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∗
Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação em Ciências Humanas – Brasil, Estado e
Sociedade – da Universidade Federal de Juiz de Fora (2008/2009), sob a orientação da Prof. Dra.
Sonia Maria de Souza.
∗∗
Graduado em História pelas Faculdades Integradas de Cataguases.
Introdução
O objetivo deste artigo é analisar o período da primeira administração de
Recreio (1939-1946), tendo como fonte o jornal ‘O Verbo’.1 Nele serão identificados
os percalços, os esforços e os ideais tanto desta administração quanto da população
na elevação do nome da cidade.
Na trajetória do artigo será feita uma pequena menção do surgimento de
Recreio, que tem sua origem devido à passagem da estrada de ferro Leopoldina por
este território. De acordo com o objeto de pesquisa que será o jornal, o nascimento
da imprensa no Brasil fará parte deste artigo de forma sucinta, onde será descrito
também a origem do jornal em Minas Gerais e na decorrência o surgimento da
imprensa recreiense.
Para o entendimento da função da imprensa em pesquisas históricas será
também analisado não só o papel deste meio de comunicação no Governo de
Vargas durante o Estado Novo, mas também o papel do jornal O Verbo na primeira
administração de Recreio, a qual coincide com este período.
Pelas folhas de ‘O Verbo’ o trabalho terá seu desenvolvimento, onde nos
anos da primeira administração de Recreio o jornal descreverá o empenho da
sociedade e da administração para buscar o progresso da cidade, mesmo que
tenham dificuldades para esta elevação o recreiense mostrará o seu empenho para
prosperar o Município, onde o jornal lido pelo povo a cada semana se empenhará
também neste objetivo e fará campanhas para a ascensão de Recreio, e uma
dessas campanhas ganhará as páginas do semanário, que buscará elevar o nome
de Recreio a Termo Judiciário.
O jornal ‘O Verbo’ fará o seu papel de colaborador da sociedade num
período em que as dificuldades serão grandes para uma pequena cidade, mas esta
pequena imprensa mostrará o seu grande apoio a esta cidade e pelas linhas deste
artigo “(...) o que era notícia se transforma em História.” (MEDINA, 1988:21).
1
Os estudos deste período da história da cidade de Recreio tendo como fonte o jornal ‘O Verbo’ se
devem ao empenho de David Vieira Germello (in memorian), que teve a idéia de encadernar a sua
coleção do jornal e que hoje se encontra em propriedade de sua esposa, Dona Aparecida Germello.
Por estas linhas gostaria de registrar meu agradecimento a Pedro Ernesto Ferreira Dorigo que apoiou
este estudo e possibilitou a pesquisa em seu acervo particular, que são cópias do acervo de Dona
Aparecida Germello. Alguns exemplares se encontram na Biblioteca Municipal Dr. Carlos Coimbra da
Luz – Recreio (MG).
6
Para maiores esclarecimentos, ver, CARVALHO, Cynthia Cristina de Mello; SILVA, Leonardo
Ribeiro da. Café, Ferrovia e Recreio pós-municipalização. II Seminário de História Econômica e
Social da Zona da Mata Mineira – FAFISM – 2008. Disponível on-line: < http://www.cantoni.pro.br>.
Acesso em dia 18 de março de 2009.
7
Ibidem.
Leonardo Ribeiro da Silva 4
O surgimento da imprensa: um breve comentário
Diante de nosso objeto de pesquisa que é o jornal é de extrema importância
fazermos uma breve análise do surgimento da imprensa no Brasil, que nos remete
ao ano de 1808 que é quando na fuga da família real portuguesa para o Brasil, irá
surgir a imprensa brasileira. Nas mãos de Hipólito José da Costa Furtado de
Mendonça empolgado pela vinda da Família Real para o Brasil e pela sua
experiência vivida na Inglaterra irá aparecer o Correio Braziliense, que em 1° de
junho de 1808 tem seu primeiro número rodado em Londres:
9
O período estudado refere-se a Terceira Fase de “O Verbo”, onde este irá ser formado pelos
seguintes:
►Em 1939: Diretor: Dr. Armando Sizenando e Francisco D’Almeida – Redator: Enéas Nunes de
Miranda e Gerente: José D. Vieira, a partir de 19 de março de 1939 – Redator: Dr. Wantuyler Gama
Lima.
►Em 1940: Diretor: Francisco D’Almeida – Redator: Dr. Wantuyler Gama Lima – Gerente: José D.
Vieira, a partir de 14 de abril de 1940 – Gerente e proprietário: Luiz D. Vieira.
