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O livro, escrito por Hannah Green, publicado em 1987 pela editora Imago, traz a
história de Débora, uma adolescente de 16 anos, acometida com esquizofrenia. Contudo,
mesmo sendo esse um assunto difícil de se tratar, o livro o faz com muito honestidade,
sem partir para o caminho fácil ou abusar de clichês. Buscando, além de relatar a
realidade de diversos pontos de vista, transparecer a humanidade das pessoas com este
transtorno mental.
A autora inicia sua história com a viagem que os três (pai, mãe e filha) fazem para
ir ao hospital psiquiátrico onde Déborah foi internada. Começando ali mesmo a introduzir
a família, de maneira singela, mostrando o ambiente familiar de uma esquizofrênica. O
pai é apresentado como alguém inseguro e que se culpa muito, necessitando desculpar-
se a todo momento. A mãe, metódica e detalhista, que gosta de planejar minuciosamente
os passos da família. E Déborah, a menina, que, há muito tempo, não quer ficar naquele
ambiente. Mas também, mostra o advento trazido por uma doença mental na família, as
preocupações, medos e diversas incertezas.
Vimos o ciclo, onde, não somente a família, é vista como causadora ou fomentadora da
doença, mas também é vítima dela.
Deborah se sentia muito mal, e ficava na cama, pois, enfrentar a realidade era doído
demais para ela. Era difícil conversar, mas preciso, para que ela se visse e que pudesse
aprender a lidar com suas limitações a fim de construir uma vida mais plena. Mesmo com
acolhimento habilidoso da psiquiatra, passou por diversas melhoras e pioras. Até que
por conta própria decidiu que não queria mais morar ali.
As fases da doença até então para mim desconhecidos, foram esclarecidas, bem
como a possibilidade de um acompanhamento fora de um hospital psiquiátrico. Por isso
conclui que a informação e a formação de conhecimento, do psicólogo é de fundamental
importância, para que seu trabalho possa alcançar, respeitosamente, seus objetivos. A
escuta, como sempre, muito importante, ajudando a diminuir a estigmatização de
algumas doenças, rotuladas pela sociedade. Ajudar, inclusive no resgate da identidade,
quebrando essas ideias cristalizadas pela sociedade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANI,B.MOTIVACIONAL,ANTIMANICOMIAL,http://resumostgo.blogspot.com.br/
2013/05/o-movimento-antimanicomial-tem-o-dia-18.html