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Recife
2017
2
Giovanni Tadeu O. da C. Cordeiro
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. (Nome do orientador)
Afiliações
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
3
DEDICATÓRIA
4
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da minha vida e por todo seu amor derramado
de tantas maneiras, por não ter desistido de mim a minha mais profunda
Gratidão.
5
Sumário
SIGLAS .............................................................................................................. 7
RESUMO............................................................................................................ 8
ABSTRACT........................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO. ......................................................................................... 10
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 59
6
SIGLAS
CF: Constituição Federal
7
RESUMO
pessoa humana.
paternidade responsável.
quando o descaso dos pais sai da esfera material e passa a ser moral e
8
ABSTRACT
parentalresponsibilitytotheirchildrenregardingresponsibleparenthood.
However, isveryquestionedaboutthereparationofthedamage,
damage?Howfarcanthestateintervene?
Keywords: Affectionateabandonment.
9
INTRODUÇÃO.
O presente trabalho tem como por objetivo geral analisar por meio
indenização.
10
situação de total deserção afetiva, somente suprindo, e quando suprem, as
gerado pelo abandono afetivo, para então iniciar mais uma análise sobre o
qual se é inserido.
1
BRAGA, Denise Menezes. Responsabilidade Civil por Abandono Afetivo, 2011. Monografia (Monografia
apresentada ao Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Direito) - Universidade do Estado do Ceará. Disponível em:
<http://www.mp.ce.gov.br/esmp/biblioteca/monografias/dir.familia/responsabilidade.civil.por.abando
no.afetivo.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
11
Como bem descreve Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka2:
todas as necessidades dos filhos até que estes tenham por si, capacidade total
manutenção dos filhos desde o alimento até sua inserção, com plena
capacidade, na sociedade.
2
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Responsabilidade Civil na Relação Parterno-
Filial.Disponível em: <www1.jus.com.br/doutrina>. Acesso em: 04 dez, 2016
3
DIAS, Maria Berenice. Alimentos e Paternidade Responsável. Disponível
em:<http://www.mariaberenice.com.br/manager/arq/(cod2_515)25__alimentos_e_paternidade_respo
nsavel.pdf>Acesso em: 13 de outubro de 16. 20h.
12
pleiteiam alguma forma de reparação sobre o dano emocional sofrido -, porém,
quem argumente que a falta de afeto fere o dever jurídico de cuidado prescrito
aos pais em relação a sua prole, vide o artigo 227 da CF de 1988 e que,
obrigações constitucionais.
13
Estabelecer os principais conceitos e destacar a importância da
2. RELAÇÃO PATERNO-FILIAL
2.1. Evolução da família
entidade familiar.
14
instituto social, sendo assim, é inegável a naturalidade e a característica fática
procracional.
interesses e de vida. 7
afeto natural. 8
5
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4. ed., rev., atual. eampl. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007, p. 27.
6
MADALENO apud DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4. ed., rev., atual. eampl.
SãoPaulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 27.
7
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2011, 4ª Edição, p. 18
8
COULANGES, Fustel, A cidadeantiga. In. LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2011,
4ª Edição, p. 18
15
A respeito do tema, Gustavo Tepedino9 afirma que:
através do casamento.
pois fora por intermédio dessas modificações que o afeto foi reconhecido
9
TEPEDINO, Gustavo. A Disciplina Civil-Constitucional das Relações Familiares, p. 422. In: Temas de
Direito Civil, 4. ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, p. 419-443.
10
COSTA, Maria Isabel Pereira da.Família: do autoritarismo ao afeto. Como e a quem indenizar a
omissão do afeto? Revista Brasileira de Direito de Família. Ano VII. n. 32, Out-Nov, 2005, p.29-30.
11
PEREIRA. Rodrigo da Cunha. Da União Estável.In: DIAS, Maria Berenice; PEREIRA, Rodrigo da Cunha
(Coord.). Direito de Família e o Novo Código Civil. 4. ed., rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p.
220.