►Em 1942: Diretor: Francisco D’Almeida – Redator: Dr. Wantuyler Gama Lima – Gerente e
proprietário: Luiz D. Vieira.
►Em 1943: Diretor: Francisco D’Almeida – Gerente e proprietário: Carlos Martins Vieira.
►Em 1945: Diretor: Francisco D’Almeida – Gerente e proprietário: Carlos Martins Vieira.
Leonardo Ribeiro da Silva 6
A imprensa no Estado Novo
O período estado-novista será um momento de extrema dificuldade para os
opositores do governo. As manifestações contrárias não eram aceitas e numa forma
de censurar foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Este tinha
o papel de averiguar todas as formas de comunicação no Brasil e todos os meios de
comunicação deveriam ser registrados neste departamento:
10
Para maiores informações: Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 10 de novembro de
1937). Disponível on-line: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em 12 de março de 2009.
Leonardo Ribeiro da Silva 8
O jornal em pesquisas históricas
Grandes auxiliadores da sociedade, os jornais têm prestado grande
assistência em pesquisas históricas. “O debate no Brasil sobre a presença dos
jornais no trabalho do historiador é parte constituinte do momento de mudanças na
compreensão do documento e da própria concepção de História.” (GALVES: 67).
Marialva Barbosa e Ana Paula Goulart Ribeiro em “O que a história pode
legar para os estudos de jornalismo” analisa o vínculo entre jornalistas e
historiadores, e como a teoria da história pode ser fundamental para a observação
do estudo jornalístico. Por estar se preocupando sempre com os por quês o
historiador está a se indagar em folhas jornalísticas para o entendimento do que leva
determinadas notícias fazerem parte de um periódico. Para Marialva Barbosa e Ana
Paula Goulart Ribeiro, a intenção não é a de descrever que a mídia poderá
determinar como uma sociedade deva pensar, mas o que leva esta notícia a fazer
parte desta sociedade.
A aproximação de jornais em pesquisas históricas passa a ser um vínculo
de grande valor para as análises, jornalistas e historiadores tendem a fazer
percursos similares, já que para a produção de matérias jornalísticas este precisa se
integrar do que levou algo acontecer, não estando diferente das pesquisas históricas
que através desta têm-se a análise do momento em que o tema estava inserido.
“Assim, o jornalismo como a história conta histórias.” ( BARBOSA; RIBEIRO: 3).
A história contada pela história vem a ser distinta da história relatada pelo
jornalismo. O historiador ao analisar um período ele descreve um tempo passado,
enquanto o jornalista ao descrever sua história ele se acha no tempo presente, no
aqui agora e neste aqui agora é que a história busca entendimentos nos jornais, que
precisamente relatam o seu período. Assim, a notícia de uma época se torna objeto
de pesquisa para historiadores.
Vindo como um lastro de luz que entra em nossas janelas, a notícia nos faz
compreender a importância de termos um meio de comunicação. Neste meio de
comunicação chamado “Jornal” observa-se as memórias de um tempo, onde “(...) o
repórter procura tão-somente registrar cada acontecimento isolado, à proporção que
ocorre, e só se interessa pelo passado e pelo futuro na medida em que estes
projetam luz sobre o real e o presente.” (MEDINA, 1988:69). Já a história não tem a
Por tanto, o jornal ‘O Verbo’ irá traçar o caminho para que este trabalho seja
efetuado, definindo assim este como a fonte primária da pesquisa histórica sobre a
primeira administração de Recreio.
11
Em ‘O Verbo’ de 27 de outubro de 1940, citado em Café, Ferrovia e Recreio pós-
municipalização (CARVALHO; SILVA, 2008: 12): “fazia sentir a necessidade da reforma completa na
iluminação pública da cidade (...).” Disponível on-line: < http://www.cantoni.pro.br>. Acesso em dia 18
de março de 2009. Pelas folhas de ‘O Verbo’ a reforma foi identificada em dezembro de 1943: “Acha-
se nesta cidade, afim de proceder a reforma geral da iluminação pública, a turma de trabalhadores da
C.F.L.C.L que aqui vai instalar a nova luz.” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 12 de
dezembro de 1943. Ano 5. N° 243, p. 4
12
Segundo o jornal: “(...) Ofícios do Sr. Prefeito seguiram imediatamente para a gerência da
companhia inglesa, engenheiros da mesma aqui estiveram como resposta áqueles ofícios. O Sr.
