Você está na página 1de 12

POLÍTICAS PÚBLICAS

Y TERRITORIOS
DISCURSOS Y POLÍTICAS
TERRITORIALES EN AMÉRICA LATINA

GRUPO DE TRABAJO CLACSO


POLITÍCAS PÚBLICAS Y TERRITORIOS

edición: BOLETÍN
Camila Carvalho
Carlos Henrique C. Ferreira
Luciana Gennari 01| MAIO
SECCIONES:

Sección 1 – Capacidades Agentes y Marcos Legales


Sección 2 - Dinámica urbana, regionalizaciones y conformación
de territorios
Sección 3 - Acción político-territorial de los movimientos sociales
Sección 4 – Actividades
PRESENTACIÓN
Carlos Henrique C. Ferreira
Cleandro Krause

Este informativo es editado por un colectivo veces, como referencia para el debate políti-
de expertos de Brasil, Argentina, Chile, Ecua- co en nivel global.
dor, México y Cuba (esperándose agregación
de investigadores de otros países, como El GT “Políticas Públicas y Territorios” está
Bolivia y Mozambique), tiene como objetivo inserido en el Campo Temático “Derecho a
específico constituir repertorios tanto de las la Ciudad” y se despliega en tres ejes analíti-
experiencias del “Estado en acción”, con sus cos temáticos:
distintos recortes temporales en escalas na-
cional, estadual/provincial, metropolitana y 1 Capacidades, agentes y mar-
municipal, como también de los planteami- cos legales
entos alternativos provenientes de los mov-
imientos sociales. Los repertorios se hacen
necesarios pues en las últimas dos déca- 2 Dinámica urbana, regionaliza-
das se ha observado un crecimiento en las ciones y conformación de territori-
demandas sociales vinculadas a causas de os
orden política y/o ambiental. Tales deman-
das derivan de situaciones de desigualdad 3 Acción político-territorial de
económica asociadas a fenómenos de seg- los movimientos sociales
regación y exclusión, así como del recono-
cimiento de la actuación casi siempre inefi-
Este boletín se propone como un medio de
caz de la institucionalidad del Estado para
debates acerca de cuestiones empíricas e
resolver conflictos a través de políticas pú-
metodológicas de las investigaciones, igual-
blicas creadas e impuestas dentro de una
mente sirve para contribución e divulgación
racionalidad técnico-instrumental.
de terceros interesados en las temáticas
Las políticas públicas han sido el instrumen-
abordadas, está organizado en cuatro sec-
to primordial para reconfigurar y transformar
ciones, una para cada eje analítico y una de
los territorios latino-americanos. Asimismo,
divulgación de actividades. Los textos serán
es fundamental verificar de qué manera cada
publicados en portugués y español conforme
país adopta modelos que emanan del territo-
la lengua de lo/a autor(a).
rio global, o sea, deben ser investigados los
Se intentará editarle trimestralmente, du-
proyectos vinculados a estrategias globales
rante la vigencia del Grupo de Trabajo Políti-
que adquieren dimensiones específicas, ha-
cas Públicas y Territorio (2016-2019), fun-
ciendo las naciones más dependientes de
cionando también como repositorio de las
recursos y de intervenciones que vienen
actividades de este.
“desde afuera”. De otra parte, las políticas
Exhortamos a todos que envíen sus con-
públicas en sentido amplio deben tomar en
tribuciones en forma de resumes de inves-
cuenta los movimientos sociales en sus múl-
tigación en andamiento o en artículos, co-
tiples formas de organización y articulación,
mentarios sobre fatos y eventos relevantes
con el fin de estimular efectivas bases de
a los ejes temáticos, hasta 1.200 palabras.
participación, siendo el contexto latino-amer-
icano rico de ejemplos que sirven, muchas
1
SECCIÓN
SECCIÓN 1 CAPACIDADES AGENTES Y MARCOS LEGALES
Las investigaciones de esta sección abordan autorización de construcciones residencial-
la estructuración del espacio con énfasis en es y su consolidación institucional. También,
las escalas locales, en la formación urbana cual la ideología por detrás de los mismos
y la influencia de agentes y instituciones en patrones de institucionalización de los me-
la configuración de este espacio. Se toma canismos de control del territorio en Brasil
como contexto la desigualdad y la seg- en los municipios; en un contexto más am-
regación socio-espacial verificada en ciu- plio, cómo las agencias internacionales de
dades y regiones Latinoamericanas. Cada fomento con la elección de la categorías de
investigador(a) observa este proceso des- referencia para fomento de política públicas
de un aspecto formador. En la segregación urbanas o los procesos recientes de trans-
residencial hay énfasis en como los agentes formación económica revisión de la actu-
y coaliciones condicionan la institucional- ación estatal reproducen las mismas grietas
ización de una espacialización planeada re- de desigualdad en la escala local por todo el
productora de ella. Desde otro indicador, el continente.
poder de policía administrativa, cuanto a la

ESPACIALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS URBANAS NA


AMÉRICA LATINA: O Caso do Brasil e do México
Camila Lima e Silva de Carvalho*

Desde a década de 1990, os agentes inter- lugar, um excessivo apego ao slum enquan-
nacionais, mais especificamente ONU, BID to conceito descritivo e explicativo, quando
e Banco Mundial, têm intensificado sua atu- muitos estudos mostram que as áreas mais
ação em políticas de combate à pobreza em pobres de uma cidade freqüentemente são
todo o mundo, muitas vezes através de pro- bairros formais. Em segundo lugar, uma sis-
jetos urbanos. Na América Latina há vários temática falta de atenção para com a hetero-
casos de intervenção urbana financiados e geneidade socioespacial interna aos bolsões
capitaneados por estes agentes. No entanto, de pobreza (neste caso, os slums), em que
observa-se que estes programas freqüente- pesem os vários indícios de que tais espaços
mente padecem de estratégias inadequa- possuem disparidades comparáveis àquelas
das de geographical targeting, direcionando da cidade como um todo. Isto configura o
os investimentos para aquelas porções do que pode ser chamado de “duplo processo
território que já contam com as melhores de generalização e homogeneização” , re-
condições socioeconômicas e de infraestru- spectivamente, nas escalas global e local.
tura urbana, tanto na escala da cidade, como Para testar essa hipótese, proponho um es-
na escala de pequenos bairros ou favelas. tudo de caso nos barrios pobres do México
Pode-se argumentar que isso decorre de e nas favelas (aglomerados subnormais) do
dois problemas metodológicos na identifi- Brasil. Por meio da análise espacial de da-
cação dos bolsões de pobreza. Em primeiro dos censitários dos dois países, agregados
2
ao nível do setor censitário, pretendo verific- gramas em alguns assentamentos precários
ar a localização dos investimentos públicos do Brasil e do México; (2) fazer um estudo
financiados pelos agentes internacionais, o da estrutura socioespacial destas áreas para
que permitirá determinar se eles têm sido verificar se os investimentos estão localiza-
efetivamente direcionados às áreas mais dos nas áreas mais pobres ou em áreas que
pobres. Com isso, pretendo contribuir para o já eram dotadas de uma infraestrutura bási-
aprimoramento de políticas públicas de com- ca. Ambas as etapas serão conduzidas por
bate à pobreza e à desigualdade urbana na meio de técnicas de geoprocessamento e
América Latina, aumentando a sua eficácia. análise espacial. Softwares como ArcGis e
Posto isto, o objetivo principal desta pesqui- TerraView serão utilizados para processar os
sa é verificar se os projetos urbanos para dados estatísticos nas bases territoriais per-
atenuar a pobreza e a desigualdade na tinentes, além de calcular índices espaciais
América Latina têm agido conforme seus de concentração. Isto nos permitirá confirmar
objetivos. Para isto, partirei da escala global ou refutar a hipótese de uma reprodução da
para a local, fazendo um levantamento das pobreza e da desigualdade.
especificidades da pobreza em diferentes Para realizar a parte (1) será feito o levanta-
países da América Latina, com o objetivo de mento de grandes projetos urbanos em as-
mostrar que a pobreza é diferente – tanto em sentamentos precários e depois mapear os
termos sociais quanto geográficos – nos di- investimentos. Serão escolhidas três áreas
versos países latino-americanos e pensá-la em diferentes regiões nos dois países. De-
através do termo slum empobrece a análise pois de eleger as seis áreas a serem tra-
e a criação de políticas territoriais adequa- balhadas, procederei com a espacialização
das às suas necessidades. dos projetos, como habitação, obras de in-
Após esta etapa iniciarei o estudo de caso fraestrutura, entre outras, com o objetivo de
no qual me debruçarei sobre as realidades determinar a localização da implantação.
do Brasil e do México. Meu objetivo, então, Para a parte (2), utilizarei os dados do Cen-
é eleger áreas que são consideradas pobres so realizado tanto no Brasil, quanto no Méx-
e carentes em serviços básicos e que ten- ico, fornecidos pelo Instituto Brasileiro de
ham recebido recentemente intervenções Geografia e Estatística (IBGE), no caso bra-
urbanas de grandes proporções, com apoio sileiro, e pelo Instituto Nacional de Estadísti-
dos agentes internacionais, seja do ponto de ca y Geografía (INEGI), no caso mexicano.
vista financeiro ou através de grandes pro- Através do uso da técnica de geoprocessa-
jetos urbanos. A seguir, utilizando os dados mento e análise espacial, criarei um índice
do Censo dos dois países pretendo verificar utilizando diversas variáveis, como renda,
se estes investimentos foram feitos em áre- infraestrutura urbana, educação, entre out-
as de melhor renda e que já contavam com ras. Isto permitirá conhecer a estrutura soci-
uma infraestrutura prévia ou em áreas que oespacial dos assentamentos. É importante
nunca ou pouco receberam investimentos ressaltar ainda, que será necessário criar
do poder público. uma metodologia estatística que permita
Nesta fase, o trabalho será dividido em duas fazer a comparação entre os dados nos dois
partes: (1) mapear os investimentos e pro- países , para adequar diferenças de escala

