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há 4 anos
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Resumo
O presente artigo visa discutir aspectos a respeito do abandono
afetivo nas relações familiares. As relações familiares passaram
a ser identificadas pelo vínculo de afetividade entre seus
membros, mostrando que o princípio da afetividade vem se
destacando dentro da legislação brasileira, tornando-se
fundamental no âmbito do direito de família. Sendo assim,
dentro de tal legislação são impostos deveres aos pais em
relação aos seus filhos e, no momento que estes preceitos são
descumpridos, os pais devem ser responsabilizados por
abandono afetivo. Haja vista, os pais têm o dever de educar,
assistir, cuidar, participar do desenvolvimento e dispor de
condições necessárias para que seus filhos possam ser criados
em um ambiente saudável com amor e carinho. O abandono
afetivo é um assunto que vem ganhando grande repercussão,
tornando-se questão de grande relevância, pois pode acarretar
ao filho sérios prejuízos para sua vida, podendo até gerar
transtornos em um dos maiores bens do der humano, que é a
saúde psicológica ocasionada pelo abandono. Portanto,
evidencia-se que o objetivo central do presente trabalho é a
análise dos aspectos a respeito do abandono afetivo nas
relações familiares frente ao ordenamento jurídico brasileiro. A
compreensão dos argumentos levantados nas jurisprudências a
respeito do tema, assim como a efetivação de uma análise
crítica com base na legislação e na doutrina, com o intuito de
sempre observar o dano sofrido pelo filho abandonado
afetivamente por algum dos genitores. Como metodologia,
utilizou-se o estudo de bibliografias de alguns doutrinadores
brasileiros, contando, subsidiariamente, com sites e artigos
voltados ao tema em questão bem como a legislação oficial.
Abstract
This paper discusses aspects concerning the emotional
distance in family relationships. Family relationships are now
identified by the bond of affection between members, showing
that the principle of affection has been highlighted within the
Brazilian legislation, it is crucial in the context of family law.
Thus, within such laws are imposed duties to parents regarding
their children and, at the time that these provisions are
breached, the parents should be held responsible for emotional
distance. Considering, parents have a duty to educate, assist,
care, participate in the development and have necessary
conditions for your children can be raised in a healthy
environment with love and affection. The emotional distance is
an issue that has gained great repercussion, making it a matter
of great importance, as it may cause the child serious harm to
your life and may even generate disorders in one of the greatest
assets of human der, which is the psychological health caused
abandonment. Therefore, it is clear that the main objective of
this work is the analysis of aspects about the emotional
distance in family relationships against the Brazilian legal
system. The understanding of the arguments raised in the case
law on the subject, as well as the execution of a critical analysis
based on the law and doctrine, in order to always observe the
damage suffered by the child emotionally abandoned by some
of the parents. The methodology used to study the
bibliographies of some Brazilian Scholars, counting,
alternatively, with websites and articles related to the subject
matter as well as official legislation.
Introdução
O Direito de família adapta-se às mudanças que ocorrem no
comportamento da sociedade, tornando as relações familiares
mais evidentes e respeitadas no ordenamento jurídico
brasileiro. Considera-se o afeto o fator de mais influência na
conformação das entidades familiares.
2 Abandono afetivo
O abandono afetivo ganhou destaque em nosso ordenamento
jurídico, sendo caracterizado pelo não cumprimento do dever
dos pais de educar, cuidar e assistir o filho.
Mas ocorre que tais críticas não têm muito sentido, pois os atos
ilícitos praticados pelos genitores em relação ao abandono
afetivo de seus filhos menores, acabam causando grandes
abalos psicológicos e morais, passando a afetar seu
desenvolvimento e sua personalidade.
Por outro lado, sabe-se que o valor a ser fixado para tal
indenização deve observar a razoabilidade, tendo vista a
análise das condições econômicas das partes e o tamanho do
dano causado ao filho.
[...]
Conclusão
Em virtude do exposto, verifica-se que é possível os pais serem
responsabilizados civilmente pelos danos morais decorrentes
do abandono afetivo, pois com as evoluções na estrutura
familiar, foram aplicados aos pais mais deveres em relação aos
seus filhos, mostrando que os deveres não são apenas em
relação aos alimentos, ao auxílio material, mas sim ao amor, ao
afeto e carinho que são dados aos filhos. Atualmente o afeto
tornou-se a base da família, pois é na família que o filho menor
constrói a sua personalidade.
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DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro.
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DINIZ. Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro.
28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 5 direito de família ano 2013.
KAROW, Aline Biasuz Suarez. Abandono Afetivo. Ed. Juruá,
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Juliane Pedroso
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