16
que sua qualificação foge os padrões de outrora, ultrapassando tanto o
Constituição de 1988.13
entender os princípios que a norteia, para isso, é salutar promover uma breve
12
CANEZIN, Claudete Carvalho. Da reparação do dano existencial ao filho decorrente do abandono
paterno-filial.In: Revista Brasileira de Direito de Família. Ano VII. nº 36, jun-jul, 2006, p.74.
13
FARIAS, Cristiano Chaves de (coord). Temas atuais de direito e processo de família.Rio de Janeiro:
Lúmen Juris, 2004, contracapa.
14
BRANCO, Bernardo Castelo. Dano moral no direito de família.São Paulo: Método, 2006, p. 203.
17
O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana foi instituído pela
patologias psicológicas.17
15
BULOS, UadiLammêgo. Curso de direito constitucional. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.pág. 393
16
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2014, 5ª Edição, p. 65
17
LIMA, Anna Carolina Dias. Responsabilidade Civil nos casos de abandono afetivo parental. Rio de
Janeiro: Escola da Magistratura, 2013, pág. 14.
18
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da,Princípios constitucionais de direito de família. São Paulo:
Atlas, 2008, p. 78
18
O Princípio da Solidariedade familiar decorre do art. 3°, I, da
RE 898060-SC:
19
MORAES, Maria Celina Bodin de. O princípio da dignidade humana. In: MORAES, Maria Celina Bodin
de (coord.). Princípios do direito civil contemporâneo. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. p.46
20
PEREIRA, Rodrigo da Cunha 2004, p. 111, In: GOMES, Fernando Roggia, A Responsabilidade Civil dos
Pai pelo Abandono Afetivo dos Filhos Menores, Revista da ESMESC, 2011.
21
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2014, 5ª Edição, p. 198.
19
CONHECIDO. DEFERIMENTO DE PEDIDO DE VISTA DOS AUTOS.
intrínsecos, que não foram analisados até agora, não serão mais
20
2º, do CPC, verbis: “Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em
ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267
21
amicuscuriae. DEFIRO, ainda, o pedido de vista dos autos formulado
digitalmente
prole haver sido gerada dentro ou fora do casamento, isto é, proceder ou não
sobrevivência. 22
22
DIAS, Maria Berenice. Quem é o pai?Disponível em:<<http://www.sedep.com.br/artigos/quem-e-o-
pai/>>Acessado em: 12/11/2016. 20h.
23
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2014, 5ª Edição, p. 198.
22
independente de bagagem genética.
24
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito de família. 4. Edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007. Pág. 320.
25
VILELA, João Paulo. <<http://www.jusbrasil.com.br/diarios/115828488/djro-16-05-2016-pg-414>>
Acesso em: 27 de nov de 2016 às 23h 20 min.
26
Dicionário de Larim. Disponível em:
<<https://www.dicionariodelatim.com.br/busca.php?search=pater>>
27
JUNIOR, Mauro Nicolau In: DIAS, Maria Berenice. Quem é o pai? Disponível em:
<<http://www.sedep.com.br/artigos/quem-e-o-pai/>>. Acessado em: 12 de nov de 2016. 21h.
28
BOEIRA, José Bernardo Ramos. Investigação de paternidade: posse de estado de filho: paternidade
socioafetiva. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999. Pág. 38.
23
jurídica é necessário o reconhecimento para que então existam os efeitos
legais.
relação de empatia entre dois seres que se dão abertura para que o vínculo se
estabeleça.
consanguíneos.
união pai e filho ou mãe e filho em uma família, grupo social mais antigo no
posse de estado de filho que não foi acolhido de modo expresso na Lei, mas a
tratado como tal, criado, educado e apresentado como filho pelo pai e pela
socioafetiva é aberta pelo Código Civil de 2002 no art 1.593 que enseja outras
29
MORAES, Kelly Farias de. “Quem é o pai?” Paternidade socioafetiva em confronto com a paternidade
biológica. Disponível em: <<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14246.>> Acessado em: 12/11/2016.
20h.
30
LÔBO, Paulo. In DIAS, Maria Berenice. Manual de direito de família. 4. Edição. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007. Pág. 306 e 307.
