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Felipe Diego do Nascimento Souza 1 & Gilson Castro de Moraes, professor orientador. Mestre. 2
Resumo – Este artigo trata da análise e proposta para melhorias de segurança e mobilidade na
interseção da Rua Daniela com a Rua Alexandre Guimarães, no Bairro Tancredo Neves, na Cidade
de Porto Velho, Rondônia, Brasil. O cruzamento tem um fluxo de tráfego intenso, o que tem
causado transtornos à comunidade envolvida. Sendo assim este estudo objetivou elucidar os fatores
que geram o elevado índice de acidentes no local e propor uma forma de combatê-lo. Através de
contagem volumétrica de veículos e pedestres, identificou-se a demanda da interseção. Por meio de
exame das características e fatores de risco do cruzamento, foi possível detectar elementos
potenciais geradores de acidentes e sugerir melhorias tanto para a rua, quanto para as calçadas, que
vão desde a implantação de redutores de velocidade até a inserção de piso tátil. Respeitando leis,
resoluções, normas e estudos correlatos, realizou-se um projeto no software AutoCAD onde foram
aplicadas as melhorias propostas. Posteriormente, mediante análise de dados e aplicação dos
mesmos no software PTV VISSIM, foi possível comprovar a eficácia dos dispositivos sugeridos e
consequentemente atestar a importância de sua implementação.
1
felipediegons@gmail.com
2
gcmoraes1951@gmail.com
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FICHA CATALOGRÁFICA
S729a Souza, Felipe Diego do Nascimento.
CDU: 625.7
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INTRODUÇÃO
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Tabela 2 - Os 30 cruzamentos críticos em porto velho 2016 - Fonte: Seção Op. Cia Trân. PVH. SD. PM Gisali (2018).
Diante disso e por meio de pesquisa de campo para determinar a interseção a ser estudada,
optou-se pelo cruzamento da Rua Daniela com a Rua Alexandre Guimarães (Figura 1). Dentre os
motivos mais relevantes para a escolha convém destacar a presença, de uma escola municipal a 3
quadras do cruzamento e exatamente em uma das esquinas, uma escola de cursos preparatórios que
recebe diariamente seus alunos, estes, devido à insegurança do local, têm suas vidas postas à risco.
Também foi um fator relevante o número recente de vítimas fatais. Dados estatísticos de acidentes
no cruzamento selecionado para estudo podem ser conferidos na Tabela 3, disponibilizada pelo
RENAEST (2018).
Figura 1 - Cruzamento Alexandre Guimarães x Daniela - Fonte: Adaptado do Bing Maps (2018).
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Tabela 3 – Incidência de acidentes no cruzamento Alexandre Guimarães x Daniela - Fonte: RENAEST (2018).
Como se pode notar a interseção tem um histórico grave de acidentes. Atenta-se para o
quantitativo relativo à vítimas fatais, onde nos últimos 2 anos foram registradas 3 mortes
ocasionadas por acidentes de conflitos gerados no cruzamento.
O alto índice de acidentes na confluência resultou no ano de 2017 em uma manifestação dos
moradores locais no intuito de expor sua indignação com a situação, sendo inclusive registrada e
veiculada pelo site de notícias G1-RO (2018).
Percebemos então a inobservância, por parte dos representantes legais dos cidadãos porto-
velhenses na administração do município, de dois dos cinco Direitos e Garantias Fundamentais
expressos no Artigo 5° da constituição federal de 1988, Inviolabilidade do direito à vida e à
segurança: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade”.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB (1997) art. 1°, § 1°, define trânsito como sendo “a
utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.”, verifica-se então que
as condições do cruzamento também ferem o previsto no referido código, art. 1º, § 2º: “O trânsito,
em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as
medidas destinadas a assegurar esse direito.”
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT: “Engenharia de
Tráfego é a parte da Engenharia que trata do planejamento do tráfego e do projeto e operação das
vias públicas e de suas áreas adjacentes, assim como do seu uso para fins de transporte, sob o ponto
de vista de segurança, conveniência e economia”.