Prefeito demonstrou-se intransigente, confirmando todas as alíneas de seus ofícios. No entanto até
Leonardo Ribeiro da Silva 13
Podemos analisar o fato de o jornal ‘O Verbo’ estar tão preocupado com o
bem-estar social como uma forma de adquirir a admiração de quem iria fazer o
13
sucesso deste jornal. Em descrições sobre o interesse das notícias Cremilda
Medina descreve que: “só é notícia quando chega às pessoas para as quais tem
interesse noticioso.” (MEDINA, 1988: 69).
Para o pesquisador: “(...) o principal postulado da historiografia refere-se à
questão da interpretação: não se trata de recuperar o que ocorre (...), mas
interpretar – a partir da subjetividade do pesquisador – as razões de uma
determinada ação social.” (BARBOSA; RIBEIRO: 2 e 3).
Interpretando as notícias de reclamações tanto para a companhia de
energia elétrica quanto para o transporte ferroviário, podemos inferir que a intenção
do semanário era além de ganhar a confiança do povo, era também de levar estes
protestos ao conhecimento do Prefeito Municipal para este tomar as atitudes
necessárias para melhorar a vida social do recreiense.
O dia de 1° de janeiro de 1940 foi a primeira data festiva do dia do município
e pelas folhas de ‘O Verbo’ houve uma descrição deste momento de satisfação na
cidade:
hoje permanece insolúvel o caso. (...).” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 30 de abril de
1939. Ano 1. N° 17, p. 1.
13
O fato de ‘O Verbo’ ter em sua redação o advogado Dr. Wantuyler Gama Lima, pode ser a
explicação desta e outras reclamações, já que este era conhecedor de direitos e deveres, pois era
também professor e diretor do Instituto de Ensino Recreio Novo.
Leonardo Ribeiro da Silva 14
O momento além de ter sido de comemoração para a municipalidade, houve
também evento para homenagear o Presidente do Brasil com a foto que ficou
exposta na delegacia. Além desta homenagem ao Presidente devemos destacar a
presença do diretor e do redator do jornal, o que mostra o vínculo entre a imprensa e
a administração municipal.
Para destacarmos um outro vínculo entre os nomes que estão na
administração de Recreio e os nomes que fazem a imprensa recreiense, é
observado a ligação de parentesco entre o secretário da prefeitura, Mauro de
Almeida Pereira, e o diretor de ‘O Verbo’ Francisco D’ Almeida. Mauro era sobrinho
de Francisco e este além exercer o cargo de diretor deste meio de comunicação, era
também o Oficial de Registro Civil e Secretário da Junta de Alistamento Militar de
Recreio (o presidente era Modesto Faria).
Os ares de progresso começaram a chegar a Recreio a partir dos anos
quarenta. Em fevereiro de 1940 uma notícia agraciou a população da cidade e, pelas
palavras do jornal seria um fato completamente despercebido, mas é que ele
aconteceu numa cidade onde tudo assume aspectos de novidade.
Este empreendimento era muito valioso para a cidade, pois esta ainda
estava se estruturando como um território emancipado. E a administração agora
poderia contar com uma empresa na qual seria cobrado imposto para o seu
funcionamento.
A estação ferroviária local também mereceu destaque nas folhas do
semanário, não deixando de fazer uma reivindicação, pois o aumento da exportação
de café pela estação local foi muito expressivo:
14
Sr. Aristides Dorigo nasceu em 25 de fevereiro de 1920, em Patrocínio de Muriaé (MG) e chegou a
Recreio em 15 de janeiro de 1941, proveniente de Carangola (MG). Trabalhava como escriturário na
estação local (aposentou-se como chefe de escritório em 31 de outubro de 1970). Poeta e adorador
do cinema, entre 1978 e 1983 foi secretário da Prefeitura Municipal e como grande apreciador das
letras ingressou no jornal ‘O Verbo’ nos anos 50 escrevendo a “Coluna do Ferroviário”.
15
Para maiores esclarecimentos sobre o limite imposto pelo Guarda Sanitário Manoel Pereira da
Fonseca para engorda de suínos, ver O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 23 de maio de
1943. Ano 5. N° 214, p. 1.
16
Segundo o jornal, “além de constituir este ato uma infração das posturas municipais, sujeito à
multa, demonstra que o autor não é civilizado e que não admira a limpesa. Modo prático de evitar-se
tal ato, seria se os proprietários de botequins tomassem sempre o cuidado de trazer à vista, o caixote
ou o depósito apropriado. Aliás, isto, é da lei municipal.” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de
Recreio, 5 de maio de 1940. Ano 2. N° 68, p. 1.