3
e de variáveis. Mundial, em parceria com o Estado, não “re-
Por fim, cruzarei os resultados das duas solvem” o problema da pobreza urbana, mas
etapas, que permitirá verificar se os inves- reproduzem desigualdades, ao implementa-
timentos foram concentrados nas áreas rem políticas territoriais que não consideram
dentro dos assentamentos que já contavam a heterogeneidade interna aos assentamen-
com melhores condições socioeconômicas. tos precários.
Assim, será possível confirmar ou refutar a *Camila Lima e Silva de Carvalho é arquiteta
hipótese de que os projetos urbanos cap- e urbanista, especialista e mestre em Plane-
jamento Urbano e Regional. Realiza pesqui-
itaneados por agentes internacionais de
sas sobre pobreza urbana na America Lati-
desenvolvimento, como ONU, BID e Banco na.

SECCIÓN
SECCIÓN 2 DINÁMICA URBANA, REGIONALIZACIONES Y CON-
FORMACIÓN DE TERRITORIOS

Las investigaciones en este eje manejan de producción agrícola y minera, la dinámica


conjuntamente políticas públicas y transfor- de urbanización productora de dispersión, el
maciones de territorios en América Latina y proceso de metropolización y los cambios en
Caribe, según perspectivas multiescalares, las centralidades urbanas, los equipamien-
pero con énfasis en contextos metropoli- tos urbanos etc. Lo que resalta un bies al es-
tanos y de ciudades intermedias. Se bus- tudio de los procesos económicos en la reg-
can miradas comparadas en temas como la ulación del espacio y consecuentemente su
movilidad regional e intraurbana, la diferen- influencia en el crecimiento y conformación
ciación residencial y las desigualdades so- de ciudades y su interacción / inserción en
cio-espaciales, la historicidad del territorio y sus respectivas regiones.
de su planificación, los circuitos espaciales

SÃO PAULO: METROPOLIZAÇÃO E (RE)