24
hipóteses de parentesco quando menciona que “o parentesco é natural ou civil,
que pode dar guarida à “paternidade socioafetiva”, ainda que o legislador não
31
NICOLAU, Mauro Júnior. Paternidade e coisa julgada: Limites e Possibilidades à luz dos Direitos
Fundamentais e dos Princípios Constitucionais. Curitiba: Juruá, 2006. Pág. 170.
32
LÔBO, Paulo. Apud DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4. ed., rev., atual. eampl.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 27.
25
que transformou todo o conceito passado de famílias que só poderiam existir
respeito, etc.
diretamente.34
da progenitura, mas sim pela função social de pai”.35 Além do fator biológico, o
psicológica da criança.
33
Jackeline Fraga Passanha; A AFETIVIDADE COMO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL PARA A ESTRUTURAÇÃO
FAMILIAR; IBDFAM; Disponível em: <<
www.ibdfam.org.br/_img/artigos/Afetividade%2019_12_2011.pdf>>P. 1.
34
REIS, Júnia Fraga. Responsabilidade Civil Por Abandono Afetivo: o verdadeiro valor do afeto na
relação entre pais e filhos, 2010. Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito
parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito) - Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do
Sul, 2002. Disponível em:
<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2010_1/junia_reis.pdf
>. Acesso em: 27 nov. 2016 às 22h 30 min.
35
OLIVEIRA, Guilherme de. In LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. São Paulo: Saraiva, 2011, 4ª Ed, pág.
217.
26
causas do desequilíbrio psíquico como a dificuldade de
36
relacionamentos e do convívio na sociedade.
é, portanto, fincada apenas nos laços biológicos, mas na realidade de afeto que
social”39.
36
FERMENTÃO, Cleide Aparecida Rodrigues Gomes; LOPES, SarilaHaliKloste; O DEVER DA PRESTAÇÃO
DE AFETO NA FILIAÇÃO COMO CONSEQUÊNCIA DA TUTELA JURÍDICA DA AFETIVIDADE.Disponível em:
<<http:www.publicadireito.com.br/publicacao/livro.php?gt=119>>
37
FACHIN, Luiz Edson. Apud Carlos Roberto Gonçalves; Direito de Família; São Paulo: Saraiva 2015; p.
313
38
LEITE, Eduardo Oliveira. Apud. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de Família. São Paulo: Saraiva
2015; p. 313
39
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de Família. São Paulo: Saraiva 2015; p. 313
27
justificável o direito de reparação do dano moral e psicológico gerado pela
privação do afeto.40
3. ABANDONO AFETIVO
relações parentais.
entre eles, ainda que supra toda a assistência material e intelectual da criança
o amor.
40
REIS, Júnia Fraga.Responsabilidade Civil Por Abandono Afetivo: o verdadeiro valor do afeto na
relação entre pais e filhos, 2010. Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito
parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito) - Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do
Sul, 2002. Disponível em:
<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2010_1/junia_reis.pdf
>. Acesso em: 27 nov. 2016 às 22h 30 min.
28
Feridas afetivas que criam um ser humano de baixa autoestima,
sejam.
moral e materialmente.
41
CANEZIN, Claudete Carvalho. Da reparação do dano existencial ao filho decorrente do abandono
paterno-filial. Revista Brasileira de Direito de Família, Porto Alegre, v. 8, n. 36, p.71-87, jun/jul, 2006.
42
DELBONI, Thais; A importância do Amor na Primeira Infância; Disponível em:
<<http://www.coisasdecrianca.com/artigos/?idArtigo=126>>Acesso em: 12/11/2016 às 10h 34min
29
O fracasso em observar e na prática do princípio
tem o direito de lesar outrem, se o faz, deverá reparar. Mas qual o valor do
Amor?
intelectuais, etc. Tornando dever do pai criar e educar o filho. Restando aos
filhos.43
mas não se trata disso. Embora a lei não traga expressamente que os pais
43
OLIVEIRA, Luciane Dias; Indenização civil por abandono afetivo de menor perante a lei brasileira.
Disponível em: <<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9057>> Acesso em:
10/11/2016
30
compartilhada, idealizando uma relação saudável, onde o bem estar
31
civis.