Leonardo Ribeiro da Silva 16
barbearias que para o jornal: “A maioria dos salões de barbeiros desta cidade
precisa receber uma visita de inspecção da saude pública, afim de que, em
entendimento com os seus proprietários se estabeleçam medidas de higiene já
aconselháveis (...).” (O VERBO, 05/05/40: 1).17
As ruas sem calçamento também eram um desagrado para a sociedade,
mas na atitude de um informativo foi destacado que: “Pela Prefeitura de Recreio,
continua sendo mantido o serviço de irrigação permanente de ruas. Diariamente, o
caminhão-tanque percorre a cidade, dando-nos o prazer de viver sem os
inconvenientes da poeira.” (O VERBO, 05/05/40: 1). Mas este incômodo de poeira e
de lama quando havia chuvas logo seria suprimido, pois para a satisfação da
sociedade os calçamentos logo começariam a ter destaque nas folhas do
semanário.
Diante destas preocupações da administração municipal com o asseio
urbano, noticiadas através da imprensa, é de se identificar que a cidade que vivia
seus primeiros anos de emancipação passava por muitas dificuldades, mas com um
inestimável ideal progressista a administração fazia o que era necessário para
manter a cidade com ares de limpeza. Para mostrar que a cidade estava no caminho
certo, o jornal ‘O Verbo’ destacou que:
17
Era descrito pelo jornal que “ainda que se não exija a melhoria dos moveis e utensílios de alguns
salões de barbeiro, pelo menos, o uso do palito branco e o ladrilhamento dos pisos são exigências
que já se podem tornar efetivas em todas as barbearias de Recreio.” O Verbo – Terceira Fase –
Cidade de Recreio, 1° de janeiro de 1945. Ano 7. N° 293, p. 3.
Leonardo Ribeiro da Silva 17
A melhoria do fornecimento de água na cidade também foi destaque e este
benefício o “(...) Sr. Prefeito havia reconhecido em seu relatório de 1939. Ao iniciar o
presente exercício, a prefeitura tomou imediatamente a melhoria deste serviço
(...).18”(O VERBO, 01/09/40: 2).
Pelas folhas do jornal ‘O Verbo’ os habitantes de Recreio observavam como
a Prefeitura estava disposta a elevar o nome da cidade e nada mais adequado do
que usar a imprensa para divulgar para a sociedade os ideais da administração. 19
Em julho de 1940 uma comitiva da ferrovia Leopoldina Railway veio à
cidade para inspecionar as instalações e deferir trabalhos posteriores. A visita foi
descrita no jornal, uma vez que o próprio já tinha feito críticas às instalações da
estação. Segundo ‘O Verbo’,
18
Segundo o jornal, “(...) a primeira parte acaba de ser concluída com o conseqüente aumento de
317.000 litros de água por dia.” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 1 de setembro de
1940. Ano 2. N° 84, p. 2.
19
A imprensa já era usada como o meio de propaganda no governo do Estado Novo e as políticas
propagandistas do governo de Vargas eram elaboradas pelo Departamento de Imprensa e
Propaganda. Para melhores esclarecimentos sobre o auxílio da imprensa no Estado Novo, ver,
CAPELATO, Maria Helena. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In:
PANDOLFI, Dulce. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio
Vargas, 1999.
Leonardo Ribeiro da Silva 18
carregam as carroças e carros para o armazem. (...).”20 (O VERBO, 10/11/40:3).
Esta melhora na estação foi averiguada em 1942 como pode ser percebido a seguir.
20
Para o jornal, “(...) alem de muito necessária para evitar as chuvas em vários volumes que entram e
saem por ali é ainda mais precisa a cobertura para a baldeação de bagagens, malas e do correio e
para passageiros que nas horas de maior movimento se veem forçados a baldear da linha do centro
para o ramal e vice-versa quando como a miúdo acontece de estarem as outras plataformas e
armazem abarrotados de volumes de várias espécies, inclusive materiais de construção, taboas,
barras de ferro, barris de óleo, de aguardente, etc. (...)” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de
Recreio, 10 de novembro de 1940. Ano 2. N° 94, p. 3.
Leonardo Ribeiro da Silva 19
assim o acidentado teria que ser levado para uma farmácia. Em casos de maior
gravidade o indivíduo era encaminhado para o hospital da cidade de Leopoldina.