DEFINIÇÃO DE CENTRALIDADES
Sarah Feldman*

A pesquisa se volta para o estudo das concentração do desenvolvimento industri-


relações entre o processo de metropoli- al e a ocupação periférica já se impôs como
zação e a (re)definição de centralidades em estratégia de moradia para a população de
São Paulo, tendo como marco temporal de baixa renda. Com a implantação de um sis-
referência a década de 1950. Estas relações tema de rodovias e a extensão do viário que
são problematizadas na interface dos múl- o ônibus favorece, desvincula-se, ao mesmo
tiplos processos que dão sentido à configu- tempo, a localização das indústrias das vias
ração da metrópole e das centralidades. férreas e a localização da moradia da local-
Na década de 1950 São Paulo é a ex- ização do trabalho.
pressão mais radical da problemática metro- Desde os anos 1970 se impôs uma matriz
politana no Brasil: sua população supera a hegemônica de interpretação do processo
da capital do país, o Rio de Janeiro; o salto de metropolização a partir da produção de
qualitativo do processo produtivo alavanca a espaços periféricos, precários, contrapos-
4
tos às condições privilegiadas do centro. O de “perdas” geradas pela saída das elites,
foco no duplo centro/periferia adotado como expressas recorrentemente nos termos “de-
interpretação de diferentes aspectos da re- slocamento’, “desvalorização”, “degradação”
alidade urbana persiste em estudos de cam- e, mais recentemente, “despovoamento” do
pos disciplinares diversos, como urbanismo, centro. Não assumo “a priori” a saída das
geografia, ciências sociais. Nesta pesquisa elites nem como um processo absoluto, pois
procuro me distanciar desta dualidade: a ci- suas relações com o centro tradicional se re-
dade, como afirma Lepetit (1993:145), “nunca duzem, mas não se esgotam; nem como um
é absolutamente sincrônica: o tecido urbano, processo generalizável capaz de explicar,
o comportamento dos citadinos, as políticas por si só, as mudanças na centralidade.
de planificação urbanística, econômica ou Interessa-me desvendar outras dimensões
social desenvolvem-se segundo cronologias nas transformações da centralidade pau-
diferentes”. listana, entorno da hipótese de que o centro
É considerando esta multiplicidade de movi- passa por sucessivos processos de atual-
mentos e temporalidades que parto do pres- ização e reafirmação de sua dinâmica, a par-
suposto da metropolização como um proces- tir do momento em que não mais é reconhe-
so disseminado, de dimensão plural e diversa, cido como um território das elites. Para esta
que não atua em um só lugar e de uma úni- abordagem a indissociabilidade entre centro
ca forma. Nesse sentido, abordo a centrali- e bairros centrais é componente fundamen-
dade paulistana numa perspectiva inversa à tal, assim como é fundamental problematizar

S.P. Monumental. Mapa organizado e desenhado por G. Castiglione. Acervo Público do Estado de São Paulo/ Repositório Digital/ Mapas

a própria noção de centro. ros, pela associação entre emprego e mora-


Os bairros centrais se formam e se con- dia, entre espaços de produção e de comer-
formam em estreita relação com a estru- cialização, e pela reconstrução continua, não
turação do centro de São Paulo. Se carac- necessariamente pela lógica da demolição,
terizam pelo tecido social diversificado, com mas através da permanência e adequação
presença de sucessivas levas de estrangei- de suas estruturas físicas. 5
Nesta área que se configura como contraex- e tecidos., Constitui-se o que denomino uma
emplo do padrão de urbanização dominante “armadura sólida” que, partir dos anos 1960
