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MECÂNICA DA INCORPORAÇÃO

A mecânica de incorporação é sem dúvidas a “modalidade” mais popular pelos terreiros


espalhados pelo Brasil, não só pelo Brasil também pelo Mundo!

A incorporação, como é conhecida, é o que faz com que os terreiros recebam dezenas e
centenas de pessoas na expectativa de receberem um conselho amigo de um Caboclo, Preto-
Velho ou mesmo um Exu.
Pois são palavras extremamente sábias, e que sem dúvida alguma nos ajudará demais!!
Apesar de ser o meio principal de comunicação com o Astral superior, são raras as pessoas que
conhecem os processos mais sutis da mecânica de incorporação.
Alguns levam-na as raias do fanatismo, chegando até as raias do absurdo.

A mecânica de incorporação está dividida em dois tipos:


- Incorporação inconsciente
- Incorporação semi-inconsciente

Alguns falam sobre um terceiro tipo que seria o consciente, porém não ocorre o processo de
incorporação propriamente dito. É oque chamamos de irradiação intuitiva

Para haver incorporação, a entidade atuante deve estar fazendo o uso de 3 partes
fundamentais da constituição etéreo-física do médium:
Parte psíquica
Parte sensorial – sensitiva
Parte motora

Sentado Capitão Lauro (Foi o Mestre de Mestre Yapacany) e corpo mediúnico da Tenda Estrela
do Mar

Na irradiação intuitiva a entidade só faz uso da função psíquica do médium, portanto, não é
incorporação.

Na incorporação, a entidade não entra no corpo do médium pela cabeça, como muitos dizem.
Na verdade, a entidade incorporante apenas se liga magneticamente ao Corpo Astral do
médium, em algumas “regiões chaves” que são:

1° Região – núcleos vibracionais superiores – Região Encefálica


2° Região – núcleos intermediários – Região Tórax Abdominal
3° Região – núcleos vibracional genésico – Região do Cóccix
Sem ligar-se a esses 3 pontos no corpo astral do médium, não há a incorporação. Caso a
entidade ache necessário, ela pode atuar em outros 3 pontos distintos, mas no mínimo em 3
deles. Esse é o conceito básico para ocorrer o processo da incorporação.

WW da Matta e Silva

Mecânica de incorporação inconsciente

Como o próprio nome já diz, há uma “tomada total”, deixando o médium completamente
inconsciente, como se estivesse em sono profundo.
A passividade do médium é total, fazendo com que a entidade tenha plenos poderes sobre seu
corpo físico, isto é, controlando sua parte psíquica, sensorial e motora.
O médium não tem consciência nenhuma, durante o transe mediúnico e nem lembranças após
o mesmo.
Nos dias de hoje isso é raro, isso era muito comum no início do Movimento Umbandista, onde
os médiuns eram tomados pelas entidades quase a “força”, pois muitos não eram nada
esclarecidos e dificultavam de forma insistente o trabalho das entidades.
Suas vibrações mediúnicas eram muito lentas e longas, facilitando a atuação das entidades,
embora era muito fácil de serem logrados e ludibriados por entidades das sombras.
Hoje, tal incorporação restringe-se aos médiuns com uma sistemática evolutiva pouco
trabalhada.

Para entendermos melhor:

1. O médium preparado para a incorporação inconsciente, tem abundância de


energia vital em todos os núcleos vibratórios;

2. A entidade incorporante enlaça ao corpo Astral do médium e, com a mão


direita emite certos fluidos na região da cabeça e com a mão esquerda emite
fluidos de contato, sendo que a manutenção dos mesmos é feita pela projeção
energética do médium junto à entidade. As duas constituições astrais se unem
como se fosse uma só e a entidade bloqueia certas regiões cerebrais, para que
o médium, não tenha constituições astrais, se unem como se fosse uma só e a
entidade bloqueia certas regiões cerebrais, para que o médium não tenha
consciência.
3. O sistema nervoso central é totalmente controlado pela entidade, o mesmo
acontecendo com os centros da memória. A zona neurosensitiva e mesmo as
sensações também ficam sob controle da entidade.