A administração e a imprensa local chegaram a se empenhar em uma
campanha para a construção do Hospital de Recreio. Em 14 de fevereiro de 1942 foi
feita uma reunião para estudos e instalação de uma comissão para discutir as obras
deste hospital. A comissão era formada pelos senhores: Modesto Faria (Presidente);
Dr. Armando Sizenando, Dr. Darcy Nunes Miranda, Padre Francisco Dias da
Fonseca, Dr. Aristides Costa Mata; Mauro de Almeida Pereira (Secretário).21
Em outro acidente a catástrofe foi exposta no jornal e encabeçada como um
‘Desastre Ferroviário’ na edição de 06 de maio de 1942:
21
A ata da 1ª reunião realizada na Prefeitura Municipal para estudos e formação da comissão para a
construção do Hospital de Recreio encontra-se em: O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 1°
de março de 1942. Ano 4. N° 157, p. 2. Em 1945: “(...) ainda tínhamos um percalço que era a
preocupação de se obter um hospital em Recreio.” Para esclarecimentos: CARVALHO, Cynthia
Cristina de Mello; SILVA, Leonardo Ribeiro da. Café, Ferrovia e Recreio pós-municipalização. II
Seminário de História Econômica e Social da Zona da Mata Mineira – FAFISM – 2008. Disponível on-
line: < http://www.cantoni.pro.br>. Acesso em dia 18 de março de 2009.
22
O jornal descreveu que Getúlio Vargas Filho ainda foi até a Prefeitura, convidado pelo Prefeito
onde dali partiu em seu destino. A passagem de Getúlio Vargas Filho está relatada em: O Verbo –
Terceira Fase – Cidade de Recreio, 8 de dezembro de 1940. Ano 2. N° 98, p. 1.
Leonardo Ribeiro da Silva 20
admiração que o povo de Recreio tinha pela figura do Presidente do Brasil, mesmo
que seja pela representação de seu filho. Este “(...) ao despedir teve ocasião de
manifestar a boa imprenssão que levava da nossa cidade e do nosso povo.” (O
VERBO, 08/12/40: 1).
A administração de Recreio procurava sempre estar agindo de forma correta
com a sociedade. Para as elaborações de construções no espaço urbano era
necessário requerer o direito de fazê-las perante a ordem do Prefeito. Utilizando o
jornal a administração noticiou que
23
Para o jornal esta obra era: “Nada mais justo e necessário atender, o quanto antes, a esta
solicitação da Municipalidade Recreiense, a qual tudo faz e pouco exige da Empresas aqui existentes
(...), a L.R., com êsse pequeno serviço, prestará uma bôa colaboração para melhoria do aspecto
geral da cidade, que sempre foi modelo de ordem e de trabalho nas oficinas da Leopoldina Railway.”
O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 12 de dezembro de 1943. Ano 5. N° 243, p.41.
Leonardo Ribeiro da Silva 23
Essas obras só alimentavam o progresso de Recreio. Na última semana de
julho de 1943 era anunciado que “(...) fôram terminados os serviços de tôda a
Ladeira da Igreja, entrando a turma da construção na Praça João Pinheiro para
terminar a pavimentação da rua Major Cristiano Guimarães. (...).” (O VERBO,
25/06/43:1). Em outro noticiário era descrito que: “Parte da rua São Joaquim está
sendo calçada a paralelepípedos, devendo talvez ser calçada uma outra parte da
Praça João Pinheiro.” (O VERBO, 27/05/45:1). Algumas ruas de Recreio também
necessitavam de construções de pontes para melhor acesso a determinadas ruas, o
jornal descreveu que: “Pelo Sr. Prefeito Municipal, estão sendo ultimados os
preparativos para o inicio da construção imediata da ponte que dá acesso a
Associação Comercial (...).” (O VERBO, 17/11/40:1). E em outro noticiário foi
reivindicado (...) que o Sr. Prefeito Municipal cogite a construção da ponte da
Travessa Batista, que tem a mais urgente necessidade de ser iniciada.” (O VERBO,
27/05/45:1).