ao longo do século XX na metrópole pau- vem sendo adquirida e atualizada por out-
listana, se explicita uma trama de interess- ros grupos de estrangeiros. Ao mesmo tem-
es atuantes na cidade para além do capital po em que este processo induz que o bairro
imobiliário, que articula um amplo leque de passe a ser identificado ora como bairro “dos
agentes – do capital comercial aos mov- judeus“, ora como bairro “dos coreanos”,
imentos de moradores de cortiços. Para a não promove a sua homogeneização. Muito
análise destes bairros é preciso refletir so- pelo contrário, se agrega e se articula à den-
bre seus valores econômicos, sociais, cul- sa tessitura preexistente no bairro: grandes
turais, formas de uso; seus significados e indústrias e pequenos negócios por conta
também sobre as representações por gru- própria, diferentes grupos étnicos e sociais,
pos, atores sociais diversos e por políticas alta concentração de cortiços, intensa vida
públicas. associativa, com clubes sociais, entidades
Para o desenvolvimento da pesquisa, três sindicais, escolas, inclusive, uma zona con-
eixos analíticos são perseguidos: finada de prostituição que foi instalada no
- as matrizes teóricas que dão suporte à du- bairro de 1940 a 1953.
alidade centro-periferia como uma interpre- Em tensão a esta posição de reconheci-
tação da metrópole latino-americana e as mento da diversidade como identidade sem
críticas e revisões conceituais ; homogeneização, vê-se recentemente a
- as referências mobilizadas no campo do proposição do atual prefeito de São Paulo,
planejamento urbano e regional para formu- João Dória, de nomear o lugar como “Little
lação de políticas públicas para o centro: for- Seoul” [Doria quer revitalizar e mudar nome
mulações do processo de metropolização e de bairro para ‘Bom Retiro Little Seul’ – 12
centralidades urbanas nos planos e estudos de abril 2017] aludindo à presença de sul-
sobre São Paulo no âmbito das instituições coreanos lá. A proposta se dá à revelia da
municipais, metropolitana e estadual; iniciativa dos comerciantes em agregar as
os processos de configuração de uma cen- diferentes comunidades de judeus, libane-
tralidade metropolitana conformada pelo ses, coreanos e outros sob o nome Bom
centro e os bairros centrais, a partir de es- Retiro com o intuito de promover o lugar
tudos aprofundados dos processos de for- através da integração das comunidades por
mação, estruturação de bairros como Bom atividades comuns, sem promover um grupo
Retiro, Santa Efigênia, entre outros a serem particular. A iniciativa, por outro lado, parece
selecionados. tentar ressignificar a presença coreana vin-
O Bom Retiro, que desde o século XIX culada a uma tradição do Bairro em questão
vem sendo ocupado por diferentes grupos a outro sentido alusivo de uma Coréia do
de estrangeiros é um caso exemplar dos Sul integrada globalmente aos circuitos
processos que escapam à redução centro/ de capital e que teria uma espécie de es-
periferia. Neste bairro, através da ação con- pelho em São Paulo, outra cidade global.
centrada dos imigrantes judeus entre as dé- Vale ressaltar que a ação não faz parte de
cadas de 1920 e 1940, se instala a cadeia qualquer plano ou projeto público, apenas
de indústria e comércio de confecções, e o parte da estratégia que vem sendo usada
bairro adquire uma auto suficiência quase pelo prefeito de “parcerias” com empresas
que total para desempenhar a produção e que adotam pequenas frações urbanas
comercialização das roupas e acessórios, para intervenções pontuais, com melhora-
prescindindo apenas de indústrias de fiação mento de alguns equipamentos e mobiliário