44
Disponível em: https://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/123897812/stj-condena-pai-a-indenizar-filha-
por-abandono-afetivo
32
Mais uma vez baseados no Art. 226, §7º da CF, são as pessoas
livres para constituírem ou não um núcleo familiar, porém, após a constituição,
é dever de todos os familiares prezar pela manutenção da relação da melhor
forma possível.
3.1. Padrastionoabandonoafetivo
abandono afetivo.45
45
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
33
do empenho e do suprimento das necessidades materiais e emocionais que o
menor demandar.46
46
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
34
3. A família, objeto do deslocamento do eixo central de seu
regramento normativo para o plano constitucional, reclama a
reformulação do tratamento jurídico dos vínculos parentais à luz do
sobreprincípio da dignidade humana (art. 1º, III, da CRFB) e da
busca da felicidade.
4. A dignidade humana compreende o ser humano como um ser
intelectual e moral, capaz de determinarse e desenvolver-se em
liberdade, de modo que a eleição individual dos próprios objetivos de
vida tem preferência absoluta em relação a eventuais formulações
legais definidoras de modelos preconcebidos, destinados a
resultados eleitos a priori pelo legislador. Jurisprudência do Tribunal
Constitucional alemão (BVerfGE 45, 187).
5. A superação de óbices legais ao pleno desenvolvimento das
famílias construídas pelas relações afetivas interpessoais dos
próprios indivíduos é corolário do sobreprincípio da dignidade
humana. 6. O direito à busca da felicidade, implícito ao art. 1º,
III, da Constituição, ao tempo que eleva o indivíduo à centralidade do
ordenamento jurídico-político, reconhece as suas capacidades de
autodeterminação, autossuficiência e liberdade de escolha dos
próprios objetivos, proibindo que o governo se imiscua nos meios
eleitos pelos cidadãos para a persecução das vontades particulares.
Precedentes da Suprema Corte dos Estados Unidos da América e
deste Egrégio Supremo Tribunal Federal: RE 477.554-AgR, Rel. Min.
Celso de Mello, DJe de 26/08/2011; ADPF 132, Rel. Min. Ayres
Britto, DJe de 14/10/2011.
7. O indivíduo jamais pode ser reduzido a mero instrumento de
consecução das vontades dos governantes, por isso que o direito à
busca da felicidade protege o ser humano em face de tentativas do
Estado de enquadrar a sua realidade familiar em
modelos pré-concebidos pela lei. 8. A Constituição de 1988, em
caráter meramente exemplificativo, reconhece como legítimos
modelos de família independentes do casamento, como a união
estável (art. 226, § 3º) e a comunidade formada por qualquer dos
pais e seus descendentes, cognominada “família monoparental” (art.
226, § 4º), além de enfatizar que espécies de filiação dissociadas do
matrimônio entre os pais merecem equivalente tutela diante da lei,
sendo vedada discriminação e, portanto, qualquer tipo de hierarquia
entre elas (art. 227, § 6º).
9. As uniões estáveis homoafetivas, consideradas pela jurisprudência
desta Corte como entidade familiar, conduziram à imperiosidade da
interpretação nãoreducionista do conceito de família como instituição
que também se forma por vias distintas do casamento civil (ADI nº.
4277, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em
05/05/2011).
10. A compreensão jurídica cosmopolita das famílias exige a
ampliação da tutela normativa a todas as formas pelas quais a
parentalidade pode se manifestar, a saber: (i) pela presunção
decorrente do casamento ou outras hipóteses legais, (ii) pela
descendência biológica ou(iii) pela afetividade.
11. A evolução científica responsável pela popularização do exame
de DNA conduziu ao reforço de importância do critério biológico,
tanto para fins de filiação quanto para concretizar o direito
fundamental à busca da identidade genética, como natural emanação
do direito de personalidade de um ser.
12. A afetividade enquanto critério, por sua vez, gozava de aplicação
por doutrina e jurisprudência desde o Código Civil de 1916 para
evitar situações de extrema injustiça, reconhecendo-se a posse do
estado de filho, e consequentemente o vínculo parental, em favor
daquele utilizasse o nome da família (nominatio), fosse tratado como
35
filho pelo pai (tractatio) e gozasse do reconhecimento da sua
condição de descendente pela comunidade (reputatio).
