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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA JUNGUIANA

Carl Gustav Jung – 26/07/1875 – Kesswill. Filho de pastor protestante suíço reformado.

Conceitos
Conceito de conceito: nome descritivo ou rótulo aplicado a um grupo de fatos observados e que
dizem respeito a algum fenômeno natural, assim como à ideias, inferências, hipóteses que procurem
explicar os fatos observados. É termo geral e abstrato.
Estrutura da personalidade: resposta à três perguntas: qual a constituição da estrutura, interação
entre os componentes dessa estrutura entre si e com o mundo exterior; quais as fontes de energia
que ativas a personalidade e qual sua distribuição entre os componentes; qual a origem da
personalidade e quais mudanças ocorrem ao longo da existência. Respectivamente: estrutural,
dinâmica, desenvolvimentista.
Denominação: psique. Abrange pensamentos, sentimentos, comportamentos conscientes e
inconscientes. Funciona como guia que regula e adapta o indivíduo ao ambiente social e físico.
Pessoa é um todo – não luta para ser, já é, nasce como um todo. Durante a existência, esse todo
deve ser desenvolvido, resultando em coerência, diferenciação e harmonia; e evitando
fracionamento em sistemas separados, autônomos e conflitantes. Foco de Jung em seu trabalho
psicanalítico: recuperar a unidade – psicossíntese.
Níveis da Psique: Consciência: única parte conhecida pelo indivíduo. Quatro funções mentais:
pensamento, sentimento, sensação, intuição. Duas atitudes: introversão (mundo interno, subjetivo)
e extroversão (mundo externo, objetivo).
Individuação: processo pelo qual a consciência de uma pessoa se individualiza e de diferencia de
outras, torna-se um todo separado e indivisível. Meta: autoconsciência: conhecer a si mesmo tanto
quanto possível.
Ego: organização da mente consciente, se compõe de percepções conscientes,
recordações, pensamentos, sentimentos. Vigia da consciência, é altamente seletivo: determina o
que chegará à consciência. Fornece identidade e continuidade: mantém qualidade contínua de
coerência na personalidade. Relação íntima e importante com a individuação: sensação de sermos a
mesma pessoa hoje e ontem. Ego atua segundo critérios da função dominante (quatro), relacionado
à angústia causada. Quanto mais individuada, maior número de experiências conscientes.
Inconsciente Pessoal: armazenagem das experiências reprimidas pelo ego. É o
receptáculo que contem todas as atividades psíquicas e os conteúdos que não se harmonizam com a
individuação ou função consciente. Tudo o que é fraco ou desconsiderado e por algum motivo
banido da consciência. Conteúdos de fácil acesso à consciência quando há necessidade. Atua como
sistema de abastecimento da consciência, ou banco da memória.
Complexos: reunião de conteúdos para formar aglomerado (pensamentos, sentimentos,
lembranças). Pequenas personalidades separadas na personalidade total, autônomos, força
propulsora própria e podem atuar de modo intenso no controle de pensamentos e
comportamentos. Estudos de Jung com seus pacientes apontaram relação destes com a condição
neurótica daqueles. Um dos objetivos da terapia analítica é a libertação da tirania dos complexos.
Podem ser também fontes de inspiração e de impulso. Ver arquétipo.
Inconsciente coletivo: Jung inovou em seu tempo, apontando que a evolução e a
hereditariedade, ao invés do ambiente, é que dão as linhas de ação para a psique. A mente/cérebro
herda características que determinam como a pessoa reagirá perante a vida, quais experiências terá.
O indivíduo está preso ao passado de sua infância, de sua espécie a à cadeia de evolução orgânica.
Sua existência independe da experiência pessoal. Reservatório de imagens latentes, ou imagens
primordiais. Herda do passado ancestral de todos os seres humanos. São predisposições e
potencialidades no responder ao mundo tal como os antepassados. O desenvolvimento dessa
predisposições depende das experiências do indivíduo. Os conteúdos do IC estimulam padrão pré-
formado de comportamento pessoal. As imagens virtuais do IC transformam-se em realidade

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