6
urbanos. Ao fim e ao cabo, é uma estratégia demandas dos afetados.
de marketing tomada como política pública,
entretanto, capaz de gerar impactos rele- *Sarah Feldman é professora e pesquisado-
vantes e não necessariamente proveitosos ra do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da
às atividades já desenvolvidas. Ressalte-se Universidade de São Paulo.
a falta de diálogo entre o governo local e os Correo: sarahfel@sc.usp.br
agentes sociais interessados, sendo mais
uma intervenção não negociada e alheia às

SECCIÓN
SECCIÓN 3 ACCIÓN POLÍTICO-TERRITORIAL DE LOS MOV-
IMIENTOS SOCIALES

Dadas las contradicciones generadas por la ciales está presente en el análisis de las es-
estructuración del espacio ante los flujos de tructuras de representatividad política y ter-
personas, informaciones y, capital, se inves- ritorial y las tensiones desde ahí observadas
tigan, en este eje, procesos de dentificación por las eventuales discrepancias entre las
territorial de las poblaciones subalternas ob- perspectivas hegemónicas y no hegemóni-
jeto de políticas públicas territoriales, o sus cas. El enfoque privilegia la mirada desde los
impactos ante las distintas concepciones y movimientos sociales como constructores de
apropiación de los territorios. Así la temática sentido e y de la reproducción o adaptación
de las relaciones entre Estado y agentes so- de sus maneras de espacialización.

LOS FESTIVALES LATINOAMERICANOS DE


FOLKLORE CONFIGURANDO UN TERRITORIO
Laura Navallo*

El trabajo que me propongo desarrollar vin- pueden inscribirse tanto como siendo real-
cula eventos artístico-culturales y territorio, izadas por las administraciones estatales
o mejor cómo determinadas prácticas cultur- “culturales” cuanto por las “turísticas”. Las
ales crean, configuran e imaginan un territo- distintas formas de abordar y promover el
rio. El caso que quisiéramos indagar forma arte y la cultura resultan consecuente a las
parte de las investigaciones que vengo real- transformaciones de esas administraciones,
izando asociadas a políticas culturales y las es decir en determinados momentos se con-
maneras que éstas inciden en una determi- cebía la “cultura” como ámbito del Ministerio
nada localidad, ya sea presentando a la ciu- de Educación, en otros momentos fue obje-
dad de Salta, a la provincia homónima o bien to de intervención del Ministerio de Turismo
afirmándose y distinguiéndose en relación al y Cultura, aunque en muchas ocasiones las
territorio nacional. Muchas de dichas activi- acciones culturales y su promoción fueron
dades no se restringen exclusivamente a los llevadas a cabo por agentes sociales agrupa-
objetos y los objetivos de las políticas cultur- dos en la entidad jurídica de asociación civil
ales sino que también se encuentran en ellas sin fines de lucro. Por más que sus planifica-
apuestas al desarrollo y promoción turística ciones y acciones vinculadas a esta área no
de la ciudad y la provincia de Salta. En este fueran ejecutadas desde administraciones
sentido, algunas acciones gubernamentales estatales, no dejaron por ello de ser guber-
7
namentales (Souza Lima y Castro, 2008). ciones se manifestaron en proyectos
La investigación que actualmente desarrollo 1 Becaria Posdoctoral, ICSOH-Conicet- Uni-
tiene por finalidad analizar un evento espe- versidad Nacional de Salta
cífico llamado Festival Latinoamericano de políticos que se afirmaron en redes sociales
Folklore y se hicieron entre las décadas de territorializadas que pretendieron configu-
los sesenta y ochenta, siendo las primeras rarse como el Noroeste Argentino.
ediciones realizadas de manera consecutiva, Consideramos que las prácticas, las rela-
en los años setentas interrumpidas y luego ciones y los procesos sociales pueden ser
retomadas en el año ’83 con la “reapertura estudiadas como performances (Schech-
democrática”. Una de las hipótesis de traba- ener, 2000), pues implica un modo de con-
jo a problematizar e indagar en profundidad strucción del objeto empírico y una forma
se asocia a las maneras en que las elites lo- de análisis que se inscribe en una tradición
cales y ciertos promotores culturales conci- de conocimiento asociada a los estudios de
bieron territorio mediante la celebración de ritual. En tal sentido los Festivales Latino-
actividades culturales. Es decir, los eventos americanos de Folklore serían performanc-
artístico-culturales fueron las maneras que es sociales a partir de las cuales pueden
encontraron distintos agentes sociales de ser analizadas distintas relaciones sociales
proyectarse como “nosotros” y sus aspira- (políticas, económicas, culturales). Dichas

