos do Município.
Art. 13. O Município deverá no prazo de dois anos adotar medidas necessárias,
promover a remoção e transferência, da área central da cidade, dos depósitos e armazéns de empresas do
comércio atacadista.
Art. 14. O Executivo deve encaminhar á Câmara Municipal no prazo de seis meses
após a promulgação da Lei Orgânica, projeto de plano cargos e salários dos trabalhadores do Ensino
Municipal, professores e servidores públicos municipais.
Art. 15. O Morro da Capuava será tombado pelo Município, como patrimônio
histórico, cultural e paisagístico.
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S U M Á R I O
PREÂMBULO .................................................................................................................................................1
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares .................................................................................................................... .....1
CAPÍTULO I
Do Município (artigos 1º a 5º) .........................................................................................................................1
CAPÍTULO II
Da Divisão Administrativa (artigos 6º a 10) ....................................................................................................1
CAPÍTULO III
Da Competência do Município ........................................................................................................................2
SEÇÃO I
Da Competência Privativa (artigo 11 a 13)......................................................................................................2
SEÇÃO II
Da Competência Comum (artigo 14)...............................................................................................................4
SEÇÃO III
Da Competência Suplementar (artigo 15)........................................................................................................5
SEÇÃO IV
Dos Atos Municipais (artigos 16 e 17).............................................................................................................5
CAPÍTULO IV
Das Vedações (artigo 18)..................................................................................................................................6
TÍTULO II
Da Organização dos Poderes............................................................................................................................7
CAPÍTULO I
Do Poder Legislativo........................................................................................................................................7
SEÇÃO I
Da Câmara Municipal (artigos 19 a 22)...........................................................................................................7
SEÇÃO II
Dos Vereadores (artigos 23 a 30).....................................................................................................................9
SEÇÃO III
Da Mesa Diretora da Câmara (artigos 31 a 37)..............................................................................................11
67
SEÇÃO IV
Da Sessão Legislativa Ordinária (artigos 38 a 40).........................................................................................13
SEÇÃO V
Da Sessão Legislativa Extraordinária (artigo 41)...........................................................................................13
SEÇÃO VI
Das Comissões (artigos 42 a 46)....................................................................................................................14
SEÇÃO VII
Do Processo Legislativo.................................................................................................................................15
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais (artigo 47)........................................................................................................................15
SUBSEÇÃO II
Das emendas à Lei Orgânica (artigo 48)........................................................................................................15
SUBSEÇÃO III
Das Leis (artigos 49 a 61)...............................................................................................................................16
SUBSEÇÃO IV
Dos Decretos Legislativos e das Resoluções (Artigos 62 a 65).....................................................................19
CAPÍTULO II
Do Poder Executivo.................................................................................................................................... ...19
SEÇÃO I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito (artigos 66 a 80)............................................................................................19
SEÇÃO II
Das Atribuições do Prefeito (artigos 81 a 82)................................................................................................22
SEÇÃO III
Da Responsabilidade do Prefeito (artigos 83 a 85)........................................................................................24
SEÇÃO IV
Dos Secretários Municipais (artigos 86 a 91).................................................................................................24
SEÇÃO V
Do Conselho da Cidade (artigos 92 a 94).......................................................................................................25
SEÇÃO VI
Da Procuradoria Geral do Município (artigos 95 a 96)..................................................................................25
TÍTULO III
Da Organização do governo Municipal..........................................................................................................26
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CAPÍTULO I
Do Planejamento Municipal (artigos 97 ao 99)..............................................................................................26
CAPÍTULO II
Da Administração Municipal (artigos 100 a 109) .................................................. .......................................27
CAPÍTULO III
Da Segurança Pública (artigos 110 a 113) ….................................................................................................30
CAPÍTULO IV
Das Obras e Serviços Municipais (artigos 114 a 118) ...................................................................................31
CAPÍTULO V
Dos Bens Municipais (artigos 119 a 126) ......................................................................................................32
CAPÍTULO VI
Dos Servidores Públicos Municipais (artigos 127 a 135) ..............................................................................33
TÍTULO IV
Da Administração Financeira e Tributária ....................................................................................................34
CAPITULO I
Dos Tributos Municipais (artigo 136) ...........................................................................................................35
CAPÍTULO II
Das Limitações do Poder de Tributar (artigo 137).........................................................................................36
CAPÍTULO III
Da Participação do Município nas Receitas Tributárias (artigos 138 a 142) ................................................37
CAPÍTULO IV
Das Finanças Públicas (artigos 143) .......................................................................................................... ...38
CAPÍTULO V
Do Orçamento (artigos 144 a 150) ........................................................................ .......................................38
TÍTULO V
Da Ordem Econômica e Social ......................................................................................................................41
CAPÍTULO I
Disposições Gerais (artigos 151 a 153) ................................................................. .......................................41
CAPÍTULO II
Do Desenvolvimento Econômico (artigos 154 a 157) ........................................... .......................................41
SEÇÃO I
Do Estímulo à Indústria, Comércio e Agricultura (artigos 158 a 163) .................. .......................................42
69
SEÇÃO II
Da Política Agropecuária (artigo 164 a 170) .................................................................................................42
SEÇÃO III
Da Ciência e Tecnologia (artigos 171 a 173) ......................................................... .......................................44
SEÇÃO IV
Do turismo (artigo 174) .......................................................................................... .......................................45
SEÇÃO V
Da Defesa do Consumidor (artigos 175 a 179) .............................................................................................45
CAPÍTULO III
Da Política Urbana e Habitação (artigos 180 a 192) .............................................. .......................................45
CAPÍTULO IV
Do Transporte (artigos 193 a 199) .................................................................................................................47
CAPÍTULO V
Do Meio Ambiente (artigos 200 a 222) ................................................................. .......................................48
CAPÍTULO VI
Da saúde, Assistência social e Previdência (artigos 223 a 236) ....................................................................52
CAPÍTULO VII
Da Educação e Cultura
SEÇÃO I
Da Educação (artigos 237 a 263) ...................................................................................................................57
SEÇÃO II
Da Cultura (artigos 264 a 275) …..................................................................................................................60
CAPÍTULO VIII
Do Esporte e do Lazer (artigos 276 a 280) ....................................................................................................62
CAPÍTULO IX
Da Família, Criança, Adolescente, Idoso e do Portador de Necessidades
Especiais (artigos 281 a 286) ….....................................................................................................................62
CAPÍTULO X
Da Comunicação Social (artigo 287) ….........................................................................................................63
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