13. A paternidade responsável, enunciada expressamente no art.
226, § 7º, da Constituição, na perspectiva da dignidade humana e da
busca pela felicidade, impõe o acolhimento, no espectro legal, tanto
dos vínculos de filiação construídos pela relação afetiva entre os
envolvidos, quanto daqueles originados da ascendência biológica,
sem que seja necessário decidir entre um ou outro vínculo quando o
melhor interesse do descendente for o reconhecimento jurídico de
ambos.
14. A pluriparentalidade, no Direito Comparado, pode ser
exemplificada pelo conceito de “dupla paternidade” (dual paternity),
construído pela Suprema Corte do Estado da Louisiana, EUA, desde
a década de 1980 para atender, ao mesmo tempo, ao melhor
interesse da criança e ao direito do genitor à declaração da
paternidade. Doutrina.
15. Os arranjos familiares alheios à regulação estatal, por omissão,
não podem restar ao desabrigo da proteção a situações de
pluriparentalidade, por isso que merecem tutela jurídica
concomitante, para todos os fins de direito, os vínculos parentais de
origem afetiva e biológica, a fim de prover a mais completa e
adequada tutela aos sujeitos envolvidos, ante os princípios
constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e da
paternidade responsável (art. 226, § 7º).
16. Recurso Extraordinário a que se nega provimento, fixando-se a
seguinte tese jurídica para aplicação a casos semelhantes: “A
paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não
impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante
baseado na origem biológica, com todas as suas consequências
patrimoniais e extrapatrimoniais”.
figura do padrasto, com origem no termo em Latim patraster47, que por sua vez
como determinar uma relação de afeto se não for verificada na prática tal
característica.48
47
Dicionário Acadêmico de Latim-Português / Português-Latim. Porto: Editora Porto, Ed.1, 2012
48
SIMÕES, Melrian Ferreira; LEITE, Valéria Aurelina; TOLEDO, Iara Rodrigues. MULTIPARENTALIDADE: A
INTRINCADA RELAÇÃOENTRE A REALIDADE FAMILIAR E O ENUNCIADONORMATIVO, ANALISADA À
LUZ DO DIREITO POSTO EDO DIREITO PRESSUPOSTO. Revista em Tempo. Publicada em:
02/11/2015Disponível em <<http://revista.univem.edu.br/emtempo/issue/view/36>>
36
Nesse caso, estuda-se o padrasto como aquele que assume a
lado da mãe, pois não pretende assumir funções que independam da mãe e
49
CALDERAN,ThanabiBellenzier. Os deveres intrínsecos ao poder familiar e a responsabilidade dos pais
pelo descumprimento. Disponível em: <<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=8315&n_link=revista_artigos_leitura>> Acesso em:
13/11/2016 às 23h34 min
37
campos jurídicos que, embora sejam tão próximos no mundo dos fatos,
e enteado não é a situação levada a estudo, não é esse tipo de anomalia social
que se busca identificar, mas sim a linha tênue entre a boa convivência e a
menor, esse fenômeno social que liga o pai socioafetivo e seu filho socioafetivo
ficção jurídica, uma vez que parte do pressuposto de boa relação entre todos
tem a relação entre padrasto e enteado, na qual apesar de não faltar afeição,
50
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
51
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
38
uma paternidade socioafetiva, a exemplo, o caso no qual o pai biológico é
segunda estrutura familiar o menor não adentra, pois não há qualquer relação
normatizar tal comportamento social, tanto que em seu art. 1.636 o CCB/02
registrais que contraíram novas núpcias ou iniciaram uma nova união estável,
salvaguardar o menor e manter seus vínculos com os pais, tal decisão, embora
cônjuge ou companheiro.53
52
ALVES, Jones Figueirêdo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 21h 42 min
53
CASSETTARI, Christiano. Multiparentalidade e ParentalidadeSocioafetiva. 2ª Ed. São Paulo: Atlas,
2014, pág. 192
39
Com efeito, a fluidez das novas relações afetivas, a popularização
menor.54
integrantes, fator decisivo para isto é a relação entre o novo cônjuge e o menor
fenômeno social.