Revista Folklore argentino, nº5, p.4, 1966


performances fueron protagonizadas por do hablamos de festival se hace referencia
agentes que vivenciaron aquellos momen- tanto a un evento que reúne exhibiciones de
tos desempeñando los roles de sus vidas danza, música y la participación de artistas
cotidianas y profesionales. En esas pues- y públicos en diversas peñas de la ciudad
tas se escenificaban las relaciones de pod- como así también a un conjunto de prácticas
er, las diferencias sociales, las distinciones, que, por un lado tornan posible la realización
las jerarquías al tiempo que se recreaba de los mismos y por otro aquellas que toman
performativamente a Salta. A su vez, cuan- al Festival como contexto para celebrar en-

8
cuentros políticos y de sociabilización. En constituido a lo largo del siglo XX en una de
ambos casos serían performances sociales. las formas legítimas para inventar la “argen-
El Festival pasa a producir emociones en los tinidad”, estuvo fuertemente ligada, como
ciudadanos haciendo sentir la pertenencia sostiene Chamosa, “a los intereses económ-
a una colectividad mediante lazos que “her- icos y políticos de las oligarquías provincial-
manan” a los participantes en el “canto de es” (2012:13). En este sentido, los Festivales
Latinoamérica” – como sostienen los discur- se tornan relevantes porque a través de és-
sos que circularon en los eventos. De esta tos se puede estudiar la inserción de Salta
manera, estarían generándose procesos de en la configuración social, espacial y política
comunización, como señala Weber (2005) y de la región del Noroeste Argentino y de la
posteriormente Anderson (1997), que se afir- “integración Latinoamericana”, aspecto que
man en “imágenes de nosotros” como “ide- también nos proponemos desarrollar.
al del yo” y que se convierten en “ideal de Bibliografía
nosotros” (Elias & Scotson, 2000). Ese “no- ANDERSON, Benedict. Comunidades imag-
sotros” que se configura articula relaciones inadas. Reflexiones sobre el origen y la di-
afectivas y de interdependencia que da lugar fusión del nacionalismo. México: Fondo de
a cartografías de redes sociales territorial- Cultura Económica, 1997.
izadas a través de las cuales fluye poder. CHAMOSA, Oscar. 2012. Breve historia del
En los Festivales circularon delegaciones de folclore argentino. Buenos Aires: Edhasa,
artistas representando a sus países medi- 2012.
ante las tradiciones y las características so- ELIAS, Norbert e SCOTSON, John. 2000.
bre las que habían sido creadas sus respec- Os estabelecidos e os outsiders: Sociologia
tivas nacionalidades. Dichos grupos vinieron das relações de poder a partir de uma pe-
acompañados de autoridades diplomáticas quena comunidade. Rio de Janeiro: Zahar.
que, además de verlos en escena, durante SCHECHNER, Richard. Performance. Teor-
el día participaban en ceremonias con sus ía y prácticas interculturales. Buenos Aires:
anfitriones (autoridades salteñas, de otras Libros del Rojas. Universidad de Buenos
provincias, nacionales). En ellas se esta- Aires, 2000.
blecían acuerdos y vínculos sociales que se SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. “Notas
configuraban más allá de las fronteras que (muito) breves sobre a Cooperação Técnica
encarnaban. Así, el escenario del festival se Internacional para o Desenvolvimento”. In:
diagramaba por territorios que eran constan- SILVA, Kelly Cristiane da, Daniel SHROET-
temente actualizados en las articulaciones ER SIMIÃO (Org.). Timor – Leste por trás do
de redes sociales, por momentos asocia- Paco. Cooperação Internacional e a dialética
dos a Salta, otras a Norte Grande, a Argen- da formação do Estado. Belo Horizonte: Ed.
tina o a Latinoamérica. Al respecto, Souza UFMG, 2007, p. 417- 425.
Lima (2007) señala que los agentes muchas SOUZA LIMA, Antonio Carlos de; CASTRO
veces “actúan como pequeños guerreros o J.P. M.E. Política(s) Pública(s). In: PINHO,
diplomáticos, verdaderos Osmundo & SANSONE, Livio (Eds.). (Org.).
‘Estados nacionales incorporados’”, hacien- Raça: Perspectivas Antropológicas. Salva-
do que las acciones concebidas con fines do-BA, EDUFBA, 2008, v., p. 341-392.
culturales dieran lugar a “movimientos ex- WEBER, Max. Economía y sociedad. Mexi-
pansionistas de sus Estados de origen”. co, Fondo de Cultura Económica, 2005.
Los festivales particularmente de folklore
además actualizaron recurrentes represent- *Laura Navallo és Becaria Posdoctoral, IC-
aciones sociales y gubernamentales eviden- SOH-Conicet- Universidad Nacional de Salta
ciadas en las distinciones entre “lo culto” y Correo: lauranavallo@yahoo.com.ar
“lo popular”. El folklore, además de haberse
9
SECCIÓN
SECCIÓN 4 ATIVIDADES