David Vieira Germello em matéria produzida para o semanário intitulada de
‘Derrotismo’ descreveu que: “Os fatos aí estão e ninguém os contraduz: Recreio está
em franco progresso.” (O VERBO, 15/08/43: 1). Este descrevia que os poucos
recreienses que não apoiavam o progresso da cidade estavam calados pelas obras
que se viam em Recreio, e de certo David Vieira Germello estava de acordo, pois
Recreio caminhava a ‘passos largos’, pois uma cidade que tinha adquirido o seu
status de Município a pouco tempo já havia empenhado obras de calçamentos, de
casarios e pontos comerciais modernos. Os habitantes contavam com advogados e
médicos residentes, dentre outros fatos que fazíamos crer que a cidade estava no
caminho do progresso. 24
Um fato que traduz o momento progressivo da cidade foi descrito no
semanário, onde este dizia que a notícia tinha sido observada no jornal ‘Minas
Gerais’, onde em uma estatística sobre a exportação de leite para o Distrito Federal
(Rio de Janeiro), a cidade de Recreio vislumbrava como o maior exportador entre
quarenta municípios mineiros, “(...) ocupam os primeiros 5 lugares, os seguintes:
24
David Vieira Germello era Coletor Federal e era um grande colaborador da imprensa recreiense, foi
colunista e redator na 3ª e 4ª fase do jornal ‘O Verbo’, além disso, foi Presidente do Lions Clube de
Recreio (1968/1969). (Palavras de Sr. Aristides Dorigo).
Leonardo Ribeiro da Silva 24
Recrêio – 278.797 lts.; .Santos Dumont – 259.920 lts.;Volta Grande – 152.056 lts.; S.
Sebastião – 139.596 lts.; Pequeri – 135.009 lts.” (O VERBO, 22/03/42:1). 25
Para o processo progressivo que a cidade se encontrava havia uma
necessidade que foi reivindicada ao Governo do Estado, esta reclamação foi feita
pela imprensa recreiense e se empenhando para que a cidade pudesse estar nos
caminhos do progresso, (...) a Prefeitura enviou ao Sr. Governador do Estado uma
solicitação no sentindo de estadualizar a estrada que liga êste Município a Rio-Baía,
ou pelo menos, conceder (...) a construção de uma ponte e a mudança de um
pequeno trecho da estrada.” (O VERBO, 30/09/45: 1).
Em 1945 o mundo estava em um momento crítico, estávamos passando
pela Segunda Guerra Mundial e até mesmo numa pequena cidade como Recreio era
capaz de se identificar os efeitos desta, mas graças a força desta sociedade esta
guerra não tirou o ânimo da população, pelas folhas de ‘O Verbo’ foi referido que
25
O jornal explicou que a localização de Recreio diante ao Rio de Janeiro pode ter influenciado este
primeiro lugar na estatística.
26
Este mesmo número 300 do jornal ‘O Verbo’ descrito em Café, Ferrovia e Recreio pós-
municipalização (SILVA; CARVALHO, 2008: 15) relatou também a demolição do primeiro ponto de
hospedagem de Recreio, construído ao início da pequena vila, era o ‘Sobrado dos Melidos’ que tinha
como proprietário o Sr. Waldemar Amarante, ali seria feita uma nova edificação.
Leonardo Ribeiro da Silva 25
Em 1945 alguns nomes que se mostraram interessados a elevação do
nome de Recreio, deram lugar a novos nomes que por certo se mostrariam capazes
de continuar a caminhada do progresso recreiense.
Primeiro foi a mudança de Secretário Municipal que desde a elevação de
Recreio a Município estava ao lado da municipalidade. Mauro de Almeida Pereira foi
exercer o cargo de escrivão do 2° ofício de notas na sede da Comarca, em seu lugar
foi nomeado Sr. Menotti Dorigo.27 Segundo foi a mudança do Tabelião e Escrivão
de Paz desta cidade, o nome que veio exercer o cargo foi o do “(...) jovem Geraldo
Damasceno de Almeida, filho de seu predecessor, Sr. Francisco D’ Almeida, que há
37 anos esteve em exercício no mesmo cargo.” (O VERBO, 29/04/45: 4). 28
Estando ao lado das ações progressistas, ‘O Verbo’ caminhava ao lado da
administração, a partir de 1945 sem a presença do sobrinho do diretor do jornal, mas
com os laços de amizade unindo a imprensa municipal à administração, amizade
esta entrelaçada pela força que ‘O Verbo’ tinha diante da opinião pública e da
sabedoria de utilizar este como um diário oficial não deixando nada ‘às escuras’ para
a população, pois diante das luzes da imprensa observamos as atitudes dos
mandatários, visualizamos os caminhos positivos e detectamos as ocorrências da
prosperidade.
Recreio caminhou nos trilhos da evolução, como uma locomotiva que trouxe
o surgimento do Arraial Novo, que adiante se transformou em distrito de Recreio,
para logo contemplá-lo com a municipalidade e nas mãos de seu competente
administrador foi identificada obras, melhoramentos e ideais progressistas de uma
sociedade que tinha o amor por Recreio por base, a ordem na cidade por princípio e
o objetivo do progresso por fim.
