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IV - TURBINAS A VAPOR

1.  GENERALIDADES 

1.1 Introdução

1- de combustão externa: de êmbolo – máquina a vapor


rotativo – turbina a vapor

MOTORES 2 - de combustão interna: de êmbolo –p/ faísca, p/ injeção


TÉRMICOS rotativo – turbinas a gás
pulso-jato

3- de ar comprimido (britadeiras, aparafusadeiras, brocas de dentista)

Esquema de uma unidade de geração de potência a vapor.

1.2 – Vantagens das turbinas em relação às máquinas a vapor


-  Movimento rotativo (pouca vibração)
-  Menor relação peso/potênci
-  Melhor rendimento –menor atrito, sem a perda "triangular"
-  Menor espaço ocupado
-  Menor custo de manutenção (embora exija manutenção especializada)
-  Permitem grandes potências

1.3 Evolução das turbinas a vapor


Maiores turbinas a vapor ≈ 1000 MW (equivale a 10.000 motores de 136 CV) 
Maiores turbinas a gás < 10% pot. das maiores TV
Maiores motores Diesel < 5% pot. das maiores TV

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1.4 – Aplicações
-  Centrais termelétricas (convencionais e nucleares para geração de energia elétrica)
-  Propulsão de navios e submarinos
-  Acionamento de máquinas em geral como bombas, compressores, geradores elétricos,
ventiladores, secadores de papel, etc.
1.5 – Partes principais:
-  carcaça com bocais fixos (também chamados de expansores)
-  eixo rotor com palhetas ou bocais móveis
-  mancais
-  sistema de controle de potência
-  sistema de segurança contra disparo
-  sistema de lubrificação

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1.6 Classificação

a)  Quanto ao funcionamento:

-  turbinas de ação – a expansão do vapor ocorre só nos bocais fixos. Não há expansão do
vapor enquanto o mesmo passa pelas palhetas do rotor.

-  turbinas de reação – 0 vapor expande também enquanto passa pelas palhetas do rotor, as
quais têm formato de bocais. O aumento da velocidade causa um efeito de reação sobre
as palhetas.

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b)  Quanto à construção:

-  Axiais – mais comuns, mais usadas

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-  Radiais – direção ao fluxo de vapor é normal ao eixo do rotor.

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1.7 Tipos básicos de TV com relação à pressão na entrada, na saída e nas extrações:

-  Turbina de alta pressão – corpo longo, muitos estágios


-  Turbina de baixa pressão – corpo curto, poucos estágios
-  Turbina de condensação – com condensador na saída
-  Turbina de contra pressão – pressão na saída > para atmosférica
-  Turbina contra extração – para vapor de média pressão em estágio intermediário

2.  Turbina elementar de ação ( Turbina de Laval )

2.1 Definição, funcionamento

É uma turbina de ação de um único estagio.

1° O vapor ao passo para bocal fixo sofre expansão e aumenta velocidade. Ao passar para
bocal então ocorre transformação de energia térmica ( entalpia ) em energia cinética (
velocidade ).

2° O vapor a alta velocidade incide sobre pás moveis cedendo parte de sua energia para o
rotor /eixo da turbina, para transferencia de quantidade de movimento.

Vantagens: construção simples, carcaça sujeita só a pressão de escape.

Desvantagem: pequenos Δh para não prejudicar η, pequenas potências.

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2.2- Perdas na turbina de Laval:

a)  Perdas periféricas:


Z1 – Perdas por atrito, choques e turbulência no escoamento do vapor nos bocais e nas pás

1 2 2
Z1 = [(c − c ) + (w12 − w 22 )] [kJ/kg]
2 i 1

Z2 - Perda por velocidade do vapor na saída


c 22
Z2 = [kJ/kg]
2

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b)  Perdas internas:

Z3 - Perda por fuga de vapor: devido às folgas e escape nas vedações. Normalmente
prevista por experiências ou literatura e dada em porcentagem.
Z3 = f ( Δp, folgas, vedações )

Z4 - Perda Stodola: Efeito "ventilador" do disco do rotor sobre o vapor (o qual é


arremessado radialmente devido à velocidade de rotação) e também por atrito das faces do
rotor com o vapor.

Z4 = f ( n , D, L, B, γ ).

Normalmente previsto por equações empíricas encontradas na literatura de turbinas.


Exemplo:
u3
NSTOD = x ( 1,8 D2 + α D (L+B) )= γ [CV] u= m/s
10 6
γ [kgf/m3] peso específico do vapor
x= 1 para disco livre
x= 0,25 – 0,5 para disco em caixa
α= 0,7 para baixos coef. de injeção ( 1 a 4 bocais fixos)
α= 0,5 para injeção total

Z 5 - Perda de calor para o ambiente: geralmente muito pequena, pode ser desprezada para
turbinas com bom isolamento térmico.