No dia 19 de dezembro de 2016, no SAGE/ tema ou problema social relevante para a


Laboratório de Sistemas Avançados de América Latina e o Caribe. O objetivo prin-
Gestão da Produção/Universidade Feder- cipal dos GTs é o de favorecer as trocas e a
al do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/Bras- pesquisa comparada articulando pesquisa-
il) deu-se a primeira reunião do Grupo de dores, agentes e formuladores de políticas
Trabalho CLACSO Políticas Públicas e Ter- públicas e membros de organizações sociais
ritório. Estiveram presentes Camila Lima e – ONGs, sindicatos, movimentos sociais–
Silva de Carvalho – nova integrante do GT, para a formação e consolidação das redes
Carlos Henrique Carvalho Ferreira Jr., Fan- de pesquisa a nível regional e internacion-
ia Fridman – coordenadora do GT, Hermes al e a construção de uma perspectiva lati-
Magalhães Tavares (todos da Universidade no-americana crítica acerca dos principais
Federal do Rio de Janeiro/Brasil); Luciana temas da agenda global e regional.
Alem Gennari, Valter Luiz de Macedo (ambos • Os GTs são redes de acesso aberto
da Universidade do Estado do Rio de Janei- que devem incorporar novos integrantes, so-
ro/Brasil) e Sarah Feldman (Universidade de bretudo da América Central, Caribe, Bolívia
São Paulo/Brasil). Participaram, também, por e Paraguai. O documento sugere também a
videoconferência: Blanca Rebeca Ramirez criação de vínculos com as pós-graduações
Velazquez (UniversidadAutonoma Metropol- da Rede CLACSO, diálogos com outras re-
itana/Mexico), CleandroKrause (Instituto de des e publicações de livre acesso em dis-
Pesquisa Econômica Aplicada/Brasil), Maria tintos meios. Quanto à Rede CLACSO de
Rosa Carbonari (Universidad Nacional de pós-graduações, os GTs podem propor sem-
Río Cuarto/Argentina), Rogério Haesbaert inários virtuais e cursos de extensão, apoiar
(Universidade Federal Fluminense/Brasil) programas de mestrado e doutorado com a
e Sonia Vidal (Instituto Multidisciplinario de mobilidade de professores e incorporar bol-
Historia y Ciencias Humanas/Argentina). sistas CLACSO nas pesquisas.
Esteve em pauta a apresentação dos mem- • O Conselho incentiva publicações de
bros do Grupo de Trabalho; a formação e dis- livros na Colección de Grupos de Trabajo,
tribuição dos investigadores em eixos analíti- artigos ou dossiês temáticos nas revistas
cos – que se definiram em três – para os Crítica y Emancipación e Investigación críti-
quais foram escolhidos sub-coordenadores; ca, textos curtos para os Cuadernos del Pen-
ainda definiram-se a agenda de atividades e samiento Critico e Megafon. Ainda relaciona-
os calendários das próximas reuniões. do aos resultados parciais, a elaboração de
Na ocasião a coordenadora e pesquisado- materiais audiovisuais para a CLACSOTV.
ra proponente, professora Fania Fridman • O documento afirma ainda que os GTs
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, contarão com o apoio do CLACSO na busca
fez a apresentação do Programa de Grupos por recursos para o financiamento das ativ-
de Trabajo. Procedimientos y orientaciones idades das pesquisas (incluindo os Encon-
para elfuncionamiento delos Grupos de Tra- tros) junto às universidades e organismos
bajo 2016-2019, do qual se destacam os nacionais e internacionais.
seguintes pontos: Na seqüência, a Coordenadora informou
• Para o CLACSO, os GTs são redes que foram selecionados pelo CLACSO 110
interdisciplinares compostas por integrantes GTs e esses agrupados em 31 Campos
de diversos países que se reúnem ,por um Temáticos. O GT Políticas Públicas e Terri-
período de 3 (três) anos, em torno de um tórios foi inserido no campo Direito à cidade
10
composto por 4 (quatro) Grupos, a saber: bros entre outubro e novembro de 2017.
GT Desigualdades urbanas (coordenado por EVENTOS
Manuel Dammert Guardia, Centro de Inves- Em abril de 2017, ocorreu o Congresso de Es-
tigaciones Sociales, Económicas, Políticas y tudos Urbanos na Universidade de Quilmes
Antropológicas/Peru), GT Expoliación imo- – BA, Argentina. No qual, participaram com
biliaria y crítica contra hegemónica (coorde- comunicados e trabalhos Cleandro Krause
nado por Floriano José Godinho de Oliveira, (Segregación residencial en perspectiva
Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ histórica y acción del poder público en Porto
Brasil), GT Indigenas y espacio urbano (co- Alegre – RS/Brasil por 40 años); Camila Lima
ordenado por Jorge Enrique Horbath Corre- e Silva de Carvalho (Espacialización de las
dor, El Colegio de la Frontera Sur/México) e políticas urbanas en América Latina – Brasil
o GT Políticas públicas y territórios. A esse y México) e Sonia Vidal (Mutaciones metro-
respeito, o CLACSO espera um intercâmbio politanas con enfoque enla pobreza urbana
efetivo entre os GTs de cada Campo Temáti- y en la cuestión de movilidad en los municip-
co. E no sentido de disseminação das ativi- ios de la metrópolis de Buenos Aires).
dades realizadas pelos GTs, o CLACSO ori- Em São Paulo, de 22 a 26 de maio de 2017,
enta o encaminhamento de Relatórios assim ocorrerá o XVII Encontro Nacional da Asso-
como das propostas de realização de encon- ciação Nacional de Pós-Graduação e Pesqui-
tros, cursos e eventos com 30 (trinta) dias de sa em Planejamento Urbano e Regional com
antecedência para divulgação. o tema Desenvolvimento, crise e resistência:
Os eixos analíticos e seus respectivos Quais os caminhos do Planejamento Urbano
sub-coordenadores foram definidos assim: e Regional?
Eixo 1 Competências, agentes e marcos le- Em Salvador, de 20 a 23 de novembro de
gais (Cleandro Krasue; Carlos Henrique Fer- 2017, ocorrerá o XV Simpósio Nacional de
reira) Geografia Urbana SINPURB com o tema:
Eixo 2 Dinâmica urbana, regionalizações Sobre a cidade e o urbano, contribuição da
e conformação de territórios (Sonia Vidal, geografia: Que teorias para este século?
Blanca Rebeca Ramirez Velazquez) para o qual está aberta a chamada de tra-
Eixo 3 Ação político-territorial dos movimen- balhos. Inscrições e demais informações no
tos sociais (cujos coordenadores ficou por endereço https://simpurb2017.ufba.br/
escolher entre seus membros) Esperamos divulgar o resultado das partic-
Por fim, estabeleceu-se que a cada seis me- ipações de membros e investigadore/as in-
ses serão realizadas videoconferências com teressado/as nesses e em outros eventos
os participantes, sendo a próxima em julho até o próximo número do boletim.
de 2017, ainda com data a definir e o primei-
ro encontro presencial com todos os mem-

11

Você também pode gostar