4. Tudo isso reflete no corpo físico de seguinte forma:

a. No inicio do processo, há uma profusão de bocejos, visando oxigenar


melhor o cérebro propiciando sua revitalização.
b. Atua também no cerebelo, onde irá controlar a memória, impedido
que este se lembre de alguma coisa após o transe. A entidade usa
também os movimentos do médium.
c. O contato mediúnico faz com que ocorra um certo sacolejo no
médium, em virtude do choque nervoso, mas logo é frenado e
controlado pela entidade.
d. Controla a fonação e todas as funções endócrinas, mas principalmente
a complexa rede nervosa cardíaca. Sendo todas essas mantidas com
gasto mínimo de energia. O núcleo vibratório mais incitado é o
cardíaco, devido à quantidade de energia necessária para deslocar o
corpo astral do médium. O médium fica consciente astralmente, mas
as lembranças no físico são completamente apagadas.

Esses são os principais aspectos, sem dúvidas não são todos, mas sim, o suficiente para
entendermos o processo de forma lógica.

Mecânica de incorporação Semi-inconsciente:

É a modalidade mediúnica que prevalece no Movimento Umbandista da atualidade.


Na incorporação semi-inconsciente há perda relativa ou parcial, essa perda da consciência
obedece a uma graduação, isto é, temos em termo de porcentagem de inconsciência, o qual
pode variar de 10% a 90% no máximo.

Mas por que ocorre tal variação nos graus de consciência?

* Normalmente a incorporação Semi-Inconsciente, liga-se a médiuns de karma um pouco mais


avançado passando para o evolutivo (a escala evolutiva destes médiuns varia), por isso a
porcentagem de inconsciência também, de acordo com cada um.
* No inicio da mediunidade, varia sempre entre 5% e 10%, com o desenrolar do
desenvolvimento, a porcentagem vai aumentando, chegando a níveis de 40% e 60%, o que já é
considerado altíssimo.
* Essa incorporação semi-inconsciente é destinada aos médiuns de graus evolutivos melhores,
porque através da mediunidade, o médium aprende com a entidade:
a) Como ajudar as pessoas de forma mais adequada;
b) Ser mais caridoso;
c) Ser mais generoso e benevolente;
d) Atender todos sem distinção;
Esse é o real objetivo da mediunidade, ajudar os seres desenvolverem-se espiritualmente e
deste modo caminharem mais rápido rumo a evolução.

Dependendo da vibração original da entidade (da linha), os pontos ou regiões atuadas podem
variar, provocando diferenças fundamentais nas incorporações, sendo que o médium mais
experiente, só pelos fluídos saberá identificar a vibração (a linha), mas será atuada no mínimo
3 pontos.
De acordo com o trabalho realizado, o médium poderá ter mais ou menos recordações sobre a
atuação do seu mentor.
Quando o médium está bem incorporado ele não pensa, portanto, tudo que vê e ouve é o seu
mentor atuando, isso varia de acordo com o percentual de cada médium.
Na incorporação semi-inconsciente positiva, o médium quase não tem domínio de seus
movimentos (pois seus sentidos são rebaixados e não passivo), sempre variando de 10% a
90%.
Quanto mais experiente for o médium, mais rápido se desliga, é mais fácil de ser atuado pela
entidade, podendo estar com até 30% de consciência, mas seu complexo mental é frenado,
não pensa. É como se sua mente parasse temporariamente de trabalhar, assim tudo que sai da
sua boca é palavra da entidade, isso influencia a fonação completamente.
A mediunidade nunca é perfeita, sempre há o que melhorar, portanto, o desenvolvimento
mediúnico é muito importante para a evolução do médium. Mas só isso não basta, não
podemos nos esquecer da conduta moral espiritual (não só a moral imposta pela sociedade,
mas sim uma moral calcada nos nobres preceitos divinos).

Mediunidade = Afinidade

Se o médium tiver uma conduta desleixada, fútil, se prendendo demais a valores materiais,
esquecendo o objetivo da mediunidade (caridade e evolução espiritual) = se afinará só com
espíritos de baixo calão vibratório = prejudicará seus complexos astros-físicos = atrapalha
MUITO sua evolução.

Portanto cuidado! Só depende de você!

Yarabacy
Discípula de Mestre Obashanan
12 de julho de 2012

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