27
A nomeação de Menotti Dorigo para o cargo de Secretário Municipal foi descrito em: O Verbo –
Terceira Fase – Cidade de Recreio, 11 de novembro de 1945. Ano 7. N° 331, p. 4.
28
Geraldo Damasceno de Almeida exerceu também o cargo de Secretário da Junta de Alistamento
Militar. Francisco D’ Almeida continuou sua caminhada a frente do jornal ‘o Verbo’.
Leonardo Ribeiro da Silva 26
A campanha para elevação de Recreio a Termo Judiciário
Recreio passava por momentos de prosperidade, com ruas calçadas,
pontes em obras para melhor acesso às ruas, com modernos casarios e
embelezamento de suas fachadas, estabelecimentos comerciais, fábricas,
melhoramento da rede de esgoto, de água e etc. Muitos destes benefícios foram
possíveis devido às reclamações feitas pela imprensa recreiense, onde esta fazia o
seu papel de colaborador da sociedade e de aliado da administração de Recreio.
Além dessas reclamações que eram feitas pelo jornal e que já foram aqui
descritas, o jornal também se empenhava em campanhas em prol da
municipalidade. Merece destaque nesse sentido, a campanha de construção do
Hospital de Recreio. Durante esta campanha o jornal buscou motivar a população
relatando que era “(...) chegada a hora de mobilizarmos todas as nossas
capacidades morais e materiais, para ampararmos, sem vacilações, o Hospital de
Recreio, que espera receber, de cada um, o que esteja a seu alcance (...).” (O
VERBO, 22/02/42: 1). Outra campanha empreendida pela imprensa foi a de se fazer
à arborização de Recreio. Para o jornal, a arborização “(...) não só embelezaria a
cidade como constitue um problema de grande importância para a vida de Recrêio...
O clima da cidade exige uma arborização inteligente e bem orientada...” (O VERBO,
07/06/42: 1). 29
O jornal ‘O Verbo’ em Recreio foi um grande impulsionador dos movimentos
progressistas da cidade. Fazendo a sociedade e a administração municipal aderirem
a estes objetivos, o jornal buscou em mais uma campanha a prosperidade da
municipalidade. Pelas folhas de ‘O Verbo’ foi iniciada a campanha para a elevação
de Recreio a Termo Judiciário.
Estudos para a nova divisão administrativa que entraria em vigor no Estado
de Minas Gerais ao final do ano de 1943, fizeram a imprensa recreiense impulsionar
a campanha. Para estes estudos, deveriam ser formadas comissões para as
análises geográficas de cada território e o jornal noticiou o edital para a formação
29
A campanha para a construção do Hospital de Recreio perdurou e não foi concretizado no mandato
do Prefeito Modesto Faria. Para a campanha de arborização, o sucesso teve o apoio de Miguel
Andries, que O Verbo o descreveu: “(...) Miguel Andries é um elemento util, necessário e
imprescindível até, quando se tem em mira qualquer organização nova (...)”. O Verbo – Terceira Fase
– Cidade de Recreio, 14 de junho de 1942. Ano 4. N° 170, p.1.
Leonardo Ribeiro da Silva 27
desta comissão na cidade de Recreio, intitulada como ‘Concurso de Monografias
Municipais’. Segundo a nota publicada,
30
Pelas páginas do jornal foi noticiada a realização da reunião do Diretório Municipal de Geografia:
“Realizou-se na Prefeitura loca, nesta última semana, uma reunião do Diretório Municipal de
Geografia, sob a presidência do Sr. Prefeito Municipal para tratar de assuntos de interêsse do
Município.” O Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 1° de agosto de 1943. Ano 5. N° 224, p.1.
31
O jornal antes de noticiar realização da obra da cadeia em 1945 já havia descrito que em Recreio
existe “(...) uma já celebre casinha a que ainda se lhe dá o título de casa da cadeia. É situado na rua
Campo Limpo á margem da linha férrea, (...) pertence a Prefeitura, que a demolirá por êsses dias.” O
Verbo – Terceira Fase – Cidade de Recreio, 22 de fevereiro de 1942. Ano 4. N° 156, p.1.
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“(...) Infelizmente nesta cidade, onde temos uma agencia de 2ª classe que é apenas postal continúa
ela mal localisada de acesso difícil e em casa acanhada. Estamos certos de que se um dos srs.