Para FERRAZ, FORTES e SIMÕES (1999), “o principal objetivo da Engenharia de Tráfego
é fazer com que o trânsito de veículos e pedestres seja realizado com segurança, fluidez e
comodidade”.
A partir dessas considerações, o objetivo do presente estudo é analisar as causas
problematizadoras e os fatores de risco que contribuem para a desordem na interseção e de posse
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dessas informações propor uma solução adequada aos problemas de mobilidade e segurança que
afligem o cruzamento analisado.
METODOLOGIA
O presente estudo, à fim de obter uma melhor organização na análise dos dados levantados,
teve sua execução dividida em etapas, a saber:
1 – Estudos preliminares.
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4 – Levantamento de causas problematizadoras e fatores de risco.
6 – Propostas de melhoria
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na figura 3 é possível verificar por meio de planta baixa da situação atual, as medidas do
cruzamento analisado.
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O posicionamento do pesquisador e sua câmera está indicado na figura 4.
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Na tabela 4 são apresentados os quantitativos obtidos na contagem:
Para melhor entendimento foi criado o esquema ilustrado na figura 5 onde podemos conferir
os volumes e suas representações percentuais em relação ao quantitativo total para o período, em
cada acesso do cruzamento e em cada um dos períodos de tempo analisados. À esquerda temos o
quantitativo geral incluindo pedestres e à direita apenas veículos. Estão representados
respectivamente os períodos de 07:00h às 09:00h, 12:00h às 14:00h e 17:00h às 19:00h.
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07:00h às 09:00h
12:00h às 14:00h
17:00h às 19:00h
Figura 5 – Quantitativo e percentual por acesso em cada período. Fonte: Autoria própria.
Podemos atribuir esse alto fluxo às características das vias que compõe o cruzamento, uma
vez que estas mostram-se como uma boa alternativa para o escape de sinalizações semafóricas
presentes nas vias próximas.
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Como constatado na contagem volumétrica, o horário sobre o qual incide o fluxo de tráfego
mais intenso é o do final de tarde e início da noite, das 17:00h às 19:00h.
Na figura 6 pode-se observar em gráfico os detalhes da contagem e na figura 7 a
representação dos destinos e seus fluxos no período em questão.
300 277
250
204 208 212 212
200 188 189 188
168 153
136 153
150 169 162 161
136 95
100 73 76 72
53 67 56
50
50
7 6 2 7 8 5 3 5
0 0 1 2 0 1 0 0 0
17:00 - 17:15 - 17:30 - 17:45 - 18:00 - 18:15 - 18:30 - 18:45 -
17:15 17:30 17:45 18:00 18:15 18:30 18:45 19:00
Figura 6 – Representação gráfica da contagem no período de maior fluxo. Fonte: Autoria própria.
Figura 7 – Esquema de destinos no período de maior fluxo. Quantitativos gerais à esquerda e veiculares à direita. Fonte:
Autoria própria. (As cores usadas neste esquema são meramente ilustrativas, não há correlação entre elas e as usadas
na figura 6.)
É nesse horário que ocorre o fim de expediente de trabalho para grande parte das pessoas e
também o fim do dia letivo para o período vespertino e o início para o período noturno. Os
trabalhadores que se deslocam para suas residências, os pais que buscam e levam seus filhos às
escolas e faculdades, e os acadêmicos em suas conduções veiculares próprias, exercem grande
contribuição para o intenso fluxo. Isso pode ser comprovado pela análise dos acessos e destinos
mais volumosos (vide figuras 5 e 7), cujas direções coincidem com as das faculdades FARO e
UNIRON.
De posse dos quantitativos veiculares e de pedestres, podemos analisar os componentes
viários em busca dos fatores de risco e causas geradoras de acidentes.
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Fatores de risco ou fatores geradores de acidentes, segundo a Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT (1989), são os elementos que contribuem na criação das circunstâncias
que permitem a ocorrência de acidentes.
Figura 9 – Acesso Daniela. Fonte: Autoria própria. Figura 10 – Acesso Daniela. Fonte: Autoria própria.