Z6 - Perdas mecânicas: atrito nos mancais, nas vedações e energia dissipada por vibrações.
Pode também ser incluída a energia consumida para bombas lubrificação e de óleo
hidráulico para comando da turbina.

2.3- Rendimentos

São calculados em função das perdas.


Saltos térmicos: Ideal - Δhi = h1 - h2i [kJ/kg]
Periférico - Δhk  = Δhi − ( Z 1 + Z 2 ) "
Interno - Δhint = Δhi − ( Z 1 +  Z 2 +  Z 3 +  Z 4 + Z 5 ) "
Efetivo - Δh ef  = Δh i − ∑16 Zi "

Rendimento periférico (ηk)– considera perdas Z1 e Z2 ( perdas periféricas )

Δh k
ηk =  
Δh i

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Rendimento interno (ηint) – considera todas as perdas internas, exceto as perdas mecânicas.
Δh
ηint = int  
Δh i
Rendimento efetivo (ηe) – considera todas as perdas.
Δh
ηe = e = ηint ηm  
Δh i
Rendimento mecânico – só considera as perdas mecânicas.
Δh
ηm = e  
Δh int
Exemplos:

Pe [kW] ηe [ % ]

100 40-50
500 60-65
1000 67-72
20000 80-85

2.4- Potência da turbina


Sendo m & v a vazão mássica de vapor fornecida à turbina [kg/s], a equação geral para
o cálculo da potência de uma turbina é:

& v Δh
P=m [kW]

a)  Potência teórica (ou ideal) – a que está disponível no vapor ("potência térmica").

& v Δh i  
Pi = m

b)  Potência periférica: a que chegou nas palhetas do rotor.

& v Δh k  
Pk = m

c)  Potência interna: a que chegou no eixo:

Pint = m& v Δh int  

d)  Potência efetiva: enttregue pelo eixo da TV à máquina por ela acionada.

& v Δh e  
Pe = m

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3) Turbinas com estágios de pressão (tipo RATEAU)

3.1- Constituição e operação

Quando o Δhi é elevado resulta ci alto e p/ condição de ηk max o "u" também é muito
elevado. A solução é dividir o Δhi em estágios para que o u desça a valores aceitáveis.

As pressões intermediárias são funções das entalpias de entrada de cada estágio.

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3.2- Número de estágios

1-  Salto térmico ideal total - Δhi t = h1 – h2i 


2-  Velocidade periférica: calculada ou adotada u= Π  
 Dn
60
u ϕ  cosα 1
3-  Cálculo de Ci : =x  
c i 2
 A
4-  Salto térmico ideal para estágio. Δhi= Ci2 [ Kcal/Kg ]
2g
Δh
5-  Numero de estágios: ne=   → no arredondamento deve-se verificar se o “u” está
iT 

Δhi

aceitável.

3.3- Perdas na turbina de ação com estágios de pressão

1 2 2
Z1 = [(c − c ) + (w12 − w 22 )] [kJ/kg] (para cada estágio)
2 i 1

c 22
Z2 = [kJ/kg] (só no último estágio)
2

As perdas Z3 e Z4 são calculados para cada estágio, como feito para a turbina elementar de
Laval, e somadas.

Para projeto Z3 ( fugas ) e Z5 ( calor para ambiente ) podem ser desprezadas. A perda Z 6 é
normalmente obtida a partir do rend. Mecânico. Por exemplo:

P (kW) 100 300 500 1000 1500 5000 10000 20000

ηm (%) 92 94 95 96 97 98 99 99,5

3.4 – Potências

São calculadas exatamente como para a TV de um estágio. Ver item 2.4.

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4 - Turbinas com Estágio de Velocidade (tipo CURTIS)

4.1- Constituição, funcionamento

Carcaça, bocal (is) de expansão fixo (s) e sequência de palhetas móveis e palhetas
inversoras. A pressão cai apenas nos bocais fixos de entrada. A velocidade diminui a cada
estágio.

As palhetas inversoras apenas mudam a direção do vapor para entrar no próximo estágio.

O número de estágios é geralmente 2, mas pode ser até 4, porém com muita diminuição no
rendimento.

São usadas para potência de até 2000 CV (1500 kW).

Vantagens:
- velocidade perif. menor para um mesmo Δhi , quando comparada a TV com estágios
depressão.
- carcaça só sob P2 de saída.

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4.3 – Perdas na Turbina Curtis

Z1 – deve ser calculada para os bocais fixos e para toda a seqüência de pás móveis e
inversos. Para 2 estágios de velocidade termos:
 A ⎡ kJ ⎤
Z1=
2g
[(C i − C 1 ) + (W 1 − W 2 ) + (C 2 − C 1 ) + (W 1 − W 2 )] 
2 2 2 2 2 2 2 2
⎢ kg ⎥  
⎣ ⎦
↑  ↑  ↑  ↑ 
Bocais Pás Móveis Pás Pás Móveis
Fixos 1ª est. Inversoras 2ª est.