Diretores Regional ou Geral viésse pessoalmente verificar o local, não deixaria por mais tempo a
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O semanário buscando orientar a população de que algumas obras que
poderiam ser feitas em Recreio dependiam do Governo Estadual noticiou que: “(...) o
Estado possue dentro da cidade (...) uma area de 4.000 metros quadrados no qual
alem da cadeia podem ser construídos outros prédios como Coletorias, Forum,
Prefeitura, Cartorios, edifício para correios e telegrafos.” (O VERBO, 08/03/42: 4).
Entre os critérios positivos que faziam crer que a cidade atingiria o seu
Termo Judiciário, estava a permanente imprensa de Recreio destacada pelo jornal ‘o
Verbo’, que era “(...) regularmente distribuído em Belo Horizonte, São Paulo (capital)
como tambem nas localidades do interior para onde é remetido.” (O VERBO,
08/03/42: 1). Outra descrição favorável era o fato de Recreio já possuir uma
“Associação Comercial: instituição fundada nesta cidade em 6 de março de 1927
(...).” (O VERBO, 08/02/42: 1). Além da competente administração municipal, sob o
comando de Modesto Faria estes critérios podem nos mostrar que a sociedade de
Recreio estava sendo bem assessorada.
A campanha para elevação de Recreio a Termo Judiciário ganhou um
grande aliado. Era o fundador do jornal que buscou ares de progresso para a cidade.
Luiz Soares dos Santos assinava com grande orgulho esta matéria em fins de 1943,
onde este proferia que
nossa repartição dos correios desta cidade permanecer nestas condições.” O Verbo – Terceira Fase
– Cidade de Recreio, 08 de março de 1942. Ano 4. N° 158, p.1.
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Luiz Soares dos Santos ainda descreveu posteriormente que: “(...) Urge,
pois, que se faça um bom movimento para que seja creado o Termo judiciário de
Recreio, benefício de inestimável valor que muito virá concorrer para que o
município seja elevado a um maior nível de progressividade.” (O VERBO, 31/10/43:
2).
O fundador do jornal ‘O Verbo’ fez uma visita a Recreio em 6 de dezembro
de 1943 e pelas páginas do jornal que este mesmo fez surgir na cidade em 1906
relatou o seu deslumbramento após a visita ao município:
Eis a minha impressão ligeira, que aqui exáro, franca e sincera, sem
disfarces: A cidade cresce, estende-se em todas as suas direções.
Há construções novas em muitas das suas ruas e praças (...).
O seu comércio avoluma-se, e expande-se (...).
Tudo aqui admira e extasia o turista. Eu, que há cerca de dois anos
não vinha, fiquei encantado com tudo (...).
Até o número de médicos cresceu. Recreio hoje tem quatro ótimos
clínicos, todos trabalhando (...).
A cidade cresce. Fui ao alto da Igreja.
Edifícios novos Uma avenida foi aberta, já com prédio de um lado e
de outro, recentemente edificados, e com arvores em plena
florescência frondejando. Mora ali o meu velho amigo Dr. Modesto
Faria, prefeito do município, com quem me avistei e da palestra que
com êle mantive, embora rápida, colhi a impressão de que êle
trabalha a valer, não só na sua profissão de agrimensor, mais ainda
na de administrador do município.
Disse-me ele estar muito esperançado na elevação do município á
categoria de Termo Judiciário, contando com a cooperação do nosso
comum amigo Dr. Carlos Luz.
O calçamento está proseguindo nas ruas centrais da urbs. Do largo
João Pinheiro até a matriz já foi concluído o calçamento.
O serviço do abastecimento da água á população foi melhorado.
Finalmente, vai tudo bem. Volto, no entanto, a Cataguazes bastante
contrariado por ter encontrado doente, e em estado grave, o meu
velho amigo Antonio Germello.
E como este já vai longo e o trem está quasi partindo, aqui faço
ponto.
Recreio, 7-12-1943. (Matéria de Luiz Soares dos Santos. O VERBO,
12/12/43: 1).
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Para maiores informações: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/.>.
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O jornal descreve a visita de Jair Santos: “Visitando sua terra natal, aqui esteve durante os dias 25,
26 e 27 do corrente, (...) Prof. Jair Santos, DD. Diretor do Grupo Escolar de Passos, onde também
exerce as elevadas funções de professor de várias matérias no ginásio e na escola normal.” O Verbo
– Terceira Fase – Cidade de Recreio, 1° de julho de 1945. Ano 7. N° 315, p.1.
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PUBLICADO EM <http://www.cantoni.pro.br/Recreio.html> 14jul09