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dos alunos, que são forçados a dividir parte da pista com os veículos, submetendo-se à grande
insegurança.
Na figura 11 notamos também obstrução do campo de visão do condutor e obstáculos no
caminho do pedestre ocasionados por instalação de lixeira e estrutura metálica em faixa indevida.
A interseção posta sob análise é compreendida por duas vias classificadas como coletoras,
segundo a descrição apresentada pelo Plano Diretor do Município de Porto Velho (PDMPV 2008),
que condiz com as características da via estudada: “destinadas a coletar e distribuir o tráfego entre
as vias arteriais e locais”. A velocidade permitida em ambas, como afirma a mesma lei, é de
40km/h.
A Lei N° 1954 (2011), que estabelece padronização para as calçadas no município de Porto
Velho, define as faixas que compõe a calçada:
XVII - faixa de acesso: área existente entre o alinhamento predial e a faixa livre, existente
em calçadas com largura maior ou igual a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).
XVIII - faixa livre: área do passeio via ou rota destinada exclusivamente à circulação de
pedestres, desobstruída de mobiliário urbano ou outras interferências;
XIX - faixa de serviço: área da calçada destinada à colocação de objetos, elementos,
mobiliário urbano e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza
utilitária ou não, implantados mediante a autorização do Poder Público;
A referida lei traz também a largura mínima de cada uma das faixas. Para as vias coletoras:
Faixa de acesso: 0,45 metros.
Faixa livre: 1,50 metros.
Faixa de serviço: 0,80 metros.
Como visto na figura 3 todas as calçadas ou espaços destinados a elas possuem largura
superior a 2,50m, desta forma, em prol da concisão do estudo, sob a luz de ambas as leis aqui
citadas e com base na interpretação que pode ser extraída do inciso XVII, no que couber, para
análise das calçadas, será considerado apenas a largura referente à faixa livre e a faixa de serviço
por serem faixas cujas funções são prioritárias em relação à outra.
É considerável o número de pedestres que circula pelo cruzamento nos horários de pico,
sendo boa parte composta por escolares. Faz-se necessária a implantação de melhorias visando a
segurança dos pedestres, de modo a causar o mínimo de impacto na trafegabilidade.
A primeira delas é a construção de calçada aonde inexiste, no lado da escola de cursos
preparatórios (figura 9 e 10). E restauração da calçada da esquina situada em frente à escola (figura
8).
Em ambas as atividades deve respeitar-se as larguras mínimas previstas na Lei N° 1954
(2011), para suas faixas livres e de serviço quando em vias coletoras: 1,50 metros e 0,80 metros,
respectivamente. Ficando a largura da faixa de acesso à critério do proprietário do imóvel,
respeitando o limite da pista. Na figura 12 é ilustrada a configuração aqui mencionada.
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Figura 12 – Faixas da calçada. Fonte: SustentArqui (2018).
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Não há qualquer redutor ou indicador de velocidade na rua Daniela em um raio de 200
metros do cruzamento, o que gera aumento de velocidade no trecho entre a Rua Raimundo
Cantuária e a Rua Alexandre Guimarães, uma vez que nesse trecho a Daniela é via principal,
possibilitando aos condutores chegarem ao cruzamento em alta velocidade, ocorrendo o mesmo no
sentido oposto da via, dificultando e pondo em risco a própria segurança e a segurança de pedestres
e ciclistas.
Como pôde ser observado no esquema da figura 7, o maior volume de passagens de
pedestres concentra-se transversalmente à rua Alexandre Guimarães, e nela não há qualquer redutor
ou indicador de velocidade em um raio de aproximadamente 550 metros, ocasionando riscos ainda
maiores, pois por ser via principal, o condutor sente-se confiante em atingir velocidades muito além
do limite de 40km/h das vias coletoras.
Figura 14 – Trecho sem qualquer redutor ou indicador de velocidade, delimitado pelos “X”. Fonte: Adaptado do Google
Maps (2018).
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Os redutores de velocidade escolhidos foram as ondulações transversais. O CONTRAN
estabelece na resolução N° 600 de 2016:
O cruzamento sob análise é composto por vias coletoras, logo adota-se a ondulação
transversal TIPO A.
