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Anomalias congênitas mullerianas

Alterações em processos genéticos, hormonais e em fatores epigenéticos podem


afetar o desenvolvimento normal dos ductos de Muller, ductos de Wolff e do seio
urogenital -> anomalias uterinas, do colo uterino, tubas e vagina. Dependendo da
anormalidade, mulheres afetadas poderão apresentar problemas ginecológicos,
obstétricos e de fertilidade.

Existe uma relação de anomalias mullerianas com maiores taxas de abortamento


espontâneo, trabalho de parto pré-termo, apresentação fetal anômala e distocia.

EMBRIOLOGIA

Sistema de ductos masculinos (de Wolff ou mesonéfricos) e femininos (de Muller


ou paramesonéfricos) é indistinguível nos fetos com menos de 6 semanas. Na
ausência do cromossomo Y, resulta o desenvolvimento dos ovários. Sem
testosterona, os ductos de Wolff regridem e permitem o desenvolvimento dos
ductos de Muller

A regressão dos ductos de Muller exige a presença do AMH, que é secretado pelos
testículos. Na ausência do AMH, ductos de Muller desenvolvem-se, com as porções
superiores formando as tubas uterinas e as porções inferiores se fundem em
formato de uma estrutura em Y para criar o útero, colo uterino e as 2 porções
superiores da vagina.

Alterações nesse processo, em qualquer estágio, podem causar anomalias


mullerianas que impactam o desenvolvimento/função sexual feminina

Anomalia mulleriana mais comum é o útero septado

Útero bicorno - 2ª anomalia mulleriana mais frequente -> resultado da incompleta


fusão dos cornos uterovaginais; não requer intervenção cirúrgica

Anomalias de classe I: alterações mais graves da função ginecológica; são


diagnosticadas na época da menarca

Diagnóstico das anomalias mullerianas é realizado por RM

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