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Filho, Joel ([s.d.]) caracteriza como sendo um tipo especial de viga de alma
cheia, devido as exigências arquitetônicas, por necessidades espaciais ou estéticas, a
viga projeta-se fora do plano, desenvolvendo em planta um arco ou poligonal,
apoiando-se apenas nos seus extremos. Essas vigas são denominadas vigas balcões,
nome originado da forma dos pisos que se projetam além da fachada do edifício, como
nos episódios de Romeu e Julieta e Rapunzel.
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vínculos reativos não são simétricos, uma vez que a rigidez axial do pilar P3(20/60) é
muito maior do que a rigidez à flexão da viga contínua V1(15/50), conforme indicado
na Figura 2.
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Fazendo um comparativo entre a figura 4.a e 4.b, Pappalardo (2001) afirmou que
a solução aproximada corresponde, hipoteticamente, a se considerar nos dois encontros
da viga balcão com a superestrutura, a presença de pilares com a mesma dimensão e
disposição, garantindo assim a simetria das condições de contorno. Segundo o modelo
teórico rigoroso, o apoio mais rígido, correspondente ao pilar P3, sustentará a maior
parte do carregamento, refletindo-se assim, em maiores esforços internos solicitantes. A
título de ilustração pode-se citar o comportamento à flexão de uma viga engastada-
apoiada uniformemente carregada, indicada na Figura 5. Pode-se observar que a reação
de apoio junto à extremidade engastada é quase igual ao dobro da reação junto à
extremidade apoiada.
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Por fim, Pappalardo (2001), conclui que pode-se considerar que os trechos da
viga-balcão não paralelos oferecem uma resistência ao movimento de rotação das
extremidades do trecho central, garantida pela rigidez à torção deste trecho. Por esta
razão, os momentos fletores junto ao apoio flexível são positivos (tração na fibra
inferior) e, por outro lado, junto ao apoio rígidos, negativos (tração na fibra superior).
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Figura 8: Diagrama de momentos fletores na viga-balcão com ligação rígida – solução
aproximada
Fonte: Pappalardo (2001)
Armadura positiva:
12 𝑥 37² 1186
k₆ = ≅ 13,85 → As = 0,0338 = 108𝑐𝑚²
1186 37
Então: As = 2φ10mm
Armadura negativa:
12 𝑥 37² 3322
k₆ = ≅ 4,9 → As = 0,0373 = 3,35𝑐𝑚²
3322 37
Armadura positiva:
12 𝑥 37² 200
k₆ = ≅ 82,1 → As = 0,0325 = 0,17𝑐𝑚²
200 37
Então: As = 2φ8mm
Armadura negativa:
12 𝑥 37² 931
k₆ = ≅ 17,6 → As = 0,0335 = 0,84𝑐𝑚²
931 37
Então: As = 2φ8mm
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2.3 Dimensionamento de Armadura Transversal (modelo de cálculo I)
Sendo assim:
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Para um trecho de comprimento s = 100 cm, tem-se:
100 . 2 . 0,20
𝑠= ≈ 30cm > smáx = 0,6 . d ≈ 20cm ⇾ φ5mm c/ 20cm(2ramos)
1,2
𝑓𝑐𝑘 ⅔
𝑃𝑠𝑤, 𝑚𝑖𝑛 = 0,06 . = 0,088% < 0,10%
fywk
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𝑓𝑐𝑘 ⅔
𝑃𝑠𝑤, 𝑚𝑖𝑛 = 0,06 . = 0,088%
fywk
2.4 Detalhamento
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Figura 12: Detalhe típico das armaduras nos trechos correspondentes aos cortes AA,
BB e CC da viga-balcão VB1 (12/40) obtidas pelo Método Rigoroso
Fonte: Pappalardo (2001)
Vendo por outro lado, pode-se notar uma diferença nas armaduras calculadas,
comparativamente, segundo os métodos de cálculo rigoroso e aproximado apresentados.
Então, pode-se afirmar que nos dois casos tem-se um dimensionamento seguro, apesar
de que, particularmente, para a viga calculada segundo o método aproximado, deve-se
notar uma plastificação (fissuração) da mesma no encontro com o pilar P3, levando a
uma redistribuição de esforços e passando a “chamar” a armadura positiva, que a
solução elástica, obtida pelo modelo aproximado, exigiu. Segundo o modelo de cálculo
aproximado instalaria fissuras na região do encontro da viga-balcão com o pilar P3 e
caso, a superfície externa da viga-balcão não receber tratamento adequado, poderá então
se reverter, num futuro em um problema patológico.
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Figura 13: Viga balcão em concreto armado
Fonte: Souza; Rodrigues (2008)
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REFERÊNCIAS
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