Segundo a resolução em questão, a ondulação TIPO A deve vir acompanhada das placas
“Velocidade Máxima Permitida” (em 30 km/h.) e “Saliência ou Lombada” no mínimo a 50 metros
da instalação do elemento, placa de “Saliência ou Lombada” junto à ondulação e marcas oblíquas
em seu corpo. Essas características, bem como distâncias e dimensões relacionadas são ilustradas
nas figuras 15 e 16.
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Figura 15 – Características e dimensões ondulação transversal TIPO A. Fonte: Resolução N° 600 de 2016 - CONTRAN
Figura 16 – Disposição das placas na instalação de ondulações transversais TIPO A. Fonte: Resolução N° 600 de 2016
– CONTRAN
Figura 17 – Projeto de implementação com melhorias para o cruzamento. Fonte: Autoria própria.
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Figura 18 – Simulação sem ondulação transversal. Fonte: PTV VISSIM – Autoria própria.
Figura 19 – Simulação com ondulação transversal. Fonte: PTV VISSIM – Autoria própria.
Como pode ser observado, com a presença da ondulação houve redução de velocidade na
aproximação em cerca de 45%. Sendo os espaços entre os redutores e o cruzamento insuficientes
para se atingir velocidades elevadas, os condutores fazem todo o trecho que compreende a
confluência em velocidade reduzida, possibilitando aos pedestres uma passagem segura e
confortável, e tornando estável a transposição dos veículos na interseção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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não inovam sob qualquer aspecto, sendo então de fácil aplicação, bastando apenas a disposição do
poder público nas ações relativas às propostas para a rua e fiscalização perante os munícipes no que
tange as calçadas.
Uma vez que o tráfego é composto por uma série de elementos em constante interação,
sobretudo condutores e pedestres, é importante esclarecer que a segurança viária passa
necessariamente por medidas que visem o benefício tanto de um quanto do outro, bem como a
análise de diversos outros fatores, de modo que paliar problemas apenas sob uma única perspectiva
tende a sequelas indesejadas. Assim, para que se obtenha os resultados esperados, as propostas
discutidas devem ser consideradas em sua totalidade. A aplicação parcial das melhorias pode não
surtir o efeito desejado, e em alguns casos pode até gerar novos transtornos ao local. O interessante,
na verdade, é que continuamente sejam acrescentadas benfeitoras em prol da mobilidade urbana.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela força que me deu para manter-me firme durante todo o
meu percurso nessa caminhada.
Agradeço a minha amada esposa pelo amor, a paciência e todo o carinho que recebi,
certamente não teria conseguido sem seu apoio incondicional e afago nos momentos mais difíceis.
Agradeço aos meus pais por incentivar-me aos estudos e por acreditarem que eu seria capaz
de conquistar essa graduação.
Agradeço ao meu orientador e demais professores e colaboradores da FARO por todo o
conhecimento que me proporcionaram.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (1989). Símbolos gráficos dos diagramas de
acidente dos relatórios de acidentes de trânsito - NBR 10.696. Rio de Janeiro, 1989.
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DETRAN – RO (2017). Anuário de Estatísticas de Trânsito de 2016, in Departamento Estadual de
Transito de Rondônia. https://www.detran.ro.gov.br/2017/08/anuario-de-estatistica-de-transito-de-
2016/. Acessado em 22/03/2018.
GRABRILI, J.C. (2017). Como fazer uma calçada acessível para todos. SustentArqui. Disponível
em: https://sustentarqui.com.br/dicas/como-fazer-uma-calcada-para-todos/. Acessado em
22/04/2018
Organização Mundial da Saúde – OMS (2013). Segurança de pedestres, Manual de segurança viária
para gestores e profissionais da área. Traduzido por: Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília
– DF, 120 p.
PORTO VELHO. Lei Complementar Nº 311, de 30 de Junho de 2008. Dispõe sobre o Plano Diretor
do Município de Porto Velho e dá outras providências.
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