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Arquidiocese de Niterói

Paróquia Santo Cristo dos Milagres


Equipe de Liturgia
Jesus Palavra do Senhor!
1. Saudação Inicial
2. Leitura do Evangelho.
3. Partilha.
4. Texto para Reflexão:

COMUNICAÇÃO

Quando se fala em comunicação, sempre uma das ideias que surge na mente é a Oratória, a arte de falar
em público. Ela sempre foi uma aliada, uma ferramenta útil para aqueles que precisam ou que gostam de
falar bem, de organizar seus pensamentos com uma bela arquitetura. Ela dita a “forma” do falar. A
Oratória é uma ferramenta essencial para aqueles que querem coordenar seus pensamentos com a melhor
forma de transmitir suas ideias.
Outra ferramenta importante é o Pensamento Lógico, conjunto de ferramentas que, através de conceitos
matemáticos da lógica, sustentam ou negam determinado argumento, determinada ideia, suas proposições.
Serve como ajuda para expressar um pensamento e dar suporte e sustentação de forma ordenada, clara e
objetiva a todas os argumentos.
Existe outras formas de expressão, como a Linguagem da Não Violência que veremos mais adiante.

Introdução
Num estudo sobre comunicação, Sócrates, após algumas pesquisas, chega a seguinte conclusão: na maior
parte do tempo, os seres humanos não sabem lá muito bem sobre o que estão falando. E há apenas um
jeito de colocarem-se no caminho da viável verdade: contrapondo suas ignorâncias individuais, para
aprenderem com os erros e os acertos uns dos outros. O diálogo socrático é a busca do conhecimento por
meio do confronto irrestrito de mentes, crenças e palavras, mas, aqui, temos de fazer uma distinção
importantíssima. Hoje, insistimos em entender “confronto” como uma forma acanhada de ódio ou, ao
menos, de beligerância. É a tendência que vem se agravando: de uns tempos pra cá, deu-nos na veneta
interpretar toda discórdia como afronta pessoal; “precisamos dialogar” virou um sinônimo secretamente
intimidador de “você é obrigado a concordar comigo”. Para Sócrates, pelo contrário, o confronto era uma
forma possível da amizade. Isso porque, do ponto de vista filosófico, somos todos criaturas imperfeitas; é
de se esperar que nossas ideias individuais sejam, em geral, incompletas. Para conseguirmos nos
aproximar da verdade – diz-nos Sócrates – precisamos comparar nossos fragmentos de realidade e ver
como se encaixam. Só existe diálogo quando há discórdia, mas uma discórdia sem fúria. (BOTELHO,
2015, p.26 e 27).

No Catecismo da Igreja Católica está : “O Homem é capaz de Deus” ( CIC 26-29) e, a esta convicção
surge também a convicção de que o homem é capaz de atingir a verdade e daí também a convicção de que
ele é capaz de recebê-la e de compartilhá-la. Nisto se baseia o poder da razão e do diálogo.

A Razão
Nas palavras do filósofo escocês Alasdair MacIntyre, há atualmente “um cinismo generalizado em nossa
cultura quanto ao poder ou mesmo à relevância do ARGUMENTO RACIONAL em questões
consideradas suficientemente fundamentais”. Isto é, quando se trata das questões mais decisivas para o
homem – seu destino, a felicidade, a finalidade da vida em sociedade –, há uma descrença quanto à
capacidade de a razão ter realmente algo a dizer. A filosofia pós-moderna, como elaborada por eminentes
pensadores como Jean-François Lyotard, Jacques Derrida e Jean Baudrillard, se propôs a demolir
quaisquer pretensões de existência de verdades objetivas. Na cultura e ambiente, por assim dizer, “pós-
modernos”, que não se confundem necessariamente com o pensamento daqueles autores, ser convincente
passou a ser mais importante que estar certo – até porque, sem verdades objetivas, ninguém poderia
considerar que está certo sobre algo. A constatação do mesmo MacIntyre é certeira: “Os argumentos, é
preciso dizer, passaram a ser compreendidos em alguns círculos não como expressões de racionalidade,
mas como armas, técnicas de exposição que constituem uma parte decisiva das habilidades profissionais
de advogados, acadêmicos, economistas e jornalistas que, através delas, dominam aqueles que não têm
fluência ou articulação dialética”.
Mas, se não existe verdade objetiva, esta afirmação por si só é falsa, pois tal afirmação é uma verdade
objetiva. E hoje a afirmação da inexistência de verdades objetivas é imposta como verdade objetiva. Para
esclarecer é como a afirmação de que TODA a verdade está na Bíblia. Se esta frase é verdadeira, então
ela deve estar contida na Bíblia, o que não é verdade.

O Homem é um ser social e a comunicação é essencial ao próprio homem. Então, apesar de todos os
problemas e desafios apresentados acima a comunicação deve prevalecer. Como fazer uma
comunicação? Como voce classifica sua forma de falar? Amigável? Inquiridora? Acusatória? Voce se
aproveita para crescer em seus conhecimentos, de todos os diálogos que participa?

Considerando a profundidade e a incompreensibilidade do mistério a que o cristianismo se refere, bem


como a variedade imensa de pessoas a que ele dirige seu apelo, é claro que não podemos dizer algo
sobre o conceito de cristianismo a todos ao mesmo tempo. Karl Rahner

Revelar e propor aquilo em que se acredita é sinal claro de respeito ao outro, à inteligência do outro e por
isso devemos ter cuidado com as palavras que usamos. Palavras mal utilizadas podem ferir. O perigo de
palavras mal utilizadas nascem da certeza de que o que dissemos é daquilo que nosso coração está
sentindo ou daquilo que somos.

Se a disposição ao debate estiver de mãos dadas com o respeito à autonomia do outro (que se fundamenta,
por sua vez, na convicção forte de que a dignidade do homem requer que a busca da verdade e a
orientação da própria vida sejam alcançadas pelo esforço próprio e jamais impostas de fora) e com a
disposição de retificar quando se percebe o erro, será possível evitar diversas armadilhas derivadas do
voluntarismo relativista.

Comunicação Não Violenta

A Comunicação Não Violenta, apesar de antiga, praticada por muitos, foi codificada por Gandhi e
posteriormente por Marshall Rosenberg, psicólogo americano, para a resolução de conflitos na Justiça
Restaurativa. Sua principal preocupação é a de manter a capacidade de ser compassivo e a descoberta do
uso crucial do papel da linguagem e das palavras. – Falar e Ouvir de forma compassiva!

CNV -> Nossa expressão honesta daquilo que observamos, sentimos e desejamos (fala);

 Dar ao outro uma atenção empática ( Ouvir com empatia)

Método de Comunicação Não Violenta.

- Observação: Observar sem nenhum julgamento ou avaliação. Simplesmente dizer o que agrada ou não
em alguma situação ou naquilo que as pessoas estão fazendo;

- Identificar Sentimentos: Como nos sentimos ao observar aquela situação? Magoados, assustados,
alegres, confortáveis, amedrontados, irritados. Sentimentos ≠ Pensamentos!

-Reconhecimento: Quais das nossas necessidades estão ligadas aos sentimentos identificados;

- Pedido;

- Ouvir: ouvir o outro com empatia;

Voce consegue listar 10 sentimentos que estejam ligados diretamente a um diálogo qualquer?

Proposta para Leituras: Encíclica Ecclesiam suam, Paulo VI;

Questões atuais do Cristianismo, São Josemaria Escrivá.

Oração Final

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