54
CALDERAN,ThanabiBellenzier. Os deveres intrínsecos ao poder familiar e a responsabilidade dos pais
pelo descumprimento. Disponível em: <<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=8315&n_link=revista_artigos_leitura>> Acesso em:
13/11/2016 às 23h34 min
55
ROSALINDO, Queiroz apud ALVES, Jones Figueirêdo. Consolidado, padrastio agora precisa de um
estatuto jurídico. Disponível em:<<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-
consolidado-padrastio-agora-estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
40
Dado as grandes proporções que a relação entre o padrasto e o
em destaque.56
56
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
41
núcleo familiar, o novo parceiro da mãe, ou a nova parceira do pai torna-se o
menor.
realidade.58
desenvolvimento alheio.
familiar poderá ter reflexos no menor, não por uma relação jurídica direta entre
companheiros.59
57
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
58
CASSETTARI, Christiano. Multiparentalidade e ParentalidadeSocioafetiva. 2ª Ed. São Paulo: Atlas,
2014, pág. 191
59
ALVES, Jones Figueiredo. Consolidado, padrastio agora precisa de um estatuto jurídico. Disponível
em: <<http://www.conjur.com.br/2016-mai-22/processo-familiar-consolidado-padrastio-agora-
estatuto-juridico#top>> Acesso em: 12/11/2016 às 22h
42
Em outras palavras, há entre os companheiros um dever mútuo
familiares, é com igual princípio que ele deve abordar as relações entre o
equiparação do pai com o padrasto quando o ultimo tiver relação de afeto com
familiar, além das garantias jurídicas aos enteados dependentes dos padrastos
60
SIMÕES, Melrian Ferreira; LEITE, Valéria Aurelina; TOLEDO, Iara Rodrigues. MULTIPARENTALIDADE: A
INTRINCADA RELAÇÃOENTRE A REALIDADE FAMILIAR E O ENUNCIADONORMATIVO, ANALISADA À
LUZ DO DIREITO POSTO EDO DIREITO PRESSUPOSTO.Disponível em
<<http://revista.univem.edu.br/emtempo/issue/view/36>>
43
economicamente, encontra-se a relação de afeição em inúmeros casos, onde
a afetividade, por isso o novo valor jurídico que movimenta a família é o afeto.61
por parte de quem deu causa ao dano a quem o sofreu. Não se trata apenas de
cuidado, zelo, mas de responder por seus atos e os efeitos que deles se
desdobram.62
44
criminal, só depois de algum tempo houve a separação da jurisdição cível e
criminal.63
outra, por fato próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam". 65
63
ROMANO, Tatiana Brito. 2007. Disponível
em:<<http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=450.>> Acessado em: 09/01/2017. 12h.
64
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. Responsabilidade
civil. v.3, 4. ed., rev., atual. e reform. São Paulo: Saraiva, 2006.
65
RODRIGUES, Silvio. Direito civil: responsabilidade civil. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2003, v. 4. p.6
45
causado a terceiros em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem
ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda ou, ainda, de
uma coletividade.67
responsabilidade civil tem por finalidade, qualquer que seja a modalidade sob a
logo se infere ser impossível, para que possa haver responsabilidade civil, a
66
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, v. 7, 1984. p 35
67
ROMANO, Tatiana Brito. 2007. http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=450. Acessado em:
09/01/2017. 12h.
68
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 4 : responsabilidade civil – 5. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2010. Pág. 20.
69
SAMPAIO, Francisco José Marques. Evolução da responsabilidade civil e reparação de danos
ambientais. Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 163
46
No entanto, em se tratando de responsabilidade de reparar o
requisitos mínimos para que o dano seja reparável. Paraos autores o primeiro
70
LOPEZ, Tereza Ancona. Principais Linhas da Responsabilidade Civil no Direito Brasileiro
Contemporâneo. In AZEVEDO, Antonio Junqueira de e outros (Coord). Princípios do Novo Código civil
Brasileiro e outros Temas. Homenagem a TullioAscarelli. São Paulo: QuartierLatin do Brasil, 2008. Nesse
sentido “Com a separação entre o ato ilícito e a responsabilidade civil, fica claro que o dano é requisito
fundamental da responsabilidade civil, tanto que a indenização, em princípio, mede-se pela extensão do
dano (art. 944, caput), mas não do ato ilícito. Podemos ter ato ilícito sem dano (portanto sem
responsabilidade) como no caso do vizinho perturbando a paz de outro e que não deverão
necessariamente pagar perdas e danos, somente cessar suas interferências injustas ao do artigo 940 do
Código civil, que determina que aquele que demanda por dívida já paga ficará obrigado a pagar ao
devedor o dobro do que houver cobrado ou o equivalente do que dele exigir. Por outro lado, poderá
trazer responsabilidade civil sem ato ilícito, como na hipótese do artigo 929 do Código Civil”. P.663
71
CARVALHO, Daniela Pinto de. Os novos contornos do dano: o dano decorrente da perda de uma
chance. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10771. Acessado em:
14/11/2016. 17h.