Z2=  A C 2 2   ⎡ kJ ⎤ ( só no último estágio )


2g ⎢ kg ⎥  
⎣ ⎦
Fugas de vapor: Z3 pode ser desprezada ( pressões constantes ).
Perda Stodola: Z4 pode ser desprezada porque γ é baixo por baixa pressão nos
estágios.
Calor para o ambiente: Z5 pode ser desprezada se bem isolada termicamente.
Perdas mecânicas: Z6 em função de η m (ver itens 2.3 e 3.3).

4.4 –Rendimentos

a)  Condição de rendimento periférico máximo:

⎜⎜ u  ⎞⎟⎟ = 1 ϕ  cos α 1  


⎛ 
⎝ ci  ⎠ ne 2
Devido ao fator 1 / ne é possível ter-se velocidade periférica mis baixos. De ( 1 )
temos que
ne u
Ci= Ou seja ne vezes maior
⎛ ϕ  cosα 1 ⎞
⎜ ⎟
⎝  2  ⎠

 A 2
Como Δhi= C i ( depende do quadrado de Ci )
2g
O salto isoentrópico permissível para ne estágios de velocidade será:

( Δhi )ne = n2e ( Δhi )1 est. Pressão

No entanto o comportamento de ηk é de queda acentuada conforme aumenta o número de


estágios.
ηk max. Cai à medida que ne aumenta. Isto deve- se a grande velocidade C 1 ( aumento dela
com ne ) que faz Z1 aumentar.

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Conclusão : Estágios de velocidade permitem Δhi maiores mas com sacrifício de ηk

Δh Δh − ( Z  +  Z  )
b) Rend. Periférico: ηk = Δhk i = i Δh1i 2
 
Δh int Δhi − ( Z 1 +  Z 2 +  Z 3 +  Z 4 +  Z 5 )
c) Rend. Interno: ηint = =  
Δhi Δhi
e)  Rend. Mecânico: em função do porte (ver itens 2.3, 3.3 e 4.3).

4.5 – Potências: idêntico ás TV de estágios de pressão

São calculadas exatamente como para a TV de um estágio. Ver item 2.4.

4.6 – TV com estágios de pressão x TV com estágio de velocidade:

TIPO VANTAGEM DESVANTAGEM


Estágios de Pressão - Perda Z1 baixa →ηk -Δp entre estágios → maior
elevado perda por fugas de vapor

- massa específica do vapor


alta nos primeiros estágio → 
↑Z4 
Estágio de Velocidade - massa específica do vapor Perda Z1 alta → ηk baixo
baixa (pressão baixa na
Z4  ↓ Δhi 
- Permite→maiores
carcaça)
- Pouca perda por fugas (Δp
≅ 0 entre estágios)

Para aliar as vantagens dos 2 tipos usam-se TV mistas:


a)  Estágios de pressão (RATEAU) com 2 ou mais estágios de velocidade (CURTIS )
“embutidos";
b)  Dois estágios de velocidade (CURTIS) no início seguido de estágios de pressão.

5 - Turbinas de Reação (tipo PARSONS)

5.1- Constituição, funcionamento

Cada estágio é constituído de bocais fixos ( BF ) seguidos de bocais móveis ( BM ).


Ocorre expansão tanto nos BF como nos BM que giram com o rotor.

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5.2- Perdas em um Estágio

1 2 2 2 2
Z = 2 [(Ci − C1 ) + (W2i − W2 )]
1
[kJ/kg]
↑  ↑ 
BF BM
1
É menor que nas de ação porque C i  - C1 é menor Z2= C2 2 (só no ultimo estágio)
2
Z3= fugas são mais acentuadas que nas de ação pois tem-se Δp nos BM
Z4, Z5, Z6 ( Stodola, calor para ambiente e mecânica ) semelhantes às TV de ação.

5.3- Rendimentos

a) Condição de ηkmax u = ϕ cos α1 


ci
( para grau de reação ρT = 0,5 )

b) Rend. Perif. , int. , efetivo: ηk , ηint, ηef , ηm idêntico ao que já foi visto para a TV ação.

5.4- Potências – Cálculo e definições idênticos às TV de ação.

5.6- Comparação das turbinas de reação com as de ação 

Vantagem - rendimento maior (por ηK maior).

Desvantagem: maior número de estágios e perda por fugas ( Z 3 maior, devido à queda de
pressão contínua nas partes fixas e móveis de todos os estágio).

Turbinas de ação são mais simples e baratas porém têm menor rendimento e,
conseqüentemente, maior consumo de vapor. São utilizadas em instalações de menor porte
(menor potência).

Combinação de TV’s de ação e reação são comuns em instalações de médio e grande porte,
com a finalidade de aliar as vantagens dos dois tipos. Na combinação utiliza-se TV de ação
para os estágios de alta pressão e reação nos estágios de baixa pressão.

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