72
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. Responsabilidade
Civil. 8ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
47
Nesse diapasão, a atual discussão incide sobre a possibilidade de
condenar os pais pelo dano causado aos filhos devido ao abandono afetivo. 73
reparação.
tinha sua viabilidade dificultada, sendo assim, aquilo que não se podia medir,
não se podia indenizar, uma vez que a indenização deveria ser exatamente a
medida do dano.76
73
ARIZA, Paula Musco. Responsabilidade Civil por abandono afetivo. Rio de Janeiro: Escola da
Magistratura, 2012, pág. 17.
74
CALIMAN, Natalia. Danos Morais Decorrentes Do Abandono Afetivo Nas Relações Paterno-Filiais. A
Tutela Jurisdicional dos Danos à Pessoa Humana, 2009. Dissertação (Dissertação apresentada ao
Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Direito) -
Universidade de Brasília. Disponível em:
<http://www.fesmpdft.org.br/arquivos/Natalia_caliman.pdf>.Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
75
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. pág 71.
76
CALIMAN, Natalia. Danos Morais Decorrentes Do Abandono Afetivo Nas Relações Paterno-Filiais. A
Tutela Jurisdicional dos Danos à Pessoa Humana, 2009. Dissertação (Dissertação apresentada ao
48
De toda sorte, a Carta Magna Brasileira de 1988 finaliza as
é sobre o bem jurídico tutelado, pois muito se fala que o Estado não tem
visitação que outrora era direito de um dos pais, hoje é direito-dever, uma vez
responsável.
Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Direito) -
Universidade de Brasília. Disponível em:
<http://www.fesmpdft.org.br/arquivos/Natalia_caliman.pdf>.Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
77
CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001. p.53/54
49
também avós são partes possivelmente passíveis de uma ação de indenização
tal problemática:
78
ARIZA, Paula Musco. Responsabilidade Civil por abandono afetivo. Rio de Janeiro: Escola da
Magistratura, 2012, pág. 17.
79
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. 8ª Câmara Cível. Agravo de Instrumento nº 70004409876.
Oitava. Rel. José Ataídes Siqueira Trindade. J. 15.8.2002.
50
Embora seja possível ver que o STJ se posicionou contrário a
80
BRASIL. Tribunal de Justiça de São Paulo. Ação Indenizatória nº 01.036747-0. Juiz Luiz Fernando Cirillo.
J. 05.4.1994
81
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. 3ª Turma. Recurso Especial nº 1.159.242. Rel. Min. Nancy
Andrighi. J. 24.4.2012.
51
afirmando que o “afeta não se compra”, ora, não é afeto o escopo da ação
judicial, seu objetivo é a indenização por dano moral suportado, nada mais que
Tendo em vista que os pais têm por obrigação primaria cuidar dos
filhos, este cuidado não se deve limitar ao material, mas também ao imaterial, a
82
KRIEGER, Mauricio Antonacci. KASPER, Bruna Weber. CONSEQUÊNCIAS DO ABANDONO
AFETIVO.Disponível em: <<http://www.tex.pro.br/artigos/305-artigos-mai-2015/7137-consequencias-
do-abandono-afetivo.>>Acessado em: 13/11/16. 17h.
83
BRAGA, Denise Menezes. Responsabilidade Civil por Abandono Afetivo, 2011. Monografia
(Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do
título de Bacharel em Direito) - Universidade do Estado do Ceará. Disponível em:
<http://www.mp.ce.gov.br/esmp/biblioteca/monografias/dir.familia/responsabilidade.civil.por.abando
no.afetivo.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
52
isso, decorrem da condição natural do homem enquanto agente a concepção
daquele ser. 84
quanto à não-biológica, sendo que este dever não se resume aos alimentos,
construção.85
Ora, se o pai ou a mãe que nunca abandou seu filho tem dever de
solidariedade familiar garante que todos deveram prezar e zelar pela família, o
assistência afetiva?
84
COELHO, HeleniraBachi. Da reparação civil dos alimentos. Da possibilidade de ressarcimento frente
à paternidade biológica. In: MADALENO, Rolf (Coord.). Ações de Direito de Família. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2006, p. 25-26.
85
VIAFORE, Vanessa. O ABANDONO AFETIVO E A RESPONSABILIDADE CIVIL FRENTE AO AFETO.
Disponível em:
<<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2007_2/Vanessa_
Viafore.pdf.>>Acesso em: 15/11/16, 18h.
86
BRAGA, Denise Menezes. Responsabilidade Civil por Abandono Afetivo, 2011. Monografia
(Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do
título de Bacharel em Direito) - Universidade do Estado do Ceará. Disponível em:
<http://www.mp.ce.gov.br/esmp/biblioteca/monografias/dir.familia/responsabilidade.civil.por.abando
no.afetivo.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
53
Respondendo a tal questionamento Eduardo Murilo Amado
Ângelo87 elucida:
para quem o sofreu, muitas vezes não desempenha esse papel, pois de fato
genitor e da prole89, que outrora fora a maior barreira para a indenização por
87
ANGELO, Eduardo Murilo Amaro. A Responsabilidade Civil dos Pais por Abandono Afetivo dos Filhos e
o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Disponível em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/viewFile/328/321>. Acesso em: 03
dez. 2016 às 23h 30min.
88
BRANCO, Bernardo Castelo. Dano moral no direito de família.São Paulo: Método, 2006, p. 206.
89
ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano Chaves. Direito das Famílias. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris,
2010, p. 89.
90
BRAGA, Denise Menezes. Responsabilidade Civil por Abandono Afetivo, 2011. Monografia
(Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Direito como requisito parcial à obtenção do
título de Bacharel em Direito) - Universidade do Estado do Ceará. Disponível em:
<http://www.mp.ce.gov.br/esmp/biblioteca/monografias/dir.familia/responsabilidade.civil.por.abando
no.afetivo.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2016 às 23h
54
genitor incompetente nas suas atribuições paternas ou maternas, bem como a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, logo será
55
5. CONLUSÃO
mutações sociais torna-se mais evidente no Direito das Famílias, contudo, tal
ramo do Direito por muito tempo intensificou suas atenções nas estruturas
familiares.
56
A dinâmica levada à tona com o aprofundamento do Princípio da
a ser considerados com essa nova visão sobre afetividade deve ser levado em
conta.
Por isso, para que exista num futuro não tão distante uma
57
Toda a tese supracitada embasa fortemente a argumentação da
promover o reencontro amoroso e filial entre as partes, caso tal efeito seja
eles.
psicológico e emocional.
58
REFERÊNCIAS
59
CARVALHO, Daniela Pinto de. Os novos contornos do dano: o dano decorrente da
perda de uma chance. Disponível em:<<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10771>>.
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 9. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Atlas, 2010.
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 8ª ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
60
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Responsabilidade Civil na Relação
Parterno-Filial. Disponível em: <<www1.jus.com.br/doutrina>>.
PASSANHA, Jackeline Fraga.A afetividade como princípio fundamental para a
estruturação familiar; IBDFAM; Disponível em:
<<http://www.ibdfam.org.br/artigos/detalhe/788>>.
61
normativo, analisada à luz do direito posto e do direito pressuposto.Disponível em
<<http://revista.univem.edu.br/emtempo/issue/view/36>>
VIAFORE, Vanessa. O abandono afetivo e a responsabilidade civil frente ao afeto.
Disponível em:
<<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2007_2/
Vanessa_Viafore.pdf.>>
62